O Grego Procura.. escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 11
Nada como um ziper para acender um desejo


Notas iniciais do capítulo

Após muito tempo venho atualizar a fic..espero que gostem rs



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A Grécia conseguia ser cada vez mais magica. Melissa mantinha um sorriso bobo na face ao andar com Yan ao seu lado. Aquela era a primeira vez depois de muito tempo em que sentia daquela forma. Ela queria acreditar que aquilo era verdade.

–Porque esta rindo? – Yan se viu perguntando assim que eles pararam no semáforo. Ele já havia percebido a mania de Melissa de rir sobre tudo de forma aleatória.

–Nada, apenas estou feliz – disse ao olhar para ele ainda com o sorriso no rosto – tem dias em que a vida parece um sonho, não é?

–É bom acordar e vir para o seu pesadelo – aconselhou ao andar pela faixa de pedestre em direção a boutique. Melissa fez uma careta ao andar ao seu lado. Ela definitivamente iria mudar o pensamento de Yan ate o termino daquela viagem. Ela precisava disso.

–Sempre ranzinza. Me pergunto que tipo de homem faz o seu tipo – Melissa se viu falando assim que pararam em frente a loja – Dizem que sentimentos atração por pessoas que nos lembrem nossas mães ou pais. Qual seria o seu?

Ignore. Ignore. Foi o que Yan disse a si mesmo ao puxar Melissa pelo braço para entrar na loja. Ele deveria mante-la entretida para não fazer perguntas estranhas para ele. Ao entrarem na loja apareceram duas vendedoras atenciosas que ficaram em torno de Yan.

Se elas soubessem a verdade...

Melissa se viu rindo sozinha ao pensar na careta que elas fariam ao ver que o deus grego em frente a elas gostava da mesma fruta.

–Melissa – Yan a chamou impaciente. Ele odiava quando ela começava a rir sozinha e olhar para o nada. A cutucou e logo a viu olhar confusa para ele – Procure algo que goste.

–Mas..você não deveria me ajudar? Quero dizer... – abaixou o tom de voz – Vocês não são bons nisso?

O sangue de Yan gelou. Aquela mentira acabaria lhe colocando em mais confusão do que salvação. Nunca havia se interessado por moda e não fazia ideia do que seria uma boa roupa para alguém como ela.

–É melhor pedir ajuda as atendentes – aconselhou.

–Pra que? – sorriu largamente – vocês são os melhores. Eu tive um amigo.. você sabe o que, na adolescência. Ele me deu muitas dicas uteis.

Yan a olhou de cima a baixo.

–E porque não uso elas?

–Sempre grosso – revirou os olhos com raiva. Olhou para as roupas expostas sentindo seus olhos brilharem e a sede de consumo invadir as suas entranhas. A muito tempo não comprara nada para si. Ela vivia economizando. – Você tem certeza que vai pagar mesmo?

–Eu vou – Yan revirou os olhos impaciente.

–Então está bem – disse por fim animada. Começou a procurar entre as roupas demonstrando toda a sua ansiedade.

Nunca tinha visto ninguém tão feliz ao comprar uma roupa.

Pensou antes de seguir para uma cadeira, e acomodar-se. Ele sentia que passaria muito tempo ali.

Melissa mantinha-se animada ao experimentar as roupas. Aquela era a primeira em muito tempo que se divertia.

–Desde quando comprar roupas é divertido? – se viu murmurando ao olhar para o seu reflexo. O vestido floral com um leve decote possuía um zíper nas costas que ela não alcançava. Suspirou ao olhar pela fresta para ver se encontrava alguma funcionaria ao perceber que não tinha ninguém chamou por Yan. Não demorou para ele parar em frente ao provador – Preciso de ajuda – disse ao abrir a cortina exibindo o seu corpo de forma sensual. O vestido mal cobria os seus seios – Entre logo – impulsiva puxou ele para dentro. Sorriu ao ver o reflexo dele pelo espelho, e se manteve de costas. – Pode fechar? Não deve se importar.

Yan engoliu em seco ao ver as costas dela nuas. Continuou encarando-a tentando não olhar para os seios dela pelo reflexo do espelho. Molhou os lábios com a língua. Tocou as costas dela segurando-se para não agarrá-la no instante em que Melissa emitiu um pequeno gemido.

