Rachel governa o lado obscuro escrita por Rafa


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa noite.



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MINDY

Sentei-me na cama de Sam para comer meu Haagen Dazs de baunilha e pensei sobre Rach, Sam, Sugar e Quinn, e toda a bagunça, que estávamos todos dentro.

— Conexões Min — disse a mim mesma. Meu professor de Pensamento Crítico sempre disse que ninguém pode memorizar coisas, mas uma pessoa inteligente faz conexões. — Ligue os pontos.

Um vampiro morto no hall de entrada. Sangue em uma estaca. Sam ser tratado como um assustador Rock Star e esculpindo armas. A forma que Sugar estava quando falou sobre os dois primos e Rach. Sem mencionar a foto na internet que mostrou Sugar em alguma festa vampírica... Com Sam.

E a minha melhor amiga, que era a pessoa mais sã que eu conhecia, está tendo alucinações no momento mais importante no seu navio-princesa.

— Oh meu Deus — Eu dei outra mordida no sorvete e desci o recipiente para baixo na mesa de cabeceira, com raiva de mim mesma. — Eu não sou inteligente o suficiente para colocar tudo isso junto.

Desistindo, caí para trás na cama que cheirava tão bem como Sam e como incenso também, do tipo que ele sempre queimava quando meditava. A pequena coisa de mármore que ele usa para segurar os cones de incenso estava ao lado do meu sorvete, e eu rolei para olhar na tigela. As cinzas pareciam velhas e frias e não cheiravam muito, como se não estivesse em êxtase em poucos dias.

A primeira vez que eu cheirei incenso, analisei o caso, porque eu pensei que ele estava fumando maconha. Mas ele não faz isso. Isso era os caras estúpidos com quem ele saia que foram sempre ficando altos com qualquer coisa que tenham em suas mãos, desde xarope para tosse, para cactos e as pequenas bolsas de ervas que compravam na esquina.

— Não deixe que isso lhe incomode — Sam disse, quando o cara chamado Dirk teve uma honesta — até—Deus, má e apavorante viagem e pirei. — São para induzir visões, parte de muitas religiões, muitas culturas, e não para nos condenar. Viva e deixe viver, sim? Este é apenas um lugar para eu dormir e estar perto de você.

Debrucei-me sobre o colchão e verifiquei a pilha de estacas de novo. Eu imaginei —viva e deixe viver—não era a filosofia neste castelo. Nem mesmo para Sam, que teria alguma explicação a dar... Se ele voltasse.

Desabei, e mesmo estando assustada e louca e tinha um coração partido também, depois de um tempo eu tenho sono, e logo antes de eu cochilar pensei que ou vou ter sonhos incríveis, porque eu podia sentir o cheiro da praia – o cheiro de Sam — em seu travesseiro, ou ia ter pesadelos por comer sorvete direto, antes de ir para a cama com um monte de estacas ao meu redor.

E logo depois, quando meus olhos foram fechando, eu finalmente senti o menor inicio de uma conexão moldar-se em meu cérebro. Era uma conexão de louco, mas eu estava em um lugar completamente para vampiros, exausta, quem conta Gandhi esculpindo estacas e a menina sã que teve um mundo de visões, e eu meio que deixada sozinha a brilhar com o incenso de Sam, para ver se ele poderia simplesmente pegar fogo na minha cabeça.

##**##

RACHEL

Sam envolveu sua mão na minha, guiando meus dedos como Quinn tinha feito quando tinha me mostrado o trinco atrás do espelho no camarim.

Mas enquanto a guerreira que eu amava havia me oferecido uma rota de fuga, o pacifista estava tentando me mostrar como lutar.

— Isso ainda não parece certo — Me afastei do seu alcance e coloquei outra estaca rejeitando-o. — Você tem certeza que eu não deveria tentar a de Quinn?

— Não. — O aperto de Sam tinha sido suave, mas o tom era firme. — A estaca de Quinn é grande demais para sua mão. Eu esculpi essas para você. Elas são as melhores talvez das 50 que criei. — Ele levantou provavelmente a decima estaca da caixa. — Tente esta.

Eu aceitei outro pedaço de madeira afiada e envolvi meus dedos em torno dela, já balançando a cabeça.

