Shy Violet escrita por Letys


Capítulo 1
Forelsket


Notas iniciais do capítulo

Forelsket, do norueguês: Quando você está prestes a se apaixonar



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O que você faz quando vê todos os seus amigos progredindo e só você não sai do lugar? Todos eles indo pro terceiro ano do ensino médio, e eu de novo no segundo, ótimo. A maioria dos pais não colocaria a filha em uma das melhores escolas de Ville Kiss sendo que ela reprovou o ano, mas os meus pais pensam diferente, eles dizem que esse ano eu vou ter que me esforçar mais, que vai ser bom pra mim.

– Alexy – Eu falava abrindo a porta do quarto dele repentinamente – Alexy? To falando com você.

Ele olhava a foto de um garoto com um sorriso bobo no rosto. Tenho que admitir que o garoto era bonito sim, havia músculos definidos, olhos verdes - bem bonitos, inclusive - e um cabelo bagunçado, a unica coisa que estragou foi a calça militar dele, mas até aí tudo bem, ele parecia gostar dela.

– De novo está olhando as fotos do... Kentin, não é?

– Ally! – Ele dava um pulo da cadeira vindo em direção a mim – C-Como assim? Eu nem olho tanto assim – Ele falava com bico e corado, parecendo uma criança.

– Claro, tava tão distraído olhando a foto do cara que nem percebeu que tinha alguém te chamando no chat – Eu dizia ironicamente, fechando a foto e olhando a tela do computador dele – É uma tal de Violette, é aquela que você disse que gostava de você, não é?

– Exatamente, gostava! – Ele deu ênfase no gostava – Acho que ela superou, espero eu.

– Ela pode acabar criando alguma esperança de te heterizar se você não se certificar disso, sabia? – Eu abria a janela do chat dele como toda irmã mais velha faria. Alexy diz que é intromissão, eu gosto que dizer que é proteção – Deixa eu ver o que tanto ela fala, talvez eu entenda as garotas melhor do que você.

– Ei, meu Facebook! – Ele reclamava me empurrando pra fora do quarto dele

– Espera, deixa eu ver se essa garota é legal o suficiente pra te tornar um ex-gay – Ele havia fechado a porta do quarto dele e trancado – Que droga, eu só estava te zoando, você sabe disso... – Eu fazia bico do outro lado da porta.

– Violette Winters – Ele falou do quarto dele.

– Ahn?

– É o nome dela no Facebook, se quer tanto saber se ela é legal, veja por si mesma. Agora, se você não se importa, tenho que saber da vida do Ke... Quero dizer, tenho que... Que... Fazer compras online, isso! Preciso fazer compras online.

– Claro que precisa. – Soltei uma risadinha enquanto ia até o meu quarto. O Alexy realmente não sabe mentir, qualquer pessoa em sã consciência sabe que ele não troca uma vitrine pelo conforto de ver todas as roupas em casa mesmo.

Ah sim, vamos as apresentações: Meu nome é Alyssa Hale, tenho dezessete anos, vivo em uma pequena colônia na França chamada Ville Kiss. É realmente pequena, mas tudo nela é tão fofo, e de um certo modo, eu sinto como se a cidade me acolhesse, Ville Kiss tem algo que eu não sei explicar.

Somos em uma família de cinco, minha mãe Monica, meu pai Christopher, eu, e os gêmeos, Alexy e Armin. Como eu sou a mais velha, me sinto na obrigação de proteger eles de qualquer babaca que os tente fazer mal. Sim, ao contrário do que acontece normalmente, me dou muito bem com os dois, eu e Armin possuímos o mesmo amor por jogos - estamos juntando dinheiro pra comprar The Last Of Us, estamos quase lá - já eu e Alexy temos em comum a... Ahn, preferência por pessoas do mesmo sexo.

Eu poderia bater no peito e erguer a bandeira LGBT com todo o orgulho possível, o mesmo pro Alexy, porque se pudéssemos, realmente faríamos isso com toda a alegria do mundo, mas infelizmente, não é pra todo mundo que dá pra falar isso. Entenda esse "todo mundo" por "meus pais". São as melhores pessoas do mundo, mas são crentelhos evangélicos, a fé é tanta que na maioria das vezes, os cega. Nunca acreditei muito em Deus, pelo menos não no mesmo Deus que eles, que impõe doutrinas ridículas e manda todos que não as fizerem para o pior lugar do mundo, e sobre isso, acredito que há uma força maior que quer a felicidade plena para todos os seres do universo. Bom, de qualquer forma, acho que meus pais abominam tanto gays, que como castigo, ganharam duas abominações como filhos, irônico, não é mesmo?

– Nervosa pro primeiro dia de aula? – Minha mãe perguntava gentilmente, da porta do quarto.

