POV Anna Collins

Continuei olhando para a criatura que passava abaixo do navio. Era gigante, com grandes tentáculos e... Ah não. Não poderia ser.

Seria mesmo uma lula gigante?

Olhei ao redor. Eu precisava chamar alguém. A pessoa que estava mais perto de mim agora era... Não, a Erika não. Dei mais uma olhada e.. Há, o Alex muito menos. Como última opção, chamei aquela filha de Afrodite irritante.

– PIPER! - Gritei a ela.

A criatura – ou pessoa, mas eu a considerava uma criatura mesmo – veio correndo até mim.

– O que foi? – Piper perguntou.

– Eu vi... Algo... Lá – Apontei para a água.

– Oh não... – Ela parecia ter percebido o problema – PREPARAR AS LANÇAS! TEMOS PROBLEMAS ABAIXO DO NAVIO! – Ela gritou.

– O que temos, afinal? – Perguntou Clarisse.

– Pelo que parece, o Kraken. – Respondeu Piper.

Eu já tinha ouvido falar deste monstro. Era uma bizarra lula de uns 1000 metros, que habitava... O mar da Noruega! Que eu saiba, estamos em Nova York, e não na Noruega.

Mas vejamos bem, este monstro costuma atacar navios... Ai não. Agora alguém pode entender o outro motivo pelo qual eu odeio navegar?

– Como matamos ele? – Perguntei, pegando meu arco e uma flecha de minha aljava.

– Não podemos matar monstros como esse. Ele é muito... Muito... – Isabella parecia não encontrar a palavra certa.

– Grande? Gigante? Apavorante? Derrubador de navios? Afogador de tripulações? – Sugeriu Fernanda.

– Ahn... Gente, eu acho que posso... – Lucy começou, mas aparentemente ninguém a ouvia.

– Meu tio está de brincadeira comigo... – Murmurei.

– Não meta papai nisso! – Exclamou Marine.

– Hey, Angel, me dá cobertura? Vou tentar matar esse monstro eu mesma antes que ele... – Não pude terminar de falar. O monstro tinha atingido o navio, e passava por baixo dele, fazendo o navio inteiro tremer e se inclinar para o lado, e todos os tripulantes foram jogados para o lado esquerdo do navio. Inclusive eu.

– Acho que não é seguro... – Disse Kristina.

– E quem liga para o que é seguro? – Ironizei, e saltei do navio.

Ok, aquela foi a pior ideia que eu tive na vida. Vejamos bem, eu não sou a melhor nadadora do mundo – só sei o essencial para não me afogar – e o monstro passava por baixo de mim, e eu pude ver melhor aquela lula gigante, que aparentemente tira uma cor salmão.

– Que os deuses me protejam... – Murmurei, pegando uma de minhas flechas, mergulhado e enfiando a flecha no Kraken.

De primeira vista, não aconteceu nada. Só depois de alguns segundos a lula gigante começou a se contrair. É, minha flecha a havia pegado de jeito.

Subi novamente a superfície, já estava sem ar. Mas olhei novamente para o Kraken. Oh-ou, acho que só o deixei mais zangado. Aquele monstro jogou um de seus tentáculos em minha direção, me agarrando. Com agilidade, peguei outra flecha de minha aljava e a cravei no tentáculo do monstro, que se desfez.

– ANNA, PEGUE ISTO! – Gritou Bae, jogando uma espada de bronze celestial para mim. Nadei rápido em direção a espada e a peguei.

– Monstrinho querido, quero você morto AGORA! – Gritei, indo em direção ao monstro e cortando outro de seus tentáculos. Pelas minhas contas, ainda restavam noventa e poucos tentáculos.

O monstro bateu em minhas costas com um de seus tentáculos, me fazendo deixar cair a espada. Droga, agora eu só tinha as flechas.

Peguei outra das minhas flechas, e quando eu ia enfiar no tentáculo do Kraken, o monstro fez um movimento que me pegou de surpresa. Ele agarrou a flecha e a virou contra mim, fazendo com que a minha própria flecha atravessasse meu ombro.

– ANNA! – Ouvi Lucy gritar.

Depois disso, não ouvi mais nada. Tudo se apagou.