Harry e Gina [EM REVISÃO] escrita por Janne Esquivel


Capítulo 24
Capitulo 24 - Os olhos de Lílian


Notas iniciais do capítulo

Olá galera! Mais um capitulo para vocês, espero que gostem e aproveitem...

Nós vemos lá embaixo e por favor, LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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Capitulo XXIV – Os olhos de Lílian

O irmão estava nervoso tanto quanto o esposo. Ambos andavam de um lado para o outro na pequena sala de espera em que foram colocados. Não trocavam uma palavra, não tinha nada o que dizer. Só havia desespero na mente deles. Uma ruiva que tanto amavam deu entrada naquele lugar encharcada de sangue e inconsciente e até agora ninguém veio os informar de como ela estava.

– Meu Merlin! – exclamou Hermione entrando quase que correndo na sala. Foi recebida primeiro pelos braços do marido, depois correu para tentar acalmar o amigo – O que aconteceu?

Harry olhou para a morena a sua frente, mas não conseguia ver nada. O estado em que ele trouxe sua esposa e seu filho para o St. Mungus era mil vezes pior do que no dia em que uma Comensal maluca invadiu a sua casa.

– Mandei uma carta para os seus pais, Ron... Acredito que já estejam a caminho – Hermione disse olhando para o marido e logo em seguida segurando firme nos ombros de Harry e penetrando seu olhar no dele – Harry, se concentre – ela sussurrava – O que aconteceu?

Ron abriu a boca para responder e até soltou alguma coisa, mas a morena levantou o dedo o impedindo silêncio, mas sempre olhar no amigo. Ela queria que Harry falasse ou chorasse, que fizesse alguma coisa para sair do choque que estava claro em sua expressão.

Então ele desabou em lágrimas se agarrando a ela e molhando todo o seu suéter. Com a barriga de sete meses, Hermione não tinha muita liberdade para um abraço apertado, mas ela prendeu o moreno o quanto pode. Harry chorava que nem uma criança, o desespero o consumia a cada minuto.

– Ela simplesmente caiu – ele soluçava – Então o sangue e...

– Shhh... – Hermione o interrompeu, ela queria saber o que tinha acontecido, mas viu que não era mesmo a hora para isso – Vai ficar tudo bem... Acalme-se.

Quanto mais ela falasse, tentasse consola-lo, mais Harry chorava. O medo se misturou com agonia, dor, desespero, impotência e tristeza causando um sentimento que o moreno jamais experimentou na sua vida, que pensando bem foi quase toda cercada por esses sentimentos, mas ele sempre o atingiram separadamente, nunca estavam juntos. Ron tremia com uma sensação igual, Hermione não era diferente, mas ela tinha que ser forte. Estendeu um dos braços para envolver o marido no abraço e ficaram o três ali, em quase total silêncio. O choro de Harry ainda não cessava e nem parecia ter previsão, mas estava bem mais baixinho do que quando começara.

Largaram-se quando um medibruxo loiro rompeu pela porta dupla da sala de espera.

– Como eles estão, Malfoy? – Ronald foi o primeiro a perguntar com a mão no ombro do amigo, enquanto este tentava se acalmar.

– Estão estáveis – Draco respondeu. Metade da carga que Harry carregava sumiu, porém a outra metade ainda era muito pesada. Hermione soltou um suspiro de alívio e Ron a abraçou – Podem se sentar para eu poder explicar o que aconteceu? – pediu o médico, o Trio de Ouro obedeceu se acomodando em um sofá e Draco em uma cadeira a frente deles – Bom... Gina teve uma queda de pressão no momento que o sangramento começou, o que causou o tombo, como você me disse Weasley – Malfoy se referia a Ron.

– Mas a bolsa só tinha rompido, como havia sangue ali? – Harry disse entre soluços.

– Esse é o problema, Potter – Draco continuou – A bolsa da sua esposa pode ter se rompido desde ontem.

Harry entrou em desespero novamente.

– Isso é impossível! – exclamou Hermione – Ele sentiria dores...

– Na verdade é sim, Granger... Gina pode ter se confundido com urina, as mulheres não tem controle do liquido, mas como a gestação é avançada a urina fica tão descontrolada quanto. Sendo assim, como não havia dores, por não haver dilatações causado por algum atraso do organismo, é compreensível que isso tenha acontecido e o fato das dores só terem aparecido agora... Bom... Acredito que era o bebê pedindo ajuda – finalizou Malfoy.

