Rachel governa o lado obscuro escrita por Rafa


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Boa noite.



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RACHEL

— Eu estava indo procurar por você, — eu disse a Sam, que segurou as rédeas, enquanto eu desmontava. — Mas eu tive uma sensação que você estava por perto de qualquer maneira.

— Si, eu te segui. — Seus olhos foram treinados no cemitério, e ele parecia mais nervoso do que eu por estar lá. — Eu esperei por você no portão.

Estava Sam com medo de que seu destino estava dentro da parede de pedra? Não parece provável, mas ele estava definitivamente desconfortável. Muito poucos momentos passaram antes que ele tirasse os olhos do cemitério para encontrar o meu no luar.

— Por que você queria me encontrar?

Provavelmente era estranho que ele não perguntasse primeiro porque eu tinha chegado a um cemitério sozinha à meia-noite, mas talvez ele soubesse o que eu estava fazendo. Como eu estava mudando. Ele certamente não pareceu surpreso quando eu lhe disse:

— Eu quero que sejamos parceiros, e se trata de algum tipo de luta, em um tribunal ou com estacas, eu estarei ao seu lado e nunca fugirei. — Eu olhei profundamente em seus olhos, que eram tão difíceis como os de Quinn e suportou ainda mais a dor. — Fiz votos a Quinn, há alguns meses, mas eu realmente não entendia o que significavam até então. Eu prometo a você, porém, eu entendo agora.

O cara que tinha certeza que eu estava perguntando, ordenando, a sacrificar sua existência para salvar minha mulher me estudou por um longo tempo, como se estivesse decidindo se eu poderia recuar para a cama em algum ponto. Então, ele balançou a cabeça e disse:

— Claro que vou ajuda-la e a irmã que tem me mostrado tanta misericórdia. É uma honra.

Eu sabia que tinha finalmente feito algo certo até então. Eu tinha ganhado o respeito de um vampiro a quem eu respeitava por sua vez.

Embora eu não fosse tão ousada como Sam ainda, ou tão ousada como Quinn poderia ter sido, porque quando Sam lembrou:

— A data do julgamento... Você pensa em defini-lo? — Eu respondi rapidamente:

— Não. Ainda não. Não há ainda nenhuma evidência para salvá-la — Eu continuei encontrando seus olhos, porém, para que ele pudesse ver que eu não estava encolhendo mais e não estava jogando tudo, também. — Mas eu vou encontrar alguma.

Eu tinha certeza que Sam teria rolado os dados e definido uma data imediatamente, mas o amor que ele tinha por Quinn, apesar de forte, não podia aproximar-se do que eu sentia pelo minha mulher, e eu não tomaria essa chance. Ainda não. Até que eu tivesse alguma prova da inocência de Quinn, era melhor manter arriscada a possibilidade de Luat do que condená-la para certeza à destruição imediata. Para conhecer a sua existência acabaria sem esperança de jamais vê-la novamente, tocando-a...

— Não, — eu repeti — Eu não vou definir a data ainda.

— Claro. — Sam me entregou as rédeas, e quando começamos a andar no escuro da floresta dos Cárpatos, lado a lado, ele perguntou, — Então como você gostaria de prosseguir, princesa?

— Preciso de um mapa do castelo, — Eu disse a ele — Eu não posso me perder em minha própria casa.

— Eu posso fazer isso, — ele concordou. — Eu sou bom com mappa. Posso reproduzir a propriedade de memória, incluindo os lugares que talvez você nem conheça.

Eu não estava surpresa ao ouvir isso. Quinn me tinha prometido que Sam tinha muitos talentos escondidos que viriam a calhar.

— O que mais você quer? — ele perguntou, olhando para mim. O surfista realmente quase desapareceu, mas de alguma forma eu estava mais à vontade com o guerreiro que estava surgindo. Eu o compreendia, porque eu entendi Quinn. E eu fiz outra decisão, à direita, então lá. Se eu estava indo para confiar nele, eu tinha que fazê-lo totalmente. — Eu preciso que você me ensine como usar uma estaca. Quinn ia fazer isso, antes ela ficou presa.

As árvores tinham fechado sobre nós, fechando a luz da lua, mas eu pensei que havia pegado um vislumbre de dentes brancos, Sam estava sorrindo na escuridão. Eu esperava que fosse um sorriso de aprovação para a maneira que eu estava finalmente me puxando junto e não antecipação com a perspectiva de tocar em uma arma que eu tinha certeza que ele não tinha manejado em dois anos.

