Shy Violet escrita por Letys


Capítulo 5
More than euphoria Euforia - Part III


Notas iniciais do capítulo

Como vocês já devem ter percebido, sou uma escritora que demora pra postar, então não vou nem falar da minha demora -QQ
KenAle está fortíssimo nesse capítulo e AHHHHHH~SAPOÇDLKA TIA NINA, VALEUZÃO PELA RECOMENDAÇÃO /ignorando completamente o fato de ter rimado e de ser a segunda vez que eu agradeço ela, heh.
Espero que gostem da musica que eu escolhi pra ser "tema" de KenAle, boa leitura



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[Kentin]

Flashback mode: ON

– Ken, vamos voltar pra casa juntos? - Ela me perguntou animada, sempre com o seu enorme sorriso radiante

– Claro! - Eu respondi prontamente

Estávamos andando de volta pra casa, morávamos em um prédio, Letícia, ou melhor, Lety, era a minha vizinha. Nos conhecíamos desde criança, nossos pais se mudaram ao mesmo tempo pro prédio, fomos bem recebidos pelos adultos, já pelas crianças...

– Ei, você já brincou com a Lety hoje, agora é a minha vez! - Mael, que sempre usava um boné do pokemon, disse

– Não, você brincou com ela por mais tempo ontem! - O outro garoto, chamado Julien, retrucou

– Mas... pensei que hoje a Lety finalmente ia ver a minha coleção de bonecas - Minha prima, Lynn, que era um pouco mais nova que a gente, reclamava quase chorando.

– Esperem, esperem! - Ela balançava as mãos - Vocês deviam brincar com o Ken também, e não só comigo.

– Mas ele é esquisito! - Oh, uma observação inteligente do senhor "tentei fazer cosplay do Ash e não consegui"

– Não é não, ele é a pessoa mais gentil que eu conheço - O sorriso de sempre, aquele mesmo, que me deixava alegre toda vez que eu o via.

Letícia significa alegria, e combinava bem com ela. É como se ela tivesse um pacto com o Sol, sempre que ela está por perto, o dia fica mais bonito, alegre, e alegria era o melhor jeito de defini-la. Porém, naquele dia em que voltamos juntos pra casa, comecei a desconfiar se ela era realmente toda essa alegria.

– Ken, você ainda é amigo do Mael, não é?

– Bom, eu passo as respostas de matemática sempre que ele me pede, então acho que sou sim - Eu sorri enquanto colocava um biscoito de chocolate na boca - Por que? Vocês brigaram outra vez?

– É... Digamos que sim. Você poderia me fazer um grande favor? - Ela deu ênfase no grande

– Claro que sim Lety, faço qualquer favor por você!

– Era exatamente isso que eu queria ouvir - Ela deu um sorriso de canto - Se você ficar sabendo que o Mael vai vir em casa hoje, diga a ele que não estou. Me avise por mensagem caso ele apareça, tá legal?

– Pode deixar - Se minha vida fosse um anime, eu estaria com os olhos em forma de coração naquela hora

Entrei no meu apartamento e fiquei assistindo TV na sala. Sempre que eu ouvia alguém subindo as escadas, eu olhava pelo olho mágico se era o Mael ou não

– Ah, o que eu não faço por você Lety...

Era tarde quando eu voltei pro meu quarto, o meu quarto e o quarto da Lety são grudados, se eu soltasse um arroto no meu quarto, do lado de lá ela conseguia ouvir. Eu estava tentando dormir quando notei uns barulhos estranhos

Ah, ahhh– Era a voz dela do lado de lá

– Lety? Não, não deve ser o que eu estou pensando, ela deve estar com dor ou doente, acho melhor conferir se está tudo bem com ela

Abri o WhatsApp e fui até a conversa dela

"lety, tá tudo bem com vc? ouvi você fazendo um tipo de barulho estranho, não está com dor, está?"