– Não muito. Eu consigo me virar lá, e além do mais, tenho o Alexy e o Armin comigo – Eu dizia animada.

– Certo, não se preocupe, vai dar tudo certo, você nunca foi a pessoa mais tímida do mundo – Ela riu – Boa noite filha, não demore pra dormir, fique com Deus. – Ela fechava a porta do meu quarto

– Você também!

Deus... Se esse cara existe, ele devia estar rindo de mim naquele exato momento, ou gorfando, dependendo do seu ponto de vista. Motivo? Eu não havia parado de olhar o Facebook da tal Violette. Ela compartilhava postagens contra o abandono de animais, postagens com versos do Coldplay, respondia todos os comentários da forma mais educada possível e vez ou outra postava um desenho que ela mesma fazia. Legal demais pro Alexy, legal demais pra mim, legal demais pra qualquer outra pessoa que tentasse se aproximar dela.

Acordei com o notebook ligado, quando foi que eu dormi mesmo? Havia uma aba com o Facebook dela, outras com vídeos do Coldplay e outras com as letras, eu quis pesquisar as letras de todas as músicas dessa banda que ela postava.

– Não faço ideia de que horas são - Eu coçava os olhos olhando o horário do notebook, eram oito horas – Pirralhos gêmeos, a aula começa daqui meia hora, por que ninguém me acordou? – Eu gritava indo em direção ao corredor. Meus pais trabalhavam às sete, então o primeiro de nós três que acordava, acordava todos os outros.

Andei batendo o pé pelo corredor, parei em frente ao quarto do Armin e delicadamente o chamei.

– Armin! Me dê um bom motivo pra você não te me acordado! – Eu gritava entrando no quarto dele. Certo, nota mental Alyssa: Pare de ser escandalosa.

– Já é dia? – Ele perguntava monotonamente
Ele virou a cabeça vagarosamente em minha direção. Era como se ele estivesse sendo transformado em um zumbi, as olheiras dele mais pareciam que ele havia levado trinta socos em cada olho, além de estar com os olhos bem arregalados, típicos de quem tentou se manter acordado por um bom tempo. Olhei o monitor do computador dele cujo o PlayStation estava conectado, ele estava jogando Final Fantasy VII.

– A Aeris morreu... – Ele falava com aqueles assustadores e enormes olhos azuis

– Depois de anos jogando esse jogo, você ainda se comove nessa parte? – Fui em direção a cadeira dele, o levantei e fui levando até o banheiro dele – Agora se recomponha, você tem quinze minutos para tirar essa cara de zumbi.

– Pode deixar.

Ainda não sei se essa expressão se devia ao fato dele ter ficado acordado ou pela morte da Aeris mesmo, mas depois que ele entrou no banho, fui acordar o meu querido agasalhador de croquete.

– Alexy... – Eu chamava de forma bem mais delicada que chamei o Alexy, desta vez eu realmente bati na porta – Acorda, temos quinze minutos pra nos arrumarmos e irmos pra escola.
Ele continuou em silêncio.

– K-Ken... – Ele murmurava

– Mas o que caralhos esse menino tá fazendo? – Eu abria a porta vagarosamente, enquanto dava de cara com um Alexy sonhando paudurecido e abraçado com o travesseiro.

– Você pode fazer isso mais forte – Ele sorria enquanto sonhava. Eu já havia presenciado essa cena várias vezes então já estava acostumada, mas não deixava de ser desagradável mesmo assim.

– Sabe o que é forte? – Eu perguntava calmamente enquanto tirava o travesseiro do meio das pernas dele – A pancada que você vai levar se não se levantar já!

Alexy se levantou em um segundo, esfregando os olhos e corado

– O-o que você ouviu? - Ele perguntava olhando pra baixo

– Então você gosta forte, foi a primeira vez que eu escutei isso – Eu não parava de rir – Ainda bem que foi só sonho, porque com a frequência que isso acontece, se fosse na vida real o seu traseiro ia estar sem a prega e...

– Maldita! – Ele saía correndo atrás de mim, até eu me trancar no meu quarto. Tomei um banho rápido e comecei a me arrumar
Sempre gostei de me arrumar bastante, e hoje não foi diferente, o problema é que eu não consegui comer nada e provavelmente meu estômago ia fazer barulho de uma dinossaura com cólica no meio da aula, mas são só detalhes.

Pegamos as nossas bicicletas e saímos em disparada. Quase ninguém faz isso, mas é ótimo, você sente que pode ir pra qualquer lugar do mundo quando se tem uma bicicleta.

O vento batia no meu cabelo enquanto eu pedalava rapidamente, eu adorava aquilo, por mais que alguns fios voassem na minha boca de vez em quando. No caminho havia uma rua onde tinham muitas árvores, eu respirei bem fundo e pude sentir o cheiro delas, cheiro de natureza é muito, muito bom. Eis que o Armin teve a brilhante ideia de apostar corrida, sempre fazíamos isso.

