O Amor Coloriu-Season 2 escrita por Melissa


Capítulo 9
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– Vocês estão loucos.

Disse me referindo ao prêmio que o Vitor pediu, eu não ia fazer sexo com ele e a Sophia.

– Você disse que o que eu quisesse e parecia determinada a ganhar.

Vitor disse rindo e a Soph ainda estava agarrada nele o amando para sempre, chegava a ser engraçado. Eu sei que o Vitor não vai ganhar essa aposta mesmo, então.

– Ok, eu concordo, mas saiba que quando você perder meu prêmio vai ser algo maravilhoso.

– Lembre se do seu amigo fabuloso Biel aqui quando vencer, Lia. Só a maria joão que se dá bem nessa história.

Sophia mostrou o dedo do meio para o Biel e todos rimos.

– Vou lembrar meu amor.

– Ei Lia, acabou a palhaçada, seu prêmio não pode ter nada a ver com o Biel.

Vitor agora estava do meu lado.

– E por que não? Se eu quisesse sexo comigo, você e o Biel?

Isso iria ser nojento, mas só estava comparando.

– Eu daria uma surra em você, deixa de ser idiota!

Ele tinha se revoltado e todos só riam da reação dele.

– Não sei porque tá assim, ontem o Dinho disse que até um relacionamento vocês já tiveram.

Disse pegando mais um pedaço de torrada, mandando um beijinho para ele e indo para o meu quarto.

– Lia sua vadia volta aqui!

Vitor me seguiu.

– A galinha vai lavar as penas sujas de suco.

Saí andando a caminho do banheiro.

– Você é uma galinha mesmo, seu prêmio não vai ter nada a ver com o Biel, ok? Ou eu termino meu namoro com você.

Comecei a tirar a roupa e ele estava encostado na pia do banheiro.

– Azar o seu, sem sexo e sem namorada.

Joguei minha blusa na cara dele e tirei a calcinha devagar e de costas para ele.

– Lia...

– Lute para ganhar a aposta babe, apenas isso que tem que fazer e parar de reclamar.

Pisquei para ele e entrei no box. Escutei quando ele saiu, tomei uma banho devagar e troquei de roupa.

– Sophia você não pode fazer essas coisas.

Escutei a voz da minha mãe quando desci, todos ainda estavam sentados, meu pai estava do lado do Vitor assistindo minha mãe brigar com a Sophia e comendo um pedaço de pão.

– Mas tia eu não tenho culpa.

Soph parecia se divertir com o sermão assim como todos.

– O que aconteceu, mãe?

Perguntei a abraçando e vi a Soph segurando o riso.

– A Joana, mãe da Pietra, me ligou indignada dizendo que ela não para de falar na Sophia, que ela quer ir embora com a Sophia, que a Sophia é o amor da vida dela e tudo mais.

– E por isso a senhora veio aqui?

– Sim.

– Ela não entende Lia que é dificil resistir a mim, pergunta para a sua filha.

Soph disse para mim e a última parte para a minha mãe.

– Lia você já teve algo com a Sophia?

– Não, mãe.

Saí de perto dela rindo.

– Isso está sendo negociado, tia.

Os meninos começaram a rir.

– Piada particular?

Meu pai perguntou comendo o pão.

– Pergunta do seu genro.

Falei indo atrás do que fazer para o almoço.

– Deixa que eu conto.

Dinho se manifestou.

– Não eu falo, Lia apostou quem aguenta mais tempo sem sexo com o Vitor...

– Aí Vitor pediu como prêmio uma noite entre ele, Sophia e Lia...

– E Lia para se vingar disse que se ganhar vai incluir Biel no prêmio dela...

– O que no caso é um ótimo negócio porque vamos combinar que entre eu e a Sophia, to valendo mais.

Todos queriam falar.

– Vocês querem uma pipoca para terminar de falar da nossa vida?

Perguntei revirando os olhos.

– Vitor qual o homem normal que faz uma aposta contra sexo? Você devia mesmo ter levado aquele tiro do seu pai.

Meu pai disse dando um tapa na cabeça dele.

– Vocês não vão abusar da minha filha seus inúteis, eu dou uma surra em vocês.

