Shy Violet escrita por Letys


Capítulo 10
Nós te encontramos


Notas iniciais do capítulo

Prometi pra mim mesma que não ia demorar pra postar o próximo capítulo, e dessa vez, consegui manter minha promessa, yay!! Além disso, vou postar dois capítulos de uma vez :3
O flashback no fim do capítulo nem era pra estar ali, foi apenas pra atiçar a curiosidade de vocês mesmo, tehe
Espero que gostem e boa leitura!



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[Alyssa]

Já fazia quase um mês desde que eu estava na banda do Castiel e do Lysandre, se conseguimos achar algum baterista? A resposta óbvia: não. É claro que escrevíamos juntos e criávamos melodias, mas nada de baterista.

Desistimos de procurar alguém na escola, então resolvemos imprimir alguns cartazes e espalhar-los pela cidade. Castiel espalhava pela periferia, Lysandre pelo centro, e eu, como estava trabalhando, deixei alguns em cima do balcão do bar.

Enquanto eu tirava os pratos de uma das mesas, Lysandre e Castiel entraram como se fossem dois homens que passaram dias no deserto e estavam vendo água pela primeira vez.

– Eu quero uma água! - Castiel pedia enquanto praticamente se jogava em uma das cadeiras

– Vocês andaram tanto assim? - Eu perguntei, vendo o estado em que o Castiel se encontrava

– Você nem imagina... - Lysandre sorria gentilmente, mas ainda sim com pouco fôlego

Naquele dia, o meu futuro sogr... Droga! Pai da Violette, estava na Winterz para ver se os cozinheiros aprovavam o sabor de milkshake que a Violette criou. Ele era de limonada suíça com hortelã, recentemente, havíamos colocado uma nova taça de sorvete no cardápio, a taça era de plástico em forma de metade de uma maça, o sorvete era de maçã e morango, com alguns pedaços de morango para decorar, também tinha uma espécie de tampa com a forma da outra metade. Foi o que eu e Violette conseguimos criar juntas, acabou virando o meu sorvete favorito.

– E aí - O pai da Violette se sentou em frente ao Castiel e o Lysandre - São seus amigos?

– Somos sim - Lysandre respondeu

– Colegas - Castiel também respondeu, levando uma cotovelada do Lysandre.

Castiel havia deixado o clima mais pesado do que eu poderia dizer. Nós três nos entreolhávamos, enquanto ele não parecia dar muita atenção ao que tinha acabado de dizer.

– Qualquer amigo - o pai da Vio dizia, olhando agora, para Castiel - ou colega da Ally, é bem-vindo aqui.

– Meus cumprimentos, senhor - Lysandre fazia uma referência com a cabeça

– Então, qual o problema do enfezado aí?

– Ele, digamos que ele e a...

– Não, nada disso - Castiel o interrompia prontamente - É que estamos tentando formar uma banda, e estamos com problemas em achar um baterista.

O sr. Winters ficou sério e começou a pensar. Nós ficamos o encarando esperando ansiosamente para ouvir a sua ideia.

– O que vocês precisam é de uma motivação! Ou melhor, o contrário disso, eu acho.

– Motivação? - Eu perguntava

– Sim, algo como "se até esse fim de semana conseguirmos um baterista, vamos comprar algo que queremos muito" mas só se vocês realmente conseguirem.

– E o contrário disso?

– Uma punição, "se até esse fim de semana não conseguirmos um baterista, faremos algo que não queremos", eu recomendo algo constrangedor.

– Dor física também conta? - Castiel perguntava

– Claro! Algo como "se não conseguirmos um baterista até o fim de semana, vamos dar um soco no amigo enfezado para ver se ele muda essa cara" - Meu chefe sorria de maneira tão irônica que era impossível não rir

– Adorei - Castiel dava uma risada, nem se importando que o sr. Winters havia falado de dar um soco dele. Ele já pensava em algo, fazendo com que eu e Lysandre ficássemos com medo da sua expressão.

Depois de muito discutirmos, decidimos que o melhor seria a punição, ou melhor, Castiel decidiu que seria melhor. O sr. Winters apenas ria da situação.

Tentamos, divulgamos, colocamos anúncios em várias partes da cidade, e nada. Ville Kiss é minúscula, mas será que nenhuma das poucas pessoas daqui sabiam tocar bateria?

