The Darkness Princess escrita por Nikki, Henry Petrov


Capítulo 15
The First Day Of My Worst Nightmare... Or My Best Dream?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Gente, por que vocês não estão comentando? Estou muito triste... #zoa
Enfim, por favor, comentem, só assim eu tenho certeza que vale a pena continuar. Propaganda feita, agora vamos para o que importa. No fim do capítulo, tem uma foto com o horário escolar da Katherine. Está em inglês, então nas notas finais, há uma legenda. Deem uma olhada.



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Quando achei que tudo seria meu

Quando achei que tudo fora dito

Só mais um pouco e ficarei bem - A Little Bit Longer (Jonas Brothers)

P.O.V. - Katerina

Depois do meu discurso, alguns outros alunos foram chamados, entre eles Blásio. Dumbledore disse umas palavras que não prestei atenção e fomos autorizados a comer. Assim como Snape dissera, a comida apareceu em nossos pratos e nossos copos foram magicamente enchidos com nossos sucos preferidos.

O fantasma repleto de sangue se sentou alguns metros a minha direita. O nome dele era Barão Sangrento e ocupava o “posto” de fantasma da Sonserina. Comi muito. Havia mais comida ali do que eu comera em toda a minha vida. Pra falar a verdade, eu nunca tinha comido daquele jeito, não comia nada que não fosse as gororobas do orfanato. Eu estava realmente feliz.

Kane desapareceu castelo a dentro, mas Draco me tranquilizou dizendo que estava tudo bem, ele não sairia do castelo, era uma coisa quase que mágica. Ele sempre estaria por perto. Respirei fundo e voltei a comer. Diversas vezes, fui alvo dos dedos de muitos alunos, além de ouvi-los cochicharem uns para os outros enquanto riam. Em outros dias, eu iria até lá e jogaria toda a geleia de amora na cara de cada um, mas eu acreditava que não podia julgá-los. Achei que eles merecia um tempo para se acostumarem, que era normal. Se estava certa, nunca soube. Então, Dumbledore se levantou e disse algumas palavras. Todos o observaram atentamente.

–Hum... Só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos, Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês. Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da propriedade. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em lembrar dessa proibição. – ele pausou brevemente. – O senhor Filch, o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas.

“Os testes de Quadribol serão realizados na segunda semana de aulas. Quem estiver interessado em entrar para o time de sua casa, deverá procurar Madame Hooch. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa.”

–E agora, antes de irmos para a cama, vamos cantar o hino da escola! Escolham sua música preferida!

Ele ergueu sua varinha e começou a escrever a letra de uma música no ar. Poucos cantavam do mesmo jeito e, os gêmeos ruivos, cantavam como se estivessem em um funeral.

–Ah, a música! Uma mágica que transcende todas que fazemos aqui! E agora, hora de dormir. Andando!

Uma menina de cabelos ruivos se levantou no canto da mesa e chamou todos os Sonserinos. Meninos e meninas, de todas as alturas, cores, cabelos e rostos seguiram a menina. Ela era alta e tinha um ar de mandona, como Hermione. Fiz o mesmo e Draco seguiu caminho ao meu lado.

–Oi. – ele falou, me dando um empurrãozinho com o ombro.

–Oi. – falei, um pouco cabisbaixa

–Você foi muito corajosa hoje. – ele comentou

Ergui e cabeça e afastei o cabelo dos meus olhos.

–Não sei se fiz o certo. –falei olhando para ele, sem dar atenção para onde ia, eu só seguia a fila. – Acho que posso ter piorado tudo.

–Acho que não. – ele falou, observando os degraus que descíamos, que chegavam a um lugar mal iluminado que não dei muita atenção. – Foi um tiro no escuro, claro, mas não acho que tenha piorado a situação.

–Ter falado aquilo só pode ser a melhor ou a pior coisa que pode me acontecer aqui. – conclui

Draco mordeu o lábio e voltou a observar os corredores.

Os dormitórios da Sonserina ficavam em uma parte inferior do castelo, chamada de Masmorras, embaixo de uma escada. Era uma parede normal, mas quando a senha era dita, ela se afastava e abria caminho para o que chamavam de Salão comunal.

