Algumas semanas depois...

P.O.V Narradora

Depois de Ally, Austin, Trish e os funcionários do colégio ficarem preocupados com Dez resolveram ir embora do hotel e voltarem para casa. Ainda sim preocupados, Ally e Trish consolaram Austin dizendo que tudo iria ficar bem e que ele estava em segurança. Austin não acreditou muito e tentou ligar para Dez mais uma vez, que logo o mesmo atendeu dizendo que estava bem. Depois contou tudo o que houve e que amanhã estaria indo embora. Ally, Trish e outras pessoas ficaram mais tranquilas depois da ligação.

Austin e Ally ainda não tinham voltado mas eram grandes amigos e era isso que importava no momento. Trish acabara de descobrir que estava realmente amando Taylor, que aliás era amigo de Austin, porem não ligava muito. E Dez estava feliz sozinho sem se apaixonar, pois tinha tudo que precisava família e amigos leais. Depois de algumas notícias ruins acontecerem na vida deles, eles ficaram mais frágeis e como isso não piorasse acabara afetando na vida escolar deles. Ally e Trish não recebeu nenhuma carta de nenhuma faculdade, já Dez não decidira o que fazer e Austin havia ficado indeciso com duas profissões. Apesar de tudo, seguiam unidos e juntos, apoiando um ao outro.

Assim que chegaram em Los Angeles cada um foi para sua casa, menos Ally, já que foi no hospital ver sua mãe que ainda estava em coma. Chegando lá viu a mãe de Austin, o pai dela nas cadeiras em frente ao quarto onde sua mãe estava. Os cumprimentou e pediu notícias, conversaram um pouco e Ally ficou triste pois o estado dela era muito grave, não queria que sua mãe a deixasse sozinha. Seu pai e a mãe de Austin pediu para ela ir para casa e relaxar um pouco, deixar a cabeça esfriar e assim ela fez.

Dez e Amanda estavam comprando passagens para Los Angeles, Amanda quis mudar para lá com ele, começar uma nova vida lá, porém não morando com ele e sim sozinha. Já Ruby estava jantando com sua noiva Jasmine, planejando preparativos para o casamento e discutindo algumas coisas sobre o mesmo. Ele sentia falta de Ally e a Ally da presença dele, mesmo mantendo contato não era a mesma coisa. Os dois sabiam muito bem disso.

Austin resolveu ir ao hospital visitar a mãe da Ally e depois ir a sua casa para fazer companhia a Ally. Ele precisava de sua companhia, pois recebera uma notícia ruim. Seus pais haviam perdido o emprego e por isso, estavam apertados e com as contas vencidas para pagar. Austin não sabia o que fazer ou dizer.

Trish viu Taylor beijando sua ex e ficou com o coração partido quando viu a cena, ela havia quebrado a cara de vez. Taylor tentou se explicar mas foi em vão para ela, ela pediu para que ele se afastasse e deixasse ela pensar se os dois realmente dariam certo.

Dez e Amanda passaram o dia inteiro juntos, já que quando voltassem para Los Angeles não iam mais se ver como agora. Todos estavam passando por um momento difícil, independente da gravidade do problema eles precisavam de apoio um do outro. Aliás estava tudo perfeito, o que houve?

Todos decidiram procurar um emprego: uns para distrair a cabeça, outros para sua independência e outros porque precisava. Também resolveram sair juntos e pesquisar diversas faculdades em que provavelmente poderiam ser aceitos. Eles queriam um final feliz, mas era difícil isso acontecer agora. Eles só precisavam de um abraço, uma cama com coberto, chuva e um filme de drama para se consolarem. Precisavam de espaço, de tempo, de um momento alegre, de esperança. Ally escrevia em seu diário: “Prefiro chorar sozinha. Orgulho? Não, só quero evitar o julgamento de pessoas que não sabem o motivo das minhas lágrimas. Aliás eles não tem ideia do que estou passando! Minha mãe está morrendo! E se meu pai voltar a ser como antes? E se eu não conseguir entrar em uma faculdade? E o meu relacionamento com Austin anda tao confuso ultimamente. É o último ano e preciso estudar, preciso de um emprego para distrair a cabeça e afastar os meus pensamentos negativos. Preciso de carinho, atenção e cuidado. Me sinto tão frágil. Preciso de ajuda, preciso de mim mesma, preciso da minha mãe, da Trish. Por que não consigo pedir uma ajuda? Por que prefiro ficar em silêncio? Não quero sentir essa dor novamente, essa dor emocional. Não quero ser sozinha e nem viver triste, sem felicidade. As pessoas não costumam ser boas, agem movidas a interesse e egoísmo, cospem sentimentos da boca pra fora, e não pensam duas vezes antes de usar ou magoar alguém pra satisfação de suas vontades. Estou confusa, perdida, sem saber o que fazer ou como agir. Deveria estar bem, mas não me sinto bem. Deveria estar animada, mas também não consigo. Tenho tanto medo de ficar assim, nesse tanto faz, de mudar. Sempre gostei do meu jeito, de me importar, de só me envolver quando existe sentimento. Só que agora, eu não sei, é como se eu estivesse vivendo constantemente anestesiada. Sei que deveria chorar, mas não choro; deveria me empolgar, mas não me empolgo; deveria insistir, mas não tou conseguindo insistir nem em mim. Nunca fiquei com tanto medo de mim. Medo de não querer mais tudo que sempre quis. Medo de não sentir mais nada por alguém que me fez sentir tanto. Medo de não me importar, de desistir, quando até uma semana atrás o que eu queria era justamente o contrário. Só quero tudo volte a ser como antes. Será que é possível?"

Era triste o estado em que Ally estava, ela estava completamente desacreditada da felicidade. Tudo que queria era que sua mãe estivesse ao seu lado dizendo que tudo ficará bem, mas não, ao invés disso ela ganhou um: "Sua mãe está em um estado grave e não há nada que possamos fazer. Talvez ela tenha dois, três ou quatro meses de vida, talvez uma ou duas semanas, talvez acorde ou não. Talvez ela resista ou talvez ela vai embora para sempre. Sinto muito Alícia!". Era horrível essas palavras para ela, ele acabou com sua vida sem nem saber. Austin ia todos os dias a sua casa, depois da aula e passava o resto do dia todo com ela, até a mesma adormecer e aí ele iria embora de volta para sua casa. Seus pais conseguiram um emprego, não recebiam como antes ma sera o suficiente para não passarem mais dificuldades financeiras. Ele queria ajudar Ally, queria ver ela sorrir novamente mas era pedir demais em um momento desses. Só esperava que tudo passasse. E em quanto esperava ele contava as estrelas...