Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 40
“O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é” – Fernando Pessoa.


Notas iniciais do capítulo

Tenho que pedir desculpas de novo pelo peti de ontem. Nas notas finais eu estava me desculpando e... PAM! Mais reclamações e desabafos. Oxê.

Mas eu acho que deu resultado ou foi coincidência. RECOMENDARAM! MINHA NOSSA SENHORA PADROEIRA DAS ESCRITORAS DESESPERADAS! Minha santa Beyoncé... Eu não tava nem. um. pouco. preparada. Nada. Foi na contagem regressiva e... BANG! Direto do meu coração desnutrido e fazendo rejuvenescer toda a alegria!

Sobek... Minha linda... Beijos e abraços não são suficientes para demonstrar tamanha a minha gratidão e felicidade graças a você nesse exato momento. Oh minha Lana Del Rey... Gente... Só muito obrigada MESMO! Você é incrível! Amei sua recomendação! Amei! E tô imensamente feliz por saber que a minha fic está realmente agradando as minhas leitoras.

E Sophia Valdez... Oxênte... Obrigada pelo seu lindo review! Amei ler ele e respondê-lo. Muito obrigada por ter deixado de ser uma Fantasminha e ter comentado na minha fic. Depois daquele chilique, achei que aí mesmo que eu não iria receber nada. Mas fiquei imensamente feliz quando recebi uma recomendação e um review de uma ex-leitora fantasma.

E infelizmente, o capítulo de hoje não está a altura da minha felicidade e a minha gratidão a Sobek e Sophia. Está meio chatinho e pequeno. Mas prometo que a Alicia vai voltar semana que vem e transformar tudo em uma verdadeira bagunça. E tadinha da Laura... Aiai...

Ps: Sobek, eu posto todo domingo à noite, sem falta. Pode acontecer alguma coisa e eu postar segunda à noite, mas é sempre domingo, ok? Me deu peninha imaginar você procurando nas Atualizações a atualização da fic todo dia da semana e nada. Sei como é. É tipo eu com review.

Bom, gente. Uma boa leitura e a gente se vê nas notas finais.



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Andrew estava esperando pela gente assim que chegamos a sala de espera. Ele se levantou assim que me viu. E respirei bem fundo, ele se desculparia toda vez que olhasse para o meu rosto vendo o curativo nada discreto no meio da minha cara.

—Laura... Eu... – suas palavras morrem no ar. Sorrio sentindo um certo incomodo por causa dos curativos. Mas não era necessário ele pedir desculpas. Eu conseguia ver pelo seu olhar de cachorrinho que fez xixi fora do lugar – Desculpa... Nossa... Eu nem sei o que dizer.

—E nem é necessário dizer coisa alguma – respondo série e seca. Bem o tipo ressentida. Eu não estava, mas queria muito assusta-lo. E pela a cara dele consegui com certeza. Andrew gelou e arregalou os olhos assustado. Acho que ele não esperava mesmo a minha reação.

—Laura... Me perdoa – ele insiste se aproximando culpado, mais muito. Ah, coitado... –Foi sem querer. Juro! – é quase cruel o que estou fazendo. Ainda mais quando ele pega nas minhas mãos com tanto carinho. Mas as afasto em seguida como se sentisse nojo... Acho que os remédios não me fizeram bem não.

—Não foi da intenção dele, Laura – agora é Steve quem tenta me convencer. Eu sei disso, porém continuo com o meu papel de “madame orgulhosa e ferida”. Quase rio com a cara que Andrew está fazendo.

—Se eu soubesse que você estava andando, passando pelo corredor naquela hora, eu juro, eu não teria aberto a porta – ele insiste. Mas solto apenas um fraco sorriso, quase irônico. Engulo o riso antes que eu estregasse tudo – Acho que devemos colocar todos os rolos de papel no banheiro a partir de agora – Andrew diz convicto. E concordo com ele, mas irei me divertir um pouco mais agora.

—E você acha realmente que vou morar com você depois disso? – drama, oh drama... E terminando com apontando para o curativo no meu nariz. Ele se sente culpado, mas irei brincar um pouco com isso um pouco mais.

—Laura – Steve me chama me advertindo. Ele realmente estava acreditando? Engole o riso, Laura... Não estrague agora...

—Nem sei o que dizer... – comenta Andrew, olhando para o chão limpo e lustroso quase perdido.

—Rua. Arrume suas coisas e rua – é quase uma ordem, mas firme e direta. O encarando enquanto observava o chão, que por ironia, se sentia sem chão.

—Você está indo longe demais – sinto a mão de Steve no meu braço, um pouco acima do cotovelo chamando a minha atenção. Olho para a sua mão e quando vejo o seu rosto, sério e pronto para dizer o que for necessário para colocar juízo na minha cabeça, é aí que desato de tanto rir, a ponto das pessoas da secretária olharem para mim me achando maluca.

Ambos olham para mim sem saber o que fazer. Provavelmente pensando o que raios aconteceu. Mas enquanto eu sentia cada vez mais vontade de rir quando eu os olhava, respiro bem fundo e me recomponho.

