From The Razor To The Rosary escrita por Persephonne


Capítulo 8
Capítulo 8




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- Você não vai falar nem um oi? – Gerard falou. Frank só conseguia encará-lo, completamente sem ação. Sua boca ainda estava aberta.

Gerard estava com o cabelo preto comprido até os ombros solto, uma camiseta preta dos Misfits, jaqueta de couro preta, calça jeans rasgada nos joelhos e coturnos. Também tinha um sorriso não muito sacerdotal no rosto.

- Você... – Frank balbuciou. – Você...

Mas ele nem teve tempo de terminar o pensamento. Gerard já tinha atravessado a porta e o beijava furiosamente, já metendo as mãos por baixo da sua camiseta. Com algum esforço Frank conseguiu fechar a porta do apartamento enquanto o beijava. Então Gerard o empurrou contra a parede, colando seu quadril contra o de Frank, seus volumes se chocando e fazendo-os gemerem levemente.

Gerard abaixou as mãos, tentando abrir a calça do outro avidamente. Frank riu levemente.

- Não está tão santo assim hoje, ein reverendo?

- EX- reverendo, Frankie. Ex.

Frank sorriu. Um sorriso verdadeiramente feliz, não os seus falsos e maliciosos. Beijou Gerard como se aquilo fosse salvar a sua vida. E o outro respondeu na mesma intensidade. Eles andaram ainda se beijando até o sofá, onde Gerard praticamente jogou Frank e se pôs em cima dele. Suas mãos pálidas e ágeis tiraram a calça e roupa de baixo de Frank, e ele sorriu ao vê-lo por completo. Frank riu.

- Como você agüentou tanto tempo se fingindo de padre?

- Não, não. – Gerard pôs dois dedos nos lábios de Frank, calando-o. Este sorriu e separou levemente os lábios, dando um olhar significativo para ele. – Não é hora de falar, Frankie. – E enfiou os dedos na boca do outro, que os chupou impiedosamente. Gerard sorriu e moveu os dedos mais para baixo, quase os fazendo entrar em Frank, mas este o impediu:

- Afobado. – Foi só o que Frank falou antes de se virar, e de algum jeito era ele quem estava por cima agora. Beijou Gerard, mordendo seu lábio inferior enquanto abria a calça dele, que era surpreendentemente justa. Com alguma dificuldade ele conseguiu despir o ex padre e sorriu ao vê-lo fechar os olhos quando o tocou. Então pôs as mãos no quadril dele e o lambeu levemente, apenas para ver Gerard implorando:

- Quer parar com isso?

- Mas aí tira toda a graça. – Frank sorriu e envolveu Gerard completamente com a boca. Só o gemido que o outro deu com esse ato valeu todo o tempo de espera por aquele momento.

Gerard só conseguia proferir sons incompreensíveis enquanto sentia a língua de Frank em si, e se controlava para não agarrar o cabelo dele e mover o quadril mais pra frente. Quase parou de respirar quando sentiu Frank mordiscando-o de leve. Gerard não conseguiria agüentar muito mais daquilo, era demais pra ele. Puxou Frank, beijou-o nos lábios e se virou de modo a ficar por cima.

Beijou, mordeu e lambeu seu pescoço e orelha, roubando gemidos baixos de Frank. Passou suas mãos por toda a pele do corpo abaixo de si, pousando no ponto onde já latejava com a falta de toque. O seu próprio também já estava começando a doer de desejo. Então tocou Frank e começou a bater pra ele. A cada gemido do garoto ele movimentava a mão mais rápido, beijando cada centímetro de pele dele. Então parou e olhou Frank nos olhos.

Separou as pernas dele e se posicionou. Frank o olhou, quase sem piscar. E então Gerard impulsionou o quadril, fazendo Frank fechar os olhos e cravar as unhas nas suas costas. Por uns momentos ele ficou imóvel, esperando Frank se ajustar. Então os cantos da boca do mais novo se curvaram num sorriso e Gerard o beijou, se impulsionando mais para dentro dele e fazendo Frank dar um suspiro entrecortado. Ele repetiu o movimento, e dessa vez o corpo frágil embaixo dele se arqueou com prazer e as gargantas dos dois deixaram sair gemidos longos.