— Sinto muito. Apenas não parece certo.

— Anastácia.

Ergui os olhos para encontrar Sam franzindo a testa.

— Sim?

— É a arma que parece errada em sua mão ou em sua mente? Sua consciência? Porque você não pode rejeitá-las tão rapidamente.

Parei com a estaca em minhas mãos. Ele estava certo. Eu estava sendo melindrosa novamente, apesar das minhas promessas de não me encolher.

— Eu vou tentar de novo — disse mais resolutamente. — E me esforçar mais.

— Bom. — Seu tom suavizou enquanto ele pegava mais uma estaca da caixa. — Você deve levar seu tempo para entender a arma. Você aperta com muita força, e não permita sentir contra seus dedos. Não tenha medo de deixa-la descansar na palma da mão e encontrar seu próprio lugar.

Era estranho como ele trouxe esse toque filosófico até mesmo nesse cenário de lição.

Eu vi quando ele jogou a estaca na mão, permitindo que ela caísse naturalmente na palma da mão, apertando e reapertando os dedos entorno dela, mas com cuidado. Havia uma expressão de concentração em seu rosto, mas era óbvio que ele estava muito familiarizado com o movimento também.

— Aqui! — Ele descobriu o que estava procurando. — Esta é a maneira de segurar um presente.

— Como? — Eu ainda não entendi. A estaca parecia perfeitamente lisa, uniforme em toda a volta. Como poderia haver um lugar certo para aperta-la?

Sam abriu a palma da mão e inclinou-se, nossas cabeças quase se tocando.

— Está vendo isso? — Ele tirou o dedo indicador para baixo, a madeira perto do seu polegar. — Há um sulco leve e um entalhe.

— Sim. — Eu vi. Uma varredura côncava muito sutil, que terminou em uma saliência leve, que era apenas o suficiente para delinear a lâmina do punho.

— Isso é para...

— Manter os dedos escorregando, sim, quando a arma encontra a carne. — Antes que eu pudesse começar de novo, me recuso a ficar enjoada, ele acrescentou — Aqui. — E sem parecer movimentar os dedos, ele girou a estaca, então a parte mais larga diante de mim confrontou o ponto do seu corpo. Ele me recordou dos pistoleiros do Velho Oeste que giram suas armas e em seguida disparam seis rodadas com precisão mortal. — Você tenta, sim?

Sentindo-me ainda mais como uma novata, depois de ver isso, eu cuidadosamente tirei a estaca da palma da sua mão, usando o polegar e o indicador.

Ele tirou de volta.

Minha cabeça ergueu-se.

— O que?

Sam estendeu a arma novamente.

— Pegue como se gostasse princesa.

Foi provavelmente errado ele insultar um soberano, mas eu perguntei-lhe como me ensinar, e eu entendi o que ele estava fazendo. Eu não era como a Cinderela, tentando aprender a segurar uma xicara de chá sem quebrar a louça. Eu era uma princesa vampira e precisava de habilidades diferentes.

Ele estendeu a mão, a espera, e eu assenti.

— Ok. — Então eu pressionei minha mão contra a sua e apertei a estaca com minha mão inteira, sem hesitar, com confiança e para minha surpresa, caiu no lugar como se realmente fosse feita para os meus dedos.

Sam viu a expressão em meu rosto, e pela primeira vez desde que eu tinha me unido a ele na sala, ele sorriu com genuíno prazer.

— Isso é bom. Você fez bem. — Em seguida ele travou, como se não achasse que deveria sorrir sobre a competência de alguém com uma estaca. — Eu acho que é o suficiente para uma noite, sim?

— Sim. Está ficando tarde.

— Eu vou voltar com você através dos túneis, está correto você querer trabalhar em segredo. Surpresa é uma arma excelente também. É bom quando seus inimigos a subestimam e você ainda não sabe quem são eles, sim? É melhor manter todos satisfeitos.

Ele era cheio de surpresas e segredos também. Eu sabia a maioria até então, mas eu tinha certeza que ele tinha muitos outros truques na manga. Ele não tinha desenhado o mapa das passagens de uma memoria distante – e tinha omitido provavelmente algo muito importante. Quando chegamos à porta, o detive com uma mão no braço.