– Mando ou não mando? - Eu pensava, preparado pra apertar o enter

Acabei que não mandei, achei que seria melhor não incomoda-la já que ela está com dor, pensei em perguntar pra ela no dia seguinte. Letícia era o tipo de pessoa que tem uma beleza que todos param pra olhar, ela causa esse efeito onde quer que ela passe, ela é como uma bomba que está em constante explosão, causa devastação em todos que estão perto dela. Antes eu não pensava isso, mas naquela noite, ainda que eu quisesse me convencer do contrário, eu tive a certeza disso

– Eu preciso voltar pra casa, estou morando com a Lynn e ela deve estar super nervosa a essas horas - Ouvi uma voz masculina do quarto da Lety

– Ai ai Lynn, sempre tão chorona... - Ela ria

Fui até a porta da sala e olhei pelo olho mágico, vi uma figura um pouco familiar saindo pela porta dela e falando algo no ouvido dela que eu não consegui ouvir, seja lá o que for, fez ela corar e dar um sorriso tímido.

– Vê se cuida direito da Lynn - Ela abraçou ele

– Como conseguir dar atenção pra ela com você por perto? - Ele riu e lhe deu um beijo - Me ligue outro dia

– Pode deixar, obrigada pela noite - Ela acenou e entrou no seu apartamento

Senti minhas pernas pesarem e fui direto ao chão, foi quando morri pela primeira vez. Ela não podia estar traindo o Mael, podia? Quer dizer, não, ela me falou que brigou com ele, então não é traição. Ou será que era? Brigar e terminar é diferente, mas e se eles nem tivessem brigado? E a Lynn? Elas sempre foram amigas, como ela pode passar a noite com o namorado da Lynn?

– Aposto que ela apenas estava com dor e Julien veio trazer alguns remédios pra ela - Eu estampava um sorriso falso no meu rosto e voltava pra cama. Eu estava tremendo de tão nervoso que estava, afinal, eu conhecia ela desde criança, ela nunca foi de fazer esse tipo de coisa.

***

– Você soube da Lynn e do Julien? - Minha mãe puxava assunto enquanto tomávamos café da manhã

– Não, o que aconteceu? - Perguntei, com medo da resposta

– Eles terminaram. É uma pena, um casal tão bonito

– V-Você sabe o motivo? - Eu devia estar rico por ter uma atuação tão ótima a ponto de fingir que não sabia de nada

– Olha, a sua tia me disse que o Julien estava traindo ela, mas eu não sei hein, ele sempre pareceu um namorado tão dedicado.

Sim, parecia, até aquela noite. A Lynn sempre foi apaixonada pelo Julien, desde que éramos crianças. Eu mal pude acreditar quando ele beijou ela, sim, eu estava lá. Foi no Natal, eles estavam discutindo por um motivo bobo, ele mandou ela calar a boca e ela respondeu com o famoso "vem fazer eu calar, aposto que não consegue" ele apenas riu e disse que se ela duvidava, então que chegasse mais perto dele, e quando ela ia dar um soco na cara dele, ele segurou o punho dela e a beijou. Na frente da família, na frente das crianças, do Papai Noel, de todo mundo. Eu nunca invejei tanto alguém como invejei o Julien aquela hora, queria ter pelo menos 50% da coragem que ele tem, mas eu não conseguia nem oferecer biscoitos pra Lety sem ficar nervoso

***

Estávamos na aula de biologia, eu havia esquecido o meu livro, então me sentei com a Lety. Eu olhava pra ela não conseguindo acreditar no que eu já sabia. Ela traiu não só o namorado dela, mas a melhor amiga também, e com o Julien, um dos meus amigos de infância, como alguém com o rosto tão bonito é capaz de fazer tais coisas? Toda hora ela trocava bilhetes com o Jeremy, o cara que senta atrás dela, certa hora, ela respondeu o bilhete e me chamou sussurrando

– Ei Ken, promete guardar segredo?

– Óbvio! - Eu sorri

– Sabe o Julien? Eu terminei com ele, e agora estou saindo com o Jeremy, não é demais?

– É - Eu tentava parecer feliz - Eu acho...