##**##

QUINN

S,

Desperto do que parece ser um sono interminável para perguntar se há alguma notícia acima do solo desde que o funeral se realizou... Quantos dias? Dois? Três? Eu perdi o controle. Anastácia ainda está segura? Para eu começar a ter sonhos terríveis que muitas vezes terminam em maneiras que eu não posso suportar a me comprometer com o papel.

Nunca fiquei tanto tempo sem beber, e os meus pensamentos quando eu estou acordada estão preocupados com a sede da minha esposa, em muitas maneiras... Acho que sou incapaz até mesmo de ponderar planos estratégicos e poder me concentrar apenas para perguntar, existe um julgamento? Tem uma data definida?

Eu sinto muito que eu não sou capaz de tornar mais ajuda.

Q.

P.S: Se eu me forçar à clareza, e lembrar que também aprecio a notícia da minha estimada — in — law — Dorin. Eu sei que eu deveria ser grata a ele pelo retorno de Anastácia ao meu lado, e ainda assim eu não posso perdoar o seu instinto tóxico, infeccioso para a autopreservação, que eu temo também ser muita influência a minha esposa, ironicamente, para seu perigo.

Aqui está um para seus livros de filosofia, irmão: há alguma coisa mais perigosa do que o desejo de viver livre do perigo?

Você irá LOL em minha tentativa de profundidade ou coçar a cabeça, se eu já não fizer sentido.

##**##

MINDY

Eu estava sentada na sala de jantar no café da manhã, esperando para pegar uma fatia de pão, porque Rach tinha desaparecido desde o desastre no funeral. Ela enviou seu servo pequeno para mim na manhã seguinte à confusão, com um bilhete pedindo-me para ser paciente enquanto ela estava ocupada por alguns dias.

Eu estava meio que com medo de que ela estivesse se escondendo em seu quarto e poderia nunca mais sair. Então, fiquei totalmente surpresa quando a porta se abriu e entrou a Princesa Anastácia de aparência melhor do que ela teve todo o tempo que estive na Romênia.

Ela tinha feito alguma coisa com seu cabelo e se colocou em um belo par de calças jeans de lavagem escura e um suéter que não a fez parecer desesperada para ser uma princesa, mas estava certo para uma governante adolescente. Ela não se parecia com a menina que costumava sair comigo na Pensilvânia, mas ela não parecia tão despedaçada como antes, também.

— Puxa Rach. — Eu deixei cair meu café da manhã meio comido. — Você parece melhor hoje!

Como de costume, quando eu abri a minha boca, eu disse a coisa errada. Mas, como de costume, Rach não ficou ofendida.

— Obrigada. Sentou-se e alcançou uma fatia de pão. — Eu me sinto melhor.

Fiquei contente de ver Rachel realmente comer, mas... Eu ainda não estava com fome. E eu fiquei doente novamente, quando a porta se abriu mais uma vez e Sugar veio andando. Ela ainda parecia uma pálida imitação crespa de Rach para mim, e eu não entendo como Sam poderia ter...

— Hey. — Rach parecia surpresa ao ver sua prima. — Eu não esperava você, e receio que eu esteja ocupada.

— Tudo bem, — Sugar esganiçou, em sua voz falsa. — Mindy e eu estamos realmente indo para Bucareste. — Ela fez uma carranca pequena. — A menos que você precise de mim para ajuda-la com qualquer coisa.

— Não, eu estou bem. — Rachel passou uma tonelada de manteiga em seu pão. — Vocês vão se divertir.

Eu me levantei, peguei minha bolsa e fiz o meu melhor para sorrir, e eu esperava que saísse melhor do que sentia. Eu tinha um monte de coisas falsas, de bolsas Gucci a sapatos Manolo Blahnik, mas eu nunca tinha sido muito boa em ser falsa.

— Ok, nós vamos sair, então.

Rach parecia sinceramente feliz que estávamos fazendo algo juntas, e eu tentei focar nisso. Pelo menos eu a fazia um pouquinho feliz.

— Vejo vocês mais tarde, — disse ela.

— Sim, até. — Segui Sugar sair da sala, pensando: Vamos acabar com isso. Toda vez que eu olhei para ela, vi Sam curvando a ela, os dentes mudando, e eu queria gritar. Tinha sido ruim o suficiente quando eu só pensei que ela estava roubando minha melhor amiga.

Parei. Você só está com ciúmes, Min? Isso é o porquê você realmente a odeia?

A porta fechou balançando atrás de mim, mas num segundo eu peguei Rach dizendo algo a um dos servos.

— Ceaiul, te rog.— Foi uma das primeiras vezes que eu já ouvi uso romeno, não contando o que diabos ela tinha dito no funeral, e me lembrei de algo, então eu surgi novamente, fuçando na minha bolsa.