"Se não conseguirmos um baterista até o fim de semana, vamos colocar um piercing, mas tem que ser em um lugar que todo mundo fale que dói."

Acho que no fundo, ele já queria fazer isso e fez de conta que era uma punição, mas não faz mal, já que íamos juntos ao estúdio, não íamos deixar ele colocar o piercing em um lugar que não doesse nem um pouco.

Uma semana se passou, os bateristas que conseguimos entrar em contato já faziam parte de alguma banda. Não que seja uma regra universal que você pode ter só uma banda, contudo, eles haviam tempo apenas para a atual banda.

Fomos até um estúdio que o Castiel conhecia, ele foi o primeiro que entrou na sala para furar. Colocou os fones de ouvido e deitou na maca.

– Mas ele vai ficar ouvindo musica até aqui? - Eu pensava alto

– Talvez seja pra diminuir o nervosismo - Lysandre debochava

O body piercer limpou o septo do Castiel e colocou um pouco de xilocaína, uma espécie de anestesia

– Por que ele não gosta de mim? - Eu perguntei, fazendo com que Lysandre se impressionasse um pouco

– Você se importa com isso? Ele é assim com a maioria das pessoas, sabe

– Só que parece que comigo tem alguma coisa a mais.

O cateter passou tão rápido pelo septo do Castiel que nem deve ter dado tempo que sentir dor. O body piercer se virou para a mesa atrás dele e pegou o piercing esterilizado para colocar na ponta do cateter.

– Como posso dizer... Você conhece alguma Debrah?

Senti um arrepio correr pela minha espinha seguido de uma breve sensação de raiva.

– D-Debrah você diz, a Seydoux? - Eu praticamente tive que cuspir aquele nome nojento pra fora da minha boca

– Então ele estava certo mesmo, você é aquela Alyssa

Lysandre ficou sério e pensativo enquanto Castiel ia em frente ao espelho arrumar o piercing. Ele parecia um boizinho, mas um boizinho estiloso.

– Doeu? - Lysandre perguntou

– Não.

– E agora?

Lysandre deu um peteleco no nariz do Castiel, que estava um pouco inchado. Enquanto Lysandre se deitava na maca para furar uma parte da cartilagem da orelha, Castiel ficou em pé um pouco distante de mim, me olhando com a mesma cara de desgosto.

É claro, o nome dele começava com "C", por que eu nunca havia pensado nisso antes? A Debrah, ele... Nenhuma palavra no mundo podia definir o quão horrível eu me sentia naquele momento.

– Alyssa, sua grande idiota - Eu pensava, com vontade de bater a minha cabeça na parede umas trinta vezes.

Eu estava me lamentando tanto, que esqueci de olhar para Lysandre pra ver se ele estava fazendo cara de dor ou não. Debrah havia enganado eu e Castiel ao mesmo tempo, mas eu não sabia nada sobre o Castiel na época, apenas que o seu nome era com a letra "C"

Me deitei na maca com a mesma cara de idiota, e não era pra menos, eu me sentia como tal. O homem que ia colocar o piercing em mim teve que me chamar umas três vezes até eu perceber que era comigo que ele estava falando.

– Moça? - Ele perguntava, estralando os dedos na frente do meu rosto

– Oi! - Eu virava pra ele, me assustando

– Onde vai querer que eu fure?

– Bom, pelas regras deles, um lugar que dói, mas pelas minhas, um lugar que não apareça. Sabe, pais evangélicos e com frescura pra essas coisas...

Tudo bem que eu tinha alargador no furo das minhas orelhas, mas meu cabelo está sempre cobrindo elas, além de quê, meus pais eram lerdos pra perceber quando eu aumentava o furo.

***

– Você tem certeza de que não era melhor ter feito isso no estúdio? - O cara da loja de roupas perguntava do lado de fora do banheiro

– Claro que tenho! - Eu respondi, olhando para os meus peitos, que já estava sem nada que os cobrisse.

Acabamos na casa do Lysandre e do Leigh, vulgo cara da loja de roupas, vulgo irmão mais velho do Lysandre.