– Mas ele é muito grudento, então marquei de ir a uma festa com o Théo

– Jura? Por que? Você está com o Jeremy! - Não era justo com ele, apesar de eu não ir muito com a cara dele, traição é algo que ninguém merece

– Vamos Ken, não é pra tanto assim, nem é um relacionamento sério - Ela riu - E além do mais, vão ter vários outros garotos bonitos na festa.

Eu não sabia o que dizer, desde quando ela havia começado a agir como uma prostituta burra e inerte? Se bem que ela sempre esteve sempre rodeada de amigos, será que ela já era assim desde quando nos conhecemos? Que droga, eu não conseguia parar de pensar naquilo um minuto, até que fui cutucado por ela

– Jeremy mandou, mas dessa vez, é pra você

Ela me passou um papel dobrado, com muito cuidado pra ela não ver, eu o abri e li

"Me encontre no ginásio depois da aula, há algo que quero te avisar(▼へ▼メ)

PS: Você é fraco, haha"

Estremeci, as ameaças que eu recebo nunca vem com tanta antecedência assim, e se veio com essa antecedência, devia ser algo importante, então resolvi ir. Como dito no bilhete, fui até o ginásio depois da aula, e lá estava ele, não parecia muito feliz em me ver

– Algum problema? - Eu sorri para demonstrar que não queria brigar

– Claro que sim - Ele sorriu, antes de me levantar pela gola da minha camisa e me empurrar contra a parede - VOCÊ ACHA QUE EU NÃO PERCEBO? AHN?

– O-O que? - Por favor, que eu não tenha mijado nas calças, que eu não tenha mijado nas calças

– O jeito que você olha pra ela, Ken, ela é minha - Ele me colocou no chão e me soltou - Tsc, você é patético, ela nunca ia se interessar por alguém tão fraco e esquisito como você.

Quando me virei pra ir embora, ele me chamou novamente, e quando me virei, ele estava preparado para me dar um soco

– VOCÊ ENTENDEU O QUE EU DISSE?

– Ela vai a uma festa hoje, não me bata, por favor - Eu falei rápido quando o punho dele estava a oito centímetros de atingir meu rosto - Eu no seu lugar, cuidaria melhor dela.

Fui pra casa sentindo que ia morrer pela segunda vez, mas não, não ainda. Estava decidido que ia mudar, se é de alguém forte e bonito que ela precisa, é esse alguém que ela vai ter, custe o que custar

Flashback mode: OFF

– E então, o que você fez? - Alexy perguntava um pouco triste

– Bom, eu estava maluco... Falei pro meu pai que queria ser forte, pensei em algo como fazer academia ou coisa assim

– E você fez quanto tempo de academia?

– Na verdade, meu pai me mandou pra um colégio militar

– O que? Sério? - A boca dele parecia um O nessa hora. É incrível como ele presta atenção em cada detalhe do que eu falo

– Sim, foram longos seis meses

Flashback mode: ON

Eu acho que ninguém da escola percebeu a minha falta, mas depois de longos e cansativos seis meses, resolvi voltar pro meu antigo colégio. Foi fazer exercícios na chuva, no sol escaldante, de madrugada, com sono, e até mesmo na lama, mas valia a pena, já que era pela Letícia. Ela era a minha força, a minha motivação, e eventualmente, se tornou a minha queda.

Voltei pra casa de noite, no dia seguinte voltaria pra escola, mas quando estava no meu quarto, ouvi a Letícia falando com alguém no celular

– O Ken? Não, já falei que não tenho nada com ele, ele é apenas um idiotazinho - Idiotazinho? Era isso mesmo que ela pensava de mim? - Claro que eu ia ser amiga dele, como você acha que eu ia me aproximar de todos aqueles amigos maravilhosos que ele tinha? - Agora fazia todo o sentido, o porquê dela sempre me manter por perto - Pois é, nem sei como ele ainda chama aqueles caras de amigos, são apenas pessoas que pedem favores pra ele. O Ken é esquisito, a unica maneira de eu ficar com ele é se ele ficar bonito, ou seja, nascer de novo, porque olha, tá difícil... - Ela riu