— Hey! — Eu encontrei o meu presente da Amazon e o entreguei. — Eu me esqueci de lhe dar isso. Espero que você goste!

— Hum... Obrigada. — Rach parecia surpresa novamente. Eu não esperava por ela para arrancar o plástico, mas eu olhei para trás bem rápido para vê-la sorrir quando ela viu sua nova cópia do Fluente em cinco minutos: romeno.

Então eu saí e encontrei a minha guia turística esperando, e eu me fiz pegar no seu braço frio como se realmente fossemos amigas.

— Vamos, Sugar,— eu disse. — Vamos ver o que você nos reserva, hein?

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RACHEL

Eu me mantive forçando para baixo o pão e chá, sabendo que eu tinha que comer, e folhear o livro de língua romena e DVD que Mindy me deu.

Boa e velha Mindy. Ela sempre soube o que eu precisava. E eu estava feliz que ela e Sugar estavam tentando ser amigas. Significaria muito para mim se elas pudessem se dar bem.

Eu virei outra página do livro, surpresa que tantas palavras nos diálogos pareciam familiares. Eu nunca tinha tentado fazer mais do que pegar frases por ouvir Quinn e os outros falando, mas quando vi as palavras escritas, percebi que muitas delas estavam enraizadas no latim que a minha mãe tinha me treinado como uma adolescente, para me preparar para o SAT (programa de graduação de 4 anos), eu acabei nunca levando porque eu pulei a faculdade para governar vampiros.

Ainda assim, como de costume, as previsões das minhas mães estavam me ajudando. Eu precisava aprender romeno.

Talvez não fosse apenas uma covarde, mas também um pouco... Preguiçosa?

Scuzati-ma? (desculpe-me?)

As palavras exatas que eu estava lendo no — Diálogo3: Frases Educadas — foram faladas atrás de mim, e eu olhei para cima para ver a serviçal que geralmente traz chá me oferecendo algo diferente na bandeja de prata.

Aceasta este...? — Eu fiz um esforço para perguntar o que ela estava me dando. — Isto é...?

De La Lordul Samuel Evans.

Eu tinha certeza que ela disse, — do Lord Samuel. — Eu tinha ouvido esse tratamento assim no meu casamento e ri com o que eu pensei que era uma cortesia excessivamente formal. Eu não estava rindo mais.

Quando eu peguei alguns papéis enrolados como um pergaminho para fora da bandeja, olhei para o meu livro, me lembrando o que dizer.

Va multumesc. Obrigada.

A criada inclinou-se e recuou, deixando-me a colocar de lado meu prato, puxei um elástico fora dos papéis, e desenrolei. E quando eu vi os desenhos na minha frente, percebi que Sam tinha dito a verdade. Ele era muito bom com mapas.

Ele até se lembrou de incluir uma planta detalhada para algo escondido no castelo. Eu tinha esquecido que existia, mas eu pretendia começar a usá-lo aquela mesma noite.

##**##

MINDY

Eu estava honestamente ficando preocupada que talvez eu não gostasse de Sugar Dragomir porque ela tinha um milhão de coisas em comum com Rachel, como viver na Romênia e parecendo ser inteligente e ser uma vampira, por isso, provavelmente, fazia sentido que, ao longo de, duzentos anos, quando eu há muito tenha ido, elas se tornariam melhores amigas no mundo, e Rach nem sequer se lembrará de mim. E talvez eu odiasse Sugar porque ela teve um passado com Sam.

Eu realmente comecei a pensar que havia algo errado comigo enquanto andava em torno de Bucareste, em um carro que era tão pequeno que eu meio que esperava que os palhaços saltassem para fora cada vez que parávamos em outro museu chato ou parque.

Esse carro, que aparentemente Dorin usou para pegar Rach quando chegou à Romênia, que foi sem dúvida, quando ela começou a se sentir como uma princesa sugadora, mas Sugar... Eu tive que admitir que ela parecia bem.

Até que paramos em um prédio que parecia a Casa Branca, como se alguém tivesse esmagado um bolo gigante de casamento no telhado, ela começou a dar sua lenga lenga de guia turístico. Era um edifício chato onde coisas chatas aconteceram, mas pelo tempo que nos afastamos, eu sabia que finalmente vi alguma coisa interessante.

Eu dei uma espiada na verdadeira Sugar Dragomir e eu não era a única com ciúmes naquele carro de palhaço.

O Ateneu Romeno não era o lugar onde o presidente da Romênia viveu. Era realmente um grande teatro, e eu segui Sugar e um casal de outros turistas que eram loucos o suficiente para visitar Bucareste, na temporada de neve, para a parte principal onde todos os assentos estavam.