A Salão comunal era uma sala de estar, com sofás, mesas e uma lareira. Era uma sala redonda, com muitos tapetes decorativos pendendo no teto e nas paredes. Haviam vidros por toda a sala, revelando o lago que ficava em frente a Hogwarts. Ao chegarmos, Draco me contou que era o Lago Negro, onde viviam várias criaturas marinhas e que, de vez em quando, poderiam aparecer uma delas nas vidraças. Em algumas mesas, haviam tabuleiros de xadrez. A lareira era decorada com um brasão reluzente de uma cobra. Haviam algumas velas espalhadas pela sala e, num canto esquerdo, havia uma escada que descia para os dormitórios.

Uma menina chamada Gemma Farley nos guiava pelos corredores do castelo. Em suas vestes, havia um símbolo da Sonserina e, do outro lado, um broche com a letra P estampada. Draco me disse que ela era o que chamavam de Monitor(a), que eram pessoas escolhidas pelo diretor da casa, que no caso era Snape. Ela seria nossa “guia” em Hogwarts enquanto fosse monitora, qualquer coisa, falávamos com ela. Ele também me contou que havia ainda o Monitor Chefe e a Monitora Chefe, que eram um par de alunos escolhidos pelo diretor para organizar o corpo estudantil da escola. Acima deles, só haviam os diretores das casas, que eram Snape, da Sonserina, Minerva, da Grifinória, Flitwick, da Corvinal e a Madame Sprout, da Lufa-Lufa e o restante do corpo docente, incluindo o diretor da escola, Alvo Dumbledore e a vice, que também era Minerva. De acordo com Draco, Dumbledore já fora professor de Transfiguração antes de ser diretor, assim como Minerva, o que aumentava as chances dela de se tornar diretora.

Quando chegamos na salão comunal, Draco deitou no sofá mais largo, como se estivesse em casa. Na vidraça mais próxima da lareira, uma bolinha laranja pululava, como se tentasse entrar no lago.

–Kane! – exclamei

Tomei-o no braço e observei a vidraça. Havia uma sereia muito bonita na vidraça. Tinha longos cabelos loiros e olhos verdes, uma pele clara e aparentemente macia. Ela sorria. De repente, seu sorriso se tornou um grasnado, com dentes caninos afiados e amarelados. Seu cabelo loiro se esverdeou, sua pele ficou cinzenta e seus olhos ficaram vermelhos. Sua pele ficou esticada como a de uma idosa e seu rosto ficou deformado.

–Sereianos. – uma voz me explicou

O menino me olhou com um sorriso comprimido no canto da boca. Ela usava um topete seus lábios eram carnudos. Seus olhos eram verdes e hipnotizantes. Não sei por quanto tempo fiquei parada olhando para ele. Kane se remexeu no meio braço e acordei “para a vida”.

–Ah... – falei erguendo as sobrancelhas e abrindo a boca. – Já ouvi falar.

Tímida, segui com Kane para o dormitório, com medo de falar alguma coisa super-errada ou esquisita que fizesse ele me achar... Esquisita. Esse era o ponto de estar ali, não ser esquisita, mas fugir do menino não foi a escolha mais sábia. Enfim.

Desci os degraus e parei em um hall escuro e pequeno, com apenas um candelabro pendendo no teto. À minha esquerda, havia uma porta com os dizeres “Meninos. Primeiro Ano.” e à direita “Meninas. Primeiro Ano.”. Não sabia aonde estavam as portas para os segundanistas, mas não me importei com isso.

Adentrei a sala à minha direita e observei o lugar. Haviam camas por ao redor da sala e, no centro, havia uma poça d’agua, provavelmente, do lago. Era quente e exalava um clima bem aconchegante, que eu não sabia de onde eu lembrava daquela sensação. Era deliciosa e me fazia sentir que eu estava em casa. Provavelmente, era mágica e enfeitiçada para deixar o clima do jeito que mais agradasse aquele que o sentisse. As camas era rodeadas por cortinas verdes e, nos quatro cantos, havia um poste verde, só de decoração. A cama tinha um travesseiro branco e o edredom era verde. “Tudo aqui é verde?”, bufei. Pus Kane no chão e ele correu para uma “caminha” verde que eu não notara. Ele dormiu logo.