—Foi uma brincadeira –aviso e ouço Andrew roubar todo o ar do planeta num grande suspiro aliviado – E vocês dois caíram direitinho – completo apontando para ambos. Steve dá um pequeno sorriso aliviado talvez. Mas Andrew é o exemplo perfeito de alguém que teve seu exame trocado com o de alguém de alguma doença terminal.

—Nem sei o que dizer... De novo... – Andrew comenta num sorriso aliviado e leve, coçando a nuca e olhando para os lados. Sorrio achando fofa a sua reação.

—Desculpa, mas eu tinha que fazer isso. Adoro brincar com essa sua cara fofa – brinco de novo com direito a dar um apertão em sua bochecha assim como as minhas tias faziam quando eu era pequena, e até mesmo pouco tempo depois de adulta.

Não sei porque fiz isso, mas Andrew estranhou, e Steve também. Ficou um silêncio um pouco constrangedor. E de uma hora para outra, só quero ir para casa, no conforto da minha casa.

Por fim, fomos todos de táxi. A viagem um pouco silenciosa demais. Eu devia ter perguntado ao Andrew o que aconteceu depois que apaguei, pela perspectiva dele, vai que o Steve tenha exagerado, ou melhor, ter amenizado a reação dele para que Andrew não parecesse tão... Bobo? É uma coisa que Steve faria.

Andrew abriu a porta do nosso apartamento. Entrei, tirei as sapatilhas as deixando no cantinho. Joguei o casaco no mesmo lugar de sempre, onde também estavam os casacos de Andrew e Steve. E antes que alguém fizesse, me joguei no sofá o ocupando inteiro.

—Vou ligar para a Alicia e dizer que está tudo bem – Andrew avisa e agradeço mentalmente. Eu não sei o que deu em mim, mas estou meio desanimada e cansada. Apesar que dormi por cinco horas no hospital. Talvez seja fome.

—Melhor você fazer seu testamento antes que seja tarde – brinca o loiro, rio enquanto levanto a parte de cima do meu corpo lhe dando um lugar para sentar. E antes que ele fizesse alguma coisa, coloco minha cabeça no seu colo. É até mais confortável do que usar o descanso de braço do sofá. E com o brinde de receber cafuné como estou recebendo agora.

—Faço isso amanhã... – respondo numa preguiça pura. A ponta da unha do Steve fazendo movimentos circulares na minha cabeça é relaxante demais. E unindo ao meu provável cansaço, quase durmo em menos de trinta segundos. Ele ri da maneira como eu respondo. Uma voz arrastada e relaxada.

—Ligou para os seus pais? – pergunta enquanto continua com o carinho. Fecho os olhos morrendo de medo de começar a babar na sua calça. Me acomodo melhor enquanto me viro e fico de bruços recebendo carinho agora perto da nuca.

—Faço isso amanhã... – respondo da mesma maneira que antes. Steve ri de novo e ameaça parar com o cafuné. Mas procuro pela sua mão e coloco na minha cabeça para que ele continuasse. Tipo a minha cadelinha, Cristal, quando eu tinha cinco. Lembro que até a S.H.I.E.L.D sabe que ela existiu. Steve ri mais um pouco.

—Vai tentar remarcar esse jantar? – porque Steve insiste em continuar me fazendo perguntas? Tudo o que eu quero é que ele continue com o carinho, e não pare. Pelo amor de Deus, não pare. Estou quase conseguindo a resposta universal do porque estamos nesse mundo.

—Amanhã, Steve. Amanhã – preguiça e desleixo, é assim que respondo. Steve não ri, apenas continua agora com duas mãos. Jesus... É hoje que derreto toda.

—Pronto, Alicia já sabe, ficou preocupada mas agradece pela minha gentileza – Andrew avisa saindo do corredor e vendo nós dois no sofá. Eu deitada no colo do Steve e o loiro continuando a fazer carinho – Se vocês não se importam, estão na minha cama – o moreno avisa, e com toda razão. Já é mais de meia-noite. Hora de ir dormir.

—Desculpa – digo enquanto levanto e o loiro logo em seguida. Meu amigo agradece enquanto abre o sofá o transformando numa cama.

—Eu vou indo. Durma bem e descanse, ok? – Steve deposita num beijo leve nos meus lábios. Mas me pergunto se não atrapalhou por causa desse troço gigante no meu rosto. Devo estar ridícula.

—Você também. Tchau – me despeço enquanto pega o seu casaco e abre a porta a fechando logo em seguida. Sorrio minimamente e vou para a cozinha comer alguma coisa antes de ir para a cama dormir.

—Você estava mesmo brincando, né? – pergunta Andrew olhando para a televisão deitado no sofá-cama. Pronto, eu sabia que ele iria perguntar. Agora me arrependo de ter feito aquela brincadeira. Por mais que tivesse sido engraçada, o assustou de verdade. Coitado... –Aquilo no hospital.

—Sim, claro – respondo logo em seguida, para que não deixasse espaço para a dúvida – Se tivesse sido de proposito o acidente, o que não foi, eu teria levado em cogitação – conto e o moreno concorda comigo.