–Está gelado. As suas mãos – esclareceu.

Yan apenas meneou a cabeça ao acariciar as costas dela com leveza. Ele já estava prestes a segurar em sua cintura e puxá-la para si quando percebeu o que fazia. Estancou assustado. Fechou o zíper dela rapidamente e saiu sem falar nada.

Melissa piscou confusa diante do que acontecera.

–Ele é gay, não é? – se perguntou ao tocar os seus lábios. Sua ansiedade era enorme em transformá-lo em hetero.

Yan suava frio quando Melissa saiu do provador com o vestido em mãos. O seu coração ainda não havia se acalmado e ele sabia que precisaria tomar muitos banhos gelados ou encontrar alguma ex-namorada. Ele estava no limite. Pegou o vestido emitindo o mínimo de palavras possíveis e ao se verem fora da loja, ele respirou aliviado.

–Você é o primeiro gay que não gosta de compras – Melissa se viu falando ao caminhar ao lado dele. Yan nada disse, pois ainda tentava se controlar.

O pensamento de Yan voltava para a imagem de antes e sem perceber começara a questionar como ela seria na cama.

Provavelmente quente e receptiva.

–Yan, está me ouvindo? – Melissa perguntou ao segurar em seu braço, chamando a sua atenção. – Ainda não me disse sobre o seu tipo.

A careta de desagrado não passou despercebido para Melissa.

–Não gosta de falar sobre isso? – disse, mas em seguida sorriu ao pararem em frente a um café – Essa sua opção sexual é nova, não é? - sorriu ao ver o semblante confuso de Yan – Provavelmente por isso está tão desconfortável. Mas se não conversar com sua namorada com quem mais falará? – brincou.

–Comigo mesmo – resmungou ao ignorá-la e seguir para o café. Seus passos firmes e rápidos fez com que se distanciasse rapidamente dela. Yan finalmente conseguiu respirar mais livremente ao entrar no café e perceber que ela havia ficado para atrás. – Um momento de paz – sussurrou ao sentar-se em uma mesa fixando o seu olhar na entrada.

Como alguém pode demorar tanto para andar menos de um metro?

Continuou olhando para a porta e longos minutos depois a viu entrar acompanhada de um homem.

Só pode estar brincando comigo.

Se levantou com o semblante cansado e seguiu ate aonde eles estavam. Quanto mais se aproximava, mais percebia o interesse do homem em Melissa. Observou o desconhecido que deveria possuir trinta anos, cabelos loiros e um sorriso harmônico. Tocou no ombro de Melissa e esperou vê-la voltar a sua atenção para ele.

–Está interagindo com estranhos agora? – perguntou ao segurar a sua vontade de bater no homem.

–Acredita que ele estava perdido? – sorriu largamente – Ah sim, este é Paul.. Paul este é..

–O flash – o homem loiro falou excitado. –Sou o seu fã.

Melissa mantinha um sorriso constrangido na face.

Com certeza ele é o tipo de Yan. Ele é o meu tipo sem duvidas. Porque eu parei para ajuda-lo quando me perguntou sobre direção? Eu nem mesma sou daqui. Agora serei largado e ele terá um encontro. Como vou poder transformá-lo em meu namorado de verdade assim?

–Sempre me traz problemas – Yan disse ao buscar a mão de Melissa, entrelaçando-as ignorando o homem com quem ela chegou – Na próxima vez não faça isso. Não conhece nada daqui.

Melissa assentiu ao sentir a sua mão quente sob a dela. Sorriu bobamente ao olhar para suas mãos entrelaçadas.

–Pode me dar um autografo? – o homem insistiu sem perceber o clima em sua frente. Yan o olhou com desagrado antes de sorrir.

–Não – negou ao puxar Melissa para longe do homem com rapidez.

–Yan, porque não deu o autografo ao homem? Não era nada demais – Melissa protestou assim que ele a puxou.

–Nada demais? – repetiu incrédulo. Ele estava sendo irracional, mas ela conseguia ser ainda pior. – Daqui a trinta minutos terá história minha na internet e você estará incluída.

–Do que está falando? – murmurou confusa ao parar na mesa no instante em que ele se sentou e olhava para o homem a distancia.