No extremo leste da sala, do outro lado da porta de entrada, havia uma porta com as letras WC. Na frente da minha cama, estava minha mala fechada e algumas roupas haviam sido postas em uma cadeira e outras no criado-mudo ao lado da cama. Abri a mala e peguei uma camisola estampada com margaridas e fui me trocar no banheiro. De lá, fui direto para a cama, onde não demorei para dormir.

Acordei no outro dia com uma sensação gelada no meu rosto. Senti um cheiro de rosas. Quando abri os olhos, a primeira coisa que vi foi uma parede cinza. Não, era o chão. Eu estava deitada no chão, babando e com Kane me rondando. Ele pulava de um lado para o outro, indeciso. Pulei do chão, me sentindo um pouco tonta e corri para a vidraça observar o sol sob o lago. Estava um tanto acima do lago. Deviam ser sete ou oito horas e, ao meu redor, todos dormiam.

Sentei na cama e passei a mão em meu rosto. Sacudi a cabeça para “acordar” e peguei as vestes da Sonserina. Felizmente, havia um brasão de Hogwarts, mas a cobra no símbolo da Sonserina tomara seu lugar. Não mudava muito. Fui até o banheiro e me troquei, lavando o rosto e escovando os dentes. Peguei minha varinha e olhei para a cama de Kane. Estava vazia. Não me preocupei, Draco já havia me explicado tudo direitinho. Ele devia estar tentando passar pela vidraça do Salão comunal de novo.

Subi as escadas e encontrei Draco ainda deitado no sofá. Soltei um riso leve e olhei para a vidraça. Kane não estava lá. Dei de ombros. Pensei que talvez isso fosse um alerta, mas afastei esse pensamento da minha mente. Kane estava seguro em Hogwarts, não iria fugir, ser sequestrado ou nada do tipo de coisa que acontece na cidade grande. As velas na sala estavam levemente acesas, pois não iluminavam muito. Provavelmente por estar cedo.

Saí da sala e entrei nas masmorras. Então, empaquei. Eu não tinha ideia de onde estava. Simplesmente tinha passado todo o caminho entre o saguão e a Salão Comunal. Então, como um herói, minha bolinha laranja veio com suas patinhas apressadas até mim. Kane estava um pouco sujo, mas eu não me importava. Depois de vê-lo, percebi que eu realmente não tinha me acalmado com aquela história de que “Kane estava seguro em Hogwarts”. Imagina se ele tivesse entrado no corredor proibido do terceiro andar? Afastei essa ideia do pensamento e o peguei-o no colo.

Ele me mordeu, de leve, não chegou exatamente a doer. Quando caiu no chão, ele voltou com seus passinhos apressados pelo corredor e eu o segui. Andamos muito, parecia um corredor que não acabava. Provavelmente, circundava todo o castelo. De vez em quando, víamos portas ou outros corredores a nossa direita e a nossa esquerda, mas Kane sempre seguia em frente. Passaram-se 15 minutos mais ou menos e pude ver os degraus que desci com Draco na noite anterior. Subi-os e Kane pulou em meu ombro. Segui com ele até o Grande Salão e me impressionei com o que vi.

Os professores riam e conversavam em voz alta, a vontade. Haviam cerca de dez alunos ao todo no salão. Eu esperava que já estivesse cheio, mas estava um tanto vazio. Sentei na mesa da Sonserina e observei meu prato e copo se encherem. Comi bem, até que eu senti que se comesse mais, ficaria empanturrada e... Bom, não seria legal. Dei um pouco de abóbora para Kane, mas ele não quis. Embaixo da mesa, havia uma vasilha onde ele comia ração. Provavelmente, mágica.

Quando terminei de comer, eram quase nove horas. Com o tempo, o Salão foi se enchendo e, em poucos minutos, estavam todos tomando café-da-manhã. Draco e seus amigos se sentaram à minha frente, me cumprimentaram e comeram. Crabbe e Goyle pareciam trolls comendo, mas Blásio já era mais... Humano. Draco comia do mesmo jeito do momento em que o vi pela primeira vez: sem dar a mínima para o que acontecia em sua volta. Eram mais ou menos nove e quinze quando elas vieram.

