Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 16
O Embarque....


Notas iniciais do capítulo

Oi Povo! espero que gostem!
Desfrutem!



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Mesmo colocando todas aquelas lagrimas ralo a baixo, nada amenizou a angustia de Paulina. O som irritante do secador de cabelo não foi capaz de silenciar os gritos de dor de seus pensamentos. Assim que terminou de secar os cabelos, Paulina ficou longos minutos parada na frente do espelho observando-se, martirizando-se mentalmente pela noite anterior.

Saindo do banheiro, foi até um dos quartos e pegou sua mala. Pondo-a sobre a cama, retirou dela algumas peças de roupa; Uma blusa rosa, que deixa as costas nuas, presa ao pescoço, deixando um decote em “u” nos seios, formado pela própria leveza do tecido. Uma calça de jeans branca, e um escarpam com o mesmo tom da blusa. Vestiu uma Lingerie em tom da pele em seguida a roupa escolhida. Deixando os cabelos soltos, passou um lápis nos olhos desenhando um pouco o olhar, e nos lábios, um batom rosa de tom médio.

Paulina enquanto arrumava suas coisas a mala, ouviu o toque de seu celular na bolsa. Correu em direção a ela, e antes que o toque cessasse, conseguiu atende-lo.

–Paulina! Onde você anda? Aposto que esta com seu ex, ou quem sabe, atual marido, hein, onde você anda safadinha? –Ria Manuela do outro lado da linha.

–Oi Manuela, bom dia pra você também! –Disse Paulina repreendendo-a

–Nossa... o que houve? –Disse Manu baixando o tom de voz, notando que algo estava errado.

–Eu estou no hotel; Daqui a pouco pego o voo pra Miami. –Disse Paulina com a boca seca.

–Como assim? –Falou a amiga do outro lado assustada. –O que houve Lina?

–Bem... podemos conversar ai? Eu não estou muito bem pra falar agora... –Disse ela engolindo o choro.

–Só me diga o que ele fez com você... –Pediu a amiga com a voz baixinha. -Lina...

–Manu, esta tudo bem, não foi nada grave... é que... –Paulina sente-se angustiada. -Ai Manu. –

–ô amiga... o que aconteceu? Vocês discutiram de novo?

–Não... nós.. nós... não sei qual palavra usar atualmente.

–Como assim Lina?

–Ai Manu, nós transamos, fizemos amor, sexo... sei lá, algum desses termos. –Disse Paulina engolindo em seco.

–Não acredito! Eu Sabia! Se Você não ligou, algo tinha acontecido! –Disse Manuela empolgada.

–Manu, pegarei o voo as 11:00hrs. Assim que eu chegar ai, mando um SMS para você. –Falou com a voz tristonha.

–Ai Lina, não foi como você imaginava não é mesmo?

–Claro que não Manu. Eu quis manter o máximo de distância dele; e acabei passando a noite com ele em um tapete! –Disse irônica.

–Paulina! –Manu começa a rir.

–Não seja ridícula Manuela! Isso não é motivo de graça... –falou séria.

–Desculpe Paulina, mas não sei o que você esta fazendo ao voltar para cá.

–Eu não deixei que me visse hoje pela manhã. Levantei e deixei um bilhete a ele. –O tom de voz dela diminuía a cada palavra.

–Ai, não me diga que...

–Sim.

–Paulina... dê uma ch...

–Chega desse assunto. Em Miami conversamos Manu. Eu tenho que fazer algumas coisas aqui no México ainda hoje, principalmente desmarcar meu voo da noite, e conseguir as pressas o encaixe no voo da manhã. Nos falamos.

–Ok, ok... não digo mais nada. Mas qualquer coisa me ligue. Sabe que estarei sempre aqui, não é mesmo?

–Claro que sei. Obrigado Manu. Beijos e até!

Paulina encerra a chamada, e avista no visor do celular uma nova mensagem de Juan.

“Bom Dia. Está tudo bem? Como combinamos, te buscarei no aeroporto as 19:00hrs. Desculpe Paulina, mas estou preocupado com você; estas bem?”

Paulina no mesmo instante, retornou a mensagem com uma chamada.

–Paulina, está tudo bem? –Perguntou ele ao atender o celular no segundo toque.

–Oi. Sim esta tudo bem. Como está?

–Bem, e você? Estas bem mesmo? Não parece, querida.

–Bom, estou um pouco cansada e...e... tive alguns problemas aqui, por isso tive que antecipar minha volta.

–oh. E.. que horas você chega?

–Acho que lá pelas 15:30hrs.