— Sam... Você já viu Quinn, não é?

Ele hesitou, em seguida admitiu.

— Eu a observo às vezes. Eu acho que não é quebrar suas amadas leis se eu não fizer nada mais do que observar das sombras enquanto seu guarda dorme sob a influência do vinho que eu envio para ele todas as noites.

Apertei o braço de Sam, e embora eu estivesse ficando melhor com a emissão de ordens, eu ouvi um toque de suplica na minha voz quando disse:

— Leve-me para vê-la também.

Os olhos de Sam ficaram perturbados, como se ele estivesse indo se opor, mas ele era meu assunto.

— Claro. Você é a princesa, sim?

Meu coração começou a bombear duramente de novo, segui Sam dentro dos túneis, pelas passagens que ele não tinha marcado para mim, e que crescia abafado e rançoso, até que eu senti como se estivesse sufocando.

Parecia que andávamos para sempre, como se realmente nos dirigíssemos para o coração da montanha, ou talvez ao inferno antes de finalmente Sam abrir uma porta pequena e secreta que tinha que ser a mais baixa do castelo, e eu saia pós ele, chorando baixinho.

— Quinn.

Sam agarrou meu braço, impedindo-me de correr para a cela onde minha mulher estava deitada em uma prancha de madeira, entendi porque ele tinha sido relutante em me levar lá.

Quando parei de puxar contra Sam, ele me soltou e recuou, como se ele estivesse me dando um momento a sós com minha Quinn, mesmo que não pudesse tocá-la, e que estava quebrando meu coração através do calabouço sujo.

Quinn estava em seu lado na cama de madeira, sem sequer um travesseiro, e sua mão esquerda arrastando no chão, do jeito que às vezes pendurava para fora da cama quando dormimos juntas. Ela sempre parecia estar procurando algo, como ela era ambiciosa, mesmo em sonhos.

Seu cabelo loiro brilhava com a luz do único candeeiro que fazia pouco para iluminar sua cela, porque a Fabray não queria eletricistas bisbilhotando em seus calabouços e embora tivesse sido presa por cerca de nove dias, pensei que seu cabelo já parecia mais longo. Isso me lembrou de como ela foi fisicamente deslocada para o papel de uma guerreira a primeira vez que eu vim para a Romênia. Ela tinha usado o cabelo comprido, negligentemente amarrado para trás, quando ela declarou guerra a minha família.

Mas ela parecia tão poderosa. Ela ainda parecia poderosa, mas também como se ela estivesse lutando pela sobrevivência. Uma parte de mim preparou-se para o pior, mas devo ter secretamente esperado encontrar a indomável Quinn Fabray alerta, talvez até mesmo brincando com sua guarda. Não como esta...

Atrevi-me a dar alguns passos a frente, a necessidade de ver seu rosto melhor, e embora eu não queira acordar o guarda, que estava roncando em sua própria cadeira de madeira dura ao lado de uma garrafa vazia, falei seu nome baixinho mais uma vez, ouvi o desespero em minha voz:

— Oh Quinn...

Eu tinha a visto dormir várias vezes. Eu gostava de ver Quinn dormir, porque essa era a única vez que eu poderia estudá-la sem ficar distraída com seus olhos em constante mudança ou provocando por sonhar acordada com ela.

— Você acha sua mulher bonitona, não é? — Minha princesa maravilhosamente arrogante gostava de brincar, quando ela me pegou boquiaberta nas arquibancadas da escola como se fosse Mindy. — Eu não tenho ideia porque você demorou tanto para me amar como eu te amei mesmo nas suas piores camisetas temáticas de cavalo.

Quase rompi um sorriso, mas ele morreu em meus lábios enquanto eu observava Quinn estendida sobre a placa rígida. Mesmo em nosso colchão macio ela era uma dorminhoca inquieta, mas naquela noite ela não se moveu.

Será que ela entrara nesse lugar de sonhos terríveis que impulsiona os vampiros a loucura? Dei mais um passo a frente, o pensamento, a regra do parafuso direito. Vou para ela.

Mas antes que eu possa correr, Sam pisou atrás de mim e pegou meu braço novamente.

— Não Anastácia — ele ordenou-me em silêncio. — É hora de ir agora.

