Vingardion High escrita por Patch, Luna Bizuquinha


Capítulo 16
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Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Vit, sentimos a sua falta, volte a comentar!!



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Durante o banho, fiquei lembrando da briga com Margot, de como a tratei mal. Há algum tempo atrás, eu me achava o máximo. Vingardion me trouxe à realidade: existem pessoas mais fortes que eu, e às vezes é preciso pedir desculpas.

Quando voltei para o quarto, Hugo estava lá.

– Hey Andrew, sabe o que aconteceu com a Margot?

– Bem, não pude vê-la desde que entrou na enfermaria, mas não parecia viva.

Hugo suspirou – Ela já passou por muita coisa. Vai enfrentar isso.

Deitei na cama e escutei o toque de recolher. Nada conseguia me acalmar. Depois de um tempo, desisti de tentar dormir e levantei para ver como estava Margot e Pietro.

No caminho pelos corredores escuros, escutei uma voz conhecida:

– Hey idiota, você é o colega de quarto do Pietro? – disse uma garota de cabelos rosa.

– Sou, por quê?

– Sabe onde ele tá? Queria vê-lo.

– To indo pra enfermaria encontrá-lo.

–Ótimo! Vou com você! – se convidou.

– Desculpe, mas quem é você? – perguntei.

– Morgana, idiota! A que quase te matou! – falou.

– Ah, desculpe, não sabia que tinha pintado o cabelo.

– Eu não pintei! Sou uma metamorfa, lembra? – disse, como se eu a conhecesse há muito tempo e devesse saber isso.

– Ah, claro. – disse, me virando em direção à enfermaria.

Ao chegar lá, notei que a porta estava aberta e um grupo de enfermeiros cuidava de Margot, e Pietro observava com Tábata ao seu lado. Quando estava chegando perto dos dois, notei os dois soltando as mãos, que estavam juntas.

– O que ela está fazendo aqui? – disse, aparentemente irritada, com ênfase no “ela”.

– Me fazendo companhia. – respondeu Pietro – será que isso ela pode?

– Eu já estou saindo. – disse Tábata, em um tom inexpressivo e gélido como de costume.

– Que bom! – respondeu Morgana.

– Ainda não sei se a sua doença é contagiosa. Melhor não ficar perto... – continuou Tábata.

– O quê? – perguntou Morgana.

– Nada não, se não escuta com essas orelhas de cão, não poderei fazer milagres…

Morgana ignorou a ofensa fazendo-se de superior. Tábata saiu aparentemente brava, com os cabelos se transformando em cobras sem que ela percebesse.

–Ah, essa garota é horrível, mas admito, tem um olhar petrificante! – riu Morgana.

–Ela é minha amiga Gun, não fale assim dela. – Pietro respondeu, sem expressão alguma.

Morgana pareceu querer falar alguma coisa, mas desistiu. Depois de um tempo, os curandeiros pediram para que saíssemos e nós ficamos esperando em uma salinha quadrada e minúscula, com dois sofás, um virado para o outro, e duas portas: uma que saía da enfermaria e a outra que ia até o lugar onde Margot estava.

Morgana quebrou o gelo: – Nossa, vocês estão tão quietos!

– Eu não estou nos meus melhores dias, camaleoa!

– Eu já te disse que sou uma metamorfa, não um bichinho qualquer!

– Ok, Morgana!

Mais silêncio. Uns vinte minutos depois Morgana desiste de ficar ali e vai para o seu quarto. Ao sair, deu um selinho em Pietro, que não correspondeu com gesto algum.

– Sabe o quê aconteceu com a minha irmã? – perguntou Pietro.

– Ela sumiu durante a batalha, e nós a encontramos na floresta toda machucada!

– Por que não tomou conta da minha irmãzinha? – perguntou-me Pietro, com seus penetrantes olhos azuis enchendo-se de lágrimas – Ela é tão, tão frágil, precisa de proteção! Ela precisava de um grupo forte, mas a única forte ali é Tábata! – disse Pietro revoltado.

– Pietro, entendo que esteja revoltado, mas eu não pude fazer nada, desmaiei com a mordida de Morgana e os outros estavam contendo as maldições que você estava recitando!

– Maldições? – disse soltando um riso forçado. – Eu apenas manipulei um pouco de magia e vocês não aguentaram nem isso! Não notei minha irmã fugindo, apenas não senti a presença de seu campo de força na hora da batalha. Acreditei que ela estava se escondendo, daí decidimos cessar e seguirmos para o nosso objetivo! – contou-me Pietro.

– Sinto muito! Eu devo desculpas à Margot, pois tivemos uma discussão mais cedo, onde falei algumas bobeiras à ela! – disse inexpressivamente. – Temo que ela tenha fugido por estar magoada!

– Você o que? Sabe que Margot é sensível, não gosta de ser contrariada, menos ainda de ouvir desaforos e ainda fez tudo isso! Se o pior acontecer, juro matar você e todo aquele seu grupinho idiota! – gritou Pietro severamente, fazendo com que o chão voltasse a tremer.

– Pietro, por favor, desculpe-me!

– Dignus est poena! – recitou Pietro, fazendo-me cair no chão com enorme dor, a qual me consumiu até o desmaio. Antes de desmaiar, ouvi Pietro dizer que a dor que eu estava sentindo não era nada comparada ao que ele faria a mim se o pior acontecesse a Margot.

