My Invisible Love escrita por LalaMarry


Capítulo 4
Senso de humor considerável


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Desculpem a demora (apesar de eu ter minhas dúvidas com relação a alguém estar acompanhando e.e) porém, eu tenho outra fic além dessa para atualizar, além de meu final de ano ter sido corrido e tals.
Espero que gostem.
Boa Leitura!



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Alguns dias depois ele voltou a acordar, mas decidi não permanecer no quarto ou ele poderia acabar desmaiando novamente.

Diferente dos outros lugares em que eu vagava, neste eu não me sentia tão só, volta e meia algum outro fantasma aparecia e me fazia companhia por algum tempo antes de sumir de vez. Variavam de idosos a crianças e às vezes eles me chamavam para segui-los.

–Por que você não vem também? - uma garotinha fantasma perguntou a mim uma vez.

Desvencilhei minha mão da dela e sorri.

–Porque ainda não é minha hora.

Ela refletiu durante alguns instantes antes de dizer suas últimas palavras.

–Estarei esperando você então. - e sumiu como se jamais houvesse estado ali.

No final do dia, eu voltava para o quarto de Jack quando ele estava dormindo.Suas noites de sono eram inquietas, rolava de um lado para o outro e eu temia que ele acabasse arrancando os fios desse jeito, só parecia aquiescer quando eu tocava-lhe o rosto, então passei a acariciar sua face todas as noites.

Exatos três dias depois, uma senhora acompanhada de uma das enfermeiras entrou em seu quarto e eu logo espreitei-me a ver quem era.

Ela soltou um longo suspiro ao sentar-se na ponta da cama ao lado de um Jack inconsciente, ao julgar por sua aparência, ela era bem mais nova do que aparentava. Rugas de estresse marcavam sua testa e seus olhos estavam fundos de sono.

–Desculpe-me, querido, se eu soubesse que era capaz de fazer isso, eu teria vindo mais cedo. - apertou levemente sua mão. Que foi retribuído pelo movimento dos dedos dele.

Ficou afagando a mão do filho até a enfermeira informar o fim do horário de visitas e ela ter que se retirar. Esbarrou sem querer em mim, que estava próxima a porta e vi seu braço se arrepiar. Mirou o filho uma última vez antes de sair e deixar-nos a sós novamente.

Fui para perto dele e minha testa vincou-se. Seus olhos estavam abertos e virados para a janela do outro lado, ele parecia refletir.

–Estava fingindo dormir?

Só então ele pareceu perceber que eu estivera ali o tempo todo.

–Na verdade eu estava fingindo que estava semi-inconsciente.

–E por que fez isso?

Ele tentou sentar-se, porém ao soltar um resmungo desistiu da ideia.

–Você andou me evitando esses dias - falou desviando do assunto. - Achei que você tivesse ido embora... Ou que eu estava tendo alucinações.

–Talvez se tivesse acreditado na última hipótese não estaria falando com as paredes agora. - retruquei - Olha, se você não quiser me responder eu vou entender, só acho que não foi justo com aquela mulher, ela parecia realmente preocupada com você.

Ele apertou o botão do interfone para chamar a enfermeira e depois virou-se para mim, a expressão era de quem estava magoado.

–Ela também não foi justa comigo.

Ficamos um tempo calados, minha forma tremulava com o ar que circulava no local enquanto Jack olhava para qualquer outro ponto, ele parecia inquieto como ficava quando dormia.

–Como conseguiu ser atropelado? - perguntei quebrando o silêncio

–Eu me joguei na frente de um carro.

Meu olhos arregalaram-se com sua resposta.

–Você o que?! Você sabia que poderia ter...

Sua sobrancelha se ergueu, esperando minha frase se completar.

–Você ficou louco?! - gritei exasperada.

Como alguém poderia querer tirar a própria vida de forma tão brutal, enquanto eu ficava ali agarrando-me a resquícios da minha?

–Acho que na hora eu não pensei na hipótese de eu sobreviver ao acidente. - comentou.

Arregalei os olhos para ele.

–Espero que depois de você se recuperar eles te mandem para um psicólogo.

Decidi sair dali e rever o que havia me levado a segui-lo até ali.

–E você por acaso vai deixar alguma mensagem no espelho para eles?

Não consegui deixar de sorrir com sua pergunta, pelo menos ele tinha um senso de humor considerável.

–Vou tratar disso - pisquei para ele.


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Notas finais do capítulo

Então o que estão achando?

Kissus



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