Eu olhei minha escolta impotente e quase protestei. Mas eu sabia que ele estava certo. Quinn queria que tudo acontecesse de acordo com a lei. E ela não gostaria de me ver estragando seu grande projeto por impulso. Será que iria desejar que o guarda acordasse e dissesse para Flaviu e os outros:

— A mulher vem para vê-la. — O que deixaria todos se perguntando que outras leis maiores se ignorou quando se adequava aos nossos propósitos.

Virei-me novamente para Quinn, esperando que ela se movesse, mas ela não o fez.

— Vem. — Sam manteve sua mão em meu braço e nos levou de volta para os túneis, ainda me olhando por cima do ombro para a esposa que eu estava tão desesperada para falar e tocar.

Continuei olhando para ela até Sam me alcançar e nos selar no corredor negro e estreito que era tão obviamente familiar para ele como a sensação de uma estaca na mão.

— Será que ela nunca se move? — Eu perguntei. As palavras presas em minha garganta. — Nunca?

— Ela faz — Sam confirma, e a arremetida de alívio que senti quase me fez gritar de uma forma diferente. — Ela ainda fala, mesmo. Mas você vê que ela está ficando muito fraca.

Começamos a caminhar na escuridão, mas depois de cerca de cinquenta pés cheguei a Sam e o parei novamente. Senti e ouvi virar.

— Si? Sim?

— Vou reunir os Anciões e definir uma data para o julgamento — eu disse. — Vou fazer isso amanhã.

Sam pausou e disse:

— Ainda é arriscado. Ainda não há provas para exonerá-la.

Eu sabia disso. Mas eu também admiti para mim mesma que eu tinha sido egoísta em jogar pelo seguro. Eu sabia o tempo todo que Quinn prefere ser completamente destruída a desaparecer em uma cela, entrando em um submundo que não era nem morte nem vida. Ela nunca iria querer existir pela metade, e escolheria a cripta ao invés de um destino que ela diminuiu ou deixou-me para cuidar de uma casca do seu antigo eu.

Eu não podia deixar meus medos ditar sua existência. Ou a minha existência, para esse efeito.

— Então é melhor encontrar alguma evidência — disse. — E rápido.

A passagem estava escura, mas até mesmo a profunda escuridão não foi suficiente para esconder os dentes incrivelmente brancos de um vampiro quando ele sorriu com aprovação. Eu sabia que Sam nunca tinha tido a seria intenção de me desencorajar de ver Quinn. Talvez ele mesmo tenha planejado me levar até lá o tempo todo, quando ele julgou que era o momento certo.

##**##

QUINN

S,

Obrigada por remover Anastácia antes que ela pudesse se aproximar de mim. (Você não vai se surpreender ao saber que eu tenho tido conhecimento de sua presença frequente nas sombras também).

Foi preciso todo o meu autocontrole para não deslocar o rato que agora dorme sempre enrolado no meu pé, levantar e chamar para ela chegar mais perto para que eu possa ver seu rosto de forma mais clara, toca-la através das grades.

É estranho como o amor é uma fonte de poder, pode estimular o desejo de lutar até a morte, ou lutar por algo que parece ser a morte por tempo suficiente para escrever uma nota de fraqueza, mas também coerência. Eu quase abandono tudo sobre o que eu pretendo basear meu reino, para não mencionar o meu melhor (só) A defesa, apenas para compartilhar alguns momentos com ela.

E agora eu não posso pensar, a não ser para lembrar seu rosto.

Q.

Não estou enganada e sonhando, estou? Ela estava lá, correto?

##**##

MINDY

Eu dormi a noite toda no quarto de Sam. Era luz quando eu acordei e descobri que ele nunca voltou. Eu tinha certeza que estava sozinha.

Então eu virei e vi que estava errada.

Sam não estava apenas no quarto, ele estava na cama. Sentado ao meu lado sem mover um músculo. Apenas me observando.

Esfreguei os olhos para vê-lo melhor.

Bem, eu estava meio certa. O Sam que eu conhecia não tinha voltado.

E o cara que estava sentado lá, tinha conquistado todas as estacas e vestia roupas diferentes, camisetas cinzas que custam pelo menos duas centenas de dólares porque eu podia sentir o cheiro da etiqueta Prada. Eu deveria ter feito ao cara um milhão de perguntas. Tipo, o que você fez com o meu ex-namorado?

