Rachel governa o lado obscuro escrita por Rafa


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa noite.



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RACHEL

Eu fechei o meu preto e luxuoso celular Vertu Signature — edição padrão para a nobreza Fabray — e suspirei quando cheguei à porta do banheiro.

Eu tinha certeza que Mindy não tinha ouvido o meu convite desesperado antes que ela desligasse o seu celular coberto de cristal rosa, que eu poderia imaginar tão claramente como minha melhor amiga de olhos castanho-claros e cabelos castanho ondulado. Ou talvez Min não quisesse ouvir sobre passar as férias de inverno em uma montanha sombria com os vampiros, porque ela foi pega na excitação da faculdade, com novos professores e "pensamento crítico" e... Italiano seminu? Sério, porém, quem iria escolher passar as férias em um lugar que realizava execuções?

Puxando forte, eu abri a porta e saltei para encontrar-me cara a cara com uma menina que tinha uma cabeça cheia de cachos quase negros, uma boca que era um pouco demasiado diferente para ser classicamente bonita, e olhos escuros que estavam meio escondidos atrás de óculos de lentes grossas.

Uma garota que parecia —descontando os óculos — muito parecida comigo.

— Eu te trouxe um pouco de sopa, — Sugar Dragomir disse, tirando uma garrafa térmica de uma enorme bolsa pendurada em seu ombro. Pelo menos, a bolsa parecia enorme em minha prima. Na verdade, provavelmente não era nem metade do tamanho da cópia de Louis Vuitton com acabamento de pele falsa de leopardo de Mindy. — Eu pensei que isso poderia ajudar a fazer com que você se sentisse melhor.

— Obrigada. — Eu aceitei o recipiente, sem estar certa se deveria falar para Sugar que eu não estava realmente doente, porque estávamos nos tornando amigas. Eu sei o que Quinn aconselharia: “Não confie em ninguém...”

— Coma um pouco, — ela sugeriu, antes que eu pudesse me decidir a admitir a verdade.

Eu tirei a tampa e cheirei, tentando não fazer uma careta por causa do odor estranho.

— Isso tem um cheiro... Ótimo, — eu menti mais um pouco. — Delicioso!

— É ciorba di pui, — Sugar explicou. — Sopa azeda de frango com limão. É muito saudável!

— Foi você quem... Cozinhou isto? — Eu perguntei, parando, levando-nos à parte de meu escritório que funcionava como uma sala de estar.

Sugar me seguiu e se empoleirou na ponta de uma cadeira enquanto eu me sentava no sofá novamente.

— Sim! — Ela sorriu e encolheu os ombros. — Aqueles de nós que ainda são Dragomir, e não Fabray, não tem um monte de criados para preparar a comida. Nós aprendemos a cozinhar!

Ela estava rindo, mas eu me senti mal. Eu deveria pedir para Quinn gastar algum dinheiro daquele orçamento para reformar e contratar funcionários para o velho castelo da minha família, que era pateticamente sustentado por turistas que pagam para ficar embasbacados?

Sugar deve ter percebido que sua piada não tinha graça para mim.

— Hey, eu estava só brincando, — ela disse. — Eu sinto que tenho sorte de ter um lugar para viver agora que meu pai se foi. Eu não tinha nenhum outro lugar para ir, e foi gentil você e Dorin me darem um quarto.

Pobre Sugar. Sua mãe havia abandonado a família quando ela era uma garota pequena, e seu pai havia lhe enviado para o colégio interno durante a maior parte de sua infância. Até que ele perdeu sua escassa fortuna em um mau negócio com Dumitru Fabray, o que levou a uma luta até a morte. Ela não era apenas órfã, mas também pobre e desabrigada, e eu me senti culpada por pensar que a minha existência era difícil. Eu tinha pais, e Quinn.

Eu coloquei a garrafa térmica e a tampa virada sobre a mesa de mogno.

— Então, você quer falar sobre o julgamento? Embora eu entenda se você não quiser.