— Isso é realmente bonito, — eu disse, olhando ao redor. — Tipo, uau.

— Sim, é “uau”— Sugar estava boquiaberta, também, como se ela nunca tivesse visto o lugar também, embora eu soubesse que ela tinha. — É considerado o prédio mais bonito da cidade. — Ela apontou para o teto. — Olhe para a cor vermelho brilhante, como sangue, e a folha de ouro. E quando ele é preenchido com os sons da orquestra, e as pessoas e vampiros estão vestidos com suas melhores roupas... É incrível estar aqui em uma noite de verão, mesmo se você estiver apenas sentado nos assentos menos caros, observando de longe.

Você nunca pode ir a qualquer lugar sem um vampiro mencionar sangue, então isso não pareceu estranho para mim. O que parecia estranho foi o jeito que ela ficou muito sonhadora e tipo adormeceu, então nós duas, de pé, só olhávamos para todos os lados, bem depois de eu estar pronta para ir. Era um lugar legal e caro, mas eu estava ficando deprimida, porque mesmo não querendo odiar minha frenemy (amigo/inimigo) novo, eu ainda fiz, e eu queria voltar para o castelo de Rach. Eu não estava aprendendo nada de Sugar exceto a história comunista.

Talvez por uma vez Cosmo estivesse errada. Talvez sair com uma frenemy apenas faz a sua cabeça e seu coração meio que doer.

Eu estava prestes a tocar em seu braço, porque ela parecia realmente perdida, quando, de repente, ela apontou para alguns assentos no segundo andar, tipo de camarote, onde as pessoas ricas se sentavam e disse: realmente suave, mas em uma maneira que quase me fez saltar para fora da minha pele.

— Ali foi onde eu vi pela primeira vez Quinn... E Sam.

Por que eu sempre duvido da Cosmo?

##**##

RACHEL

Fiquei na frente do enorme espelho pendurado na parede do meu quarto, mas eu não olhava para a mulher jovem refletida ali.

Em vez disso, eu cheguei por trás do canto superior direito da moldura de madeira pesada, procurando cegamente com os dedos.

Quinn tinha me mostrado a porta escondida quando nós nos casamos, e ela me dirigiu para isso, mais recentemente, quando ela pensou que eu poderia estar em perigo. —Você sabe para onde ir—Mas eu não sabia o que ela queria dizer. Eu tinha esquecido tudo sobre aquela porta até Sam desenhar o seu mapa e incluir a rede de túneis que Quinn havia prometido que estavam esperando por trás das paredes.

“— Claro que temos um sistema elaborado de fuga escondido dentro das pedras,— ela disse, guiando a minha mão para o trinco. — Nós somos vampiros, e nós parecemos nunca saciar nossa sede de engano.— Eu encontrei os olhos no espelho, e ela sorriu. — Não que eu correria do perigo”!

Nós só estávamos casadas há alguns dias, e tudo era tão perfeito que até mesmo a menção de emergências não podia me impedir de sorrir. Nem quando estávamos sozinhas, as mãos tocando, o corpo poderoso da minha esposa a minha volta. —E eu? Eu teria que correr?

Mesmo nos nossos primeiros dias felizes juntas, Quinn tinha, naturalmente, entendido os riscos que enfrentamos, e sua mão ao redor da minha tinha parado enquanto ela considerou seriamente a sua resposta.

“— Eu não sei. Em teoria, princesas não fogem. Mas se você realmente estiver em perigo, eu não consigo me imaginar não força-la a correr para a segurança.— Ela fez uma pausa, os olhos suavizando, e acrescentou: — E devemos ter sorte suficiente para ter filhos, gostaria de compeli-la a protege-los enquanto eu fique para trás. Assim como nossos pais nos protegeram à custa de suas próprias existências.”

Eu ainda me sentia muito jovem para pensar em bebês, mas Quinn sempre pensou em termos de família, e algo sobre ouvi-la falar, pela segunda vez em nossa breve vida de casadas, que poderíamos realmente ter filhos juntas...

Eu senti uma corrida intensa de emoção pela minha nova mulher, que seria uma mãe maravilhosa, e eu virei e a beijei... E que deve ter sido por isso que eu ainda não podia achar a trava com os meus dedos desajeitados. Nunca tinha terminado a lição.