–Posso te buscar? Se não se importar, claro.

–Olha Juan, eu... –Ela faz uma pausa e respira profundamente. –Eu tive alguns sérios problemas. Não seria nenhuma boa companhia. E também... Meus filhos; Eles estão chateados por terem que voltar antes do planejado.

–Tudo bem... Compreendo. E quando poderei ver-te?

–É só combinarmos. Bem Juan, eu tenho que desligar, tenho algumas coisas a fazer por aqui.

–Ok... mas Paulina?

–Diga-me, escuto-te.

–Sabes que gosto muito de você, de verdade. Prometa-me que qualquer coisa, qualquer coisa que aconteça de errado, você me liga?

–Esta bem Juan, eu prometo. E fique tranquilo, está tudo bem.

–Eu me preocupo com você. Hoje, atualmente, tudo o que tenho é você e seus filhos, mesmo eles me odiando. –Juan ri.

–Obrigado por tudo. Eu tenho que ir. Até, e, cuide-se.

–Até. Você também.

Paulina desliga o celular com um aperto no peito. Juan, quando ela mais necessitou estava ao seu lado. Manu, sua melhor amiga, viajava na época, e ele foi seu único amigo. Os pensamentos dela permaneciam fixos nas palavras dele: “gosto muito de você, de verdade.”

–Talvez essa seja a hora... –falou ela para si mesma com os pensamentos longes

Paulina ligou para o Aeroporto e após longos minutos pendurada ao telefone, conseguiu a troca de suas passagens.

Carlos Daniel acordou e permaneceu com os olhos fechados, tentando raciocinar se tudo aquilo na noite anterior foi verdade. Ainda com os olhos cerrados, respirou profundamente, sentindo o aroma maravilhoso de sua amada que ainda permanecia no ambiente. Lentamente, seus olhos se abriram e logo correram o local a procura da amada. A Mente de Carlos Daniel congelou quando não a viu. Rapidamente levantou e vestiu apenas a calça, saindo da biblioteca a procura dela.

–Paulina? –Perguntou ele andando pela sala e logo a cozinha da mansão.

–Ela deve ter subido... –pensou.

Carlos Daniel sobe as escadas a passos largos e vai diretamente ao quarto que pertencia e ele e sua amada. Ele entra calmamente, e ao ver que não havia ninguém, seu coração se aperta. Ele vai até o banheiro, e não encontrando-a, resolve ir procura-la no quarto das crianças. Quando Carlos Daniel entra no quarto dos filhos menores, seu olhar bate diretamente nas duas camas reviradas.

–Não! –Grita ele controlando o choro.

Imediatamente, ele corre novamente para a biblioteca. Seus olhos se chocam com sua camisa jogada ao chão. Logo, buscam por alguma coisa da amada no local, mas nada encontra. Seus olhos chocam-se com o papel sobre as flores, e imediatamente, ele caminha até ali. Sua mão toca o papel e imediatamente ele reconhece a letra.

“-Paulina, não... meu amor...”-pensa com os olhos começando a marejar.

Ele abre o papel e ao ler cada palavra, seu coração se aperta em uma dor sem fim. Depois daquela noite apaixonada, a noite em que após tanto tempo sem se tocar, se amaram completamente, ela se foi, deixando tudo nas lembranças.

Carlos Daniel perdeu a sustentação das pernas. Imediatamente lágrimas grossas e doloridas começaram a brotar em seus olhos. Seus joelhos tocaram o chão e ele jogou-se a chorar. Seus olhos leram e releram inúmeras vezes a pequena folha de Papel.

–Não vou desistir! Nunca! –Gritou ele chorando, enquanto sua mão amassava o papel.

Carlos Daniel vestiu-se rapidamente, e ao sair da biblioteca encontrou-se com vovó Piedade.

–O que houve meu neto, que cara é essa? Onde esta Paulina? –Perguntou a velhinha vendo o estado de nervos do neto.

–Tenho que ir! –Disse ele colocando nas mãos da avó, o pedaço de papel amaçado.

Em segundos, Carlos Daniel saiu pela porta desaparecendo dos olhos da avó. Rapidamente pegou seu carro e ligou para o celular de Lizete.

–ãh? O que foi? –Perguntou ela sonolenta.

–Onde está sua mãe? –Perguntou ele em meio ao trânsito.

–Ah? O que aconteceu Pai? –falou tentando despertar completamente.

–Lizete, onde sua mãe está? –Perguntou enquanto estacionava o veículo.

–Eu, eu.. eu não sei..ela..