Acordei no dia seguinte em um leito, na enfermaria, onde tinha a minha volta: Sr. Justus, Dulce aparentemente preocupada e Hugo.

– Enfrentando novamente a ira de Pietro, amigão? – disse-me Hugo em um tom de brincadeira.

– M-marg-got! E-e M-marg-got? – balbuciei.

– Os curandeiros estão tentando de tudo, Andrew! O diretor estava analisando o feitiço que está sobre ela, fazendo com que o único sinal de vida, que é a magia dela, ainda continue presente no espaço! – informou-me Dulce.

– Sr. Owteman, temo que a Srta. Tenebrarum, não viva para contar história do que aconteceu. Precisa ser forte, sei que ela é um membro de seu grupo, mas temo que ele fique defasado. O diretor Summum, informou que haverá uma suspensão das aulas em Vingardion High, por decisão dos ministros do cristal e do guardião. Corremos grande perigo com quem fez isso à Srta. Tenebrarum e ao Sr. Herman. O diretor e os ministros estão movendo-se para que achem os responsáveis pelos lamentáveis acontecimentos. Enquanto isso, ficarão fora do castelo, podendo ficar pelas cidades de Vingardion! – disse Sr. Justus

Não queria chorar por Margot na frente de todos, mas meus olhos eram pura lágrima quando o Sr. Justus revelou que o quadro de Margot era péssimo.

– P-por-r f-favor, n-não deix-xem-na m-morr-rrer! – balbuciei fechando os olhos.

– Faremos o possível, Sr. Owteman. – Afirmou o Sr. Justus desaparecendo em meio a uma fumaça roxa que se dissipara no ar.
Dulce caiu em pranto, chorando de soluçar.

– Não acredito que ela morrerá! Perderemos um integrante de nosso grupo, alguém que não fazia mal algum a ninguém! Pobre Margot!! – lamentou Dulce chorando.

– Eu não tive muito convívio com ela, mas gostava da linda Margot! E além de tudo, ela era irmã do meu amigo! – disse Hugo abaixando a cabeça.

– Se ela está sob o poder de algum feitiço, ainda há um jeito, gente! O diretor não costuma se enganar com essas coisas! Vamos torcer para o melhor acontecer e tentar relaxar um pouco com essas férias que ganharemos! – disse Sophia entrando no leito, abraçando Hugo por trás.

– O-onde est-á A-arrow? – perguntei.

– Ele foi fazer um ritual de magia ancestral junto dos outros bruxos do clã dele. Meio que pedem pela alma que está em apuros, ou algo do tipo! – explicou-me Sophia.

– Andrew, você poderá ficar em minha ca…

– Você ficará bem acomodado em minha residência, querido sobrinho! – disse tia Eleonor aparatando para o leito e interrompendo Hugo.

– Senhora Eleonor Owteman! – disseram Hugo, Dulce e Sophia em coro.

– Olá crianças, creio que já deveriam estar preparando-se para voltar até suas casas. As aulas não terão previsão de retorno até que o castelo esteja seguro. Não queremos mais mortes por aqui. Deixem meu sobrinho comigo, cuidarei bem dele.

– Sim senhora! – os três disseram, saindo do leito, deixando-me a sós com tia Eleonor.

– Tia, leve-me de volta para casa! – implorei sentindo que podia falar melhor e que o efeito da maldição começava a passar.

– Andrew, nossa família tem o dever de proteger o véu que liga Vingardion à Terra. Não podemos abrir mão disso! Seu pai cuida do lado de lá, eu cuido do lado de cá. Você poderá escolher onde ficar, assim que se formar em Vingardion High. Agora precisamos te colocar em segurança. Creio que algo de muito ruim está para acontecer! – respondeu-me a velha.

Em pouco tempo, estava na casa de Eleonor: Uma mansão antiga, com a estrutura toda de madeira, com um grande jardim gramado e com árvores incrivelmente grandes. A casa continha quatro andares, escadas de madeira e um acabamento perfeito. Um grande pátio, com piscina e três carruagens, mas nenhum cavalo e no lugar das rodas, parecia uma estrutura metálica utilizada em trenós.

– Bem vindo a mansão Owteman, Andrew! Ela foi nos dada pelo guardião atual, seiscentos anos atrás, quando seu avô derrotou os Tenebrarum! – explicou-me Eleonor.

– Tia, eu ainda sinto dor, preciso descansar! – reclamei.

– Sim, sim, deve descansar e amanhã estará novo em folha. Cuidado ao dormir, sob efeito da maldição, o nosso corpo fica frágil e nosso poder nos revela qualquer coisa que afetar o véu. Isso pode nos causar pesadelos ou desconfortos! – Explicou-me – Venha, este aqui são seus aposentos! – disse-me mostrando um quarto enorme, também revestido de madeira, com móveis esculpidos a mão, uma cama enorme, closet e banheiro.

– Uau, isso é o meu apartamento no Rio! – falei surpreso.

– E o seu quarto em Vingardion! – respondeu-me sorrindo.

Deitei-me na cama e por estar novamente cansado, caí no sono facilmente, mas com a cabeça em Margot e na ameaça feita por Pietro.


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Notas finais do capítulo

E então? Merecemos comentários?