Rachel governa o lado obscuro escrita por Rafa


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Muitas pessoas lendo e acompanhando a fic, obrigada por isso.



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RACHEL

— Quinn você queria falar? — Eu a instigo enquanto fazíamos nosso caminho, tão longo no silêncio, através do castelo escuro, de mãos dadas. Ela está muito quieta...

— Logo, — ela disse suavemente. Ela ainda parecia preocupada, e eu fiquei mais preocupada.

Esta vai ser uma conversa ruim. E por que eu disse a Mindy que eu estava tendo alucinações? Eu não quero que nem mesmo a minha melhor amiga saiba disso.

Continuamos andando pelos corredores, que estavam iluminados apenas pelo luar que entrava pela janela ocasional, e como de costume deixo Quinn liderar. Achei que estávamos indo em direção ao nosso quarto, no entanto, e quase não prestava atenção ao percurso.

Mas depois de cerca de cinco minutos de virar esquinas cegas e tropeçando a pequenos passos, aparentemente inúteis por toda parte em nossa casa, percebi que nós não estávamos indo para o nosso quarto, que não deveria ser uma caminhada de mais do que dois minutos do quarto de Mindy até o nosso. E apesar de eu não pensar que havia qualquer motivo para sussurrar, perguntei baixinho:

— Para onde vamos?

Ela não respondeu, mas apertou minha mão. Seus dedos estavam tensos ao redor dos meus.

— Quinn? — Eu me aventurei novamente, depois de cerca de mais três minutos virando esquinas, durante o qual eu tenho a sensação que estávamos descendo, embora esses pequenos passos fossem tão aleatórios que era difícil dizer com certeza.

Eu não queria estar com medo, eu estava com minha esposa que iria me proteger com sua própria existência, mas parecia estar ficando mais escuro nos corredores, e também cheirava a mofo, como esta fosse uma área onde os poucos vampiros já se aventuraram.

— Onde estão...?

Antes que eu pudesse terminar, porém, ela nos parou, eu mal conseguia ver em frente ao meu nariz, uma porta muito estreita. Parecia quase como uma fenda na pedra preta. Como a tampa de um caixão, pregado na parede. O mais fraco raio de luz penetrou para fora aos nossos pés, como se Quinn tivesse estado lá antes e iluminado o que esperava lá dentro.

Algo sobre aquele brilho pálido era ameaçador, como as chamas infernais na sala do tribunal, e eu realmente tentei soltar nossos dedos e dar um passo atrás.

Ela segurou—me, porém, e disse:

— Tenho algo que eu preciso te mostrar, Rachel. — Ela fez uma pausa e depois acrescentou com o que parecia relutância, — Algo que eu deveria ter-lhe mostrado a muito tempo, talvez antes mesmo de casar comigo.

Então, antes que eu pudesse dizer mais nada, ela estendeu a mão, abriu a porta, e conduziu-me através do portal, com uma mão tranquilizadora na base da minha espinha, que não me impediu de ofegar e recuar enquanto eu chorava baixinho.

— Quinn... Que lugar é este?

Como americana que não podia sequer nomear seus bisavós com segurança, eu ainda achei difícil de entender o quão distante voltava à linhagem vampira de Quinn. Ainda que eu tivesse assinado em meu casamento a espessa genealogia que ela tanto valorizava, acrescentando meu nome a uma enorme lista de mortos-vivos que datava milhares de anos atrás, eu nunca tive a ideia de uma família que media o tempo em milênios e que incluía membros vivos que poderiam ter esfregado os cotovelos com Aristóteles, ou Henry VIII, ou Hannibal enquanto ele cruzou os Alpes.

Não, os conceitos vampíricos de história, legado, e primogenitura não bateram realmente em casa até que eu vi essa herança medida em estacas.

— Quinn, isso é... — Surpreendente? Inacreditável? Repugnante?

— Sim, a câmera de Miza, a sala de estacas e todas essas coisas, — ela concordou, sem dúvida lendo a minha mente, como eu às vezes achava que ela poderia fazer. — São todas essas coisas e muito mais para mim.