— Não, tudo bem. — Minha prima se inclinou e derramou uma boa dose do líquido amarelado na tampa, empurrando-a na minha direção. – O julgamento foi difícil. Quinn trouxe à tona toda a história do assassino do meu pai, e foi duro ouvir isso. Mas agora eu sinto que a justiça foi feita.

Eu tomei um gole da sopa e me forcei a não fazer careta.

— Como que Quinn o fez falar?

Sugar alisou uma ultrapassada saia longa sobre seus joelhos.

— Ela é Quinn. Como alguém não daria informações sob aquele olhar? Sua mulher era intimidante quando criança, e quanto mais velha ela fica, mais poderosa ela parece ficar.

Eu dei outro gole e de repente a sopa não parecia tão estranha quanto a maior parte das coisas que ela havia acabado de dizer.

Eu sou uma estranha em meu próprio casamento. Sugar havia conhecido Quinn antes mesmo que eu soubesse que ela existia. Elas haviam frequentado esses congressos de verão enquanto eu estava criando bezerros para o 4-H e nadando no lago Conewago enquanto Mindy se sentava na margem, não querendo tocar na água suja.

— Sugar? — De repente eu precisava saber se eu era também a mais covarde, das duas primas Dragomir. — Você ficou para...?

Ela claramente entendeu a pergunta antes que eu pudesse terminar, e ela negou com a cabeça, então seus cabelos, uma versão dos meus, mas com mais frizz, tremiam.

— Não! Eu não podia assistir àquilo, mesmo que para ver meu pai vingado.

— Eu também não poderia estar lá, — eu então admiti. — Eu simplesmente não podia.

Ficamos em silêncio por quase um minuto, enquanto eu terminava a sopa, porque apesar de não amar o gosto, eu realmente sentia fome pelo que parecia a primeira vez em semanas, depois de ter confessado aquilo. Eu nunca havia tido uma amiga próxima, exceto por Mindy, e eu precisava de uma agora que ela estava tão longe. Dorin era ótimo, mas ele era meu tio. E Quinn – enquanto meu amor eterno – também era uma garota tão ocupada. Havia coisas que ela não podia entender ou conversar comigo.

— Eu deveria ir agora, — Sugar eventualmente disse. — Você parece cansada.

Eu estava começando a ficar sonolenta. Ambas nos levantamos.

— Sim, eu acho que estou.

— Claro. — Sugar fechou a tampa da garrafa térmica e me entregou. — Você pode terminar isto mais tarde. Dorin disse que você odeia tentar pedir comida da cozinha.

Quinn definitivamente teria franzido a testa para aquele comentário, mas eu não me importava naquele momento. Eu tenho uma amiga aqui, que entende pelo que eu estou passando.

— Obrigada.

Então Sugar me guiou para a porta e usou seu romeno fluente para pedir a Emilian para me escoltar até meu quarto, porque eu estava ficando além de cansada. Eu estava exausta, e ansiosa para chegar ao único lugar naquele castelo onde eu me sentia mais segura e mais em casa – pelo menos, até mais tarde naquela noite.

**##**##**

Para: nightsurfer3@freeweb.net

De: LQFabray@euronet.com

Sam,

Saudações instantâneas do coração da Romênia, onde a chegada da “banda larga” está tornando muito mais fácil ficar em contato – e, portanto, no controle – de todos os meus longínquos parentes e reinos. (Refiro-me especialmente a você, “nightsurfer3”, já que não se pode ficar "jogando" mais longe do coração frio e selvagem dos Cárpatos do que nas “suaves” areias do Sudeste da Califórnia, pode-se?) Supondo que você ainda não tenha sido arrastado pelas “deliciosas ondas” das quais você fala com tanta reverência – você não realmente prova aquela água, não é Sam? – Eu escrevo, primeiramente, para investigar como você esteve desde nosso último encontro, em meu casamento. (Eu irei reafirmar que foi uma honra tê-lo ao meu lado – e o fato de que você se dignou a usar calças, ao invés de “shorts”, foi uma fonte de grande apreço de minha parte. Apreço – e um pouco de alívio).

