Prim na 74º Edição dos Jogos Vorazes escrita por Anne Atten


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo :)
Agradecimento para Mellarck, Hatsune Vic e lica61 por favoritarem.
Passem nas notas finais, é importante o aviso!



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É hoje que os jogos terminam, tenho quase certeza disso e estou nervosa.Por sorte, Peeta está dormindo, então ele não precisa ver o quanto estou desesperada.Mantenho minhas mãos ocupadas durante o tempo em que ele dorme.
Passo o remédio de tempos em tempos, uso as folhas que Rue me deu no braço dele para ver se ajuda em alguma coisa e coloco panos frios em sua testa.
O lago é bem perto da caverna, mas sou bem cuidadosa ao ir lá, Cato deve estar com muita raiva de mim no momento.Afinal, fui eu quem praticamente matei Clove e eu não sou tonta, Cato gostava dela.
Para limpar as feridas de Peeta, eu tirei a torniquete, então estou lavando-a.O pano está cheio de sangue, mas tudo bem, não tenho nervoso de sangue.
Aproveito para me lavar também, por mais que esteja frio.De repente, estou nadando ali no lago.Tenho vontade de fazer isso, é bom, me faz me sentir...livre.E também me lembra do lugar onde Katniss me levava dentro da floresta, além dos limites de meu distrito.Meu pai a levava lá e me levava quando eu era pequena, pelo menos minha irmã me conta isso.Tem uma casinha lá, e nas poucas vezes que Katniss me levou até lá, era tão bom.Um lugar longe da pobreza e sofrimento do distrito 12, um lar diferente, um lugar calmo.E tinha um rio lá, não é a mesma coisa na arena, mas me faz lembrar.
Saio da água e coloco o casaco, pelo frio.Pego um galho jogado no chão e terra e coloco em cima da pedra, com o galho escrevo na terra: Estou chegando.Depois entro para a caverna.
Peeta ainda dorme, acho uma agulha e um rolo de linha no kit de primeiros socorros.Não sei no que os idealizadores pensaram ao por aquilo na arena, mas eu uso para costurar a calça da perna esquerda de Peeta, ficará bem melhor para ele.
Por mais que sua perna esteja melhor e eu seja bastante forte na hora de cuidar de pacientes, minhas mãos estão trêmulas.Estão tão fundos os cortes...
–Seja forte. – sussurro incentivando-o, espero que ele consiga.Quero que ele abra logo os olhos, sei que está vivo, mas preciso ter certeza absoluta disso.E para minha surpresa ele abre os olhos.
Por sorte, não estou na sua frente, porque ele vomita.Ele continua vomitando até se encostar na parede de pedra.Peeta pega um pouco de água e depois cospe, pra tirar aquele gosto ruim.Depois toma um gole de água.
–Está tudo bem? – pergunto preocupada.
–Sim, me sinto bem melhor.Acho que tinha que por isso pra fora, mas agora me sinto melhor. – fala Peeta. –O que fez na minha perna?
–Passei remédio e apliquei um pouco dessas folhas de Rue.E costurei sua calça também.Tirei a torniquete, acho que não precisa mais dela.
–Nossa, obrigada. Não posso comer nada hoje, não agora pelo menos, tudo bem.
Concordo com a cabeça.
–Mas acho que devemos sair daqui um pouco, não aguento mais ficar aqui dentro.
–Diga por você, eu saio. – digo rindo. –Mas tudo bem, vou dar um ‘passeio’ com você.Tenho medo de ir pra muito longe sozinha depois do banquete.Você, mesmo com a perna ruim, pode me ajudar se alguém resolver me atacar.
–Sim.Que horas vamos?Podemos aproveitar para caçar alguma coisa, eu não vou comer, mas você vai.E a comida que recebemos está quase acabando.
Assinto .
–Vamos agora, a chuva parou um pouco.Vamos aproveitar que não é noite, vamos dar um adeus a essa caverna.Tenho o pressentimento que não iremos voltar aqui.Agora, me ajude a arrumar as bolsas.
A mochila de Rue é maior que a minha, então coloco lá dentro as comidas que restaram, as garrafas de água e os remédios.Decidi deixar as outras duas bolsas ai, será menos bagagem.
Dou as duas facas para Peeta e vou com o arco, não que eu me considere boa o suficiente nele, mas Peeta é melhor com as facas.
–Esqueci de te parabenizar pela camuflagem.Se voltarmos para casa, tem que me ensinar! – digo animada com a possibilidade de voltar pra casa.
–Nós vamos voltar e vou te ensinar. – diz ele bagunçando meu cabelo.
–Sabe, seremos uma família muito boa.Aprovo você ficar com a Katniss.Será uma ótima família, eu, você, Katniss e minha mãe, e claro, sua família também!
Peeta ri.
–Não sei se sua irmã vai querer ficar comigo, mas muito obrigada por me aprovar de verdade. – diz ele meio triste.