A sala era pequena, apenas grande o suficiente para dois ou três ocupantes e uma mesa em seu centro, mas o que faltava em tamanho, a câmara se compensou em armamento. Quase cada centímetro da parede tinha um suporte que por sua vez sustentava uma estaca, apontando para baixo, de modo que o quarto inteiro parecia o maxilar superior de um grande tubarão branco. Talvez mais assustador. Eu meio que senti como se estivesse sendo comida viva enquanto me aventurei um passo em frente, nervosa, mas curiosa, também.

Estou em um museu de destruição.

— Cada uma dessas estacas pertencia a um Fabray que foi destruído, — explicou Quinn, parando por trás de mim e descansando uma mão no meu ombro.

— Ao mesmo tempo, cada arma era um bem mais valioso. — Ela alcançou passando por mim e apontou para um pequeno pedaço de papel amarelado sob uma das estacas. — Veja o nome do proprietário, bem como a data da sua destruição.

A sala era iluminada apenas por duas velas, e inclinei-me mais perto, tentando ler, mas o nome estava escrito em algum precursor há muito perdido de cirílico, e eu não conseguia nem chegar perto de decifrá-lo. Eu reconheci o número, no entanto: 53. D.C.

Eu também reconheci a mancha distintiva que correu até a metade da arma, que me disse que quem tinha possuído aquela estaca a tinha usado, provavelmente mais de uma vez.

Hipnotizada, eu debaixo da mão de Quinn comecei a olhar mais de perto cada artefato, seguindo as datas à medida que lentamente subiam 358, 765, 822...

Embora exercido em diferentes épocas, as armas em si não mostraram evolução. Cada uma era nada mais do que uma peça bruta de madeira afiada. Era como se o desenho fosse tão eficaz que não havia nenhuma razão para atualizá-lo. Eu vacilei, olhando para uma linha de pontos manchados.

Qualquer delas seria capaz de realizar o trabalho.

Então parei e olhei mais de perto, comparando um grupo da Idade Média. No entanto, havia pequenas diferenças. Desenhos esculpidos no que serviu como cabo. Iniciais embutidas. Ranhuras desgastadas por antigos dedos, nos tempos ainda mais violentos, quando os vampiros teriam mantido suas estacas com eles constantemente.

Quinn ficou parada e em silêncio, permitindo-me explorar, e eu me movi para a direita, não tenho certeza como eu me sentia de estar no meio de tanta história e tanto sangue velho.

E então, quando eu estava prestes a terminar a coleção bizarra, eu li, com uma dose aguda de ar Valeriu Fabray, ao lado de uma data próxima ao primeiro aniversário da Quinn, meu olho foi capturado por um outro nome familiar, próximo à estaca apenas envolta em vidro.

O quê?

Virei-me para Quinn, perplexa.

— Porque a estaca de Sam está aqui? Ele está vivo. Ele foi seu padrinho de casamento.

Quinn deu um passo na minha direção.

— Essa é uma história para outro momento. Uma longa história, que vou relatar quando tivermos algumas horas de folga na noite de algum inverno igualmente longo.

Eu lancei outro olhar sobre o nome Samuel Fabray Evans e sua pacífica estaca, que estava coberta de sangue, e abri minha boca para insistir que eu quero a história agora.

Mas quando me virei para Quinn, ela estava alcançando a minha mão de novo, e a expressão em seu rosto me fez decidir esperar. E mesmo que eu houvesse imaginado então o que ela realmente queria me mostrar na sala, meu coração bateu mais forte enquanto ela me levou para a mesa, que sustentava um recipiente preto brilhante que parecia um pequeno caixão dentro do caixão que tínhamos entrado.

Eu sabia o que estava sob a tampa da caixa antes que ela a abrisse, e eu olhei para minha mulher.

— Então este é o lugar onde você sempre mantém?

Ela balançou a cabeça, seu cabelo brilhante brilhando a luz das velas.

— Sim, Anastácia. Geralmente é aqui.

O seu uso do meu nome "oficial", embora estivéssemos sozinhas me pareceu estranho, como fez sua ênfase no "geralmente", e eu ergui minha cabeça, ficando ainda mais agitada.

— Porque, Quinn?

Por que você esta me mostrando isso agora? O que isso tem a ver com qualquer erro que cometi na reunião?

