E Se Tivesse Acontecido? escrita por Dai


Capítulo 12
Desespero! Desabafo!


Notas iniciais do capítulo

Oi geeeeente! Cap quentinho pra alegrar o domingo!
Beijo Grande pra Vanessa Alves, a #PerraLoira, que tbm recomendou a fic!
Estava sem criatividade pra esse cap, eu até pensei em matar a Lina e acabar a fic kkkk...
mas vamo-que-vamo!



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–Paulina! –Gritou sacudindo-a em seus braços. –Eu não vou te deixar, querida... –chorou.

Uma equipe médica veio até Carlos Daniel, e com um pouco de dificuldade, tiraram Paulina dos braços dele. Rapidamente largaram-na sobre uma maca e a levaram para dentro. Um enfermeiro ficou com Carlos Daniel. Ele precisava dar a entrada de Paulina no hospital. Ele ajoelhou-se ao chão e chorou com todas as suas forças. Naquele momento, ele descobriu que não poderia ficar mais longe dela.

–Não vou te deixar. –Sussurrou para si mesmo. Ali ele lembrou-se de todas as trocas de carinho que ele e Paulina trocaram, desde quando ela chegou a casa e ele não sabia quem ela era, passando pela noite que tiveram juntos, até aquele último beijo.

–Senhor? –O enfermeiro o chamou. –Tens que dar a entrada da Senhora no hospital.

Carlos Daniel saiu de seu transe, e pegando a bolsa de Paulina no interior do carro, seguiu o Enfermeiro para a entrada do hospital. O fato de saber que poderia perde-la, o fez chorar, sem importar-se com o que as pessoas ao seu redor podiam pensar. Ele caminhou até um dos balcões da recepção e abriu a bolsa de Paulina. Ali, encontrou sua carteira com os documentos. Ao abrir, encontrou os documentos de Paola. Sem mais pensar, os usou. Assim que toda a documentação da entrada de Paulina no hospital ficou pronta, Carlos Daniel os assinou, e com o coração em lágrimas, foi para a sala de espera.

Duas horas se passaram, e após a ligação de vovó Piedade e Rodrigo, o tempo parecia não se mover. As lágrimas em momento algum deixaram de escorrer pelo rosto de Carlos Daniel. Ele estava destruído. Seu olhar estava distante, perdido, sozinho, sem direção. Nem ele mesmo imaginou que algo assim poderia acontecer. Seus sentimentos por aquela quase desconhecida aumentavam a cada segundo, e saber que ela poderia não mais voltar para que ele pudesse pedir perdão, era o maior tormento. Seu coração clamava por sentir aquela mulher consigo outra vez, mas parecia que o destino jogava contra ele, afastando-a cada vez mais. Um longo tempo se passou, e tirando Carlos Daniel de seus pensamentos, O doutor abriu a porta da sala de emergência.

–Onde ela está, ela esta bem? –perguntou aflito.

–Senhor, sua esposa está bem. Fizemos uma tomografia, e foi apenas um susto. Ela está bem. –Sorriu com dentes largos.

As Palavras do doutor arrancaram um fardo largo dos ombros de Carlos Daniel. O Alivio foi visível em sua face. Sua respiração voltou ao ritmo normal, e a ansiedade por ver Paulina, a fez acelerar outra vez.

–Obrigado doutor, e eu posso vê-la? –Sorriu.

–Levamos ela para um quarto. Assim que entramos com ela no bloco de emergências, ela acordou e chamou pelo Senhor. A Sedamos. Ela ficará em observação por algumas horas, e assim que acordar, faremos um pequeno acompanhamento, para saber como estão os reflexos dela. –Carlos Daniel escutava tudo atenciosamente. –Queira acompanhar-me.

Com um pequeno sorriso, mais aliviado, ele seguiu o doutor. Passados alguns corredores, o doutor abriu uma das portas. De uma maneira rápida, mas silenciosa, ele entrou no quarto. Seus olhos marejaram e seu coração apertou-se ao ver Paulina. Ela estava pálida, Seus lábios e suas bochechas estavam no mesmo tom. Em seu rosto, próximo a mandíbula, um hematoma de cor arroxeada começava a formar-se. Sobre sua mão direita, um intravenoso injetava medicações; E em sua testa, um curativo estancava o sangue do corte.

–Ela realmente está bem? –perguntou aflito, olhando-a ainda de longe.

–Sim Senhor Bracho. Ela está bem. Ficara com alguns hematomas, mas nada que dentro de 3 dias não desapareça. –esclareceu.

–Obrigado Doutor. –Agradeceu sem desviar seu olhar dela.

–Com Licença.

O Doutor saiu do quarto deixando um Carlos Daniel com ela. Ele, mais aliviado após falar com o Doutor, Puxou uma cadeira e sentou-se ao lado dela. Como em um instinto, seu braço alongou-se e seus dedos alisaram uma mecha de cabelo. Naquele momento, tendo-a próxima de sí, e sabendo que já estava bem, um suspiro saiu dos lábios dele. O olhar dele, que ainda estava preocupado, foi de encontro a mão dela. Cuidadosamente, ele ergueu a mão dela, colocando-a sobre a sua. Sua mão acomodou a dela de uma maneira mágica e perfeita. Eles se completavam. Por um misero instante ele sorriu. Sua outra mão aproximou-se acariciando a extensão dos dedos dela.