Regra nº1 - Ninguém podia ir pelo mesmo trajeto que o outro

Regra nº2 - O primeiro que chegasse, tinha que esperar os outros

O Armin foi pelo centro, o Alexy foi indo pelo mesmo caminho que o meu.

– Ei, não vale me seguir! - Eu dizia

– Bom, então vou apelar pros meus atalhos, boa sorte! - Ele riu, entrando no estacionamento de um prédio e saindo do outro lado. Merda, eu deveria ter pensado nisso!

Eu só tinha que subir a enorme avenida e virar a esquerda, aí seria uma descida até o fim da vida e eu estaria na escola. Qual era o nome? Ah sim, Sweet Amoris!

Respirei fundo e fui subindo o mais rápido que conseguia, quando finalmente cheguei no fim da avenida, virei a esquerda, agora era só deixar a bicicleta fazer todo o trabalho sozinha.

Eu fechei os olhos e soltei os braços do guidão, toda vez que eu fazia aquilo era tão bom, porém, não percebi que eu estava chegando no fim da descida, e também não percebi que estava na faixa com sentido o contrário ao meu.

Abri os olhos quando ouvi um barulho estranho, quando percebi, estava sendo jogada no capô de um carro. Senti minhas costas e minha cabeça doerem muito, mas muito mesmo. Vi tudo girar e ficar preto, não faço a mínima ideia do que aconteceu depois.

(...)

– Eu estou em um hospital? – Eu perguntava para mim mesma logo que acordei, observando o cômodo em que eu estava. As paredes eram azul claro e as cortinas brancas.

Me sentei e passei a mão nas minhas costas, elas ainda doíam em certos pontos. Ouvi o sinal bater e em menos de dois minutos ouvi algumas pessoas indo em direção ao lugar onde eu estava, a maioria eu já conhecia por ter o Alexy e o Armin nas redes sociais. Tinha o ruivo com a pose de bad boy, esse eu sabia que era o Castiel. Ele estava parado na porta me olhando com cara de poucos amigos, se Armin não tivesse me contado que ele é assim com todo mundo, eu acharia que era algo pessoal. Assim que ele saiu da porta e foi pra algum outro lugar, outras pessoas entraram

– Ei, você precisa ir pra um hospital? – A albina namorada do cara da loja de roupas perguntava ao lado do Alexy. Por Deus, que mulher era aquela?

Armin e Kentin entraram logo atrás. Sabe aquela cara parecida com o emoji de lua do WhatsApp que você faz sempre que a pessoa que o seu amigo gosta está perto? Foi exatamente com essa mesma cara que eu olhei para o Alex, ele teve que virar a cara pro lado para ninguém além de mim notar as suas bochechas rosadas.

– Íris, vem logo! – Ouvi uma voz baixa e monótona dizer, seguida de outra um pouco mais animada.

– Calma Vio, estou chegando!

Sabe aquelas cenas que pra todo mundo está ocorrendo normalmente, mas pra você, está ocorrendo em câmera lenta? Foi exatamente isso, ela entrou com pressa junto com a ruiva e me perguntaram se eu estava melhor, eu roboticamente fiz que sim com a cabeça. Violette estava com o cabelo preso em um coque tipo aqueles feitos com palitinhos, mas ao invés do palitinho, era um lápis. Ela olhava pra mim como se estivesse muito preocupada, e eu não sabia parar de olhar pra ela, até que uma hora ela parou de olhar pra mim e olhou pro Alexy, obrigada Deus, mais uma vez, você deve estar rindo da minha cara. Era em momentos como aquele que eu queria ser mais parecida com o Alexy do que com o Armin

– Ally! – Armin interrompia os meus pensamentos me abraçando cuidadosamente pra não me machucar - Você está bem? Meu Deus, foi horrível, não me assuste mais daquele jeito! Nunca mais sugiro da gente apostar corrida.

– Olha só, não te vejo preocupado assim desde que você achou que tinham hackeado sua conta no League of Legends - Eu ri da situação – O que aconteceu foi tão preocupante assim?

– Foi hilário até. – Alexy disse, recebendo um soco na cabeça vindo do Armin

– Não foi não. - Armin o repreendia.

– Ele tem razão – Kentin concordava com Armin, fazendo com que Alexy abaixasse a cabeça e ficasse sem jeito – Você estava descendo a rua, a sua bicicleta bateu na frente do meu carro e você foi arremessada pra frente, e caiu no capô do carro da Violette.

Sabem aquele carinha lá de cima? Então, ele possivelmente estava tendo um AVC de tanto rir da minha cara, quantas coisas podem dar errado em um dia só?

– Seu carro teve algum dano por conta disso? – Eu perguntei – Posso arrumar o dinheiro pra pagar o conserto.