–Como você não sabe! Onde ela disse que ficaria?

–O que aconteceu Pai, pelo amor de Deus...

–Desculpe filha, estou preocupado. Sua mãe foi embora outra vez. Deixou apenas um bilhete para mim.

–Mas que droga Pai! –Gritou ela sentando-se a cama. –O que você fez?

–Não fiz nada filha... nós.. bem...

–Já entendi, mas e daí? –Berrou ela agoniada.

–Não sei! Acordei e a procurei. Mas não a encontrei, ela deixou só um bilhete.

–E o que dizia?

–Ela disse que estava voltando pra Miami... e que... –Ele respira profundamente, soltando o ar em seguida. –E que a noite de ontem tinha sido um erro. Que não podia jamais repetir-se. Pelo Amor de Deus Lizete, qual hotel ela disse que iria?

–Mas que Droga! Arg! –Disse a garota ao telefone enquanto batia o punho nas cobertas. –Eu vou ver aqui, espere.

–Rápido!

Lizete revirou uma de suas agendas e encontrou o papel com o Endereço, rapidamente o passou para o Pai.

–Você vai atrás dela? –Perguntou a menina.

–Depois de ontem, hoje irei para qualquer lugar, e irei com todas as certezas da minha alma e do meu coração.

Em seguida Carlos Daniel desligou e arrancou o carro velozmente em direção ao hotel. Correndo ele entrou no hotel e dirigiu-se até a recepção.

–Paulina Bracho, por favor. –Disse Rapidamente. –Desculpe, Paulina Martins.

–Ela não se encontra mais conosco Senhor. –Disse a recepcionista.

Carlos Daniel saiu as pressas do lugar. Entrou novamente em seu carro e dirigiu-se até o Aeroporto. Estacionou o carro e adentrou o saguão do hotel. Centenas de pessoas caminhavam por ali. Seus olhos corriam o ambiente a procura da sua amada, Sua Paulina. Em um telão, Carlos Daniel observou qual seria o portão de embarque do voo para Miami, e ao ver, correu em direção. Ele estava ofegante, nada importava. Ele não podia perde-la outra vez, e faria tudo para isso não acontecer.

Quando Carlos Daniel chegou até as roletas de passagens, seus olhos chocaram-se com Paulina. O mundo parecia estar congelado ao seu olhar toca-la.

–Paulina! –Gritou ele.

O corpo de Paulina instintivamente virou-se para trás. Seus olhares se encontraram. Paulina encontrou no olhar dele seu destino, mas não recuaria.

–É o papai, Mãe! –Disse Gabriel.

–Paulina! –Gritou Carlos Daniel outra vez.

Paulina sem desviar seu olhar do dele, segurou firme as mãos dos filhos e os conduziu pelo enorme corredor.

–Vamos Crianças... –Disse desviando o olhar dele.

–Paulina! –Ele correu em direção a ela mas foi impedido por seguranças na entrada do embarque.

–Paulina! Por Favor! –Gritou mais uma vez, com lagrimas correndo de seus olhos.

O corpo de Paulina travou no lugar. Suas pernas perderam os movimentos e seu olhar correu para o dele. Seus olhos marejaram ao tocar com a íris castanha dele. Suas mãos suaram e lembranças guardadas vieram em sua mente. Cada Toque, cada palavra, cada beijo, cada segundo, Cada noite de amor.

–Paulina! Eu te amo! –Gritava tentando soltar-se dos braços dos seguranças.

Paulina deu dois passos a frente e baixou a cabeça, virando-se e seguindo em frente.

–Não! Paulina! Não faz isso! –Implorou.

Paulina temblou e seu olhar correu para o dele. Sua boca secou e sua garganta engoliu a saliva forçadamente. Uma lágrima deslizou por sua face com o encontro de seus olhares. Ela o observou por milésimos enquanto ele se debatia nos braços dos seguranças.

–Te Amo! –Gritou ele desistindo de lutar contra os guardas, parando em seu lugar, olhando-a nos olhos, mostrando todo seu arrependimento, toda sua angustia, e principalmente, todo seu amor.

Paulina desviou seus olhares, e agora, sem olhar para trás, desapareceu no meio da multidão. Carlos Daniel a observava com um pranto sem fim. Seu amor outra vez escapava por entre seus dedos, e tudo isso, era uma dor inexplicável.


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Notas finais do capítulo

E ai??? gostaram???? #sqñ kkkkkkkkkkkkk
Bem, comentem, favoritem, recomendem que eu agilizo aqui! beijoos