Minha mãe pegou uma colher e começou a bater no Vitor e na Sophia, eu mereço isso.

– Sua filha não é nenhuma santa, tia, nem te digo o que ela já aprontou.

Vitor disse rindo enquanto apanhava, filho da mãe.

– Isso mãe bate mesmo, agora pega essa colher e enfia no...

– Lia!

Ela se virou me mandando calar a boca.

– O que? Eu ia pedir para a senhora enfiar na boca dele para calar esse desgraçado, a senhora conhece a filha que tem.

– Conheço?

– Mãe!

– O que?!

Meu Deus, eu mereço essas pessoas.

– Foca na Sophia!

Disse me sentando com o pessoal.

– Verdade, Sophia eu não tenho nada contra sua opção sexual, mas a mãe da Pietra tá pra enlouquecer, trate de fazer alguma coisa.

– E o que eu ganho em troca se fizer alguma coisa?

Ela olhou para a minha mãe com uma cara maliciosa e nós rimos.

– Uma colher enfiada garganta abaixo se continuar me olhando assim.

Minha mãe bateu nela.

– A senhora não me quer com medo de se apaixonar, tia.

– Pode ser, Soph. Com algumas dedadas você já deixou a Pietra apaixonada.

Biel comentou e nós só rimos mais ainda.

– Lia por que você saiu do Brasil para ir arrumar pessoas assim em outro país? Não te entendo, minha filha.

Minha mãe se jogou na cadeira com a mão na cabeça.

– Eu gosto dos amigos da Lia.

Meu pai ainda comia pão, eu estava agoniada com isso já.

– Claro não é você quem tem que aturar uma menina te tarando.

– Ela poderia me tarar que eu ainda ia gostar.

Minha mãe arremessou a colher no meu pai.

– As pessoas não podem mais nem falar a verdade nesse mundo.

Ele se encolheu rindo.

– Vocês são todos doentes!

– Você é mais!

– Dinho cala sua boca que eu já estou por aqui contigo.

Disse colocando a mão na cabeça.

– O nome da sua doença é síndrome de Lia, os sintomas é só ser você mesmo.

– Idiota!

Peguei a colher e joguei nele.

– Na verdade é síndrome por não ter nascido tão bonito quanto o pai.

Olhei para o meu pai que entrou na brincadeira.

– Para de comer esse pão.

– O que você tem contra o meu pão?

Ele perguntou rindo, peguei o pão dele sem rir e joguei no chão pisando em cima.

– Acho que você vai levar uma surra agora.

Minha mãe disse rindo do meu pai que tirou o sorriso da cara e me olhava indignado, eu acho que vou apanhar mesmo, mas aquele pão estava me dando agonia.

– Toma pai, ainda tem pão.

– Tem um tempão que você não leva uma surra mesmo.

Ficamos conversando um pouco, meus pais almoçaram com a gente e logo foram embora.

– O que você está fazendo?

Vitor entrou no quarto, eu estava deitada mexendo no notebook e bolando de rir, eu to louca para apanhar hoje.

– Me beija!

Fiz biquinho e ele me deu um selinho sem entender nada, depois que olhou no notebook entendeu tudo e começou a rir.

– Não acredito!

– E já tem 50.000 visualizações em menos de 1 hora.

– Caralho!

Ele ficou impressionado, tinha feito uma edição com as fotos e vídeos, que fiz do Dinho na festa, ao som de I Will Survive da Gloria Gaynor.

– Qual o nome do vídeo?

– Se beber não encontre o Dinho.

– Você sabe que ele vai te matar, né?

Vitor disse ainda rindo.

– Eu não me importo, era o mínimo que poderia fazer.

– LIA QUE PORRA É ESSA?

E mal calamos a boca ele entrou no quarto morrendo de raiva. Dei o notebook para o Vitor, fiquei em pé na cama e cantei uma parte da musica.

– I WILL SURVIVE HEY HEY...

– SUA VADIA, PROSTITUTA, CACHORRA, OTÁRIA - Ele corria atrás de mim pelo quarto e saí correndo rindo. DESGRAÇADA, ORDINARIA, DADEIRA, BISCATE, PUTA!

– CALMA DINHO, ESTOU COOPERANDO PARA SEU SUCESSO!