Eles se beijaram, mas isso não adiantou para os gemidos ficarem mais baixos. Os movimentos de Gerard aumentaram a velocidade. Sentiu as mãos de Frank escorregarem para o seu quadril, acompanhando-o e o puxando mais para dentro de si. Suas bocas ainda estavam próximas, e os gemidos emitidos pediam mais um beijo. Seus corpos suados clamavam por mais contato. Gerard encontrou os olhos de Frank, que sorriu maliciosamente. Suas mãos desceram pelo seu tórax, indo de encontro ao que procurava. O sorriso de Frank aumentou, enquanto de sua boca ainda saiam gemidos incontroláveis. Sentiu os dedos do outro acariciarem a cabeça de seu membro, o provocando de alguma forma. Gemeu alto, jogando sua cabeça para trás, enquanto Gerard utilizava o liquido já expelido por Frank para umedecê-lo. Surpreendeu Frank ao recomeçar os movimentos de sua mão, ainda o penetrando, cada vez com mais intensidade. Os toques e a penetração de Gerard em si foram demais para segurar o que seria inevitável. Com um último movimento, encarou seus olhos mais uma vez. Frank se inclinou para alcançar seus lábios. Ambos não resistiram, obtendo seus orgasmos cada. Frank sentiu o corpo se arrepiar e esquentar enquanto Gerard terminava em si. Gerard descansou o rosto no peito suado de Frank, respirando profundamente. Sua mão ainda se encontrava no membro do outro, que o olhou, sorrindo docemente.

- Divino. – falou, rouco. Frank riu levemente.

- Tenho que concordar. – ele beijou a testa de Gerard e se deixou ser levado pelo sono. Estava tudo tão perfeito.

***

Era uma noite marcada pelos trovões. Não chovia ainda, só dava trovoadas. Frank não conseguiu dormir. Nunca conseguia dormir em viagens de carro. Então agora estava no banco do carona, admirando os trovões que iluminavam a noite.

- Você também gosta de trovões? – a voz suave de Gerard o despertou dos seus pensamentos. Frank sorriu pra ele e assentiu.

- Mmhm. Sempre gostei de chuva também. É romântica.

Gerard riu levemente, mas não pôde conter o bocejo.

- Gee, eu falei, se você quiser eu posso dirigir....

- Não, tudo bem. Só preciso me encher de café e tá tudo bem.

Um trovão particularmente forte iluminou os céus por uns segundos. Os dois sorriram, olhando pra cima. Gerard falou:

- Nós vamos chegar em Jersey de manhãzinha. Vamos ficar na casa dos meus pais, enquanto não arranjo um apartamento pra gente. Você vai conhecer o meu irmão, Mikey. Ele é insano. – riu. – É o melhor irmão que alguém pode ter.

Frank perguntou, com um tom subitamente preocupado:

- O que os seus pais falaram...

- Eles falaram “desde que você esteja feliz...”. E os seus?

- “Não seja morto”. Acho que é “espero que você seja feliz”, na língua deles.

Gerard passou de leve uma mão pelos cabelos de Frank. Sorriu o seu sorriso derretedor.

- Não se preocupe, Frankie. Nós logo vamos estar em casa.

- Qualquer lugar é um lar, desde que eu esteja com você. – Frank sorriu, os olhos já pesados. Gerard riu.

- Acho melhor você dormir um pouco, o sono tá te fazendo ficar brega.

Frank riu e encostou a cabeça no banco. Outro trovão clareou o céu.

- Lindo. – Gerard comentou.

- É mesmo.

- Eu não tava falando do trovão. – Frank virou a cabeça e viu que Gerard o fitava. Sorriu.

- Eu vou dormir. Ou pelo menos tentar.

- Ok. Frankie?

- Hhmm? – ele falou, já de olhos fechados.

- Eu te amo.

Ele sorriu e respondeu, sem abrir os olhos:

- Também te amo.

Gerard voltou sua atenção para a estrada. Outro trovão se iluminou. Ele olhou pro céu e sorriu.

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