— Vamos lá, — eu murmurei, ficando impaciente e cavando mais fundo sob a moldura de madeira. Parecia impossível que o espelho, colado para refletir reis e rainhas em trajes de gala, alguma vez se movesse. Mas então eu o encontrei. Um pequeno metal, como um botão. Apertei-o, e esse espelho enorme liberou-se da parede tão rápido que eu quase gritei, porque eu tinha certeza que ia cair e esmagar-me. Deve pesar mais de uma centena de quilo. Mas não saiu da parede. Ele só balançou para trás alguns centímetros sobre as dobradiças invisíveis para revelar uma passagem negra. Assim como Quinn e o mapa de Sam haviam prometido.

Espreitando o túnel escuro e mofado cheio de poeira e teias de aranha, eu quase mudei de ideia. Afinal, eu estava começando a ficar melhor no controle de Emilian, e eu poderia demiti-la se eu quisesse ir a algum lugar sozinha.

Mas a nova princesa que estava surgindo dentro de mim... Ela não tinha certeza se confiava mais em sua guarda. Eu queria ser capaz de usar essas passagens sempre que eu preferisse passar em completo sigilo. Como eu fiz naquela noite.

E assim, com a rota que eu tinha memorizado a partir do mapa de Sam no meu cérebro e uma lanterna na minha mão eu pisei através do espelho. Tomei uma respiração profunda no ar viciado, eu me virei e puxei o espelho-porta, fechando-o atrás de mim, mesmo que eu não tivesse certeza de que a trava pudesse ser desfeita a partir do interior ou que a saída do outro lado não tivesse sido selada gerações atrás, enquanto o castelo evoluía. Por tudo que eu sabia, Sam nunca pôs os pés dentro dessas passagens e os conhecia apenas nas lendas.

Olhando por cima do meu ombro, eu considerei testar se eu poderia voltar dessa maneira, então decidi que não ia começar esta jornada voltando atrás.

Eu estava terminada com o olhar para trás.

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MINDY

— Sam? — Eu bati realmente suave em sua porta, porque já era tarde pelo tempo que eu e Sugar voltamos de Bucareste. Eu não podia esperar até de manhã para falar com ele, no entanto. Eu tinha que saber o que tinha acontecido com o meu ex-namorado e primo de Rach, mesmo que ele me matasse.

Eu ainda podia ouvir Sugar falando de Quinn e Sam, e como ela os viu a partir dos lugares mais baratos, babando em cima deles e odiando-os, ao mesmo tempo.

— Cada cabeça virava para ver Quinn, com seu cabelo loiro e olhos verdes que pareciam saber de tudo e Sam, com sua pele alva e sorriso que fazia as debutantes se arrepiarem, porque você sabia que ele era tão perverso... Eles pareciam governar não apenas o reino dos vampiros, mas o mundo, e você podia ouvir todos sussurrando, “Fabray...Fabray...”

Eu não queria, mas eu tive que perguntar a ela. —Alguma vez, tipo, ficou com eles?

Ela tinha dado um sorriso assustador que disse de forma demasiada sobre ela, Quinn, Sam e Rachel. — Oh, não! Isso foi antes de Fabray se apaixonar pela Dragomir... Antes, quando mesmo uma europeia, educada e nobre Dragomir, era apenas sujeira sob seus pés!

Oh, ela tinha queimado de ciúme, pensar que uma menina americana de uma fazenda veio e ganhou o coração da princesa...

— Sam? — Ele ainda não respondeu, então eu bati mais forte, porque, de repente, parecia estranho, ainda mais estranho que alguém descreva o seu sorriso como — perverso, — que Sammie tinha fechado a porta. Ele nunca fez isso. Supostamente, ele nem sequer teve uma em sua barraca de praia. Apenas uma antiga cortina de chuveiro.

Virei a maçaneta, que sacudiu, mas não cedeu. E Sam nunca trancava nada. Ele praticamente queria que as pessoas roubassem as coisas dele.

De repente eu não estava triste, mas muito preocupada com ele, e eu procurei ao redor na minha bolsa até que eu encontrei uma lixa de unha, que eu coloquei na fechadura antiga, assim como eu tinha visto em um milhão de programas de TV quando eu deveria estar estudado.

Pela primeira vez, porém, a TV serviu para algo. Ou talvez a trava fosse tão velha que era fácil de abrir. Parecia que era da Guerra Revolucionária ou algo assim.

De qualquer forma, a porta se abriu após cerca de cinco golpes, e um segundo depois eu estava na sala. Estava escuro lá dentro, e no começo eu não me mexi, porque naquela sala... Cheirava a Sam. Como o surfista Sam, que de alguma forma cheirava a praia, mesmo se ele morasse na Pensilvânia. Sua pele e cabelos sempre cheiravam a coco e água salgada e...Sol. Era estúpido, mas a criatura da noite que eu amei realmente cheirava como o sol para mim.

