Rise of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 3
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

Não abandonei vocês não, relaxem! Continuo aqui o/ Olha, sabe o que eu disse sobre a minha criatividade ter voltado do Acre, era mentira, ela continua de férias lá, mas eu consegui escrever mais um capítulo antes do Natal(totura familiar). Não ficou muito bom e se ficar confuso não hesitem em me perguntar nada!



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Abraço os meus joelhos enquanto assisto as gotas caírem na janela. O som agradável e uniforme forma uma melodia que quase me faz dormir, bem, quase.

Minha mente está embaçada com os acontecimentos recentes. Não consigo ver como o garoto pode ser Scott, tenho que admitir se os dois estivessem lado a lado eu diria que eram irmãos, a semelhança era pouca, mas existia. Os olhos por outro lado continuavam os mesmos, castanhos e velhos, como se já tivessem visto toda miséria de um planeta, e quem disse que não é verdade?

Largo meu joelho e me deito na cama olhando para o quarto. É exatamente como previ que seria, pequeno, as paredes azuis claras e o chão de madeira velha. Tudo é exatamente igual, nos mínimos detalhes e isso me assusta. E se tudo que eu vi fossem o futuro? Visões? Até porque esta é a função de Precognição, não? Mostrar os acontecimentos futuros antes que aconteçam.

Ouço a porta se abrir e me enterro nas cobertas fechando os olhos, fingindo estar dormindo. A pessoa fecha a porta e anda silenciosamente até minha cama sentando-se ao meu lado e colocando uma mão em meu ombro.

Primeiro penso que é Scott ou Malcolm, portanto continuo a fingir que estou dormindo, no entanto, percebo que a mão é muito delicada para ser de um homem e logo deve pertencer a uma mulher.

Me viro para ela e percebo que é a mulher ruiva da visão.

– Olá. – ela diz timidamente tirando a mão de meu ombro.

Me sento na cama avaliando-a. Não parece o tipo de pessoa que eu chamaria de guerreira, é magra, alta, cabelos ruivos até os ombros e branca, mas não muito pálida, como eu, apenas na medida certa.

– Sou Lucy, Cepan de Scott. – ela tira sua mão de meu ombro. – Acho que ainda não nos conhece...

– Eu já vi você. Uma vez, mas nada que pudesse guardar na memória. – interrompo-a encarando seus olhos, um castanho e o outro azul elétrico como bem me lembro.

– Malcolm mencionou que você tem esse dom. – ela sorriu.

– Sério? Ele sabe que eu tenho esse dom? Porque, pelo o que sei ele não estava lá durante o tempo que passei treinando. - digo, minha voz fria como gelo.

Lucy desvia os olhos.

– Eles se arrependem do que fizeram, sabe? Não pensaram que haveria um ataque mog. Era tudo pelo segredo.

– Segredo? Então esse é o grande motivo? – exclamo – Qual é a utilidade de um jovem se fingir de menininho só para entrar na casa de outro Garde? Não é difícil sabia?

Ela se ajeita, desconfortável, e o olhar de culpa que me lança é o bastante para duvidar de tudo o que disse, mas não é o momento apropriado para isso.

– Eu preciso cozinhar para os dois, porque eles não conseguem nem fazer ovo, mas se precisar de alguém para conversar a qualquer hora eu estou disposta. Até porque é bom não ser mais a única mulher na casa. Quando o jantar estiver pronto eu te chamo.

Assinto para ela, sua voz doce e calma me fazendo sentir-me culpada por ter gritado com ela.

– Ahn...Lucy? – chamo.

A mulher se vira.

– Sim, querida?

– Me desculpe.

Ela sorri.

– Não se preocupe, deve estar em choque.

Sorrio para ela fracamente, quando Lucy fecha a porta e eu estou sozinha novamente.

Alguns minutos no quarto e descubro que ele tem um banheiro onde posso tomar um banho decente e me trocar. E é exatamente o que faço.

Descubro que Lucy conseguira algumas roupas para mim, tais como camisas, calças e pijamas. Não há muita variedade, mas é algo que eu possa vestir e me aquecer.

Escolho a primeira coisa que vejo e me visto, saindo do quarto silenciosamente me encaminhando para a sala.

Os dois idiotas estão sentados no sofá, Malcolm com um notebook navegando na internet e Scott vendo televisão. Para não chamar atenção, atravesso o balcão da cozinha rapidamente, estando agora apenas com Lucy que se move freneticamente entre o fogão e a geladeira.

Ela sorri ao me ver.

– Tem algum jeito que eu possa te ajudar? – pergunto me aproximando dela.

– Pegue quatro ovos na geladeira, por favor.

