A Culpa É Das Estrelas - Um final alternativo escrita por Pauline Lopes


Capítulo 5
Capitulo 30




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Já haviam se passado alguns dias, hoje já era quinta feira, e amanhã eu sairia com Kaitlyn. Então, decidi ligar para ela e combinar o horário.

–Alô, Kaitlyn? – Eu perguntei ao ouvir uma voz estranha do outro lado da linha.

– Oi amada, me desculpe, é que eu estava voltando de uma festa com meus amigos. – Ela tentou se explicar.

– Não, tudo bem. O shopping amanhã ainda está de pé? – Perguntei

– Claro. Nos vemos que horas?- Kaitlyn perguntou

– Que tal, a gente se encontrar no shopping às 13h 00?

– Esse horário está ótimo! Terei tempo o suficiente para me arrumar. – Kaitlyn respondeu com entusiasmo.


– Então, até amanhã. – Disse.

– Até Hazel! – Kaitlyn se despediu e desligou.

Durante esses dias que se passaram, não houve muitas mudanças, continuei falando com o Isaac, ele ficou muito feliz com a novidade sobre o livro, - que em menos de dois anos estaria pronto - e fui com ele ao Grupo de Apoio na quarta. Lidiwej aproveitava seu tempo para sair com o namorado. Eu admirava os dois, pelo pouco que ela havia me falado, ele parecia ser uma ótima pessoa, e eu estava feliz por ela.

Durante o dia fiquei escutando o novo álbum do The Hectic Glow no meu Mp4, as musicas deles eram perfeitas, o Gus provavelmente ia amar, era uma pena que ele não teve tempo de conhecer. Umas das minhas músicas favoritas se chamava “For you my love” na letra o compositor dizia tudo aquilo que ele podia fazer para a felicidade de sua amada. Eu também gostava de “What I think about you” foi o Gus que me mostrou ela, ele dizia que toda vez que a ouvia lembrava-se de mim. Coloquei nela e fiquei ouvindo repetidas vezes, eu estava me sentindo muito bem, não estava fazendo muitos esforços hoje. Queria estar com fôlego o suficiente para o passeio de amanhã.

Entrei em meu e-mail e vi uma mensagem da Lidiwej

Querida Hazel

Peço-lhes desculpa por não escrever mais, ando ajudando Peter Van Houten com o livro e lhe garanto que está ficando lindo!

Se quiser, lhe mando as páginas que já estão prontas, para que você possa ver o progresso da sua história e possa opinar. Peter lhe manda lembranças.

Lidewej



Lidewej era realmente um doce, desde o primeiro momento que a vi pessoalmente, ela sempre me tratou muito bem, e até defendeu (uma desconhecida) de seu patrão a qual trabalhava há vários anos

Lidewej

Não se preocupe, ando muito cansada ultimamente, e não verifico meus e-mails todos os dias. Não precisa me mandar as páginas que já estão prontas, conheço a capacidade que Van possui em escrever uma linda história, e aposto minha confiança nele. Diga a ele que também mando lembranças.

Hanzel Grace.



Realmente eu confiava que Van escreveria uma linda história, afinal ele era meu escritor favorito. Confesso que tive curiosidade de ler, mas dois anos era muito tempo pra mim, e eu sabia que eu não duraria tanto, então decidi não ler, não queria passar pela mesma situação que Gus passou – não ter tempo de terminar um livro - principalmente quando esse livro é baseado em minha vida com ele.

Eu não menti para Lidewij, eu realmente estava me sentindo cansada esses últimos dias, não cansada fisicamente – cansada eu já me sentia sempre - mas sim mentalmente, a rotina absoluta estava me enjoando, era sempre as mesmas coisas. Eu não ia muito ao Grupo de Apoio, eu já me sentia doente, e ir até lá apenas me deixava pior, toda vez em que eu ia aumentava o nome de alguém na lista de mortos. E ter que lidar com a minha doença era demais, eu sabia que a minha tendência era só piorar, o Falanxifor só estava me dando a oportunidade de viver mais um pouco.

***

Mamãe me acordou cedo no dia seguinte, havia um bom tempo que ela não fazia isso. Ela também acreditava na frase “O sono combate o câncer”, mas na verdade aquilo era apenas uma metáfora, e eu era profissional quando se tratava de dormir, e continuava doente.

– Mãe, ainda são nove da manhã!- exclamei com raiva

– “Ainda”? Você esta errada em relação a isso filha JÁ são nove da manhã. Você tem que se arrumar. E eu tenho que ir até biblioteca no centro de Indianápolis. – Ela disse puxando meu edredom.

– Como assim? Eu vou ficar sem o carro hoje? – Perguntei com tensão na voz

–Sim, e te levarei ao encontro de Kaitlyn. Depois irei à biblioteca, pegarei os livros que preciso e voltarei logo. – Ela me olhou nos olhos. – não precisa se preocupar querida, estarei a um raio menor do que 50 metros.

Era incrível como ela vivia por mim, nem poder ir ao centro sem que me deixasse pra trás ela podia, e se fosse, teria que ir rapidamente... Eu era um peso para os meus pais.

Levantei-me, sem dizer nada, fui até o banheiro, tomei meu banho, coloquei uma roupa qualquer e fui até a cozinha. Tomei meu café, e fiquei lendo o livro do Gus, esperando que o tempo passasse. Quando deu onze e meia, fui ao meu quarto com a minha mãe ao meu lado. Entrei no banheiro e coloquei o vestido, enquanto ela me esperava do lado de fora. Eu nem acreditei com o que eu me deparava no espelho, o vestido caiu perfeitamente em mim, - achei o decote um pouco exagerado - mas aquilo era apenas um detalhe. Ele era de manga curta, - deixava os braços bem à mostra -, na frente era todo listrado em preto e branco, -porem suas listras eram grandes - nas costas ele era totalmente preto, se formava bem rente ao corpo até a cintura, depois se soltava.

Eu nunca tive coragem de usar uma roupa daquelas, mas não queria decepcionar minha mãe. Já fazia isso com o fato de estar morrendo.

Sai do banheiro, ela me olhou e abriu um sorriso

– Filha! – exclamou com animação - Como você está linda!

Revirei os olhos e abri um sorriso.

– Obrigada mãe.

Ela chegou mais perto e pegou algumas mechas do meu cabelo

– É, mas, precisamos dar um jeito nisso.

Caramba -Pensei- Meu cabelo não é tão horrível assim para ser comparado com a palavra “nisso”!

– Querida, sente-se ali.

Ela apontou para a cadeira que ficava na frente de minha escrivaninha, e foi até meu guarda roupa. Pegou uma pequena caixinha – nela havia acessórios de cabelo - dourada, que eu não a pegava havia muito tempo. Mamãe veio até mim, colocou a caixinha na escrivaninha e a abriu, pegou um pequeno acessório e começou a mexer em meu cabelo. Fechei os olhos enquanto isso. Depois de pronto ela me levou até o espelho, ela havia feito um pequeno coque, que ficara muito bonito.

Certamente ela queria que eu ficasse tão linda quando Kaitlyn, mamãe sabia como ela se vestia bem. Agradeci a ela sem reclamar.


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