Eu sabia que estava agindo como uma perseguidora, mas eu comecei a andar em direção a sua cama, pensando que eu apenas poderia cheirar seu travesseiro. Só por um segundo.

Algo me impediu, no entanto. Alguma coisa no chão que se enroscou nos meus pés, e a próxima coisa que eu sabia, eu estava sentada na minha bunda e tentando não gritar, porque eu machuquei quando caí. Eu não sabia o que diabos aconteceu, então eu comecei a sentir em volta e foi como se eu estivesse sentada em um monte de pó.

Cheirei e cheirava algo diferente, também. Como... Madeira.

O piso da sala de Sam cheirava a loja de madeira no Woodrow Wilson High.

Eu senti em torno um pouco mais, e meus dedos bateram naquela coisa afiada. Um monte de coisas afiadas.

Tocando o chão com a minha mão, eu tentei conta-las. Um, dois, três, quatro, cinco...

Com uma má sensação no estômago, eu desisti e peguei apenas uma e disse em voz alta para ninguém...

— Samel Fabray Evans, por que diabos você está esculpindo todas estas estacas?

E por que alguém o chamou de perverso?

##**##

RACHEL

Tanto quanto eu poderia dizer, os túneis batiam com os encontrados no mapa que Sam havia desenhado, o que foi reconfortante. No entanto, ainda era difícil não estar desconfortável enquanto eu seguia o caminho que eu havia memorizado, cada vez mais profundamente no coração do que parecia como um verdadeiro labirinto, em diretamente tirado fora da mitologia. Eu tropecei algumas vezes no chão desigual e tentei manter esse lado orientado de mim treinado para contar pequenos desvios do caminho principal.

Eu precisava do décimo terceiro pequeno ramo para a esquerda. Isso me leva aonde eu queria ir.

— Não tenha medo, — eu disse em voz alta, quando minha lanterna cintilou enquanto a bateria estava morrendo. — Não se assuste.

Isso tinha que ser o meu mantra agora. Eu cantava em voz alta, como se eu tivesse que fazer.

Mas era quase impossível não ficar nervosa, com o teto abaixado e o feixe de minha lanterna começando a ficar mais fraca. Eu devo ter caminhado uma milha, e parecia que eu estava indo direto para a montanha.

Isso é possível? Não, não, claro...

Então, assim como minha lanterna piscou novamente e apagou, mergulhando-me na escuridão, eu encontrei a décima terceira saída a partir do caminho principal, e recusando-me a hesitar, porque o caminho estava apertado como um túmulo, de forma que meus ombros tocavam as paredes, eu me espremi na escuridão. Sete passos mais tarde, senti a única coisa que eu temia.

Um beco sem saída.

Mas quando eu coloquei a minha mão para sentir na minha frente, chegando muito perto de um pânico claustrofóbico, eu não sentia a pedra, mas sim a madeira sob meus dedos.

Madeira úmida, mas suave.

Embora eu soubesse que havia provavelmente algum mecanismo oculto para liberar a porta, eu precisava sair de lá, então eu pressionei e quase cai completamente, porque ela cedeu sem o menor esforço.

Provavelmente porque Sam abriu-a do outro lado e estava esperando por mim, juntamente com uma caixa de estacas recém-esculpidas.

...

A câmara de Miza — a sala de estacas — parecia fazer Sam tão inquieto como a estreita passagem que eu tinha passado. Ele andou enquanto eu acendi as duas velas, porque ele estava esperando no escuro, e quando a luz acendeu, eu o vi olhar em volta cautelosamente... Sem chegar sequer perto de olhar para sua própria posição, envolto em vidro.

Ele odeia estar aqui. Odeia estar na presença de todas essas armas e sua própria estaca.

— Este foi um mau lugar para se encontrar, — eu disse. — Eu escolhi aqui porque este é o lugar onde Quinn mantém suas estacas, mas você está chateado.

— Não, eu estou bem. — Mas ele continuou andando como um leão desesperado para sair de sua gaiola.

— Devemos ir para outro lugar, — eu ofereci. Olhei para a caixa de estacas, que pareceu recentemente esculpida. Ele colocou-a sobre a mesa ao lado da arma de Quinn, que havia sido devolvida ao seu lugar de costume depois de sua detenção. — Especialmente porque eu acho que não precisamos de Quinn.

Sam abrandou e depois encontrou os meus olhos, falou com mais calma.

— Sinto que estou agitado. Peço-lhe que seja corajosa e, em seguida, eu ajo como um covarde. — Ele tomou uma respiração profunda. — Devemos ficar Anastácia.

