E Se Tivesse Acontecido? escrita por Dai


Capítulo 15
-Sim, é isso...


Notas iniciais do capítulo

Oi povoooo! bate palmas que eu goooosto!
Mesmo com os poucos coments no ultimo cap, resolvi postar...
Espero que gostem e que queiram fazer um belo tapete com meu couro... muhahahahah



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Depois de muitos minutos sentado ao alto da escada, Carlos Daniel ouviu o abrir da porta, e logo, Paulina saiu dali, vestindo uma saia e uma camisa social. Usando uma sapatilha nos pés. Seus cabelos estavam soltos, e ela não usava nada de maquiagem, não era necessário. Rapidamente, Carlos Daniel levantou-se e a olhou, admirando cada detalhe.

–Você está linda. –disse sincero, pegando-a pela mão.

–Carlos Daniel, não tem que tratar-me assim. Não sou sua esposa. –atacou. Ele perdeu a cor dos lábios com as palavras dela.

–Não é minha esposa, mas ocupou o lugar dela por meses. –atirou. –Não tenho culpa alguma nisto, muito menos por apaixonar-me por ti.

–Carlos Daniel, -ela revirou os olhos tentando manter-se firme e afastar o choro. –Não estás apaixonado por mim, está apaixonado pelo que eu represento em tua vida. A Paola. –Engoliu o choro. -Eu sou o reflexo dela.

–Conversaremos sobre isso depois. –disse encerrando o assunto. –Agora você precisa comer. –sorriu como se nada tivesse acontecido. Pegando-a pela mão, ele desceu as escadas com ela. –Onde fica a cozinha? –perguntou.

Paulina o guiou pela pensão e quando entraram ali, o cheiro maravilhoso de uma boa refeição caseira os deixou realmente famintos.

–Que cheiro maravilhoso! –disse ele puxando a cadeira para Paulina sentar. Ela agradeceu e concordou com ele.

–Realmente, esse aroma me deixou com fome. –riu.

Após sentarem-se, a Senhora levou até eles um maravilhoso Risoto. Ambos serviram-se e saborearam o prato com salada verde e suco de abacaxi.

–Dona Matilde, não desmerecendo Cacilda, a cozinheira lá de casa, mas esse risoto está divino! –Disse antes de tomar um gole de seu suco.

–Obrigada. –Agradeceu sentando-se ao lado de Paulina. –Desculpe minha intromissão, mas... –ela fez um sinal com as mãos apontando para Carlos Daniel e logo para Paulina. –Vocês são casados?

Paulina tossiu enquanto tomava seu suco. Carlos Daniel teve de conter o riso.

–Não! –disse Paulina rapidamente. A palavra “Amante” começou a latejar na cabeça de Paulina, repreendendo-a.

–Namorados? –insistiu a senhora. Carlos Daniel tomou as rédeas da situação.

–Digamos que uma jogada do destino, a colocou no meu caminho. –Sorriu para Paulina que estava de cabeça baixa. –Estamos nos conhecendo. –Esticou a mão sobre a mesa, pegando a mão de Paulina. –Mas quem sabe um dia ela casa comigo? –Sorriu para Dona Matilde, e vendo o rubor de Paulina, riu.

Assim que terminaram de comer, perceberam que o anoitecer tomava conta da cidade. Com muita insistência de Paulina, ela ajudou dona Matilde a limpar a cozinha. A senhora deu o maior sermão em Paulina, dizendo que ela tinha de descansar. Teimosa, ajudou-a mesmo assim. Quando tudo estava no lugar, Paulina deu um abraço na senhora e caminhou até Carlos Daniel que estava olhando-a a cada instante.

–Vamos subir? –Perguntou ele levantando-se e pegando-a pela mão.

–Juntos? –perguntou ela com o rosto corando.

–Eu prometi que ficaria com você. –sussurrou com o olhar baixo.

–Carlos Daniel, nós... –ele a interrompeu.

–Eu só quero estar ao teu lado. –Sussurrou olhando-a nos olhos. –Quero estar contigo, nada mais. Sabes que não farei nada que não queiras. –a olhou com um olhar triste.

