Vingardion High escrita por Patch, Luna Bizuquinha


Capítulo 11
Ocultismo e suas artimanhas.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe-nos, não ter postado antes, mas tivemos de viajar em função das festas de fim de ano. Espero que gostem! Obrigado por ler nossa fic e desejamos um feliz natal para todos vocês! Atenciosamente, Patch&Luna Bizuquinha.



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Mais de quatro horas de pesquisa sobre feitiços de ocultação, mas não achava nada sobre velas da babilônia. O cansaço já começava a tomar conta de mim, mas não poderia ir para a cama e faltar aula. Minha primeira aula do dia começaria em uma hora e eu ainda tinha um livro sobrando em cima da mesa. O nome do livro era ocultismo com magia negra. Abri o índice e havia um capítulo falando sobre feitiços de ocultação. Quando abri a página, bingo. Vela negra estava em evidência, como um dos principais feitiços de ocultação.

– As velas não servem apenas para ocultar o ambiente, mas também para ocultar o que for preciso. Porém as principais utilidades do feitiço são ocultar um local qualquer, ocultação cadáver – muito utilizado por bruxos que fazem sacrifícios –, ocultação de identidade – utilizado na maioria das vezes nos bruxos que vão a lugares onde não querem ser notados, ocultação da voz dentre outros… – li em voz alta.

– Bingo, o cara encapuzado está usando o poder da vela negra para se dar bem! – pensei em voz alta.

– Quem está querendo se dar bem? – disse Sophia aparecendo do nada, assustando-me.

– Acreditaria se eu te dissesse que Arrow não é o culpado pelas mortes? Perguntei.

– Depende. Baseado em que você está me dizendo isso? – perguntou-me levantando uma de suas sobrancelhas.

– Fui até a enfermaria ver o corpo de Herman, mas quando cheguei fui atacado por um cara encapuzado, o qual me lançou um feitiço e fugiu! Tenho certeza de que ele é o assassino! Ele não teria ido até lá se não fosse.

– Nossa! Andrew você é realmente um imbecil! Já pensou que o cara pode ter ido até a enfermaria com o mesmo intuito que você, ou descartou essa possibilidade?

– Não foi só isso!

–Então qual a próxima prova de que existe um assassino entre nós? – perguntou-me já incrédula.

Lembrei-me na hora que Arrow me pedira sigilo sobre o que havia acontecido entre ele e o encapuzado na masmorra.

– Nenhuma!

– Então pare de interferir na decisão do diretor! Afinal, ele mesmo lançou o feitiço de reconhecimento!

– Só uma coisa, acredita que a magia da pessoa possa ter sido mascarada por uma vela da babilônia?

– Nunca ouvi falar sobre feitiços que mascaram a magia de alguém! A magia de qualquer um é como se fosse uma impressão digital. Cada um tem a sua! A cada feitiço feito, você deixa sua marca para trás. Acho que é impossível que ocultem a magia, mesmo utilizando uma vela negra! – concluiu Sophia.

– Não sei, acho que tudo é muito estranho! Se existe uma vela que oculta às coisas, acho que ela pode muito bem ocultar as impressões digitais ou magia de alguém!

– Nunca ouvi falar nisso, mas quem sabe… Vou dar uma pesquisada. Posso ter lido sobre isso em algum lugar e nunca prestado muita atenção.

– Sophia, não conte a ninguém que estou pesquisando sobre magia de ocultismo.

– Cara, você não está cometendo nenhum pecado! Todo mundo pesquisa sobre essas coisas aqui na escola. Aliás, todo mundo pesquisa sobre tudo nesta escola. Sobreviver os dez anos, necessita conhecimento. – explicou.

– Certo! Ah, mais uma coisa. Sabe me dizer em que cela Arrow está? – perguntei como se não soubesse.

– Claro que não. Por que saberia?

– Sabe se existe algum feitiço de localização, para saber onde ele está?

– Não sei fazer feitiços de localização ainda. Mas sei algo parecido. Veja, tenho um mapa de Vingardion e aqui fica a masmorra. Só preciso passar a mão sobre a masmorra e… Clárea Illustratte! – disse Sophia recitando o feitiço.

No momento em que o feitiço foi recitado, esperava que mostrasse algo no mapa, mas o papel parecia o mesmo.

– Ué! Não era para acontecer isso. Uma mancha deveria aparecer nas celas que contém prisioneiros. – disse-me explicando – Só há uma explicação para isso…

– Qual? – perguntei temendo a resposta.

– Arrow foi retirado da masmorra!

Ouvi passos correndo atrás de mim.

– Andrew! – gritou Dulce.

– Dulce, aconteceu alguma coisa?

– Arrow, ele, ele está na enfermaria!

Levantei-me tentando fingir que não sabia de nada e abraçar Dulce, que parecia estar apavorada.

– O que aconteceu, Dulce?

– Ele foi encontrado muito machucado na cela em que estava. Levaram-no para a enfermaria em estado de choque! Encontraram a cela destruída! Parece que ele foi atacado por algum dominador de fogo!

– Vou passar na enfermaria e ver como ele está! Vá para a aula e tente se acalmar! Encontro você mais tarde na aula de poções!

– Está bem, se conseguir falar com ele, avise-me, por favor! – pediu-me Dulce com lágrimas nos olhos.