— É incomum para uma vampira recém-transformada usar uma estaca, — continuou ela, respondendo a minha pergunta inacabada em sua habitual maneira indireta. — Se você pudesse ler cirílico, você saberia que não há muitos nomes femininos sobre estas paredes. — Ela pousou a mão na caixa. — Mas estes são tempos novos, e você é minha igual Anastácia. Você pode ser convidada a agir como tal, de uma forma que seus antecessores, com exceção de sua mãe biológica, nunca teriam sonhado em fazer. Mihaela foi a primeira a governar como uma verdadeira rainha, e você têm a sua força dentro de você.

Eu balancei minha cabeça e recuei novamente, não gostando de onde a conversa estava indo.

— Não, Quinn. Eu realmente não poderia sonhar em fazer qualquer coisa com uma estaca, não importa o que minha mãe fez.

Mas Quinn estava balançando a cabeça, me contradizendo.

— Sim, Anastácia. Se algo acontecer comigo, você precisa saber onde isso está e se acostumar com a sensação dela em sua mão. Se você precisar dela, você não vai querer recuar ou hesitar. — Fez uma pausa, depois acrescentou: — E existe outra razão porque você precisa ver isso agora.

Então, quando eu ainda estava processando o que ela estava tentando dizer, — por que eu estou indo de repente de princesa que não pode nem mesmo ir a um julgamento para aulas de empunhar estacas? —Ela levantou a tampa da caixa, e meu nariz enrugado sob o ataque de um muito poderoso e reconhecível cheiro, que me fez calar por mais de uma razão.

Era o cheiro de decomposição. De podridão.

Do sangue de Claudiu.

— QUINN, você tem CERTEZA que não tem ideia do porque sua estaca tem sangue de Claudiu? — Eu perguntei pela décima vez. Eu sentia como se aqueles dentes de tubarão estivessem aproximando de mim, mordendo minha pele. — Você tem certeza que não sabe quem fez isso?

Claro que discutimos os possíveis suspeitos, os principais deles, Flaviu e outros Anciões descontentes, que incluíam a maioria dos velhos vampiros. Porém, eu não parava de me questionar repetidamente.

Eu estou com medo dela esconder mais coisas de mim? Não está me contando tudo?

— Eu juro a você, Rachel — Quinn disse novamente. — Eu vim aqui, pouco antes da reunião do planejamento do enterro de Claudiu e fiz a descoberta. Eu não sei mais nada do que você.

Mas ela sabia mais que eu, a reunião, eu a fitei, sentindo que não tinha apenas medo de que alguém estava obviamente tentando enquadrá-la, mas um pouco... Traída.

— Por que não me disse sobre isso antes? E por que veio aqui primeiro?

Quinn mexeu a mão pelo cabelo, como se ela se sentisse culpada.

— Eu achava que você tinha o suficiente para se preocupar, com a ameaça de caos na reunião. Se eu tivesse dito que a minha arma estava suja com o sangue de Claudiu...

Eu ruborizei.

— Você pensou que eu ia surtar, e talvez fazer algo estúpido.

—Por favor, não faz isso soar como se eu não confiasse em você. — disse ela. —Eu só queria poupá-la do conhecimento, e da pressão, que eu não achei que você precisava naquele momento.

— Porque você não confiaria em mim com a verdade. — Minha indignação desapareceu e minhas bochechas ficaram excepcionalmente quentes para uma vampira, que eu pensei sobre como iria de bom grado seguir o conselho de Sugar, sem sequer falar com Quinn. — E eu fiz algo estúpido de qualquer maneira, insistindo que todos apresentassem suas estacas.

— Não. — Quinn balançou a cabeça. — Você pensou que a ideia era boa, uma que iria justificar-me. Este problema é minha culpa por negar informações a você. Se eu tivesse dito a você sobre a estaca imediatamente, você saberia que eu queria um tempo para investigar. — Seus olhos demonstraram sofrimento. — O erro foi meu.

Quinn e eu nos entreolhamos, e apesar de que ela estava aceitando a culpa pela crise, ela também admitiu que nós realmente não fôssemos iguais ainda. Seríamos algum dia? Eu a forçaria a manter um segredo? Pensei na estaca que eu tinha visto na nossa cama, que parecia tão real quanto qualquer daquelas que nos rodeiam. E ela nem sabe como eu estou realmente sofrendo um colapso...