Onde você o prendeu dentro desse vampiro com olhos frios e roupas quentes?

E porque Sugar Dragomir disse que vocês eram maus?

E ele provavelmente tem um milhão de perguntas para mim também, como: Porque você está aqui depois de me empurrar por meses? Porque você está na minha cama, depois que eu finalmente concordei em deixa-la sozinha?

Nós provavelmente deveríamos ter uma conversa que terminará em uma grande luta e uma torrente de lágrimas, porque era como se houvesse uma bomba de tempo sentado entre nós.

Mas isso era Sam e eu, e justo antes que a bomba explodisse, peguei um pequeno vislumbre do velho Sam – o que eu costumava amar – nesses incríveis olhos cinzentos, e que explodiu de uma forma diferente quando se moveu mais próximo a mim e eu coloquei minhas mãos em seu rosto, sua estupida barba desgrenhada e sua boca pressionando contra a minha como se estivesse passando fome, de mim, como eu dele.

Nos beijamos por um longo, longo tempo, e foi como se dissesse um milhão de coisas diferentes um do outro que nós não poderíamos dizer em palavras, como eu sinto muito e eu sou louca por você e isso é tão errado e nunca vamos parar e talvez tivesse desaparecido para sempre se eu não tivesse mudado tudo, sussurrando em seu ouvido uma coisa que eu pensei que nunca diria, que quando usou seus incríveis e sensuais dentes para me assustar, começaram a escovar contra a minha garganta, novamente e novamente.

— Morda-me Sam — eu implorei a ele. — Morda-me e fique comigo para sempre.

Ele se afastou, e eu estava tão feliz que o velho Sam ainda estava comigo. O doce. Eu não tinha certeza se eu gostei do novo, mesmo que ele se vestisse melhor e assumiu o comando das coisas.

— Você sabe, não é? — ele disse muito tranquilo. — Você já deve ter adivinhado uma das piores coisas que fiz. Igualdade de quase destruição na minha cultura.

Eu estava começando a imaginar que Samuel Fabray Evans tinha feito um monte de coisas ruins em sua vida. Coisas que eu provavelmente não quero saber.

Mas eu tinha ouvido falar sobre ele e Sugar e vi o jeito que ela olhou para ele e ele não olhou para ela. E eu tinha visto essa foto no Enquirer romeno com a manchete gritante que era como tanta coisa na Europa, impresso em duas línguas: —Partidul Vampir Expus! Partido Vampiro Exposto!—E onde ela estava segurando sua mão...

— Sim, eu acho que sei.

Ele acariciou minha bochecha, e eu queria empurra-lo longe, mas eu não podia.

— Sinto muito — ele disse. — De todos os atos pelos quais me desprezam, é aquela que faz com que eu talvez sinta remorso.

Eu acreditei nele. Ele parecia há um milhão de milhas no passado triste. O que não torna mais fácil perguntar.

— Então porque você a mordeu? — Eu parecia muito triste também. Como se eu fosse chorar. — Por quê?

Sam rolou de costas e olhou para o teto, como se não pudesse dizer na minha cara. Eu não tinha certeza se queria olhar para ele de qualquer forma.

Havia uma boa chance de eu ter que odiá-lo em breve.

— Isso aconteceu no congresso de vampiros quando tudo desmoronou — ele disse. — Eu sou como um vampiro com raiva, então. Tenho estado na estrada por muitos meses, fazendo coisas terríveis, e quando eu volto para a Romênia, Quinn é a única vampira que me cumprimenta com calor. Meus próprios pais, que me doaram anos antes, olham para seu filho, o assassino, com algo parecido com medo em seus olhos, eu não sou mais um filho, mesmo amargo, mas poderosa riqueza e privilégio, eu sou um pária que perdeu tudo, um amigo a quem não merece.

Havia tanta coisa errada no que ele estava dizendo. Como... Ele era um assassino? Eu precisava dele para explicar isso, e esperava que ele estivesse usando o inglês errado, como ele faz o tempo todo. Mas eu não fazia perguntas ainda. Eu queria ouvir o resto da primeira história. A parte que pode me matar.