–Sabes que não podemos ficar juntos Carlos Daniel. –Disse firme.

–Eu apenas quero estar ao teu lado. Por favor. Deixe-me ficar contigo esta noite, apenas esta noite... –implorou.

Paulina suspirou, e sem mais saída, consegui falar:

–Tudo bem.

Juntos os dois subiram para o andar de cima. Paulina logo que entrou, sentou-se a cama.

–Como você está? –perguntou ele sentando-se ao lado dela.

–Bem. –murmurou com um fio de voz.

–Tem uma pessoinha, que se esqueceu de trocar esse curativo, não é mesmo? –sorriu ele para ela.

–Eu já ia fazer isso. –sorriu também.

–Deixe-me te ajudar. –Carlos Daniel levantou-se da cama e pegou a maleta com os curativos. Outra vez sentou-se ao lado dela. Ele abriu a maleta e logo tirou um dos curativos prontos. Paulina o observava atenciosamente cada movimento dele. “tão bonito, tão cavalheiro... E Paola apenas brinca com ele” pensou ela.

–Está Doendo? –Perguntou ele olhando o rosto dela.

–ã? –disse ela saindo de seus pensamentos. Ele sorriu e tocou o rosto dela.

–Seu rosto. –Sorriu. –Está doendo? –Perguntou tocando-a levemente.

–Não. –Sorriu para ele também.

–Vou trocar esse curativo. –disse olhando-a nos olhos e logo se concentrando no que fazia. Paulina ficou observando-o. Carlos Daniel aproximou-se mais a ela, e aquelas borboletas e mariposas levantaram voo. Paulina temblou com a proximidade dele. Com carinho, ele aproximou suas mãos do rosto dela. Ela engoliu em seco.

–Isso vai ser chato... –riu para ela.

–Eu acho que sobrevivo a isso. –Riu também.

Carlos Daniel com Carinho, começou a retirar o curativo da têmpora dela. Suavemente, ele foi puxando as fitas, e logo retirou-o completamente.

–Posso te dizer uma coisa? –a olhou e logo desviou, pegando uma gaze limpa e álcool. Ela acenou em concordância.

–Pois diga. –o olhou, um pouco desconcertada.

–Você é incrível. –sorriu.

–Obrigada. –ruborizou.

–Prometo que não vai doer. –sorriu quando levou a gaze com álcool até a testa dela. Ela riu. Assim que ele colocou sobre o local, Paulina fechou os olhos, absorvendo a pequena dor. Cuidadosamente, ele retirou a Gaze, e segurando em seu rosto, aproximou seus lábios do ferimento e soprou, aliviando o ardor. –Doeu? –perguntou puxando levemente o rosto dela para mira-lo também. Paulina abriu os olhos e engoliu em seco com a proximidade que estavam.

–Só um pouquinho. –Disse Baixinho. Ele sorriu, fazendo-a sorrir também. Cuidadosamente, ele abriu um curativo limpo.

–Venha cá. –Pediu para ela, para que pudesse por o curativo sobre o ferimento. Ela moveu-se sobre a cama, com seu olhar preso ao dele, que estava concentrado no que fazia. Assim que ele colou o curativo sobre o corte, segurou o rosto dela com as duas mãos e sorriu. Paulina instintivamente colocou sua mão sobre as dele.

–Prontinho. –Sussurrou ele com um sorriso.

–Obrigada. –Agradeceu tirando suas mãos dele e levantando-se, parando frente a janela, olhando a lua.

Carlos Daniel guardou o que havia usado, e colocou a pequena maleta sobre a mesinha. Ele, olhando-a tão distante, Caminhou até ela e aproximou-se de suas costas.

–Por que tens medo de mim? –perguntou baixinho, quase como um sussurro. Ela deu um passo a frente, distanciando-se dele.

–Já disse que não tenho medo de ti, Carlos Daniel. –Falou olhando para o céu estrelado.

–Paulina, deixe-me provar que gosto de você. –Ele a tocou nos ombros, e a virou de frente para ele. –Apenas uma chance. Por Favor... –pediu.

