Destiny escrita por Lúcia Hill


Capítulo 15
Capitulo - It's Like Wishing for Rain


Notas iniciais do capítulo

.... é como desejar a chuva, enquanto estou no deserto....



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Os primeiros raios de sol adentravam pelas grossas cortinas, Kevin havia levantado cedo para ir trabalhar no hospital enquanto Belle permanecia dormindo, não queria acordá-la estava linda igual a um anjo, os cinco dias que passaram na paradisíaca cidade de Maui fizera bem a ambos, a jovem estava praticamente curada, mas ainda usa as muletas para dar lhe um pouco de confiança.

Levantou-se da cama desejando voltar-se para ela, mas precisava tomar um banho, assim que adentrou ao Box retirou a velha blusa do Lakers a jogou no chão do banheiro e se deliciou com a água morna que envolvia seu corpo. Mas sentiu uma pontada forte entre as costelas que a fez arfar de dor.

Franziu o cenho confusa, verificou seu abdômen, mas não havia nada, soltou um longo suspiro enquanto a água escorria por entre seus cabelos louros. Minutos depois, Belle já havia vestido um de algodão e caminhou na direção da cozinha. Pegou o jornal e sentou se na cadeira para se atualizar das noticias locais.

Mas um dos anúncios do jornal chamou lhe atenção, - O pesquisador Jordan Parker e sua esposa Lana Louis Parker arquiteta estão avaliando os estragos do furação- a jovem fechou o jornal e o colocou sobre o balcão, sentiu uma raiva dentro dela crescer. Deveria estar sonhando ainda, esfregou os olhos, solveu um gole do café, balançou a cabeça desfazendo os pensamentos.

Kevin amava isso era o que importava, e ela estava fazendo com que ele se esquecesse que um dia Lana Louis existira na vida dele. Pegou uma rosca e caminhou na direção da sala de estar, ligou a televisão e deixou seu corpo cair sobre o macio sofá, não tinha nada que prestasse naquela hora nos canais.

Desligou a e fitou o teto por alguns minutos pensativa. Belle sorriu por conta da imagem que surgiu em sua mente, fechou os olhos por um segundo e aquela cena trágica lhe aparecera em sua mente a fazendo sobressaltar.

– Não deve ficar iludida com os presentes do mundo. – berrou seu pai com um olhar severo. – Achou mesmo que iria fugir? Por Deus, Belle onde esta com a cabeça. Não tem idade o suficiente para saber o quando a vida lá fora é cruel. – ele parou e a encarou por alguns segundos enquanto alisava seu próprio cabelo – Deveria lhe dar uma surra por isso.

Os olhos azuis de Belle ficaram imersos em lagrimas, sentia saudades da risada extravagante de seu pai nos almoços de domingo e de sua voz rude enquanto a repreendia.

– Quanta saudade sinto do senhor. – murmurou abraçando os joelhos em uma forma protetora.

Mesmo que passasse dias, meses e anos ainda sim sentiria a ausência de seus pais.

– Vamos pequena Belle. – disse enquanto colocava o velho chapéu de capitão do velho Orland – Preciso de um co-piloto, pois nossos amigos necessitam de nossa ajuda.

Chorou copiosamente, dentre quatro dias completaria seus 18 anos, mas sabia que eles não estariam lá – não em carne e osso- talvez em sua mente em seu coração. Mas o som da campainha a fez limpar as lagrimas e se recompor, caminhou lentamente na direção da porta, assim que abriu a se deparou com o carteiro que encarou a, a jovem mostrou lhe um leve sorriso, sem demoras ele entregou uma carta em papel pardo.

– Obrigada. – agradeceu antes de fechar a porta.

Respirou fundo, sentiu uma felicidade preencher os vazios da saudade quando leu o “University of Harvard” sentia suas pernas ficarem moles. Caminhou na direção do sofá e sentou-se, seus dedos abriam a carta de forma rápida e desajeitada.

Prezada, Belle Sullivan.

Estamos enviando sua carta de admissão, deve apresentá-la no inicio das aulas no dia 07 de janeiro de 2006, estamos felizes com sua escolha por nossa instituição, para o curso da História Americana.

Atenciosamente, R. August Rolland

Assim que terminou de ler umas trezentas vezes, pulou do sofá animada, ansiava por aquela carta o verão todo e enfim ela chegara. Pegou o telefone e discou para o hospital, precisava dar aquela noticia para Kevin o quanto antes, sentia seus nervos tremerem de felicidade.

– Hospital Municipal Stª Monica. – disse de forma automática a voz da recepcionista.

Belle sorriu.

– Poderia falar com o Dr. Kevin Carter. – disse a jovem.

Houve um breve silencio o que deixara Belle preocupada e ainda mas ansiosa, precisava contar para ele, pois iria demorar uma eternidade para ele chegar.

– Desculpa, mas o doutor esta em atendimento na Unidade de Terapia Intensa, gostaria de deixar algum recado, posso transmiti-lo assim que estiver livre. – pergunto a voz feminina.

Belle coçou a cabeça, mas ele havia lhe dito que não estava mas trabalhando na UTI, a jovem franziu o cenho confusa.

– Tudo bem, avisa a ele que... – pausou bruscamente, como iria dizer – que a esposa dele ligou- seria ultrajante e complicado, mas logo prosseguiu – Avisa que a Belle ligou, muito obrigada.

Assim que colocou o telefone no gancho, lhe veio um pensamento estranho, sombrio e confuso em sua mente, mas não havia motivos para se preocupar. Deixou seu corpo cair sobre o macio sofá enquanto um belo sorriso lhe curvava os macios lábios rosados, levantou-se e pegou o telefone novamente e discou para a empresa de taxi do centro da cidade de Brookside, iria fazer uma surpresa.

Subiu os degraus de forma apressada, precisava se aprontar antes que o taxi chegasse, vestiu uma calça jeans e uma blusa vermelha, pegou seu casaco quando ouviu o som da buzina desceu apressada, com um largo sorriso. Antes de sair da casa acionou o alarme e caminhou na direção do taxi amarelo.

– Bom dia senhorita. – saudou a o velho taxista de rosto rechonchudo – Para onde deseja ir?

Belle fechou a porta e encarou o através do retrovisor central do veiculo.

–Para o hospital de Stª Monica. – anunciou com um sorriso radiante. – Preciso fazer uma surpresa para uma pessoa.

O taxista assentiu e colocou o veiculo para rodar, estava um dia agradável e pacato, mas para ela era o inicio de uma vida promissória, mau sabia o que o destino esta lhe reservando naquela manha ensolarada de segunda-feira.

"E quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover."Oswaldo Montenegro


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!



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