Eu não precisava ouvir mais nada, não precisava dela, e nem de qualquer outra pessoa que me vê apenas como um burro de carga ou algo do tipo, foi quando decidi mudar de escola, já ia me mudar de casa mesmo, uma mudança a mais ou a menos não iria fazer diferença. Letícia sempre teve um pacto com o Sol, e já que ela tinha ido embora, era como se chovesse, chovesse, e chovesse mais um pouco

Flashback mode: OFF

– Você me disse que parecia algo bobo - Alexy falou baixo, em um som quase inaudível

– E não parece? Quer dizer, um pouco clichê isso, não é? O cara sem graça que é o cachorrinho da garota legal

– Garota legal? Essa garota é como um pedaço de madeira no meio da bunda, se quer saber! - Não pude deixar de dar gargalhadas com esse comentário, parando pra pensar agora, essa seria a melhor definição pra ela

O som das minhas gargalhadas foram interrompidos pelo agradável som de um monstro no meu estômag... Digo, o meu estômago roncando. Eu sinceramente não estava com muita fome, mas de tanto o Alexy insistir pra eu comer, acabei aceitando.

Descemos até a cozinha, Alexy tropeçou pelo menos umas duas vezes descendo as escadas, é meio maldoso dizer isso, mas quando ele tropeçou, ele ficou meio que, ahn... Fofo. A falta de jeito dele era fofa, eu não sei quando foi que eu percebi isso, mas tudo nele me agrada, desde a forma que ele fala alto e chama atenção em toda e qualquer situação, o fato dele não desgrudar do celular durante as aulas, a sua risada, a forma como arruma o cabelo, é tudo tão, tão...

– Ei, no que você está pensando? - Alexy interrompia os meus devaneios segurando um prato com comida - Ah sim, se você não se importa, peguei sua comida pra você.

– O-Obrigado - Eu tentava demonstrar indiferença, liguei o rádio, é um velho costume de casa comer com música ou com a TV ligada, tanto que temos um rádio e uma TV pequena na cozinha. Quando fui pegar o prato, Alex segurou mais forte que eu e espetou um pedaço da carne com o garfo

– O que você está fazend... - Antes que eu pudesse acabar a frase ele colocou um pedaço de carne na minha boca - Por que fez isso?

– Porque eu quis - Ele sorriu - Senta aí - Ele me puxava pelos ombros em direção a cadeira e me sentava

– V-Você é idiot... - Alex colocou uma garfada na minha boca, porém maior dessa vez

– É falta de educação falar de boca cheia, tehe - Ele sorria mais uma vez

No fim, acabei até gostando da ideia de almoçar com o Alexy, mesmo que seja de um jeito meio... Bizarro? Sim, era bizarro quando eu parava pra pensar, mas não há outra pessoa cujo eu deixaria me dar comida na boca, ainda mais com a musica que estava tocando no rádio. Se eu fosse uma terceira pessoa vendo a cena, ia achar aquilo extremamente meloso, se bem que na hora não me pareceu algo ruim.

– Fiquei com sede, heh - Mais uma vez aquele sorriso, aquele mesmo - Posso pegar um refrigerante?

– Claro, tem algumas latas na porta da geladeira

Enquanto ele se levantava para abrir a geladeira, fiquei prestando atenção na letra da musica, era uma musica que eu ouvia desde criança, mas só agora a letra dela fez algum sentido pra mim

Dizer "eu te amo"

Não são as palavras que eu quero ouvir de você

Não é que eu não queira que você diga

Mas se você apenas soubesse

O quão fácil seria se você me mostrasse como você se sente

Parei de prestar atenção na musica assim que ouvi todas as latas caindo nos pés do Alexy

– Ha ha - Eu ria em um tom de deboche apontando os dedos indicadores pra ele

– Quem ri por último ri melhor, e eu ainda vou rir

Ele tentou fingir estar bravo (fez uma cara maravilhosa, por sinal) mas não deu certo e ele sorriu logo depois. Quando ele pegou a lata que ele queria, vi que ele estava com dificuldades pra abrir, então me levantei e tomei a lata da mão dele

– Você ajudando alguém sem a pessoa pedir? Muito bem - Ele fazia carinho na minha cabeça como se eu fosse um cachorrinho

– Bem engraçado, estou rindo por dentro - Quando abri a latinha, um jato de espuma veio em direção ao meu rosto, provavelmente porque Alex havia derrubado todas as latinhas no chão, como se não bastasse, não foi um jato de espuma só, foi praticamente a lata todinha na minha cara.