–Carlos Daniel, não podemos. Entenda. Não quero sofrer. Isso é errado. –seus olhos marejaram enquanto ela disse todas as palavras mantendo a cabeça baixa.

–É errado eu apaixonar-me por ti? –disse baixinho tocando o rosto dela. Ela tremeu com as palavras dele.

–Você é casado. –era a única arma que ela tinha.

–Quem te mandou para mim foi ela. Entenda. Ela não me ama, você sabe disso. –Ele acariciou os lábios dela. –Eu nunca me senti assim por ninguém Paulina. Eu.. estou apaixonado por você. –sussurrou.

Paulina ergueu seu olhar até o dele. Suas íris de cores distintas, encaravam uma a outra, perguntando como prosseguir. Carlos Daniel deu um pequeno passo a frente e segurou a cintura dela com as mãos.

–Preciso de apenas um beijo teu... apenas mais um. E então, se quiseres, eu irei embora. –falou com o olhar triste, mas completamente próximo a ela. Ela temblou e sentiu seu coração falhar uma batida. Ele aproximou seus lábios um do outro. E envolvendo seu corpo ao dela, correu a mão para sua nuca. Ela moveu-se e apoiou as mãos ao peito dele. –Um só. –sussurrou ele.

Carlos Daniel tomou os lábios dela para si, beijando-a com todas aquelas duvidas que tinha em seu coração, e com o encaixe de cada toque, recebeu a resposta para cada uma delas. Sua boca se movia contra a dela, implorando por mais. Com aquele beijo, ele teve a certeza que precisava dela mais do que imaginava, e ela, a certeza que o amava mais que tudo. Seus pulmões começavam a clamar por ar, mas eles pouco se importavam. Ela enlaçou os dedos nos cabelos dele com carinho. E ele acariciava as costas dela com uma das mãos, enquanto a outra, firmava sua nuca. Com delicadeza, ele diminuiu a velocidade do beijo, cessando-o.

–Te amo. –Disse ele colando suas testas. Paulina temblou nos braços dele. Não podia acreditar no que acabara de ouvir. O que ela mais desejava naquele momento, era dizer o mesmo para ele. Seu coração gritava pelas palavras, já sua mente, a julgava a todo instante.

–Carlos Daniel... –falou baixinho quando uma lágrima deslizou por seus olhos.

–Sim, é isso... –ele sussurrou de olhos fechados. –Eu te amo.

Paulina chorou com as palavras dele. O Homem que ela ama acabou de dizer que também a ama. Sua vontade era jogar-se em seus braços, sem medos, sem angustias. Mas a razão falou mais alto e a mente de Paulina gritou: “Ele ama a Paola que há em você!”

–Por favor, -pediu ela de olhos fechados. –Vá embora. –chorou.

–Paulina, não faz assim... –implorou.

–Vá embora. Pediste-me um ultimo beijo, e te dei. –tentou engolir o choro. –Agora, saia daqui. –As lágrimas teimosas voltaram enquanto ela tentava engolir o choro.

Carlos Daniel, que já estava com os olhos marejados, agora chorou. Respirando profundamente, ele deu um passo atrás e a olhou nos olhos.

–Adeus Paulina. Seja Feliz. –murmurou as palavras já embargadas pelo choro. Carlos Daniel pegou sua mochila com as roupas, o celular e as chaves e assim caminhou até a porta.

O Coração de Paulina remoía-se em dor. Nem ela mesma acreditava nas suas palavras. Ele havia dito que a amava, e ela o mandou embora. Ela permanecia no mesmo lugar, mas agora com os braços cruzados. Carlos Daniel parou por alguns segundos com a mão na maçaneta, e virando-se para ela, lançou um último olhar. Ela o olhou por alguns instantes, dando um adeus em silêncio. Quando ela desviou seus olhares, virando-se de frente para a janela, ele abriu a porta e saiu do quarto, batendo-a com força.


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Notas finais do capítulo

E ai!? Muahahahhahahahahaha
Muitos coments = prox cap logo... PQ SOU DESSAS! muahahahahah
Beijoooos!