100. 200. 500 corujas desceram em manobras e voos radicais, deixando suas entregas exatamente aonde seu destinatário estava sentado. Todos receberam uma carta e alguns receberam coisas a mais. Pude ver um menino tirar uma bola de dentro de uma caixinha. Quando a minha chegou, eu levei um susto.

Caiu um envelope, destinado a mim. Abri-o e Draco observou atentamente o que era. Quando abri, haviam duas cartas. Uma era da “Escola de Magia e Bruxaria De Hogwarts” e a outra era de... Eu quase tive um pire-paque. Desdobrei a carta e li em voz alta, para Draco ouvir.

Srta. Riddle,

Peço-lhe que venha me visitar em meu gabinete após o jantar.

Esperando sua resposta,

Alvo Dumbledore

Draco ficou de queixo caído. Eu fiquei preocupada. “Isso com certeza tem a ver com meu pai.”, pensei. Com certeza ele queria ver minhas intenções naquela escola, se eu tinha um bom motivo para ele não me expulsar da escola... Olhei para a mesa e observei Dumbledore me fitar. Afirmei com a cabeça e ele sorriu, voltando a comer. Respirei fundo e conclui:

–Estragou meu dia.

Abri a outra carta e vi que era um horário de aulas. Eram de segunda a quinta e começavam às 9:45, pouco depois do café-da-manhã. Naquela manhã, teríamos Herbologia, que Draco me explicou ser o estudo das plantas e fungos mágicos. A sala de aula ficava nas estufas atrás do castelo e deveríamos nos apressar antes quer perdêssemos a hora.

Enquanto voltávamos ao salão comunal para pegar o material, voltei a notar as diferenças em Draco. Ele estava mais distante de mim, como se não “precisasse” mais de mim. “Nossa, que drama.”, sim, eu estava preocupada que a minha reputação o envergonhasse, mas ás vezes eu tentava pensar que ele só estava se ajustando a nova escola. Não me sentia bem na presença de Crabbe e Goyle, provavelmente porque eles eram uma lembrança da profissão do meu pai. Blásio era diferente. Ele era na dele, gostava de rir e era sempre bem-humorado e educado. Bem diferente do que os irmãos Martin ali.

O resto do dia foi bem entediante. Tivemos a aula com a Professora Sprout de Herbologia com a Corvinal e foi até interessante. Foi mais uma introdução ao assunto. Sprout nos ensinou como fazer fogo com as varinhas, com um feitiço chamado Incendio. Seria muito útil para nós ao decorrer do ano.

Depois de uma hora de aula, tivemos uma pausa de quinze minutos e tivemos aula de Feitiços, com o anão-diretor-da-corvinal-professor-de-feitiços Flitwick em sua sala no terceiro andar. Ele era baixinho e tinha um cabelinho preto bem penteado (vaca lambeu). Nessa aula, às 11:00, aprendemos um dos feitiços básicos de um bruxo: a levitação. A fórmula era Wingardium Leviosa. Não vou dizer que fui excelente, mas consegui levitar a pena que ele nos deu até acima da minha cabeça, quando perdi a concentração e comecei a fazer o movimento errado.

Depois de Feitiços, almoçamos no Grande Salão, agora bem mais cheio. O encontro com Dumbledore já havia fugido da minha mente, não era mais uma preocupação. Kane estava se divertindo muito, toda vez que o via, ele estava pulando de um lado para o outro, correndo atrás de alguma coisa ou simplesmente arranhando qualquer coisa.

A única coisa que senti falta do orfanato foi o fato de que não tínhamos de ir de sala em sala, aula após aula. Os professores vinham até nós, não o contrário. Fora isso, o dia foi normal.

Quando deram uma e quinze, tivemos aula de Defesa Contra As Artes Das Trevas, também no terceiro andar. Tivemos aula com um homem chamado Quirrell e seu turbante. Ele cheirava a alho e eu não tive um pingo de interesse no que ele dizia. Sinceramente, aquele homem não tinha coragem de enfrentar nem uma virose, imagine um monstro magicamente modificado?