Depois que o body piercer falou que os únicos lugares que meus pais não iriam ver o piercing eram nos meus mamilos ou nas genitálias, eu comprei o cateter e o piercing e decidi furar eu mesma. Eu nunca iria deixar um homem desconhecido me ver desse jeito, isso seria totalmente repugnante. Se bem que se fosse uma mulher...

– Ahn, quem está aí? - Rosa perguntava do lado de fora.

– Ah, oi! A Ally - Lysandre a respondeu

– A Ally? OI PRA VOCÊ ALLY! - Rosalya abria a porta do banho, empolgada

– EI! - Eu gritei e fechei a porta, trancando dessa vez - Certo Alyssa, você consegue.

Eu aproximava o cateter do meu mamilo e desistia, eu não conseguia furar de forma alguma. Peguei um pouco da pomada de xilocaína e passei por toda a região, talvez até um pouco mais do que devia, só pra garantir que eu não ia sentir absolutamente nada.

– Vai logo! Se você não furar logo, eu entro aí e furo pra você! - Rosa batia na porta

Eu me olhei no espelho e tentei me imaginar com o piercing, não ia ficar feio, afinal de contas.

– Eu vou entrar, é sério, temos a cópia da chave do banheiro - Eu ouvia ela colocando a chave na porta - Três...

– O que? Não, não entra não!

– Dois...

– Por que não podia ser a Violette ao invés dela? - Eu pensava

– Um...

Meu grito deve ter ensurdecido toda a vizinhança. O que eu poderia fazer? Afinal de contas, eu ia ter que furar uma hora ou outra. Não foi uma dor muito boa, por mais que eu seja bem macho pra sentir dor, principalmente com agulhas - que pra mim, não doem coisíssima nenhuma quando usadas para tirar sangue ou aplicar uma vacina ou injeção. Quanto a xilocaína? Não anestesia porcaria nenhuma.

***

– Já faz quase uma semana, não parou de doer ainda? - Alexy perguntava

– Fura o seu pra ver se não dói!

Armin estava tão paranoico com o meu piercing que falou pro Alexy ver se não estava inflamado mesmo. Realmente, não estava, mas doía demais. Doía com sutiã, sem, quando o tecido da minha camiseta encostava nele, doía quando eu estava sem camiseta alguma, doía quando me abraçavam, devia doer até quando respiravam perto.

Alexy saiu do meu quarto, enquanto isso eu colocava o sutiã com bastante esforço pra suportar a dor que vinha depois.

– Não está inflamado, pelo menos, mas não cicatrizou ainda - Ele passava as informações pro Armin, que estava um pouco preocupado com as minhas reclamações de dor.

Na mesma hora, meus pais chegaram do trabalho. Minha mãe subiu as escadas e abriu a porta do meu quarto.

– Oi meu bebê! - Ela me abraçava com força, e eu tentava não fazer cara de dor, mas não contive a lágrima - Oh, você está chorando? - Ela soltou o abraço - Aconteceu algo na escola?

– Não mamãe, é que... Eu estava com muita saudade! - Eu mentia, tentando forçar mais lágrimas - Você e o papai ficam trabalhando o dia todo, e quando não trabalham, ficam ocupados com eventos da igreja.

– Eu não sabia que você se sentia assim, me desculpe - Ela voltava a me abraçar, facilitando a minha atuação

No fim, ela ficou tão comovida que ela e o papai nos levaram para jantar fora. Fomos a um restaurante mexicano, Alexy comeu mais pimenta do que o estômago dele podia aguentar.

Em casa, depois de darmos alguns antiácidos pra ele, eu, ele e Armin estávamos assistindo alguns desenhos na TV do quarto do Armin.

– E você e o Kentin? - Armin perguntava, mas a cara de bobo apaixonado dele já substituía qualquer resposta - E você e a Violette?

– Bom... Ela está fazendo o máximo que pode pra esquecer alguém - Eu respondia, apontando pro Alexy

– Você devia falar pra ela

– O que? Claro que não! Se eu fizer isso agora, ela pode se assustar e se afastar de mim

– Ou pode entender seus sentimentos e querer ficar com você - Alexy sorria de forma otimista

– Eu não quero que ela fique comigo por dó, eu só quero que ela goste de mim - Eu suspirei - O maior prêmio aqui são os sentimentos dela, ficar com ela é como um bônus que vem depois.