– Como ela esta agora? – Ron e Harry disseram juntos e rápido demais, enquanto Hermione pensava no que acabara de ouvir e seu raciocínio não a estava levando em uma conclusão muito boa.

– Ela está bem, mas ainda não acordou – respondeu o medibruxo – Tive que fazer um parto forçado ou o que os trouxas chamam de cesariana.

Harry se levantou e passou a mão nos cabelos. Ele estava muito perdido em meio aquilo tudo.

– Como está o meu filho? – ele quis saber.

Malfoy se levantou também e quem estivesse realmente prestando a atenção na sua expressão teria visto um meio sorriso tímido e curto ali.

– Ele esta bem e muito saudável – respondeu instantaneamente.

– Ele? – Hermione se levantou com a ajuda de Ron.

– Oh, sim! É um menino! O segundo se não me engano, não é? – Draco exclamou.

Ron e Hermione abraçaram Harry de imediato. Um abraço que dizia que estava tudo bem e que ele tinha mais um menino para mimar o quanto pudesse, mais um maroto em casa!

Draco ficou olhando aquela cena e pela primeira vez ele não teve inveja ou nojo daquela amizade que viu crescer, mesmo de longe, por sete anos, ele ficou feliz por ter ajudado a transformar a face de angustia do Santo Potter em um sorriso aliviado e em não ter pelo menos pensado nenhuma vez em se referir a Hermione como sangue-ruim ou ao marido dela como alguém inferior.

O loiro pigarreou de leve, chamando a atenção de três pares de olhos para ele.

– Bom, vou checar como a paciente esta e venho buscar vocês para visita-la – ele disse se virando e caminhando até a porta, mas antes de passar por ela, Harry o chamou.

– Obrigado, Draco – ele disse claramente sincero – Obrigado mais uma vez.

– Obrigado – foi só o que Ron conseguiu dizer, mas já foi o bastante.

E Hermione apenas ofereceu um sorriso generoso no qual foi retribuído pelo medibruxo que saiu logo depois.

– Vai ficar tudo bem, cara – garantiu Ron por fim.

Alguns minutos depois, o Trio de Ouro já estava acomodado no quarto de Gina. Ela ainda dormia, seu rosto estava mais branco do que antes e só havia cores nas sardas que Harry tanto amava. Ele se sentou na beirada da cama dela, enquanto Hermione esta sentada em uma poltrona e Ron de pé ao seu lado, acariciando seu cabelo.

Malfoy adentrou no quarto em silêncio, checou os sinais vistais de sua paciente e anotou algo no prontuário dela. Depois de feito, ele adicionou alguma porção em um dos tubos finos ligados a Gina.

– O que é isso? – Harry sussurrou.

– Um estimulo – foi só o que Draco respondeu.

Segundos depois a ruiva deitada na cama piscou os olhos devagar tentando se acostumar com o ambiente. Seu corpo estava pesado, sua cabeça doía, mas o que mais a incomodava era a imagem acabada do seu marido a sua frente e a falta de algo que devia estar dentro ou nos braços dela.

– Como eu vim parar aqui? – ela perguntou em uma voz preguiçosa – Onde esta nosso bebê?

– Sra. Potter – falou Draco antes que todo mundo – Vou pedi para que não fale nada, poupe energia para conhecer seu filho, só é necessário saber que tanto você quanto o seu bebê estão bem.

Gina não entendeu o porquê de esta obedecendo a um Malfoy, mas assentiu sem hesitar. Sua cabeça estava confusa e doendo e se esse fosse o caminho mais fácil para entender o porquê de esta assim, que seja.

– Peço também, que nenhum de você me interrompa agora – Draco se referia a Harry, Hermione e Ron que assentirão, também, sem hesitar – Gina você perdeu muito sangue, esta fraca e precisa de repouso. Houve muitas complicações na cirurgia que fiz em você por causa da sua pressão que estava instável, devo admitir que eu a levei para um centro cirúrgico sem nenhuma certeza se iria sair tudo bem, mas era isso ou provavelmente estado de óbito, entende?