Às duas e meia da tarde, tivemos aula de Transfiguração com Minerva. Sua capa esmeralda e seus olhos estreitos me intimidaram por toda a aula. Ela explicou um monte de baboseiras sobre como o peso, o poder da varinha, a concentração e etc. poderiam influenciar na transfiguração de alguma coisa. Parei de prestar atenção no “Bom Dia.”.

Depois disso, tivemos a tarde toda livre. Fiz algumas tarefas que haviam sido mandadas e treinei alguns feitiços nos terrenos do castelo, para não ferir ninguém. “Você não disse que não prestou atenção?”. Disse que não prestei atenção, nunca disse que fui irresponsável. Copiei as anotações e formulas direitinho, para não me ferrar nas provas.

Quando o relógio badalou às seis da tarde, todos fomos jantar no Grande Salão. Foi um banquete... Delicioso. Parecia melhor do que o da primeira noite. Kane só voltou para mim no fim do jantar, todo sujo e esfarrapado com folhas e lama. Eu estava sentada na mesa da Sonserina quando ele veio pulando e sujando o piso que Filch, o zelador, observava, frustrado.

–Que bagunça, Kane. – comentei, pegando-o pelas... axilas. (gato tem axila?) – Vem, vou te limpar.

Saímos antes das oito, horário do fim do jantar. Não comi sobremesa. Levei-o para o banheiro das meninas no dormitório e lavei-o na pia. Ele estava sonolento e calmo. Depois da limpeza, ergui-o na altura do meu rosto e olhei para sua carinha de sono. Sorri e o coloquei no chão. Ele foi engatinhando para sua cama, onde se aninhou e não se moveu mais.

Respirei fundo e pensei. “É agora.”. Olhei no espelho se estava tudo certo, gravata, veste... Tudo ok. Desci as escadas e fui barrada por Ferley, que falou que eu não tinha permissão para vagar pelo castelo a noite. Exibi, me sentindo poderosa, a carta de Dumbledore e ela me deixou passar, irritada. Segui com meu caminho.

Mais cedo, tratei de perguntar a Minerva onde ficava o gabinete de Dumbledore. Confesso que fiquei com medo no começo, mas me acalmei logo, ele não ia me jogar do penhasco ou coisa assim.

Peguei alguns corredores e andares e fui parar em um pátio com uma parte em ruínas. No extremo sul, havia uma escadaria sob o penhasco que dava para um cais, parecido com aquele que usamos ao chegar na escola. Porém, um pouco antes da escadaria, à esquerda havia uma estátua dourada de uma águia. De frente para ela, falei em voz alta.

–Ácido.

A águia girou lentamente e começou a subir, como um espiral. Junto com ela, vinham escadas que subi assim que as vi. Ela continuou subindo até que eu fiquei de frente para uma porta simples de madeira, com alguns detalhes dourados. Escrito em prata, havia os dizeres “Sala Do Diretor”. Bati e ela se abriu, como se só estivesse encostada.

–Professor Dumbledore? – chamei, mas ninguém me respondeu

A sala era enorme. Era redonda e repleta de quadros que enchiam toda a parede. Haviam algumas mesinhas e armários em alguns cantos. Velas e candelabros eram espalhados por toda o local e deixava a sala com um tom amarelo. Havia uma lareira à esquerda e, no apoio, haviam garrafas de hidromel. No centro, havia uma mesa com alguns livros e cartas abertas e espalhadas, além de uma pena, um pote de tinta e um recipiente cheio de bombons. No lado oposto da sala, havia uma estante alta. Estava repleta de livros. No topo, estava o Chapéu Seletor. Ele... Dormia? Acho que sim, não sei se chapéus falantes dormem.

Ao lado da mesa, havia um poleiro com uma bela ave vermelha. Ela tinha olhos pretos e suas penas era espichadas. Fui até ela e tentei tocá-la, mas uma voz me impediu.

–Katherine.

Pulei com o susto. Dumbledore estava parado na porta, com seus óculos meia-lua e seu chapéu de bruxo. Usava uma longa túnica roxa e sua barba estava presa em seu cinto. Suas mãos estavam entrelaçadas em seu colo... Mas um componente daquele velho sonho, foi reconhecido.