– Ha ha - Ele disse no mesmo tom que eu, mas apontando um dedo só pra mim, porque a outra mão dele ainda estava na minha cabeça

Coloquei a mão direita na frente da minha boca e caí na gargalhada mais uma vez, apesar de eu estar puto por causa da preciosa Coca-Cola, eu tinha que admitir que foi engraçado. Só parei de rir quando Alexy segurou o meu pulso direito, foi quando eu percebi que nossos rostos estavam um pouco perto demais.

Um pouco não, estavam totalmente perto demais. Senti meu coração pesar, mas um peso até que bom, a unica coisa que eu não achava nada boa era a pouca distancia entre os nossos rostos, até que por um segundo Alex quebrou essa distância com um selinho rápido

– O que eu deveria fazer? - Pensava, ainda não acreditando que um garoto havia encostado os lábios nos meus, até que cheguei a brilhante conclusão em dar um selinho nele também, não era a melhor coisa a se fazer, mas eu não conseguia pensar em nada

– Olha só! Eu esperava um tapa ou no mínimo um empurrão, pra falar a verdade - Alexy sorria ironicamente, será que ele não conseguia levar nada a sério?

– V-Você sempre fala demais nas horas erradas?

Mais do que palavras

É tudo o que você tem que fazer para tornar isso real

Então você não precisaria dizer que me ama

Porque eu já saberia

Até o momento, ele não havia tirado a mão da minha cabeça, até que ele moveu essa mão e mais a outra até a minha cintura e me puxou. Começou dando vários selinhos, um mais demorado que o outro, até que o beijo se aprofundou cada vez mais, e quando me dei conta, meu corpo todo estava quente. Alex se separou de mim por falta de ar, enquanto eu fazia cafuné nos seus cabelos próximos a sua nuca, ele apenas me olhava com uma cara de "e aí?"

– Eu não deveria gostar disso... - Eu pensava alto, a minha vida inteira eu havia gostado de garotas, por que com o Alex é diferente?

– Mas?

– E-Eu gostei, gostei bastante

Dessa vez quem o beijou fui eu, meu corpo ficava cada vez mais quente, e o do Alexy também, eu estava entre devorá-lo e enlouquecer ali mesmo, eu queria ir mais afundo, e eu sei que isso teria acontecido se não fosse o som do carro dos meus pais na garagem.

– Merda! Merda, merda, merda, merda! - Eu reclamava colocando de volta a minha camisa - Não venham pra cozinha, não venham pra cozinha, não venham pra coz...

– Filho, chegamos! Que cheiro bom, o que vocês fizeram aí? - Eu ouvia a minha mãe seguida de passos em nossa direção

– Pensa, pensa... Já sei - Eu pegava as roupas do Alexy do chão e as jogava na dispensa - Entra aí! - Eu o empurrei e fechei a porta bem na hora que meus pais entraram

– Isso aí é o que eu estou pensando? - Meu pai entrava na cozinha com um enorme sorriso nos lábios

– Espero que você esteja pensando que é sauerbraten - Eu forçava o sorriso mais convincente que conseguia

Meus pais pegaram a comida e comeram, infelizmente, na mesa. Eu devia ter escolhido alguma outra coisa pra fazer, pois minha mãe comeu duas vezes e meu pai três (se bem que o prato dele é meio pedreiro, cada prato conta como uns três) e Alexy ficou um bom tempo na dispensa. Quando eles finalmente acabaram, fui até a dispensa pra ter certeza de que não haviam teias de aranha no corpo do Alexy enquanto ele esperava, quando abri a porta, me deparei com algo um pouco (ou nem tanto assim) imprevisível.