Também vou admitir: sua falha em responder ao meu convite por escrito de ser meu padrinho me fazendo esperar. Ainda assim eu não pedi a mais ninguém para ficar ao meu lado no caso de você falhar em aparecer. Eu apenas não poderia pensar em ninguém em quem eu confiasse o suficiente para preencher esse papel significativo, mas eu confiava em você, Sam, para fazer a coisa certa tanto quanto eu confiei em você ficando nas suas mãos naquele momento crucial quando você podia ter terminado nosso treinamento – para não mencionar a minha existência – numa piscina de sangue nas masmorras Fabray.

E é essa fé inabalável que eu tenho em você que também me compele a escrever hoje.

Os próximos seis meses são cruciais para o meu futuro como líder dos clãs unidos recentemente. Meu objetivo é pressionar por um voto de confiança na convocação de julho e por uma coroação antes do fim do ano.

Você me conhece bem o suficiente para entender metade de meus motivos. Eu nunca escondi que buscava o poder e estou confiante que eu tenho a visão e a capacidade para liderar os clãs para fora dos períodos negros nos quais nossas famílias parecem estar irrevogavelmente presas, socialmente, educacionalmente e tecnologicamente. (Honestamente Sam, nós somos os únicos Fabray nascidos nobres que sabem, com certeza, que Bluetooth não é uma apavorante doença específica de vampiros que envolve falta de oxigênio nas gengivas? Eu temo que isso seja verdade.)

Além das minhas ambições pessoais, porém, eu gostaria de acelerar este processo pelo bem de Rachel. Ela está admiravelmente se esforçando para se transformar de uma adolescente humana em uma princesa vampira, mas ainda assim o caminho é difícil para ela. Ainda mais difícil do que eu havia antecipado quando me casei com ela.

Eu fui egoísta, Sam, em meu desejo de torna-la minha. E agora, para protegê-la, eu preciso colocar mais peso em seus ombros, pressionando por uma coroação com antecedência para que eu, sobretudo, possa ascender ao trono. Como nosso impiedoso, mas inegavelmente astuto Tio Basile sempre observou: “Princesa” é para “RAINHA” o que “filhote” é para “LEÃO”. E pode-se chutar um filhote, mas “NINGUÉM“ chuta um “leão”.

Então irmão, o que você me diz? Você irá temporariamente – ou permanentemente! – abandonar sua prancha, engavetar seus textos budistas e se tornar novamente o “sábio guerreiro” que seu próprio nome, Samuel, destina a ser? Você irá assumir seu lugar como meu braço direito? Não existirá nenhuma consequência terrível como você teme. O passado é passado. Suas “filosofias” não lhe ensinam isso?

Acrescentarei que aliviaria minha mente saber que mais alguém na Romênia que não sofre do contágio da covardia cuidará de Rachel. Ela forja alianças com vampiros que parecem inofensivos, mas cujas próprias fraquezas representam ameaças que ela não pode reconhecer. Ela instintivamente procura os suaves gatinhos de quando foi criada lá — e aqueles não possuem garras. (Na verdade, equiparar Dorin Dragomir a um gato recém-nascido é insultar a impetuosidade dos gatinhos de todos os lugares. E é claro, você se lembra do caráter de Sugar Dragomir...).

Espero ansiosa por sua resposta, não estou exigindo sua presença aqui, como seria de meu direito, mas pedindo como uma amiga.

Quinn

P.S. Você sabia que a tradição diz que o “padrinho” não é um segundo homem para o noivo, mas sim um guardião da noiva? Acredite em mim irmão, eu não deixaria esta responsabilidade – mesmo que simbolicamente – com um vampiro em cujo autocontrole eu não confiasse. Na verdade, se eu acreditasse que você representa o menor risco para Rachel, eu destruiria até mesmo você, meu mais próximo amigo, sem misericórdia, antes que eu deixasse você chegar a menos de 100 milhas de nossa casa. Você não pode ter fé em si mesmo?

P.P.S. Traga Mindy se quiser!

**##**##**

MINDY

Eu estava deitada na cama lendo a revista Celebrity World para esquecer como eu fui praticamente reprovada fora da comunidade da faculdade quando meu telefone tocou. Eu quase não atendi, porque honestamente, se Rach ia me dizer como ela estava chateada com Quinn pelo que ela estava comprando para ela algo como uma tiara de ouro sólido ao invés de platina que ela queria, eu ia gritar tão alto que ela escutaria da Romênia, mesmo se a conexão fosse cortada.