— Estou sozinho na maior parte do tempo, observando os tios quem eu desprezo, sorridentes e traçando o mal para o próximo ano, e a escuridão de Sugar se aproxima de mim. Eu sei logo de cara que ela é uma Dragomir, e estou satisfeito de duas maneiras. Uma parte pequena e triste de mim está feliz que alguém que não seja Quinn ainda fale comigo, mais para evitar o vampiro que um dia poderá destruí-lo. — Ele finalmente virou a cabeça para olhar para mim. — Eu sei que vai horrorizar meus tios me ver com uma garota Dragomir, eu fui criado para odiar a todos os Dragomir.

Quando eu vi seus olhos tristes, eu não podia odiá-lo. Ainda não.

— Sim? E...?

— Nós conversamos, e ela sugeriu que compartilhássemos algo para beber. — Ele acrescentou rapidamente — Apenas para compartilhar sangue no caminho, muitos jovens vampiros fazem. Beber das lojas nas caves. E ela é muito doce. Parece entender que não sou feliz e se oferece para encontrar algo para nós também, embora a propriedade seja minha casa. — Sua mandíbula se contraiu de uma forma que eu nunca tinha visto antes. — Ou era onde eu vivi uma vez. Nunca uma casa.

Essa pequena chama pisca no meu cérebro novamente.

— Então: Sugar tem um pouco de sangue... E você bebeu?

— Si, e andamos para falar em particular. — Ele deve ter pensado melhor no que dizer, poupando-me dos detalhes sangrentos, talvez porque ele me pediu para dar um passeio como esse também uma vez. De qualquer maneira, ele pulou para: — Eu não tinha intenção de beber dela Mindy. Nunca... Mas ela me pediu mais uma vez, e é quando tudo muda e eu perco a moderação...

Ele se sentou e cobriu o rosto com as mãos, e eu me sentei também para que pudesse ouvir quando ele disse muito rápido, como se tivesse que tira-lo.

— Com toda a raiva dentro de mim, saí correndo e afundei meus dentes dentro dela, eu já me sentia estranho... Mas torna-se molto peggio – muito pior.

— Sam?— Eu meio que engasguei com as palavras. — Você nunca... Nunca pensou seriamente em estar com ela para sempre? Porque é isso que deveria acontecer, bem, se você morder uma menina?

Ele manteve a cabeça baixa.

— Eu não tive a chance de considerar isso. Naquela mesma noite, logo depois de eu provar seu sangue, eu destruí um vampiro sem nenhuma razão, e eu estou marcado na minha mão para a destruição, uma marca que ninguém levou por muito tempo, não há nenhuma chance de sequer falar com ela novamente e não poderia haver futuro para ela com um vampiro condenado, independentemente, é um erro que é melhor esquecer.

Ele havia perdido metade de mim com isso, mas eu tinha certeza que não tinha ouvido o pior de sua maldade derramando-se dele em um jorro, pressa confusa.

Ele tinha mordido Sugar, como eu tinha pensado, e feito um monte de outras coisas terríveis também. Coisas que ninguém poderia perdoar.

— Mostre-me a marca — eu disse realmente suave. Peguei a mão dele com todas as tatuagens e ele levantou a cabeça, e vi que ele tinha chorado. Somente um pouco. Assim tipo, uma lágrima escorrendo pelo rosto.

Tudo o que eu sempre quis foi um cara duro, mas eu nunca o amei tanto quanto eu o amava quando ele chorava. Mesmo que eu o odiasse também. Eu tive que odiá-lo, não era para morder Sugar, mas para manter tanta coisa de mim. Como o fato de que ele era um assassino, e me parecia que condenado.

— É o Cyrilllic b — Ele traçou com um dedo branco. — Ele diz a outro Vampiro que sou perigoso e que serei destruído se cometer outro ato de violência, e é por isso que eu não posso lutar, mesmo por você, porque eu temo que vá perder o controle novamente e custará mais vidas.

Eu encontrei a marca e me mantive segurando sua mão e inclinando-me contra ele, sentindo seu corpo rígido que era tão suave e arrebentado por dentro.

É por isso que ele não quer vir aqui. E porque ele não deve esculpir estacas.