– Faça como quiser - Armin suspirava - Mas já fazem quatro meses que você está nisso, você devia tomar uma atitude.

***

Era sexta-feira, não havíamos conseguido um baterista ainda, Castiel estava quase cogitando chamar Nathaniel para nos salvar. A escola estava com mais cartazes nossos nos murais do que papéis com o número de políticos em chão de escola pública no dia de votação. Estávamos no laboratório de química em duplas. Lysandre e Castiel, eu e Violette.

– O que faremos se não conseguirmos um baterista? - Eu perguntei enquanto colocava um líquido azul em um dos tubos de ensaio

– A punição, claro! - Castiel dizia como se fosse algo óbvio

– Acho que ela estava falando da banda - Lysandre sorria gentilmente

– Bom, tem a punição também! Dessa vez, algo que doa menos o meu peito, por favor - Violette riu, ela foi a primeira pessoa que eu tinha contado sobre o piercing

– Já sei! - Castiel gritava

– Mas já? - Perguntei

– Você! - Ele apontava pro Lysandre - Terá que beijar a sua fã maluca que não larga do seu pé.

– Por que? - Ele parecia bem irritado - Não vou fazer esse tipo de coisa sem sentimento algum.

– E você - Agora ele apontava pra mim, rindo - Terá que se declarar pra pessoa que gosta.

– Isso! - Violette ria com a mão escondendo o sorriso

– O-O que? - Eu apontava de volta pra Castiel, que colocava uma gota de um líquido verde em um tubo um pouco maior - Pois então, você faça a mesma coisa!

O conteúdo do tubo explodiu e a fumaça subiu pro seu rosto, fazendo com que ficasse todinho preto e a sala toda começasse a rir. Se ele não gostava de mim antes, agora ele provavelmente me odiava. A sua cara de desgosto aumentou, e não pude fazer nada a não ser me concentrar na minha fórmula e fingir que não ligava pro que eu tinha falado. A verdade é que eu ligava, e muito, na hora esqueci completamente sobre a Debrah.

– Merda, ele deve gostar dela ainda - Eu pensei alto

– O que? - Violette me perguntava com a cara mais adorável do mundo

Dessa vez, foi o meu conteúdo que explodiu.

O fim de semana havia chegado e fomos até a casa do Castiel ensaiar, porém, o ensaio acabou virando uma reunião amigável, tendo em vista que Íris e Violette também foram.

Tivemos a semana toda para cumprir a punição, e era óbvio que nenhum de nós havia tomado coragem o suficiente. O meu tempo estava passando, Violette estava a minha frente e a unica coisa que eu conseguia pensar era em como eu ia me declarar pra ela sem parecer uma completa maluca.

Havia tanta coisa que eu deixava de falar pra Violette não perceber, tanta coisa... Ah! Se cada elogio que eu faço mentalmente pra ela, fizesse ela se apaixonar por mim, eu não me importaria de falar todos eles pra ela agora mesmo, com todo mundo olhando. Mas era isso que eu tinha que fazer, querendo ou não.

Bom, se ela se assustasse, eu poderia falar que era brincadeira, mas mesmo assim, era tão difícil.

Eu a cutuquei, mas ela estava tão distraída que nem percebeu

– Viole...

Antes que eu pudesse continuar, a campainha tocou. Castiel gritou pra pessoa entrar, e ela o fez.

Um garoto, ou melhor, um homem de mais ou menos uns dezenove ou vinte anos passou pela porta. Seus cabelos eram do verde mais bonito que eu já tinha visto, assim como os seus olhos, me pergunto se são naturais. Quando parei pra analisar o rosto dele, percebi que ele me lembrava muito alguém que eu conhecia.

– Fiquei sabendo que alguém aqui precisa de um baterista, estou no endereço certo? Espero que eu não tenha chego tarde demais - Ele dava uma risada um pouco desengonçada

– Violette, ele não te lembra alguém? - Eu perguntava, mas não obtive resposta - Ei, Violette...

Quando me virei pra ela, lágrimas escorriam pelo seu rosto, mas sem sair som algum. Do meu outro lado estava Íris, parecendo que tinha visto um fantasma.

No meio de risadas e vários agradecimentos ao baterista, ele finalmente percebeu que estávamos ali. De início, ele ficou com a mesma expressão que Íris.