Eu assisto seu rosto, tentando decidir se essa realmente era uma boa ideia. Cada vez que eu o via, ele parecia menos como o surfista que eu conheci.

Ele nunca mais relaxou, o sorriso de felicidade se foi, e os calções e o logotipo tinham desaparecido.

Mas quando eu olhei para aqueles olhos, eu não vi nada que me aterrorizasse. Eu vi um vampiro que era poderoso e perigoso do mesmo jeito que Quinn era, mas não aquele que estava prestes a estalar. Ainda não, pelo menos.

Talvez por isso eu arrisquei e o empurrei um pouco, como ele me empurrou. Andando para a caixa de vidro, eu disse:

— Sam, antes de irmos adiante, eu acho que você deveria me dizer por que a sua estaca é mantida aqui como qualquer artefato precioso ou um vírus que precisa ser contido. E eu quero ouvir a história do dia em que quase destruiu Quinn, também.

Quando eu disse isso, e ele finalmente olhou para a caixa, eu vi algo assustador brilhar em seus olhos, mas ele tinha tudo sob controle e concordou.

— Está correta Anastácia. Acho que é tempo de você saber toda a verdade sobre o vampiro que está com você – há um comprimento de braço da arma que quase faz dele o próximo rei.

Sam não começou sua história imediatamente. Ele passou alguns instantes olhando para sua estaca manchada de sangue, como ele estava se acostumando a ver.

— O que é isso Sam? — Eu perguntei suavemente. — Consagrada ou contida?

— Na verdade, eu acredito que são os dois — ele disse. — The Elders tirou minha estaca da minha posse, como é habitual para aqueles condenados como blestemata, mas foi à decisão de Quinn que forneceu esse lugar especial. — Ele traçou a caixa de vidro com um dedo coberto com um pequeno sinal da paz. — embora eu nunca tenha esperado tocar isso de novo, Quinn acredita que o que espera por mim é diferente dos outros, não porque ela talvez tenha causado mais destruição do que qualquer outro por aqui, mas porque o seu dono está conosco. E por um longo tempo, Quinn acredita.

Ele levantou seu rosto em seguida, e eu vi a familiar sombra de dor. Dor Fabray. Mas, embora seus olhos fossem tempestades, suas emoções ainda estavam sobre controle.

— Eu acho que Quinn também pretende decorar o dia em que se aproxima mais de sua destruição.

Era difícil até mesmo ouvir aquelas palavras, e eu tinha que me lembrar de que a história teve um final feliz.

— O que aconteceu?

Sam passou uma mão pelo comprido cabelo, claramente magoado em relatar o conto.

— Um dia, Quinn e eu estávamos treinando nas masmorras... Ela estava perto do fim do nosso tempo como parceiros de combate, nós lutamos a competição violentamente, mão a mão. Havia muito sangue, pois estávamos crescendo mais fortes. Não mais crianças, mas adultos. — Ele sorriu ironicamente. — Acho que tínhamos sido adultos por muito tempo e nem sequer sabíamos disso.

Sabendo que a história terminou com Quinn viva não fui capaz de controlar minha boca de começar a ficar um pouco seca.

— Então...?

— Recebemos um descanso — ele disse, deslizando para o tempo presente, desta vez como se suas lembranças fossem muito vivas para serem contidas no passado. — E os que supervisionavam nosso combate, Claudiu e Flaviu, nos puxaram para o lado e nos disseram o que fizemos de errado, como sempre. — ele esfregou a nuca, duro, e eu me perguntava se tinha cometido um erro, pedindo por essa história. Mas já era tarde demais para voltar. Era como se ele estivesse tomando seus próprios primeiros passos em um mausoléu ou um túnel escuro, como se tivesse acabado de fazer.

Enfrentando as coisas que Quinn acreditava que ele poderia lidar também.

— É Claudiu que fala para mim — ele continuou. Sua boca voltada para baixo e seus olhos como pedra. — Ele me disse que Quinn é a vencedora do dia. Que está arrependido de me tirar da minha amada casa em Tropea e desperdiçar esforços preciosos para me fazer um guerreiro.

— Deve ter sido terrível — simpatizei. — Ser informado que sua infância perdida foi inútil...

— Sim — ele concordou. — E então quando estou com tanta raiva, Claudiu sussurra em meu ouvido: — Porque não provar a si mesmo agora? Desligue a princesa, suba ao trono e faça seu sacrifício valer a pena?

Fiquei tensa, extasiada e horrorizada.

— Eu não precisei ser instado duas vezes — Sam admitiu. — Quinn ainda estava conversando com Flaviu de costas para mim, eu atravessei o chão e agarrei seu ombro, quando ela se virou para mim, ela vê em meu olhar que não estamos mais brincando de guerra.