Os minutos se passavam, e ele continuava ali, acariciando-a e desfrutando da pequena proximidade, mesmo enquanto seu coração remoía-se em culpa. Ali ele se pôs a pensar nos fatos, tentando achar respostas para o porquê de tanto sofrimento em sua vida. Logo, martirizou-se por ter arruinado a vida de Paulina. Assim ele pensava, “arruinei a vida dela.”

–Perdoe-me... jamais quis fazer-te mal... –sussurrou quase inaudível.

Perdido em seus pensamentos, Carlos Daniel sem descolar uma de suas mãos da dela, apoiou o antebraço sobre a beira da cama, recostando sua cabeça ali logo em seguida. O dia amanhecia, e ele estava sem dormir, algo que não demorou a acontecer.

Os olhos dela abriram-se lentamente. A forte claridade do quarto, ofuscou seu olhar, fazendo-a piscar algumas vezes. Ela tentou mover-se, mas parecia que cada milímetro de seu corpo estava dolorido. E realmente estava. A mente dela era apenas um borrão. Forçando seus pensamentos a regredirem, lembrou-se do beijo; logo, da maneira como afastou-se dele, e em seguida, de seu corpo chocando-se ao chão. Dali, tudo virou um borrão outra vez, até ela recordar-se da dor que sentiu e de quando seu corpo não reagiu ao seu chamado. Lembrou de quando seu olhar entrou em contato com o de Carlos Daniel. Seu ultimo pedido apareceu em sua mente como um flash, e assim ela despertou completamente. Seu olhar um pouco perdido, correu pelo quarto. Apenas quando moveu a mão, percebeu a presença de Carlos Daniel ali, ao seu lado.

–Há quanto tempo ele esta ai? Que horas são? –perguntou-se em seus pensamentos. Com cuidado, tentou retirar sua mão da dele sem que ele acordasse. Foi em vão. Como em m sobressalto, Carlos Daniel despertou, olhando diretamente para ela. Seus olhares tocaram-se um ao outro. Paulina ficou apavorada com o estado de Carlos Daniel, nunca tinha visto-o tão acabado. Ele estava com a roupa amarrotada, e em sua camisa, sobre o ombro, uma mancha de sangue. Seus olhos estavam fundos. Ele estava com olheiras, grandes olheiras.

–Paulina! –sorriu ele olhando-a no fundo dos olhos, logo baixando-se e beijando a mão dela. –Graças a Deus você acordou... –levantou o olhar para mira-la. –Como se sente?

–Estou bem.-Mentiu. Sua cabeça parecia que ia explodir. –Quanto tempo faz que estas ai? –tirou sua mão da dele. Carlos Daniel moveu-se sobre a cadeira e retirou o celular do bolso.

–Agora são pouco mais de 13hrs. –A olhou com um leve sorriso.

–Quanto tempo ficaste ai? –falou corando.

–Eu não saí daqui. –sussurrou olhando-a nos olhos, mas logo desviando o olhar do dela. –Aliás, o culpado de você estar assim, sou eu. –murmurou.

Paulina engoliu em seco. Ele havia ficado. Seu coração chiou com as palavras dele, e logo, ela já teve de controlar as lágrimas.

–Está tudo bem. –Ela forçou um sorriso. –Poderia chamar o doutor? –pediu baixinho.

–Claro, mas está tudo bem? –perguntou levantando-se.

–Estou com muita dor na cabeça. –respondeu levando a mão livre até a nuca.

–Volto logo. –Disse ele virando-se e saindo como um furação do quarto. Assim que a porta fechou-se, Paulina teve de controlar-se para não chorar. Quanto mais longe ela tentava ficar dele, mais parecia que o destino jogava com eles. Os pensamentos dela não paravam de gritar, deixando-a atordoada. Ela não podia crer que ele realmente havia ficado ao seu lado, mas seu coração berrava ao mundo que sim. Ao mundo, e a ela. Pouquíssimo tempo se passou, e a porta se abriu, entrando duas enfermeiras, o doutor, e claro, Carlos Daniel.

–Como se sente Senhora Bracho? –Perguntou o doutor aproximando-se da cama. Paulina lançou um olhar para Carlos Daniel, um olhar confuso. Ele, compreendendo, logo fez o som de sua voz explicar a Paulina.

–Paola, -olhou-a. –disse que está com dores na cabeça. –olhou para o doutor.

–Bem, primeiramente, vamos aliviar essa dor. –O doutor olhou para uma das enfermeiras. –Traga uma ampola de diclofenaco sódico, 500miligramas, por favor. –Em seguida, a moça saiu do quarto. O doutor voltou sua atenção para Paulina. –Enquanto isso, vou avaliar os seus reflexos, enquanto isso, quero que converse comigo, tudo bem?

–Ok. –Disse ela olhando para o médico, e logo em seguida para Carlos Daniel, que estava de braços cruzados, encostado ao lado da porta.