Mas ele veio por mim, Quinn e Rach...

— Eu tenho guardado tanto de você Mindy. — Ele parecia triste por isso também. — Eu tento acreditar que o antigo Sam não existe e você não precisa conhecê-lo, mas eu menti para nós dois. Sepultando a mentira na filosofia, mesmo, que somente questões atuais.

Mesmo que eu acredite nele, nós dois sabemos que ele tinha mantido muito de mim, então eu não disse nada. Nós apenas nos encostamos às mãos uma na outra, e eu tentei me manter sem chorar, soprando aquela pequena chama que foi acender um cigarro no meu cérebro. Que pouca conexão.

Sugar Dragomir, super ciumenta o único membro da panelinha dos chapados-perdedores do colégio interno - Rach sutando. Sam sendo extra perverso...

Eu não sabia nada ao certo, mas eu apertei sua mão e perguntei, com um pouquinho de esperança no seu futuro, mesmo que seu passado foi horrível e nosso presente feito.

— E se o Sam perverso realmente nunca existiu? E se alguém, tipo, o criou?

...

— Melinda, eu não acho que Sugar Dragomir representa qualquer tipo de ameaça para Anastácia ou qualquer outra pessoa — Sam disse. Ele se levantou da cama e começou a puxar a camiseta cinza que tinha saído enquanto nós estávamos nos beijando, então ele começou a parecer o novo Sam outra vez. Sua cabeça apareceu pelo meio, em seguida os braços que eu quase podia sentir em volta de mim ainda e não faria novamente. — Ela é tímida por natureza e doce.

— Ela era atrevida o suficiente para chegar a um assassino em uma festa — lembrei-o.

— Ela sentiu pena de mim Mindy. E ela tinha medo de mim, mas sua pena superou o medo. Lembro-me de como ela se aproximou, como um pássaro nervoso se aproxima de um leão ferido!

Eu não sabia o porquê de um pássaro se aproximar de um leão ferido.

— E então ela lhe pediu para fazer dela uma vampira completa. Isso é muito valente!

Ainda doía muito dizer isso, a imagem da prima de Rach com o cara que estava sentado na cama de novo para colocar o tênis Euro legal que tinha vindo de Quinn. Ele deveria ser todo meu, mas nunca faria isso agora. Isso foi tanto sua culpa como minha.

— Foi uma noite estranha Melinda, e eu acredito que ela estava se prejudicando também. — Ele puxou os cadarços. — Ela era como eu naquela noite. Sozinha. Eu acho que ela sempre foi uma garota solitária. Eu a vi no Athenaeum e ela sempre observava Quinn e me deu um aceno de longe de volta – e ela sempre está sozinha.

Meus olhos arregalam.

— Você se lembra dela? Porque ela com certeza se lembra de você estar lá.

Sam deu de ombros e começou a amarrar o outro sapato.

— Eu sou um assassino treinado para prestar atenção a uma princesa Melinda. Noto todos. Especialmente aqueles que observam Quinn e eu no meio da multidão. — Ele sentou-se novamente. — Eu acho bom você querer ajudar Anastácia, mas o que nós tratamos aqui não tem nada a ver com uma estudante infeliz. É uma tentativa de derrubar o governo e destruir a princesa. — Sua voz ficou silenciosa. — O que está acontecendo é quase certamente trabalho de Flaviu Fabray. É apenas uma questão de prendê-lo.

Eu engatinhei até a beira da cama e sentei ao lado dele. Eu provavelmente não deveria toca-lo, mas eu levei a mão novamente.

— Sam, você pensa como... Realeza, e você sabe sobre conspirações para derrubar príncipes e princesas. Mas eu sei sobre mágoa, ciúmes de meninas do ensino médio, e estou dizendo a você que, mesmo que ela não matou abertamente seu tio Claudiu, Sugar está nessa confusão de alguma forma. E se você quer ajudar Rachel e Quinn, você vai começar a ter um olhar mais atento sobre ela.

Eu poderia dizer que ele ainda não comprou o que eu estava dizendo, mas ele me olhou nos olhos.

— Você realmente acredita nisso?

— Eu acredito. Eu acho que ela tem todos os tipos de segredos e raiva engarrafados dentro do seu pequeno corpo, e se ela nunca os derramou, ela vai soprar para fora.