– Q-Qual é a flor da primavera? - Ela perguntava olhando pro garoto, sua voz mal saía

– O que disse? - Ele perguntou

– E-Eu perguntei - Ela fungava, limpando uma das lágrimas - Qual é a flor da primavera?

Quando a expressão do garoto finalmente mudou, ele tentou conter a sua cara de choro atrás de um calmo sorriso

– Violette - Uma lágrima escorria pelo seu rosto

Violette, que chorava mais ainda, se levantou e foi correndo de encontro ao garoto. Mas é claro, como pude não perceber? Ele é a versão mais nova do sr. Winters.

– Vocês ainda deixam as violetas no meu quarto? - Ele perguntava, Violette fez que sim com a cabeça e ele apertou mais o abraço

Aquela noite foi estranhamente confortante para todos. Nós finalmente encontramos um baterista para a nossa banda, e a minha pequena Violette, havia encontrado a pessoa cujo a falta dela era a coisa que havia ocupado mais espaço em seu coração. Eu juro que conseguia ouvir o coração dela palpitar de alegria. Pude ouvir mais um coração também, mas esse palpitava amargamente de alívio.

Flashback ON

– Então aquela novata acha que pode vir aqui e simplesmente tirar o meu lugar como capitã das líderes de torcida? - Eu reclamava pra Alexy

– Ah, ela é sobrinha do diretor, o que você queria? - Ele dava um tapinha nas minhas costas - Além do quê, você ainda nem viu ela. Ela pode ser legal, sabia disso?

– Eu não ligo, ela ser legal não é um pré-requisito pra eu gostar dela. Alexy, eu amo ser a capitã, que merda! - Eu me irritava cada vez mais me lembrando da caloura que entrou hoje e já havia me tirado do meu pedestal

– Bom, então mostre pra todos que você é melhor que ela e talvez você consiga de volta o seu cargo

– Sabe de uma coisa? - Eu me levantava, batendo em meu peito - É exatamente isso que eu vou fazer!

Alexy deve ter falado algo que eu não prestei muita atenção, mas era tarde pra eu perguntar o que era, já que eu estava indo em direção ao vestiário colocar a minha armadura.

Por armadura, entenda-se por: Um top vermelho com um lobo estampado em branco, uma saia vermelha todinha plissada, meus tênis e meus pompons.

Depois de vestir o uniforme, amarrei meu cabelo no topo da cabeça e comecei a dizer pra mim mesma em frente ao espelho

– Você vai passar por cima Alyssa, você consegue passar por cima de qualquer um!

Joguei um pouco de água no meu rosto e fui em direção a quadra. Havia um motivo pelo qual eu amava ser a capitã das líderes de torcida: Eu deixava qualquer garota entrar no time, contanto que fosse boa. Na maioria dos casos, a capitã não deixa garotas fora de forma entrarem, e se deixava, as selecionadas tinham que fazer dieta logo depois. Tudo bem que o sobrepeso prejudica a saúde, mas se não é tanto assim, pra quê todo o drama? É tudo pra manter a imagem de "só temos líderes de torcida gostosinhas"? Era uma grande babaquice pra mim, realmente.

Ao entrar na quadra, uma garota com longos cabelos castanhos falava gentilmente com as outras líderes de torcida, ela sorria amigavelmente, até mesmo pra mim na hora em que me viu.

Tirando o seu uniforme que era um pouco mais curto do que deveria ser, ela parecia ser doce com as pessoas ao seu redor, então eu me preocupei a toa, certo?


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Notas finais do capítulo

Tcharam! Descobriram o porquê do Castiel não gostar muito da Ally, e descobriram quem é o irmão da Vio, yay
O piercing da Ally é algo completamente baseado em fatos reais. Minha namorada furou sozinha, e segundo ela, doeu mais que cólica -QQ
Essa coisa de "flor da primavera" é algo que vai ser explicado no próximo capítulo, cujo vou postar daqui a pouco.
Sabem aqueles emoticons bonitinhos que eu sempre coloco nas notas? (vulgo kaomoji) Então, estou com tanta pressa em postar os dois capítulos que nem coloquei eles aqui, ai que coisa estranha T-T asjkdh
Espero que tenham gostado c:



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