– Na verdade não, mas o carro da Violette amassou um pouco.
Sim, Deus com certeza estava rindo de mim.

– V-Você não precisa pagar, tá tudo bem – Violette falava, a voz mal saía de tão baixinha que era.

– Não, eu arrumo um emprego e pago, nada mais justo, certo? – Eu discordava dela.

– Mas foi um acidente...

– Ei, eu pago, sem problemas. – Eu insistia

Enquanto as outras pessoas discutiam a pauta "Alyssa deve pagar ou não", eu me levantei com calma com a ajuda do Armin e Alexy me entregou uma receita médica com um gel que eu teria que passar nas costas pra aliviar a dor. Eu não achava que estava tão ruim assim para ter que passar algo, mas os dois insistiram.

Eles me levaram até a sala, por sorte, caí na sala deles. É maníaco demais estar em uma sala lotada e enxergar só uma pessoa?

Toda hora Violette desenhava algo no seu caderno, ela desenhava um pouco e olhava pra frente pra ver se o professor não via ela desenhar. Percebi que ela era canhota, e desenhava com uma certa suavidade na mão.

– Que bonitinho... – Eu pensava alto

– Oh, o-obrigada! – Ela agradecia – Mas adoraria melhorar os meus desenhos.

Não consegui deixar de rir quando ela mencionou dos desenhos, se ela soubesse que eu estava falando dela, provavelmente sairia correndo.

No final da aula fomos conversando até os armários juntamente com Íris. Eu me sentia perdida naquela escola, então eu só seguia as duas.

– S-Sabe meu pai é dono de um restaurante perto do centro da cidade – Violette tentava dizer algo – Então eu estava pensando, caso você queira, é claro...

– Violette é um pouco tímida – Íris ria – Ela está tentando te oferecer um emprego.

– Jura? Facilitaria bastante pra eu pagar o estrago do seu carro

– Eu vou falar com ele essa semana e te aviso, o-ok? – Ela quase sorria, chegava a ser bonitinha a sua falta de jeito.

A conversa foi interrompida por Armin vindo até minha direção.

– Ei Ally, vamos pra casa, sem corridas dessa vez. – Ele dizia enquanto passava por mim.

– Nossa, que cheiro estranho – Agora quem falava era Alexy, parando do meu lado

– Cheiro de que? – Violette perguntou.

– Algo relacionado a cour...

– Alexy, você está deixando um rastro de purpurina, não está? – Eu dava uma risada falsa e puxava ele pelo braço em direção ao Armin – Até mais, meninas.

Fomos até o lugar em que tínhamos deixado as nossas bicicletas, Alexy não parava de rir, ele tinha uma risada engraçada que acabou contagiando Armin também, e por mais que eles estivessem rindo de mim, eu dei risada também.

– O nome disso é: vingança pela "cara de lua" na enfermaria – Alexy dava um tapinha no meu ombro

– Que feio fazer a irmãzinha passar vergonha no primeiro dia de aula – Armin o repreendia ironicamente – Ainda mais na frente da mocinha que ela gosta.

– O que? – Perguntei com um tom de voz mais alto do que eu esperava enquanto subia na minha bicicleta.

– Você está fugindo de alguma coisa? Hein? – Alexy perguntava como quem insinuasse algo, e novamente, usando a maldita cara de lua. Injusto, querido Alex, a cara de lua devia ser uma exclusividade minha.

Pedalei bem rápido enquanto olhava as ruas da cidade. Ville Kiss nem era grande desse jeito, então era quase um crime eu nunca ter trombado com Violette por aí. Eu adoraria trombar com ela na fila da padaria, ou no supermercado. Eu encontraria com ela em qualquer lugar, mesmo que fosse pra ouvir ela tentando me explicar sobre as diferenças de traços e estilos de desenho, eu adoraria.

Várias coisas deram errado naquele dia, mas eu não mudaria nenhuma delas. Eu estava só seguindo o meu caminho, e por sorte, foi o mesmo caminho que o de Violette. O mundo me pareceu um lugar mais aconchegante desde aquele dia.

"você

e essa carinha

de quem parece

que vai

transtornar a minha vida

gosto."


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Notas finais do capítulo

Se tem algum evangélico aqui, saiba que eu não tenho nada contra ou coisa assim, sei que muitos são bem de boa com essas coisas, mas alguns não são, e os pais da Ally se encaixam nessa categoria, por favor, não se sintam ofendidos ou coisa assim.
Gostaram? Críticas? Sugestões? Reviews? -QQ :3Até a próxima!
Notas da edição: Coloquei esse poeminha aí embaixo (ou seria poesia? Sei lá, me confundo qq) mas ele não é meu, é do Fabrício Garcia, se alguém se interessar, aqui a página dele: https://www.facebook.com/paginadofabricio/?fref=ts