— E como você sugere que eu exponha esses segredos? — ele perguntou. — Porque eu não acho provável que ela me diga qualquer coisa. Não depois do que eu fiz para ela.

Eu não queria dizer isso, mas eu tinha que fazer. E eu e Sam acabamos. Não importava o que ele fazia com outra garota.

— Talvez — eu disse. —Talvez você devesse apenas... Conhecê-la melhor. Peça-lhe para fazer alguma coisa...

Sua sobrancelha arqueou.

— Você está dizendo... Perguntar para Sugar Dragomir em um encontro?

Não, eu não queria dizer isso. Mas eu assenti.

— Yeah. Mais ou menos.

Ele sacudiu sua cabeça, duro, e puxou sua mão longe.

— Mindy, já a prejudiquei. Eu não posso brincar com ela como um brinquedo. — Ele olhou para as estacas que não estávamos falando. — Especialmente quando estou condenado. Especialmente quando eu não acredito que ela tenha feito nada pior do que estar sozinha!

— Olha Sam... — Eu meio que engasguei em minhas próprias palavras, porque de repente eu soube que estava dizendo algo completamente diferente da minha ideia original, mas provavelmente verdadeira, também. — Mesmo se você não acreditar que ela é assustadora como eu, especialmente se você não acreditar que talvez, apenas para fazer a coisa certa você deveria, pelo menos pedir desculpas e deixa-la decidir se ela quer alguma coisa a ver com você. — Eu não conseguia olhar para ele mais. — Talvez dada à importância do que vocês fizeram juntos é... Talvez, apenas talvez, vocês devem isso um ao outro, pelo menos falar.

— Mindy... — ele parecia chocado com o que eu estava dizendo.

Era porque eu estava realmente empurrando-o para longe? Não gosto de quando eu costumava romper com ele, esperando que ele voltasse, ou mesmo dizendo para ele ficar com outras garotas, então ele poderia cair em seus esquemas malignos, mas honestamente, sugerindo isso, ele não acreditava que Sugar foi uma puta conivente, ele provavelmente lhe devia algo. Talvez uma chance de estar juntos.

De repente, não era somente um plano para ajudar Rachel que estávamos falando.

Foi à eternidade. Para sempre.

— Você realmente acredita que eu faço a coisa errada por nunca ter trazido a tona esta noite terrível de novo? — ele perguntou. Sua voz muito baixa. — Que eu estou errado em manter distância entre mim e Sugar e dar-lhe liberdade de mim?

Eu continuei olhando para o chão.

— Yeah. Provavelmente. — Senti as lágrimas partindo dos meus olhos, mas eu me fiz olhar para ele. — Se você me mordesse assim, eu pelo menos iria querer que você tentasse me conhecer. Para nos dar uma oportunidade e não torna-lo como a pior noite do mundo.

Ele sacudiu a cabeça.

— Não há oportunidade. Sem futuro. Especialmente nesse lugar.

— Se você realmente acha que ela é inocente e doce — eu disse novamente, — então você tem que dar uma chance de decidir isso também.

Os olhos de Sam passaram por um milhão de mudanças. Eu não poderia mesmo dizer o que ele estava pensando, mas de repente ele parecia compor em sua cabeça, e ele disse:

— Se isto é o que você acredita ser o certo, por qualquer razão que está em seu coração, então vou fazer o que pediu, eu vou pelo menos falar com ela, e ver se ela tem qualquer desejo em assumir o erro que nos faz arrastarmos mais juntos ainda.

Ele se levantou e caminhou até a porta, chutando através da serragem. Eu não poderia dizer se ele estava bravo comigo, ou com raiva de si mesmo, ou com raiva de tudo. Ele só parecia... Frio. Totalmente desligado.

— Aonde você vai?

— Estamos indo ao seu quarto — ele disse. — É hora de que o começo dessa transformação chegue a sua conclusão. Não há como voltar atrás agora.

Segui-o porta afora, e foi um longo, longo tempo antes que eu percebesse que eu nunca perguntei a ele sobre as estacas no chão, apesar de eu quase tropeçar nelas de novo, por causa das lágrimas em meus olhos.


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Notas finais do capítulo

Então...?



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