—É, até porque seria muito castigo além de receber uma pancada da porta de proposito, ainda ter que ficar com esse troço por semanas – é uma brincadeira, eu sei que é, porém eu concordo com ele, é muito castigo ficar com essa atadura mesmo – Quando você vai poder tirar? – uma pergunta curiosa.

—Em duas semanas talvez – respondo fechando a geladeira com um pedaço de pizza de dois dias atrás. A deixo no forno esquentando enquanto me apoio na pia esperando ela ficar pronta.

—Nossa... Duas semanas sem trabalhar ou menos? – Andrew pergunta e acende uma pergunta na minha cabeça também. Deixo a cozinha para pegar o papel que o médico me deu, que deixei no bolso do casaco. O abro e tento ler uma palavra apenas do que ele escreveu, mas letra de médico é que nem fala de bêbado, ninguém entende nada.

—Acho que uma semana – respondo duvidosa, enquanto tento ler a licença. Até cheguei a virar um pouco a cabeça para entender. Vai que é uma letra mais deitada?

—Deixa eu ver – pede o moreno e o entrego. Mas pela sua cara, nem ele entendeu nada. E me devolve no mesmo nível do meu fracasso – Podemos passar numa farmácia e pedir para lerem para a gente, que tal? – uma sugestão meio boba, mas que pode dar certo. Quem além do médico que consegue entender o que está escrito? Farmacêuticos que tem que decifrar todos os dias.

—Vamos fazer isso – concordo e coloco o papel na mesinha de centro. Bem em cima para lembrar de fazer isso amanhã cedo. Não posso esquecer. Vai que o pessoal dos recursos humanos também não entenda? Eu vou ter que traduzir. Ou o Andrew, já que ele pode entregar por mim.

Me sento na cadeira de sempre da mesa de jantar e encosto minha cabeça em cima. Bateu um sono... Fecho os olhos sentindo o cheiro da pizza esquentando. Cheguei até sentir a minha barriga roncar. Mas o sono estava mais forte e acabei adormecendo.

Mas acordo minutos depois com um sanduiche na minha frente. Eu não havia esquentado uma pizza? Porque tem um sanduiche? Levanto os olhos e vejo o Andrew comendo a pizza que eu esquentei e com um sorriso pequeno. E nada diz enquanto volta para a sala ver televisão.

—Mas porque? – pergunto aproximando o prato e sentindo a minha bochecha um pouco molhada. Acho que eu babei enquanto cochilava. Ainda bem que não sujei a mesa.

—Só uma das maneiras de eu não me sentir tão culpado – ele responde só virando a cabeça e partindo mais um pedaço com os dentes da pizza. Concordo com ele e me preparo para comer aquele sanduiche de pão, queijo derretido, um pedaço de frango e uma salada de alface, cenoura e tomate. Minha boca aguou com aquele lanche nada leve antes de dormir.

—E conseguiu? – perguntei curiosa ainda observando o sanduiche.

—Não.

—Graças a Deus... – comento baixo, mais bem baixinho. Por mais que seja cruel, espero que ele se sinta culpado o máximo de tempo que puder. Eu quero mais desses sanduiches. Muito melhor do que aquele pedaço de pizza de dois dias atrás com queijo duro.

Comi o sanduiche saboreando cada pedaço. Até minha boca ficou suja da maionese que acrescentei depois. Estava muito saboroso. Andrew tem mãos mágicas para cozinhar. Ainda mais para alguém faminta como eu estava. Pois eu acho que a última coisa que eu comi foi no almoço, e nem foi tanto.

Mas por fim, agradeci ao moreno, tomei um banho, escovei os dentes, coloquei o pijama e caindo na cama logo em seguida, e adormecendo em tempo recorde em que eu estivesse sóbria.

O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é”.

—Fernando Pessoa.


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Notas finais do capítulo

Eu disse... Eu disse... Capítulo fraco... E eu acho que se parar para pensar, podia nem ter existido e continuaria fazendo sentido...

E eu tô sentindo um certo receio com essa cena em que a Laura finge expulsar o Andrew. Ela me pareceu meio babaca por fazer isso com alguém tão preocupado com ela. Tô quase tirando, mas isso vai somar um pouco com algo do próximo, é melhor eu deixar mesmo.

E gente, tô com muitos planos para a fic. Odeio fazer fics muito longas pois fica cansativo para aqueles que forem ler depois, alguns acabam até desistindo pela quantidade imensa de capítulos. E acho também que a história se enrola e prolonga por tempo desnecessário. Se eu pudesse, teria excluído boa parte da fic e ido direto ao ponto como estou fazendo agora.

Mas porque estou falando isso? Porque como eu falei, tenho muitos planos e esses planos vão acontecer nessa temporada ainda, ou seja, mais uns vinte, trinta ou até quarenta capítulos pela frente. É muita coisa. Já estamos no capítulo 40 e a fic nem entrou em reta final. Quero acelerar as coisas porém continuar com esse tempo confortável de escrever e de ler.

Bom, é só isso. Beijos para vocês e até semana que vem! ;3