–Lembra-se do que houve, Senhora? –Perguntou antes de acender uma pequena lanterna e mirar nos olhos dela. Paulina primeiramente ofuscou-se, mas logo abriu os olhos.

–Sim. Lembro de estar saindo do quarto do meu filho e... –ela engoliu em seco. –e de esbarrar em Carlos Daniel, caindo escada a baixo. Em seguida tudo apagou-se, como um borrão.

A Enfermeira voltou ao quarto com uma bandeja de inox em mãos.

–Lembra-se de mais algo? –continuou a questioná-la enquanto preparava a ampola com medicação.

–Sim. –falou enquanto observava os movimentos do doutor, e vez que outra, mirava Carlos Daniel. –Lembro-me de sentir uma dor muito forte, e de Carlos Daniel tirando-me do carro. Troquei algumas palavras com ele, -engoliu em seco outra vez. –e mais nada.

O Doutor acenou em concordância para ela e sorriu. Logo, segurou a mão dela com uma das suas, e com a outra, aplicou a dose de medicação.

–Ótimo Senhora Bracho, dentro de alguns minutos a dor vai cessar. –O doutor retirou as fitas micro porosas da mão de Paulina e retirou o em seguida o acesso intravenoso. –Já podes ir para casa. –Sorriu. –Cuide desse ferimento na testa aproximadamente de 8 em 8 horas. Cicatrizará mais rápido e não deixará marca. –Ela acenou em concordância.

Logo em Seguida, o Doutor e as enfermeiras retiraram-se do quarto, deixando Paulina e Carlos Daniel a sós. Ela, evitando o olhar dele, sentou-se a cama, com o intuito de descer.

–Calme. –sussurrou Carlos Daniel, que em uma fração de segundos já estava ao seu lado. Paulina temblou quando ele envolveu um de seus braços na cintura dela. Seus corpo ficaram completamente próximos. Paulina sentiu os lábios secarem com o olhar que Carlos Daniel direcionou a eles. No mesmo instante, soltou-se dos braços dele, e pegando suas roupas ao lado da cama, direcionou-se ao banheiro sem olhar para trás. Tirando aquela camisola estranha, vestiu-se. Quando pensou em passar uma água no rosto, seu olhar chocou-se ao espelho. Paulina assustou-se com a mancha em seu rosto. Estava ampliando-se. Alguns minutos depois, ela saiu do Banheiro. Carlos Daniel a esperava encostado a cama.

–Como se sente? –perguntou carinhoso.

–Bem. –Sorriu timidamente. Ele devolveu o sorriso. Quando Paulina virou-se para pegar sua bolsa, Gentilmente Carlos Daniel a segurou no lugar, segurando-a pelos ombros.

–Paulina, perdoe-me pelo que aconteceu. –pediu com a voz carregada de emoções. –Talvez se eu não tivesse te beijado, nada disso teria acontecido. –direcionou seus dedos ao pescoço dela, gentilmente.

–Passou. –Foi só o que ela conseguiu pronunciar. Dando um passo para trás, saiu das proximidades dele sem olha-lo. Paulina pegou sua bolsa e caminhou até a saída do quarto. Carlos Daniel a seguiu, e quando viu que ela acelerava o passo para distanciar-se dele,

–Você está fugindo de mim? –perguntou ele estando a alguns passos dela.

Ela não respondeu e assim ele acelerou o seu passo também. Parando ao lado dela, apoiou uma de suas mãos no centro das costas dela. Paulina temblou. Ele, com a mão firme em suas costas, a guiou até o balcão de saída do hospital. Ali, encostou-se e envolveu o braço ao redor de sua cintura, impedindo-a de fugir dele outra vez.

Rapidamente Carlos Daniel assinou os papéis sobre o balcão e assim, sem soltar o braço da volta de Paulina, ele a guiou para fora do hospital. Assim que chegaram ao estacionamento, Carlos Daniel abriu a porta do carro, e sem pensar, as palavras voaram.

–Mais uma vez como Paola Bracho. –sorriu.

Paulina o olhou com os olhos arregalados, não sabia como ele teve a capacidade de brincar com uma coisa séria como essa. Paulina lançou um olhar a ele, apenas um. Dentro desse olhar, Carlos Daniel pode perceber o quão brava e magoada ela havia ficado. Ela, desviando seus olhares, virou as costas e saiu com passos largos para outra direção. As lágrimas de fúria vieram aos olhos dela enquanto a velocidade de seus passos aumentava. Carlos Daniel demorou a perceber a besteira que tinha cometido, e quando a viu se afastar, saiu correndo atrás dela.

–Paulina! Perdão! Perdão! –gritou. –Por favor! Eu falei sem pensar! –parando de correr, ergueu as mãos pro alto e grito: -Paulina me escuta! Eu preciso de ti! Pelo amor de Deus! Perdão! Vamos conversar!


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Notas finais do capítulo

Desculpem o cap xoxo...
CD vc é um múmia! vovó tem razão! kkkk
comentem! favoritem! e que venha a 10ª recomendação!
beijooooos! Dai♥