— Por que você ainda vem aqui após a morte do Claudiu? — Perguntei de novo. Minha voz soou apertada em minha garganta. — O que você está verificando? Ou buscando?

— Um dos Anciões foi destruído em nossa casa — Quinn cruzou os braços sobre o peito, como se ela estivesse me desafiando para disputar a sua lógica. — Eu pensei que a melhor maneira de me fortalecer, para melhor protege-la, seria ensiná-la a se defender.

De novo, eu preciso de proteção.

Estudei seu rosto à luz das velas pequenas. Sua mandíbula forte, com a cicatriz eu não podia ver naquela sala escura. Suas maçãs do rosto, sombreadas pela luz do fogo e pela franja crescida, que ela precisava apara-la. E os seus olhos, que eram tão doces e ternos... E tão bem treinados para esconder as coisas.

— Você ia me dizer que estava carregando uma estaca...

...que você usou antes para me matar? Que eu nunca mais vi desde aquela noite?

— Sim, — prometeu Quinn. — Eu teria lhe dito.

Nós encaramos uma a outra por um longo tempo, num silêncio muito estranho. Estávamos tentando, com os nossos olhos, tampar uma fenda que se abrira aos nossos pés. Era como se a estaca horrível, que ainda era visível na caixa aberta, tivesse mergulhado e criado um abismo entre nós.

Estaria sempre entre nós?

— Por que nunca me mostrou esse quarto? — Eu finalmente perguntei. — Por que escondeu isso de mim, também?

— Olhe ao seu redor, — Quinn disse, sem tirar os olhos de mim ou descruzar os braços. — Você já está mergulhada em um mundo de violência. Você se casou com a violência. Eu não queria chocá-la com uma lição desnecessária em quão brutal a sua nova família é, e na medida em que nós Fabray temos consagrado a agressão. Ainda não.

Oh, os milhões de pensamentos e emoções que correram através de mim quando ouvi a explicação dolorosa de Quinn de porque ela me manteve fora dessa câmara. Família era extremamente importante para ela. E ainda, ela veio aprender na América que a violência não era a única forma de manter ordem. Ela estava lutando, também, para compreender uma nova forma de vida, e me senti mal por ela. Eu tinha vergonha, do mesmo medo, que ela novamente me julgou muito fraca para lidar com a minha nova vida, mesmo que eu fosse muito fraca.

Sim, nós temos muitos desafios a nossa frente.

Olhei para a estaca, que demonstrava o maior problema.

Como poderíamos explicar isso para os Anciões? Por que eu segui a ideia de Sugar, que parecia tão horrível agora, porque os vampiros mais velhos iriam sentir o cheiro do sangue, também, e acreditariam que Quinn era a responsável?

— Rachel? — Eu olhei para cima para ver Quinn pegar as minhas mãos e senti seus dedos se fecharem em torno dos meus. Senti o X marcado em sua palma da mão esquerda e isso ajudou a nos conectar de novo, como aconteceu em nosso casamento, quando tínhamos ambas cortado nossas mãos e nosso sangue se misturaram. — Eu tinha outras razões para não querer mostrar-lhe esta sala, — confessou. — Razões egoístas. — Seus olhos tristes com pedidos de desculpas. — Você acha que eu estou ansiosa para lembra-la daquilo que uma vez eu quase fiz a você? Você pensa que eu estava com muita pressa de rever aquela noite, à sombra dos momentos mais sombrios todos os meus antepassados?

— Quinn... — Segurei suas mãos mais apertado e lutei por palavras, porque eu pensei, muito, muito sobre aquela noite. Eu ainda podia sentir a maneira como a ponta de sua estaca esteve pressionada debaixo do meu peito, e como seus dentes tinham perfurado a minha pele de uma maneira muito diferente de poucos minutos mais tarde. — Não se esqueça de que esta noite também foi uma das melhores da minha vida. Você disse que eu era o melhor para você.

— E o pior, — ela me lembrou.

— Foram ambos, — eu insisti. — Ambos.