–Dumbledore. – falei. Meu tom saiu mais estranho do que queria

–Algo errado? – ele falou, abaixando a cabeça para me observar por cima dos óculos.

–Não. – falei, mas acrescentei baixinho. – Eu acho...

–Deve se perguntar o que faz aqui, suponho. – ele começou. – Acho que sabe.

Ele foi até a sua mesa onde se sentou na enorme cadeira atrás dela. Sentei na poltrona “de visitante”, pouco à vontade.

–É por causa do meu pai, não é? – perguntei, respirando fundo. Meu coração batia super rápido, preocupada em dizer a coisa certa.

–Sim. – ele respondeu, pondo as mãos em cima da mesa, ainda entrelaçadas. – Fale, Katherine. Você tem tido contato com seu pai?

–Não. – respondi. – Nunca o conheci.

–Os comensais ainda estão em atividade? – ele perguntou

–Sim, estão. – respondi, sem hesitar. – Mas de um jeito diferente. Tenho obrigado todos a fazerem do meu jeito. Não roubam ou sequestram, são simplesmente caçadores de informações que fazem tudo dentro do limite.

–Informações? – ele perguntou – Que tipo de informações?

–Não sei. – respondi, depois de uma breve pausa. – Provavelmente algo sobre meu pai, mas não gosto de fazer perguntas. As repostas me assustam.

–Se seu pai lhe mandasse matar, você mataria? – ele perguntou e eu senti a pressão em seu olhar. Aquela era A Resposta. O motivo pelo qual ele me chamou: eu estava do lado dele?

–Não. – respondi. – Não concordo com os meios de meu pai. Se ele voltar para casa, eu vou embora. Não quero que minha vida seja... Arruinada por causa dele.

–Bom. – ele terminou. – Mais uma pergunta...

Eu sentia que aquela ia ser a pior. Provavelmente, me perguntaria se eu mataria meu pai. Logo, pensei na resposta.

–Quer um? – ele apontou para o recipiente.

Apertei os olhos e franzi o cenho. Sorri com os lábios comprimidos e peguei um. Dumbledore olhou para mim e sorriu.

–Se você tivesse a chance de acabar com tudo isso, fazer seu pai parar de machucar pessoas, você faria tudo o possível para fazê-lo?

–Sim. – respondi, me levantando. – Mas nunca o mataria.

–Ele não merece? – ele perguntou

–Isso. – respondi, confiante. – Ele precisa pagar por tudo o que fez antes.

Sentindo que o assunto estava terminado, saí da sala e voltei para o dormitório da Sonserina, com receio de que, talvez, eu estivesse sendo incluída em uma guerra travada a mais de vinte anos e que estava em trégua. Por enquanto.


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Notas finais do capítulo

LEGENDA
Primeira coluna: Horário
Segunda Coluna: Segunda-Feira (Monday)
Terceira Coluna: Terça-Feira (Tuesday)
Quarta Coluna: Quarta-Feira (Wednesday)
Quinta Coluna: Quinta-Feira (Thursday)
Sexta Coluna: Sexta-Feira (Friday)
TERMOS
Breakfast: Café-Da-Manhã
Herbology: Herbologia
Break: Intervalo
Charms: Feitiços
Lunch: Almoço
DATDA: Defesa Contra As Artes Das Trevas (Defense Against The Dark Arts)
Transfiguration: Transfiguração
Dinner: Jantar
Sleep: Hora de dormir
Astronomy: Astronomia
H.O.M.: História da Magia (History Of Magic)
Flying: Aulas de Voo (Início na segunda Quinta-Feira de aulas)
Potions: Poções
Free: Horário Livre
TimeTable: Horário Escolar
TimeTable By Henry Petrov: Horário Escrito Por Henry Petrov

Passei dois dias pra fazer esse horário o mais fiel ao livro possível. Podem checar, vão ser minímas as colisões, os erros com o livro.

PS: Tá um pouco ilegível o que está escrito na Quinta -Feira, das 13:00 a 13:15, mas só pra vocês saberem, tá escrito Free, é porque sem querer eu ia escrevendo break de novo.



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