Corri até a enfermaria, onde encontrei Arrow sobre os cuidados da enfermeira que falou comigo no outro dia. Ela passava suas mãos sobre ele, as quais brilhavam com uma luz azul fluorescente enquanto ela o fazia. Ao mesmo tempo, ela recitava um feitiço de cura tão baixo que não conseguia identificar o que ela dizia. Arrow parecia inconsciente.

– Ele vai ficar bem? – perguntei.

A senhora me olhou com um olhar cansado enquanto continuava a utilizar sua mágica.

– Espero que sim! Este jovem rapaz foi trazido para cá inconsciente, quase perdendo seus sinais vitais. Ele foi enfeitiçado por magia negra! Não estou conseguindo identificar quais danos ele sofreu e nem qual maldição está surtindo efeito sobre ele.

– Mas ele já está melhor, certo?

– Sr. Owteman, seu amigo não está melhorando tão bem, quanto eu gostaria. Tentei muitos feitiços removedores de maldições, mas nenhum surtiu muito efeito. Estou efetuando agora um feitiço de cura, o qual o colocará em um quadro melhor!

– E está funcionando?

– As feridas já cicatrizaram, mas estou realizando este mesmo encantamento, já faz uma hora e não surtiu nenhum efeito!

– O que? M-mas ele precisa melhorar!

– Sr. Owteman, eu tentarei fazer com que ele melhore! Volte às suas tarefas do dia e mandarei notícias se houver melhoras.

Decidi fazer o que a curandeira me aconselhou e saí da enfermaria seguindo para classe de poções.

– Bom dia alunos, sou o professor Avalon, responsável pela classe de poções, do primeiro ao décimo ano de vocês! Na mesa de todos vocês, estão ingredientes para fazer uma poção de cura. É uma poção simples, que pode ser bastante útil em momentos de aperto, durante os jogos de integração. Como todos devem estar sabendo, em breve, os jogos de integração serão transformados em combates, onde vocês treinarão a magia de vocês lutando contra outros grupos! Esta poção é consistida simplesmente por água e uma flor encontrada geralmente na beira dos rios, chamada Lupys. Para prepara-la, vocês só tem de esquentar a água e amassar as pétalas lilás da flor, até que soltem um líquido da mesma cor. Ao entrar em contato com a água quente, o líquido libera uma espécie de acelerador de metabolismo, o qual fechará as feridas em no máximo trinta minutos.

– Professor, existe alguma poção que extraia o feitiço de maldições de magia negra?

– Sim senhor…?

– Owteman! Andrew Owteman!

– Sim, senhor Owteman, existem muitas poções que cortam o efeito de qualquer magia, porém é preciso saber que feitiço foi lançado para que possam usar as poções. Cada poção tem sua funcionalidade, ou seja, se eu lhe der uma determinada poção e você foi enfeitiçado por um feitiço, o qual esta mesma poção não tem poder para combater, ou você pode morrer, ou algo ruim poderá acontecer com você!

– Entendi. Obrigado senhor!

– Eu que agradeço Sr. Owteman, é bom ver alunos interessados nas matérias. Bem, quero que preparem esta poção e a testem para ver se funcionará! Escolham um parceiro para a tarefa e testem a poção!

Dulce olhou para mim e eu assenti, balançando a cabeça em sinal positivo. Fizemos a poção da forma descrita pelo professor Avalon, na hora de esquentar a água, Dulce colocou as mãos no pote de barro, onde estava à mistura e ela ferveu instantaneamente. A poção estava pronta.

Na hora de testar, eu me ofereci para ser machucado.

– Tem certeza? Não quero te machucar! – Dulce falava parecendo temer algo.

– Dulce, nossa tarefa precisa ser completada. Sei que não vai me machucar muito! Pode fazer! – falei sorrindo.

– Está bem! Desculpe-me pelo que farei!

Dulce passou o dedo indicador suavemente em meu braço, mas apesar de ela estar fazendo tudo gentilmente, por onde o dedo passava, minha pele queimava e abria um machucado causado pela queimadura, o que doía muito.

– Ahh – gemi de dor.

– Desculpe-me Andrew! Beba a poção!

Ao beber a poção, instantaneamente, a dor passou e conseguia sentir minhas células começando a se regenerar. Após trinta minutos, a ferida já havia sido completamente cicatrizada. O professor passou de mesa em mesa conferindo a atividade. Ao terminar, liberou a todos nós. Eu e Dulce corremos até a enfermaria, onde se encontrava Arrow.

– Arrow! – Dulce chamou, aproximando-se da cama dele.

– Hey, parece preocupada. Espero não ter acontecido nada – disse Arrow descontraindo.

– Bobo! – disse Dulce aliviando a tensão – Está melhor?

– Sim, me sinto muito bem!

– Que bom que melhorou Arrow! A enfermeira conseguiu achar o contrafeitiço necessário a tempo! – falei sentindo-me bem por Arrow não ter perecido.

– Infelizmente não encontrei Sr. Owteman , o feitiço ainda está sobre ele. Eu apenas consegui curá-lo por hora! – disse-me a enfermeira aparecendo atrás de mim.

– O que? Como assim não descobriu? – indaguei.

Dulce abraçou Arrow e começou a chorar.

– Eu tentei um feitiço de revelação, mas nenhum deu certo. Parece que foi oculto por algo! Informei o diretor do problema e ele está a caminho! Sugiro que voltem às atividades! Conversamos um pouco mais com Arrow para que ele ficasse distraído e depois seguimos para as continuações de nossas atividades. Neste dia, ainda tive aulas de artes do vento e de artes negras e ocultas.


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