Mas quando eu abri o telefone, não reconheci o número então eu respondi.

— Sim?

Buonasera Mindy. — Havia um monte de estática na linha. Ou talvez fosse o vento. Ou ondas no fundo. — Ciao!

Bati Celebrity World contra minha cabeça.

— Oh Deus, Sam... Sobre o que você está ligando? — Puxei o telefone longe e verifiquei o número novamente. — E que telefone é esse?

Eu poderia tipo, ouvir Sam Evans sorrindo no seu pacifico caminhar hippie.

— Estou de pé, com os pés na areia quente, observando o por do sol mais bonito, com muitas cores, e eu penso em você, porque você é muito bonita e colorida sim?

Ignorei totalmente o elogio. E eu tentei duro realmente, não imaginar Sam em pé na praia em seu calção verde-oliva de surf, aquele tipo pendurado em seus quadris, talvez com algumas gotas de água em seu largo, musculoso, “moreno” peito nu. O braço que segurava o telefone estaria dobrado, por isso seus bíceps seriam como uma perfeita rocha dura... Rocha, e seus dentes seriam tão brancos... Não Mindy! Concentre-se na cabana no fundo! A maneira como os dentes mudam!

— Sério Samie, você conseguiu um telefone novo? — Perguntei, porque não era como se ele arrumasse nada novo. — O que há com o número estranho?

— Eu não sei de quem é esse telefone, — ele disse. — Estava passando por uma toalha de praia, vi um telefone, pensei em você e liguei.

Pensei que ouvi errado — ele estava sempre se atrapalhando no inglês, para o passado e o presente, especialmente fazendo uma grande mistura — e me sentei na cama.

— O que? Isso é tipo, roubar!

— Não roubar — ele disse, como se eu fosse louca. — Eu estou pedindo. Assim como eu permito os outros pegarem emprestado de mim. Há muita preocupação sobre quem é o dono do que neste mundo. Mas se isso a faz se sentir melhor, vou deixar a manga na toalha, eu acabei de comprar o jantar.

Eu desabei novamente. É claro que ele não iria comprar um telefone novo. Foi um milagre que ele gastou tipo, 45 centavos em uma manga, apesar de sua família ter um zilhão de dólares.

— Honestamente Sam, eu não me importo se você dá o seu fruto a distância. Estou tendo um dia realmente ruim, então porque você não me diz o que quer?

— Eu não quero nada. — Ele queimava mais alguns estranhos minutos em mais filosofia. Eu podia imagina-lo dando de ombros largos, ombros nus. — Eu só pensei em você e liguei. —Eu simplesmente via seus olhos verdes-acinzentados recebendo toda tristeza, enquanto ele me dava um pouco de piedade. — Estou triste em escutar que você está infeliz, porém, há algo que eu possa fazer para ajudar, não?

— Não! — Sentei-me novamente e cruzei as pernas. — Não, a menos que você possa consertar meu cérebro antes que eu saía reprovada da faculdade em cerca de dois dias.

Ele ficou realmente quieto. Tudo o que ouvi foi o vento. Então ele disse:

— Eu acho que você vai ser feliz se deixar a faculdade, porque eu acredito que estar nela não é o seu sonho.

— Você não sabe quais são os meus sonhos — eu disse, ficando brava com ele. Talvez o meu sonho fosse ter um namorado que teria pelo menos tentado conseguir um emprego se não usar seu fundo de garantia. E aquele que se levanta por mim quando eu precisar. E que iria pelo menos oferecer me morder, mesmo que eu não queira isso, porque isso significava compromisso para os sanguessugas. — Você não sabe meus sonhos afinal!

— Talvez não. — Havia um encolher de ombros novamente. Ele sempre foi brilhante no encolher de ombros quentes. — Mas eu acho que você deseja ser uma estilista de cabelos.

