Começamos a passar por caminhos mais distantes cheio arvores enormes, comecei a me perguntar se ir foi mesmo a escolha correta, mas bem agora não havia mais volta. Meus olhos antes marejados agora apenas estavam distantes observando os lugares por onde passava, parecia um lugar muito isolado raramente eu via casas ou pessoas, conforme ia se aprofundando mais o caminho parecia rarear qualquer sinal de vida. Não sentia vontade de conversar nem de olhar para cara dos causadores de tudo isso, só me faria sofrer, Naruto parecia ligeiramente chateado ao meu lado olhando pela janela também, no banco a frente Ino tentava puxar assunto sem sucesso e decidiu por ficar quieta também e Sasuke parecia indiferente enquanto dirigia. Meus olhos pesavam já devia passar da meia noite e havia horas que estávamos na estrada, não confiava nem um pouco neles muito menos no lugar onde estavam me levando, mal senti quando pisquei e assim fiquei não abri os olhos e acabei cochilando.

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–Minha Sá-chan venha cá-uma mulher de olhos esmeraldas e aparência extremamente bonita chamava a garotinha de olhos idênticos mais de cabelos róseos o que dava a menina um ar de pureza a mais, ia correndo pelo jardim todo florido e bem cuidado.

–Já vou mamãe- correu para a mulher e a abraçou- mama posso ir brincar?-perguntou a garotinha encarando o rosto da mulher vendo se formar uma expressão preocupada.

–Eu já disse que além dos limites deste lugar não minha querida.- viu a filha fazer beicinho.- mais logo, logo seus amigos chegam aqui para brincar com você não é ótimo? - disse dando um sorriso confortador.- vou colher algumas flores meu bem porque não brinca um pouco com kakashi?

–ok mama - deu um beijo estalado no rosto da mãe e saiu correndo procurar alguém.

Ficou horas encarando a floresta imensa que cercava a casa e viu uma brecha nas cercas resolveu sair um pouco afinal ninguém poderia dar falta de um ou dois minutos que fosse dar um olhada por ai. Começou a andar cada vez mais para dentro das arvores o lugar todo parecia um mundo novo para a garota que nunca saia de casa, viu um coelhinho e começou a segui-lo aos poucos foi perdendo de vista o bichinho, quando correu mais a frente notou uma poça se sangue no chão e o coelhinho morto, o que a deixou extremamente assustada, ficou olhando aquilo com lagrimas nos olhos.

Algo farfalhou dentre as arvores, olhou ao redor e não encontrou ninguém quando voltou o seu olhar para frente viu um homem de aparência cruel num sobretudo preto segurando o coelho pela pata e a boca coberta de sangue, os olhos brilharam num vermelho intenso, a garota correu e escutou uma risada logo atrás de si.

–O que foi Haruno? Não gosta de brincar com coelhos? Eu adoro, você é a próxima...seu sangue cheira tão bem- disse dando uma risada que ecoou a floresta inteira.

A garota só corria procurando o caminho de casa mais não encontrava a risada do homem a deixava apavorada as lágrimas começavam a surgir nos olhos inocentes e acabou tropeçando nos próprios pés. Então viu o homem parando a sua frente seu sorriso cada vez maior.

Ela gritou como nunca seus gritos de desespero preencheram a floresta inteira..

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Sakura acordou de súbito totalmente desesperada, o sonho parecera tão real que ainda podia se lembrar daquela risada estremecedora, olhou ao redor e viu que o carro já parava, ninguém percebeu seu estado todos estavam absortos em algo, aproveitou então para se recompor. A frente uma mansão enorme surgiu, com aparência antiga mais muito bem cuidada como se fosse algo que fora preservado para chegada de qualquer pessoa que decidisse fazer uso dela, enormes esculturas de leões emolduravam a entrada principal da casa, o jardim se parecia muito com os dos seus sonhos exceto que não havia uma árvore de cerejeira nem o jardim parecia tão bonito quanto no sonho. Saiu do carro viu que um homem segurando um livro laranja de máscara vestido todo de preto os aguardava, parecia ser um segurança ou um mordomo.

–Yo- pronunciou ele- então ? muitos problemas? Oh quase não vi você ai atrás rosada- disse ele se curvando num gesto extremamente formal que me desconcertou- bem vinda - e juro que pude ouvir um ''novamente'' ali mais achei que não, devia ser só eu imaginando coisas. Permaneci em silêncio minha vontade de socializar com gente estranha era zero. Queria logo sumir dali ficar sozinha.

–Sakura esse é Kakashi-san, ele é quem cuida da casa desde que aaaah...deixa quieto enfim Kakashi essa é a Sakura -disse Naruto nos apresentando o nome não me pareceu estranho mais eu nunca havia visto aquela pessoa.

–Então vamos entrar- disse Ino tentando descontrair o clima pesado que se formou.- Sasuke vai te mostrar onde fica seu quarto se precisar de alguma coisa só chamar.- disse ela dando uma ligeira piscadela, e entrou sorrindo.

Sasuke apenas revirou seus olhos negros sua aparência parecia menos tensa ali, como se ele se sentisse mais seguro ou coisa parecida entrou logo após Ino.

A mansão parecia muito mais bonita por dentro, vasos de porcelana, quadros famosos e mobílias antigas que deveriam valer mais que a minha vida estavam dispostas entre os cômodos, o chão lustroso e algumas pessoas, empregados deduzi passavam por ali arrumando. Sasuke nem se pronunciou apenas se pôs a subir as escadas sabia que deveria segui-lo estar sozinha com a mesma pessoa que me amedrontou e me tirou do sério horas antes era estranho fiquei em silêncio o que mais queria era me livrar da presença de todos ali e quem sabe encher a cara? Em situações normais eu não faria isto mais tudo isso ocorrendo era muito para mim, o corredor parecia enorme minha presença parecia um nada para ele como se fosse insignificante ou pelo menos foi assim que me senti. Ele parou eu mal percebi e trombei em sei peito ele nem se moveu me senti envergonhada, seus olhos se encontraram com os meus, muito próximos pensei, havia algo neles que não me deixavam quebrar contato, ele não desviou o olhar também como se quisesse ler o que se passava na minha mente então de súbito abriu a porta e se virou desaparecendo rapidamente pelas escadas.

Entrei no quarto a noite as janelas aberta e a cortina balançando com a brisa me deram pela primeira vez ali a sensação de conforto, fechei a porta a chave ficando só naquele quarto enorme. Me ajoelhei á beira da cama e coloquei todas as lágrimas que deveria para fora; minha vida nunca mais seria a mesma.