– É sério isso? - Pensava

Alexy havia dormido enquanto esperava. Sim, dormido, acho que o tanto que ele dorme é proporcional ao tanto que ele vai ao shopping. Ele parecia uma criança dormindo, ainda não havia acabado de colocar os tênis e a calça não estava abotoada. Depois de abotoar sua calça e colocar os seus tênis, levei ele até a minha cama e fiquei apenas observando. As vezes ele se mexia, as vezes a sua respiração mudava

– Está de brincadeira que até o jeito que ele dorme é fofo, né? Bom, sendo assim - Eu pensei, logo depois passei a chave na minha porta - Acho que não faz mal eu olhar um pouco mais de perto

Me deitei de frente com ele, a respiração dele estava calma, parecia que ele não ia acordar tão cedo assim, até que ele respirou fundo e se segurou em mim como se eu fosse um bicho que pelúcia

– Droga Alex, você vai me esmagar assim - Eu tentava falar - Se bem que é... Bom.

Me ajeitei nos braços dele e fiquei daquele jeito durante um bom tempo, até dormir. Então era assim que é dormir com a pessoa que você gosta?

***

[Alyssa]

– Meu Deus, sua cintura é muito fina - Violette passava a fita métrica envolta da minha cintura

Estávamos numa espécie de vestiário nos fundos da Winterz tirando as medidas para o meu uniforme. Eu nunca me imaginei com um uniforme de garçonete, mas até que não era má ideia vendo como a Violette ficava bonita naquele vestido.

– Certo, agora o seu busto - Ela passava a fica métrica, até que sua boca ficou em forma de O

– A-Algum problema? - Ela não parava de encarar os meus peitos, sério, não parava

– Os seus peitos, eles são gigantes - Ela me abraçava com a cabeça apoiada nos meus peitos, o pior, ela respirou fundo de uma maneira que eu não identifiquei se ela realmente só respirou ou se fungou os meus peitos - Ah, são macios! Se importa se eu pegar?

– O QUE? - Eu já estava acostumada com os comentários, mas alguém pedindo pra tocá-los? Não deu nem tempo de responder, eu apenas pisquei e Violette já estava com uma mão em cada peito apertando

– Wow, tão grande! - Os olhos dela brilhavam, já os meus, eu os mantinha fechados na maior parte do tempo, pois se ficassem abertos, eu olharia a Violette com uma cara de "pode chupá-los também, por favor"

De duas uma, ou ela parecia uma criança brincando com os meus peitos, ou parecia alguém como eu. Quer dizer, a Violette nunca ficou com uma garota, ficou?

– Violette... - Eu mal conseguia falar - Se você continuar fazendo isso, eu vou...

– Ally! - Armin abria a porta do vestiário olhando o celular, de onde foi que ele surgiu? - A mãe ligou e... Ahn, eu estou interrompendo algo?

Não Armin, claro que não, as mãos da Violette ainda estão nos meus peitos, eu estou com cara de quem foi dopada, e mais, eu estava vermelha! Por que você estaria interrompendo algo?

– Na verdade já acabamos - Ela sorria, soltando os meus peitos - Eu só estava brincando um pouco

– Brincando? - Armin me olhava com aquela cara de ( ͡° ͜ʖ ͡°)

– Armin, eu juro que nunca na minha vida eu te odiei tanto como agora - Eu sussurrava


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Notas finais do capítulo

Gente eu achei esse capítulo bem amorzinho, e vocês? (*^3^)
Eu estava pensando de mais pra frente criar uma docete pra fazer par com o Armin, o que vocês acham?
Ah sim, outra coisa, no capítulo anterior, não sei porque caralhos o Nyah "comeu" os travessões que eu coloquei antes das falas e eu tive que editar tudo depois, se alguém perceber algo assim nesse capítulo (ou qualquer outro errinho) por favor, me avise pra que eu possa editar :3
Obrigada por acompanharem e espero que tenham gostado!! Kissus