Um arrepio percorreu minha espinha, os dedos de Sam se apertaram como se ele apertasse uma estaca imaginária, e ao olhar em seus olhos... Ele não estava tocando na memória também.

— Eu golpeei sem hesitação, porque eu tenho um momento de vantagem e Quinn lida com a mudança em nosso concurso. — Visualizei um clarão de presas. — E o meu alvo é bom.

Dei um passo para trás, nauseada e ciente de que estava perdida no passado. Empurrei longe demais. Cometi um erro. E quão perto ele veio...?

— Mas? — eu disse em voz alta. De repente estava desesperada para ouvir o final da história – o final feliz — e chamar Sam de volta também. — O que aconteceu?

Minha voz parece ter chegado até ele. Ele encontrou meus olhos, e vi que ele estava no presente novamente, apesar de seus ombros arfarem como se ainda estivesse no calor da batalha.

— Estamos equilibrados o suficiente para que Quinn dê passos para trás, talvez uma polegada, é esse movimento pequeno que salva seu coração.

NÃO! Eu queria gritar. Não esperava que Sam estivesse tão perto de terminar a existência de Quinn. Quantas vezes minha mulher chegou perto da destruição e sobreviveu? Quantas chances um vampiro consegue?

— Quinn está sobre o chão — Sam acrescentou, parecendo que passou sua ira. Seus dedos se abriram, os ombros caídos, quase como antigamente, e suas presas foram embora. — Eu estou em cima dela, me ajoelho, preparando-me para ser o vencedor naquele dia. O vencedor de todos os tempos. — Ele abaixou a cabeça e olhou para mão que odiava. — Mas quando meus dedos envolvem a estaca para pressionar a polegada mais profunda que me dará o trono, a sua esposa, que é sempre valente, mesmo quando sofre de alguma forma consegue sorrir enquanto seu sangue é drenado para fora sobre a sujeira e me diz através de muitos suspiros: — Sam meu irmão! Eu quase acreditei que você estava vindo para me destruir, se não estivéssemos comprometidos para o jantar essa noite. Você não vai me fazer perder uma lebre que olhei durante todo o dia, você vai?

Sam levantou os olhos, e vi que ele estava rindo da memória. Horrorizado e rindo, como eu estava. Quando Quinn for libertada, vou pedir um vale coelho de sessenta e cinco mil euros para ela, por ser corajosa o suficiente para brincar de uma forma que quase certamente salvou sua existência para que eu pudesse conhecê-la e casar com ela.

— Quinn me chama de irmão e sorri. — Sam ficou olhando os dedos que tremiam. — Minhas mãos começam a tremer como agora, e eu puxei a estaca de sua carne e pressiono os dedos na ferida, dizendo-lhe para fechar os olhos. Que ela está segura, e lamento que minha mão escorregasse. — Ele ergueu os olhos para encontrar o meu novamente. — Mas nós dois sabemos que o que eu fiz não foi um erro.

Eu entendi tudo o que se passara entre Sam e Quinn naquele dia. A estranha mistura de raiva e ciúme e fraternidade que levou a esse momento. Mas havia algo importante que eu não entendi.

— Porque Claudiu não foi punido por incitar você a fazer isso? Ele usou você como uma arma. Eu não sei muito sobre as nossas leis, mas deve ser traição.

Sam encolheu os ombros.

— Quinn e eu não falamos mais sobre o incidente, e logo fui despachado como assassino, e não até muito mais tarde que nós mesmos mencionamos o que quase ocorreu e nunca diretamente.

— Eu vejo.

Mas Sam não estava completamente realizado confessando, ele passou a mão pelo cabelo novamente.

— Eu acho que você não vê a parte mais terrível da história Anastácia. Ninguém faz, porque eu nunca confidenciei antes.

Eu tenho arrepios novamente, porque ele falou muito estranhamente. No entanto, eu nunca havia confiado nele mais do que quando ele me mostrou seus olhos cheios de autorecriminação e admitiu:

— Enquanto me preparo para destruir a sua mulher, há uma parte de mim que não age por raiva infantil, mas com um desejo verdadeiro, uma fome poderosa de tirar tudo o que ela tem e fazer meu próprio.

Sam e eu nos encaramos através de sua estaca sangrenta, a confissão pendurada entre nós. O vampiro que uma vez jurou que não precisava de nada realmente queria tudo. O poder de Quinn e a sua vida.

Eu deixei dissipar então lhe disse:

— Está ficando tarde. Entrega-me a estaca.

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