–Aquele crápula é um jornalista.

–Como sabe? – olhou para trás e viu acenar para ela – Não tem como.

–Espere para ver então – deu de ombros ao chamar uma das garçonetes – Não vai sentar?

Melissa sentou-se resignada ainda estranhando o comportamento dele. Para ela, o pobre homem era uma vitima.

–Me traga um café puro – Yan pediu a garçonete que assentiu sorridente e olhou para Melissa – E para ela um chá.

–Mas..eu não quero chá – tornou no instante em que a garçonete anotou o pedido e sorriu antes de afastar – Ela me ignorou. Completamente. – percebeu embasbacada. – Coisas como essa nunca devem acontecer com você.

–Jamais. – concordou convencido – Ninguém conseguem me ignorar.

–O seu ego com certeza não deixa. Do jeito que é enorme se alguém te ignorar é capaz de você sofrer um ataque cardíaco – sorriu largamente ao imaginar a cena.

–Sempre é assim? – ele se viu perguntando – Sonhadora.

Melissa deu de ombros ao assentir. Desde que se lembrara sonhava acordada.

–Esse é um péssimo habito sabia?

–Todos temos péssimos hábitos. Falando nisso, não me disse o seu tipo de homem.

Yan fez uma careta ao resmungar.

Essa louca jamais vai esquecer essa pergunta? O que me falta é ela querer me arranjar um par.

Ele olhou em volta e sorriu ao olhar para a vitrine e ver seu reflexo.

–Homem decidido, forte, ambicioso, inteligente, racional e lindo.

Melissa escutou a preferencia dele com atenção. Continuou repetindo em sua mente ate fazer um barulho ao bater as mãos.

–Quer alguém como você. – percebeu entusiasmada.

Ela não é tão burra.

–Algo assim – tornou evasivo ao perceber a garçonete se aproximar com seus pedidos.

O lado bom é que ele continuará solteiro para sempre. Não tem como encontrar alguém como ele nessa vida.

Melissa sorriu confiante diante de seu pensamento ate escutar um grito feminino próximo a si. Virou-se lentamente antes de sentir um forte perfume doce e extremamente enjoativo.

–Yan! – uma mulher de longas pernas, silhueta delgada e longos cabelos loiros gritou ao se aproximar deles e praticamente sentar em seu colo – Estava com saudades.

Mais uma iludida.

Yan nunca havia se arrependido tanto de ter tido saído com as mulheres da Grécia parecia que todas haviam se reunido para reencontrá-lo naquele final de semana. Sorriu para a mulher e olhou para Melissa em seguida, a qual mantinha-se impassível ao beber o seu chá com tranquilidade. A situação não estava tão ruim, se não fizesse ideia do nome da mulher que o abraçava tão afetuosamente.

–É bom.. vê-la – tornou ao se esquivar dela e voltar sua atenção para Melissa que permanecia impassível.

Qual o problema com ela? Mesmo eu sendo gay, ela deveria sentir algo, não é? Espera.. eu não sou gay. Que Droga!

–Sim, porque não passa em minha casa mais tarde? – a mulher o convidou sensualmente.

–Estou acompanhado – esclareceu ao apontar para Melissa que somente então sorriu para a mulher e acenou para ela.

–Alguma agente?

–Minha namorada. – Yan segurou-se para não gargalhar diante do olhar perplexo da mulher – Seu convite é tentador, mas tenho compromissos.

–Ah, claro – a mulher disse sem graça e confusa – nos vemos – se despediu antes de olhar para Melissa mais uma vez e menear a cabeça – O que há com os homens hoje em dia? – se perguntou ao caminhar para longe de Yan.

–Parece ter muitas.. ex-namoradas para um gay – Melissa falou o encarando – Você é mesmo gay ?

Yan a encarou sem saber o que falar.

–É uma pergunta simples – ela insistiu – sim ou não?

Droga!

Sim – falou sem vontade antes de vê-la abrir a boca e fechá-la novamente – Está com duvidas?

–Nenhuma – mentiu descaradamente.

Ele com certeza é bi. Eu vou conseguir fazer com que seja meu namorado e se apaixone por mim.

Pensou entusiasmada.


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