Foi à primeira vez e eu nunca pensei que os dois eventos que tiveram lugar naquela noite, a maneira terrível que Quinn ameaçou me destruir, e no momento bonito quando ela me fez essencialmente sua pela eternidade, como um conjunto harmonioso, em vez de dois eventos chocantemente separados. Pela primeira vez, eu os vi como indivisível, como o símbolo yin-yang que Sam usava em seu braço.

— Talvez tudo isso tivesse que acontecer do jeito que aconteceu, para nós estarmos juntas, — disse ela. — Talvez a estaca seja uma boa parte da nossa história. Quinn sorriu tristemente. — Você vai me perdoar se eu tiver dificuldade, neste momento, vendo uma arma ensanguentada que eu quase usei em você, e que tem se voltado contra mim, agora, como qualquer tipo de prenúncio de finais felizes.

Então, ela soltou as minhas mãos e soprou as velas, e ouvi o estalo da tampa da caixa e da raspagem de madeira contra a pedra, enquanto, ela levantou sua estaca para fora da mesa para leva-la de volta ao nosso quarto. E apesar de ela inicialmente querer recuperá-la para me proteger, eu sabia que não ia dormir mais fácil com essa coisa no quarto.

Não era um presságio de alguma coisa boa. Pode até ser o instrumento de destruição de Quinn. Sua própria arma, usada contra ela.

Minha garganta apertou, e eu quase não podia respirar, como se inesperadamente lembrasse a nossa lei, conforme descrita por Quinn. "A destruição deve ser respondida com a destruição", e "A destruição de um Ancião deve ser respondida pelo membro mais graduado do clã..." O que significava que, se Quinn realmente for declarada culpada pela destruição de Claudiu, seria de se esperar...

PARE RACHEL! Isso NUNCA chegará a esse ponto. Quinn não deixará isso acontecer!

Ainda me senti muito doente quando a segui até a porta, sabendo que eu estava me enganando, minutos atrás, sobre a estaca. Que eu começara a me iludir meses antes, quando tinha prometido a Quinn que estava pronta para ser uma vampira para sua eternidade.

##**##

MINDY

Sinceramente, não sinto medo sobre estar no castelo da Rach até meia-noite, quando eu estava totalmente sozinha em minha cama, e completamente sem Tastykakes, e o fogo estava ficando menos brilhante, e eu comecei a me perguntar se a vampira bonitinha chamada Emilian continuava bem fora do meu quarto, porque eu não a escutei fazer barulho.

Joguei as cobertas, eu andei na ponta dos pés até a porta, destranquei o ferrolho, e abri a porta, apenas uma fresta.

Emilian quebrou a atenção.

—Deseja alguma coisa...?

—Hum, não. —Eu fechei a porta, feliz de que ela ainda estava lá. Mesmo que ela seja uma vampira. Eu tranquei o ferrolho. —Obrigada de qualquer forma, —eu falei.

Então, por estar no lado seguro, eu fui para o outro lado do quarto verificar se as janelas estavam trancadas também, mesmo que meu quarto esteja no quinto andar, olhando para frente do castelo, tive uma bela vista do grande vale que parecia que ia engolir todo o lugar. Eu sabia que os vampiros realmente não voavam como morcegos, como nos filmes, eles surfam, mas eu não estava aceitando nenhum risco.

Quando cheguei à primeira janela e olhei para fora, vi que estava nevando. Flocos grandes e gordos caíam através da janela e todo o caminho para o chão. Inclinei a minha cabeça contra o vidro, olhando para o pequeno círculo de luz que marcou fora da porta da frente, perto do local onde Claudiu foi —destruído, —era palavra no qual os vampiros sempre usavam. Não matou, e sim —destruídos.

Então eu pensei que eu vi algo se mover fora da luz, e eu pisquei duas vezes.

Estava escuro lá embaixo, mas era alguém andando na neve?

Isso foi...?

De jeito nenhum!

Eu pisquei novamente, e a pessoa ou vampiro tinha ido embora, e eu me movi rapidinho para verificar todas as fechaduras, duas vezes, depois pulei na cama e puxei as cobertas até o queixo, pensando que talvez alguma coisa naquele lugar realmente faz você alucinar, porque eu estava começando a ver coisas também.


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Notas finais do capítulo

O feedback não tá ajudando... ou a falta dele. Até mais gente.



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