Pego os ovos e coloco-os em cima da mesa, Lucy mal tira os olhos da frigideira, apenas pega um ovo e o usa para fazer o que quer que ela esteja fazendo.

– Lucy! – grita Malcolm da sala.

Rapidamente a ruiva tira a frigideira do fogo e desliga o fogão, deixando tudo de lado para atender a Malcolm. Sigo-a até a sala e os dois parecem surpresos ao me ver, mas as atenções se voltam rapidamente para a televisão.

A notícia é rápida, mas o bastante para paralisar todos na sala. Reino Unido em quarentena, suspeita-se ataque alienígena.

– A mensagem transmitida por toda a ilha não foi encontrada e não temos certeza se há chances de acontecer novamente. Se conhece um desses dois por favor contatar a polícia. – diz o âncora.

A imagem de dois jovens aparece na tela. Uma é ruiva, pálida com os olhos castanhos e o outro é loiro bronzeado dos olhos azuis, demora um tempo até que meu cérebro processe e eu os reconheça da minha visão.

Recuo um passo, algo que poderia passar despercebido, mas não passou. Os três se viram para mim. Lucy é a primeira a falar.

– O que houve? – pergunta.

– Eles... – não tenho tempo de falar antes que a tontura familiar me atinja.

Eu caio no chão ouvindo-os chamar meu nome antes de me desligar do mundo.

***

Estou em um campo verde e limpo, não reconheço o lugar e não há nada pelo qual eu possa me guiar. Lentamente eu me levanto, olhando a minha volta por pessoas, mas sei que ninguém poderá me ver.

Duas figuras descem a pequena descida, quando se aproximam posso vê-los com mais atenção. Uma garota e um garoto, a menina é alta, pálida com os olhos verdes e os cabelos vermelhos, presos em uma trança que cai por seu ombro, ela veste jeans e uma blusa azul, mas o que me chama atenção é o pingente pendurado em seu pescoço, o que deixa claro que ela é uma de nós. Mas o garoto por outro lado é alto, cabelos curtos e castanhos, os olhos verdes também, mas não há nenhum sinal de que possa ser um lorieno. Talvez seja o Cepan da garota? Não, ele parece muito jovem para isso.

Sigo-os enquanto caminham pelo campo, algumas horas de caminhada e estamos próximos ao mar. A ruiva se vira para ele com um olhar de dúvida.

– É isso? Nada mais? O mar? Isso que impede as pessoas de fugirem? – ela pergunta caminhando um pouco a frente do garoto.

Quando ela está próxima do mar, o jovem a impede e prosseguir, pegando uma concha na areia e jogando para frente. A concha atinge uma parede quase invisível, pequenas ondas azuis se formam, mas logo somem como se nunca estivessem ali e do outro lado a concha sai como cinzas.

– Um escudo. – a menina engole em seco recuando alguns passos.

– É chamado de A Muralha, cientistas a desenvolveu a partir de uma substância lórica chamada Plasma, não era nada demais, ondas de eletricidade que, dependendo de sua força poderiam matar alguém. Foi muito usada em Mogadore, principalmente em hospitais quando uma nova doença se formava, é uma espécie de quarentena. – ele explica.

A jovem olha para ele.

– Não há um ponto franco? – apontou na direção da parede invisível.

– Provavelmente, principalmente por ser algo tão grande como uma ilha.

– Mas o ponto fraco ainda é capaz de matar alguém?

– Sim. – ele balança a cabeça.

A garota assente.

– Precisamos achar Caroline, agora. – diz friamente.

Mas antes que qualquer um deles possa se mover um feixe de luz passa rapidamente por nós atingindo o garoto. Ele grita de dor e a ruiva saca uma arma enquanto se aproxima lentamente dele, apontando a arma para a origem do feixe.

Nesse momento, a visão se dissolve e eu acordo.

***

Estou deitada no sofá com uma toalha em minha cabeça, levanto-me rapidamente jogando a toalha para o lado, mas alguém me senta novamente no sofá, Malcolm.

– Hey, respira, não há necessidade de se apressar.

– Quarentena do Reino Unido, foram os mogs, eu tenho certeza. – digo com uma mistura de medo e animação.

Ele sorri colocando uma mecha de meu cabelo para trás e beijando minha testa.

– Podemos pensar nisso amanhã, que tal? Vá dormir, você precisa.

– Mas Malcolm! – protesto.

– Não, sem "mas", vai para a cama.

Resmungo algo sobre "é extremamente importante" enquanto me encaminho para o quarto, sem olhar para os lados me jogo me minha cama e adormeço em questão de minutos, talvez Malcolm esteja certo: eu preciso de uma boa noite de sono.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram da Lucy? Eu gosto dela, mesmo sendo doce e amável eu gosto dela *U*

Kisses Sammy



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