— Sim, tipo, para as estrelas — eu disse a ele pela milionésima vez. — Mas isso é uma fantasia estúpida que não vai acontecer. Se eu vou para alguma beleza manca aqui da escola, vou acabar cortando cabelo no MasterCuts no shopping, trabalhando para gritar com criança pequena, e eu nunca sequer vou conhecer um cara decente com um futuro, como eu teria conhecido na faculdade.

Oh Deus. Tudo saiu errado. Eu não tive a intenção de machuca-lo, porque em um monte de aspectos ele era um cara decente. Ele era doce.

Muito doce...

Mas como de costume, Sam não se importava com nada, se eu coloca-lo para baixo ou falar sobre outros caras.

— Você gostaria de vir aqui? — O escutei sorrindo novamente. — Não há luz do sol, e sempre tem espaço para você, embora talvez não para todos os seus sapatos! E eu tenho certeza que pode encontrar um lugar para estudar beleza aqui, muito perto das estrelas que deseja conhecer.

O que eu poderia dizer sobre isso?

É claro que eu adoraria ir para a mundialmente famosa Ashton Academy de Estética em Hollywood, onde praticamente cada estilista sempre em destaque em HairStyle Celebrity tinha estudado, mas eu não tinha dinheiro para chegar à Califórnia, e muito menos para pagar a mensalidade se eu entrasse na escola. Eu não seria capaz de comprar uma manga para o almoço. E na hora que eu chegasse lá, ele provavelmente iria para o Taiti como ele sempre estava falando.

Não, se eu fosse viajar para qualquer lugar, seria para visitar Rach, porque ela graças a sua esposa rica pode pagar.

— Melinda, você está aí? — Sam perguntou. — Você está pensando na minha oferta, sim?

Eu não lhe respondi, porque eu estava “considerando”, de repente, a Romênia onde eu sabia que Sam não queria ir, por algum motivo ele não gostava daquele país. “É muito frio para mim mesmo,” ele me disse. “Muito, muito gelado e traiçoeiro”.

Havia mais do que gelo e estradas ruins, no entanto. Eu quase fui reprovada na alta escola de inglês também, e eu não consegui metáforas e coisas assim como Rach e Quinnie faziam, mas eu tenho somente que olhar no rosto de Sam para saber que ele estava falando muito mais do que sobre o tempo, quando ele disse que o lugar era “gelado” para ele.

— Hum, eu estou realmente pensando em visitar Rach por um tempo — eu finalmente disse. — Pausa de inverno começa em poucos dias, e ela se ofereceu para me levar para lá.

Ouvi o vento e as ondas por cerca de 15 minutos, alguns pobres sugadores minutos totalmente desperdiçados e então pela primeira vez desde que conheci Sam ele parecia super, super infeliz.

— Eu desejo que você não faça isso.

— Bem, eu acho que vou. — Eu praticamente fiz minha mente naquele momento. Eu tive que cortar essa coisa entre nós. Essa coisa que me falando e sonhando que o mundo é mais sem—teto, sem emprego, sem ambição, Nova Era, de caras mortos-vivos de cabelos compridos. O sanguessuga cuja pior falha foi o jeito que ele deu de ombros quando eu lhe disse:

—“ Eu realmente não acho que isso está funcionando Sam”.

Eu sabia que ele não acreditava na luta e tem um braço cheio de tatuagens de paz para provar isso. Mas ele não poderia ter pelo menos lutado por mim? Oferecido mudar, só um pouco?

— Eu tenho que ir — eu disse a ele.

A última coisa que eu ouvi antes de cortar a ligação, era um vampiro de pé em uma praia ao pôr do sol me dizendo:

— Eu te amo muito Mindy.

Enfiei o telefone debaixo do meu travesseiro, como seu eu pudesse extinguir essas palavras, o que não significava nada. Sam amava tudo e a todos.

Até mesmo os insetos, que ele não mataria mesmo que rastejasse em você naquele apartamento nojento em Lancaster, onde ele ficou por um tempo.

Se eu tivesse sido realmente especial, ele teria lutado e mudado por mim.

ESTUPIDO, ESTUPIDO VAMPIRO ITALIANO!


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Notas finais do capítulo

:)



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