Continuava correndo pelo quarto inteiro.

– DINHO JÁ TÁ CHEGANDO NOS 60.000!

Vitor disse rindo.

– VAI SE FUDER VIADO! Lia eu já disse que te odeio hoje?

Estávamos em lados opostos da cama com o Vitor no meio da gente com o notebook na mão.

– LIA EU TE AMO! EU TO NO YOUTUBE E JÁ TEM 60.000 VISUALIZAÇÕES!

Biel entrou correndo e pulando no meu colo.

– Viu Dinho? O Biel gosta da fama.

Ri da cara de ódio que o Dinho estava.

– Lia eu vou me vingar de você.

– Me beija, Dinho!

– Aguarde!

Ele saiu com raiva do quarto.

– Obrigado, eu te amo diva, maravilhosa, rainha do brilho do universo.

Biel me deu mais um abraço apertado, um beijo na bochecha e saiu cantando do meu quarto. Ri e me joguei na cama ao lado do Vitor.

– 65.000, é por isso que eu te amo mulher!

Vitor colocou o notebook de lado e se deitou por cima de mim.

– Eu sei, Vivi.

– Eu acho que a ideia de greve foi péssima.

– Mas foi toda sua.

Disse rindo e batendo com o dedo indicador no nariz dele.

– Porque você disse que eu tinha pau pequeno.

– Tenho culpa?

– Da greve?

– Não, de seu pau ser pequeno.

Ri enquanto ele me dava um tapa fraco na cara.

– Lia você é a pior namorada que um cara pode ter.

– Awwwww obrigada, eu me esforço tanto para isso.

Abracei ele como se agradecesse.

– Mas é muito otária mesmo.

Ele riu e me beijou. Meu celular começou a tocar na cômoda, peguei sem nem parar de beijar o Vitor e atendi.

– Oi Lia!

Leo? Puta que pariu.

– Você ligou para Lia Martins, no mesmo ela está ignorando sua ligação e lhe fazendo de otário esperando ela terminar essa mensagem inexistente, deixe uma mensagem após clicar o botão de desligar do seu telefone que prometo não lhe retornar nunca mais.

Desliguei e o Vitor me olhou divertido.

– Quem era?

– Leo.

E o telefone voltou a tocar. Vitor tomou da minha mão o atendendo.

– Deixa eu traduzir a mensagem: Ela não quer falar com você e vai tomar no cu. Ele ouviu um pouco. EU NÃO TO NEM AÍ, ERA PARA EU TER QUEBRADO SUA CARA ONTEM, SEU FILHO DA PUTA. ouviu de novo. LIGA PRA MINHA MULHER DE NOVO QUE EU VOU ATRÁS DE VOCÊ... mais uma pausa. - NÃO GOSTOU? VEM AQUI ME CHUPAR.

– Vem Leo, é pequeno.

Disse rindo e o Vitor me encarou com um olhar mortal.

– VAI SE FUDER!

E ele desligou o telefone.

– Que conversa educativa.

– Você precisava falar para seu ex namorado isso? Nem é verdade.

– Ele nem ouviu meu amor.

– Vou tomar banho!

Ele se levantou irritado e entrou no meu closet onde eu tinha colocado as malas que ainda estavam cheias de roupas.

– Vitor eu te amo.

O segui rindo e ele estava procurando uma roupa.

– Vai se lascar.

– Você quer ajuda para tomar banho?

Disse o abraçando por trás e passando a mão por seu peito.

– Você deveria parar com isso.

– Com o que?

Desci minha mão mais por seu abdômen. Rapidamente ele me virou, me puxou em seu colo, me apoiou na parede e me beijou, de quem foi a ideia maldita dessa greve de sexo mesmo? Ele puxou minha blusa a jogando em qualquer lugar, agarrei em seu cabelo enquanto ele beijava meu pescoço com muita vontade.

– Larga a Lia, Vitor. Larga, larga!

Do nada alguém puxou ele e eu caí no chão já que estava em seu colo, olhei para cima e a Sophia segurava o Vitor longe de mim. Eu mereço mais isso agora! Deitei no chão rindo.


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Notas finais do capítulo

Eu ainda to torcendo pro Vitor