–De nada.Agora, vamos fazer silêncio, não podemos ser pegos, lembra? – digo quando saímos de nossos esconderijos.
Andamos pelo aquele lado do lago, mas Peeta faz muito barulho.
–Tá legal, vou espantar todos os animais desse jeito. – fala ele.
–Certo, vá por ali. – digo apontando pra um lugar onde tem muitas plantações. –E vê se acha alguma fruta ou alguma planta. – sugiro.É uma coisa bem fácil, mas faço isso parecer um grande desafio e ele fica feliz de receber uma tarefa ‘difícil’.Ele vai pelas plantações e continuo andando.
Vejo um a galinha e atiro nela, fecho os olhos, odeio sair matando pessoas por aí.A galinha não é uma pessoa, mas é um ser vivo, assim como eu.Quando começo a pensar assim, sei que é hora de não pensar nas coisas que eu sou, porque daí eu fico me culpando mais do que o normal.
Fico preocupada com Peeta enquanto me afasto procurando mais animais, mas nada de ruim pode ter acontecido.Quero dizer, eu teria ouvido uma gritaria ou um canhão.Balanço a cabeça relaxada, então ouço o som do canhão.Não devia ter pensando em coisas ruins.
No mesmo instante, pego o arco e flecha de qualquer jeito e começo a correr.Não ouso gritar, se alguém matou Peeta, eu vou matar essa pessoa, porque ela só pode ser Cato.Mas então ignoro isso.
–Peeta! – grito.
Entro nas folhagens e fico toda arranhada, mas continuo seguindo em frente.
–Peeta!!!
Alguém me para me segurando pelos cotovelos.
–Estou bem, to aqui!
Andamos mais para frente e encontramos FoxFace deitada no chão com um monte de frutinhas roxas em mãos.
–Eu peguei isso, não sabia que era venenoso.Agora sei. – fala Peeta.
–Sempre achei que FoxFace tinha grandes chances de ganhar.Aposto que se dessem outra chance para ela, ela ganhava.
–Concordo, não desmerecendo nossas chances, mas ela era muito esperta.
Nos afastamos de lá, continuamos andando.
–Está escurecendo rápido, não acha? – pergunta Peeta.
–É o grand finale. – digo arrumando o arco corretamente. –Que os jogos comecem...
–...e que a sorte esteja sempre ao nosso favor. – completa Peeta.
Ouvimos um barulho, um grito e um som de canhão.Sei que é Thresh.
–O que foi...? – começa Peeta.
Então vamos um bestante correndo atrás de nós.
Corro em disparada, mas vejo que Peeta não está me seguindo.Ele corre, mas não tão rápido, o bestante quase abocanha a perna dele.
Volto e pego o braço de Peeta e o puxo, não paro de correr nem um minuto.Mas chega uma hora que não consigo mais, ele para de me seguir.
–Vamos, Peeta!
–Eu...não...
–Consegue sim!
Continuo puxando seu braço, mas agora tem mais bestantes atrás de nós.
–Por favor, estamos quase chegando!
Peeta continua correndo com todas suas forças, que não são muitas.
Estamos na cornucópia.Escalo a estrutura de metal.Peeta ainda não subiu, tem cinco bestantes em baixo junto dele.Estendo o braço e até que eu consiga puxá-lo para cima, bestantes mordem sua perna.
Peeta se encosta em uma ‘parede’ e começa a berrar de dor.Cato sobe do outro lado da cornucópia todo sujo de sangue, mas não estamos com cara de quem vai lutar, estamos ofegantes por termos fugido dos bestantes, ou quase isso.
Dos dois, eu pareço a que menos me machuquei, isso é bom, poderei me defender de Cato.
Continuamos nessa situação de tudo quieto, de ninguém lutado, enquanto os bestantes latem.
Me sento ao lado de Peeta e reparo nos bestantes.
–Olhe que estranho, eles se parecem com os tributos... – falo pra Peeta e continuo olhando-os atentamente.
Tem um bestante com uma coleira com o número 1 e tem um penacho de pelo no lugar aonde ficam os cabelos, loiro e um lacinho.Glimmer.Reparo que todos os bestantes são assim, e seus olhos...solto um grito abafado, os olhos...
–Peeta, você não acha que....
Não preciso completar a frase, ele também está amedrontado.Os olhos...são iguais aos de Rue e o dos outros também.
–Não deve ser...
De repente cato está agarrando Peeta pelo pescoço com uma faca, como não captei esse movimento?Foi tudo tão rápido.Vou para a outra ponta de cornucópia.
–Atire, e ele cai junto. – ameaça Cato.


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Notas finais do capítulo

Leitores, essa fanfic não tem nem um mês e ela vai acabar amanhã!Queria agradecer por terem acompanhado e...esperem, esse ainda não é o fim!Amanhã sim terá uma despedida, mas eu queria avisar, sei que foi rápido, mas não posso ficar enrolando, já estamos nesse ponto da história e não quero ficar enrolando porque ficaria chato e cansativo pra todo mundo.
Enfim, até amanhã!



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