A ruiva assentiu novamente. Harry não tirava os olhos da esposa, oferecendo assim, uma forma de comunicação aos dois. A cada palavra que saia da boca de Malfoy era agonizante, elas faziam o moreno pensar nos ses: as tais possibilidades bizarras que poderia ter acontecido.

– Acredito que Granger já tenha chegado a mesma conclusão que eu neste momento – continuou Draco deixando todos intrigados, menos Hermione – Não é impossível, mas para o bem da sua saúde, eu recomendo que não engravide novamente, pois se isso acontecer, sua pressão pode não ajudar e o resto... Bom, acredito que já saibam.

Era claramente possível ver sinceridade no aviso de Draco e isso assustava tanto Gina, quanto Harry. Se o próprio Malfoy estava se dando ao trabalho de avisar que era algo perigoso, então como negar?

– Vou buscar seu filho – avisou o medibruxo loiro saindo logo em seguida.

– É um menino? – Gina não se conteve.

– É sim – Harry respondeu claramente radiante.

– Como esta se sentindo, mana? – Ron quis saber e recebeu um sorriso calmo seguido por um aceno de cabeça da irmã. Era o bastante.

Hermione se levantou, chegou perto da cama de Gina e se inclinou o quanto pode para depositar um beijo na testa da amiga.

– Vamos deixar vocês a sós – a morena disse logo em seguida já do lado do marido – Vamos acalmar seus pais que estão lá fora e acredito que vocês precisam de um tempo para nomear o bebê.

– Parabéns - Ron disse antes de ser arrastado por Hermione.

Gina, assim como Harry, sorrira e agradecera pelo carinho. Quando o casal se retirou, Harry finalmente teve a liberdade de trocar um beijo calmo, mas apaixonado e demorado na esposa.

– Eu te amo – ele sussurrou depois de um tempo com a testa encostada na de Gina.

A ruiva não pôde responder porque uma enfermeira entrou com um embalo nos braços, Harry se levantou em um piscar de olhos para receber seu filho e parou na frente da cama da esposa quando viu que o bebê que carregava esta acordado e o olhava com dois olhos verdes e brilhantes. Não se sabe quanto tempo Harry ficou ali, perdido nos olhos do filho, perdido nos olhos de Lilian.

– Vamos, Potter – resmungou Gina quase sem forças – Quero vê-lo.

Como a cama do hospital era grande, Harry se sentou do lado da esposa para que ela pudesse ter uma melhor visualização do filho deles. Gina não conseguiu e nem queria segurar as lágrimas. Ele era, sem tirar nem por, a cara do pai.

– Olá, filhão – ela sussurrou beijando o pezinho do filho e depois inclinou a cabeça para olhar para o marido que tinha seus olhos marejados e os óculos embaçados – Ele precisa de um nome.

– Estive pensando em alguns – disse Harry sem tirar os olhos do pequeno em seus braços.

– Quais? – Gina disse, mas com um pouco de dificuldade.

– São pessoas importantes, que sempre estiveram ali para me proteger – o moreno respondeu – Não importa como fosse, mas sempre estavam ali – Gina ficou calada, o silêncio queria dizer continue – Albus Severus... O que acha?

Gina pensou seriamente no nome e decidiu testar.

– Albus Severus! – ela fez como quem gritasse – Dessa para o jantar!

Harry riu daquilo e o bebê se mexeu em seus braços pronunciando alguma coisa da línguas de bebês. Gina se deliciou com aquele barulhinho e não esperava a hora de melhorar para pegá-lo nos braços.

– Não há nome mais perfeito para ele – ela disse por fim.

Naquele mesmo dia, mais tarde, James conheceu seu novo irmãozinho e o recebeu com alegria, assim como toda a família Weasley.

Bem-vindo Albus Severo Potter


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Reviews? Pode ser?

Adiantando o próximo cap, vai ser um momento muito Romione, acho que já devem saber porque.

A informação de Gina não poder ter segurança em engravidar de novo, vai deixar ela muito mexida...

Com isso, espero que aguente a turbulência desse história, por que além do temperamento da ruiva, ainda teremos uma atirada que não se toca.

Ah, com tudo que vocês, meus leitores maravilhosos, já leram, mereço mais uma recomendação?



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