O Amor Coloriu-Season 2 escrita por Melissa


Capítulo 1
Brasil




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–MENINOS VAMOS LOGO, VAMOS PERDER O VOO.

Depois dizem que as mulheres demoram para se arrumar, eu estava no andar de baixo cheia de malas e esperando esse pessoal.

– Calma Lia, estamos indo.

Gui, Lucca, Dinho, Soph e Biel estavam descendo com suas malas. Estávamos Indo Viajar Para o Brasil.

– Cadê o Vitor?

– Não sei.

Lucca me respondeu e eu subi correndo as escadas, quando entrei no quarto do Vitor me deu vontade de mata-lo. Ele estava deitado na cama despreocupadamente.

– Eu vou bater em você! Porque você está deitado, Vitor?

– Porque eu me deitei, Lia.

Respirei fundo.

– Nós precisamos ir ou vamos perder o voo.

– Eu fico com a segundo opção.

– Vitor levante essa sua bunda enorme dessa cama agora e vamos.

– Eu não vou viajar, você vai ficar cheia de frescura com seus amigos brasileiros que te acham gostosa com certeza.

– Então fique aí e eu vou curtir com meus amigos brasileiros. Beijo!

Mandei um beijo e saí do quarto, alguns segundos depois ele vem correndo atrás de mim.

– Se eu for provocado, se você ficar com frescurinha, se seus amigos me encher o saco, eu vou sair metendo a porrada em todos eles e ai de você se reclamar.

– É por isso que eu te amo. Ri e lhe dei um selinho. Agora vamos ou chegaremos atrasados e o tio Paulo já mandou dois carros.

Saímos todos rumo a casa dos meus pais. Meu pai havia combinado que iriamos ficar na casa da praia para ter espaço para todos e por ficar mais perto para passear e curtir.

– Esqueci minha passagem em casa!

Dinho disse assim que chegamos no aeroporto.

– Dinho eu não acredito!

– Desculpa, Lia você que ficou me apressando.

Eu não acredito nisso.

– A primeira coisa que você devia ter pego era sua passagem, até antes da sua mala, idiota.

– Te peguei, otária.

Ele riu e me mostrou a passagem.

– Sai da minha frente, garoto. - Acrescentei rindo, enquanto o pessoal ria de mim. Vocês vão se divertir muito com o Natan e o Miguel.

Eu estava muito animada com a viagem, por rever o Brasil, rever meus amigos, saudades da minha casa, meus amigos conhecerem meus outros amigos e tudo isso.

– Tomara que sejam gatos.

O Biel tava animado.

– Tomara que sejam todos gays.

Vitor comentou com cara de pouco amigos.

– Não são.

Respondi com um sorriso sacana e ele me olhou sério.

– Não acredito.

– O que? Naquela época eu não tinha namorado, ia para festas, bebia e amizade é tudo né?

– Não vamos para o Brasil, me dê as passagens de vocês.

Vitor se virou para o pessoal e eu comecei a rir.

– Vitor agora eu tenho você, para de frescura, eles são apenas amigos.

– Eram amigos também antes de umas bebidas pelo o que eu entendi.

– Deixa de frescura.

Abracei ele que continuava emburrado, eu mereço.

– Pensei que já tinham embarcado.

Tio Paulo estava chegando com a tia Dora.

– Ainda vamos fazer o check-in, tio.

Soltei o Vitor e fui abraçar ele.

– Viemos nos despedir.

Tia Dora disse abraçando o Vitor, enquanto eu estava agarrada com o tio Paulo.

– Não vamos passar muito tempo.

Vitor disse sério e até eu acreditaria.

– Por quê?

– Porque seu filho é idiota. Se lá tiver bom eu fico é por lá mesmo.

Gui falou e o Vitor o olhou de cara feia.

– O Vitor está com ciúmes dos meus amigos brasileiros.

– Eu ficaria também, aposto que eles são melhores que ele.

Tio Paulo comentou e o pessoal riu do Vitor.

– Pensando melhor, vamos embora logo.

Nos despedimos deles e fomos fazer o check-in. Logo embarcamos.

– Tem como você arrumar sua cara? Não tem por que você ficar com ciúmes, Vitor. Deixa de ser idiota.

Estávamos sentados juntos.

– Não vou arrumar nada, essa é a única que eu tenho.

– Posso te deixar com outra cara se não arrumar a quem já tem.

– Vai dormir e sai de mim.

Revirei os olhos, esse menino só pode tá de TPM de novo.

– Seu problema é sexo? Podemos ir no banheiro do avião se for arrumar sua cara de bunda.

Dessa vez ele me olhou surpreso e tinha até um sorrisinho.

– Não vale usar seu corpo para conseguir o que quer.

– Tenho que usar as armas que tenho e como ainda não pude comprar uma 38 para atirar em você, uso o corpo mesmo.

– Não quero sexo, na verdade eu quero...mas eu quero mais uma namorada que pare de me provocar e que não goste de me irritar e que só tenha amigos gays.

– E eu queria aprender a cantar as músicas do Eminem, são duas coisas muito dificil, então faça como eu e aceite do jeito que tá.

– Você é uma cagona!

Tenho um namorado retardado só pode.

– Esse é seu melhor xingamento?

O encarei sem acreditar e ele riu.

– Cala a boca.

Ele me puxou para seus braços me abraçando. Dormi boa parte da viagem. Quando chegamos no Brasil era umas 10 da manhã.

– Que saudade desse sol!

Disse saindo do avião.

– Quem sabe com esse sol você não realiza seu sonho de ser negão,Vitor.

Dinho zoou rindo do Vitor. Assim que entramos no aeroporto vimos meus pais, minha mãe acenava descontroladamente enquanto meu pai estava envergonhado por causa das pessoas olhando e rindo.

– Sra Martins!

A Sophia correu e minha mãe parou de acenar automaticamente e correu para trás do meu pai, todos nós começamos a rir.

– Oi pai, oi mãe.

– Oi minha filha, pensei que vocês não iam chegar nunca.

– Sua mãe é muito exagerada.

Meu pai revirou os olhos e veio cumprimentar todos.

– Eu vim em um carro e seu pai em outro, vamos dividir o pessoal. Sophia vai com ele junto com Biel e Dinho. Gui, Lucca, Vitor e você vem comigo.

– Por que eu não posso ir com vocês?

Dinho se lamentou.

– Porque você, Biel e Sophia é o trio da zoeira então vem comigo porque qualquer piadinha eu já largo no meio do mato por aqui e fechou.

– Tio eu já disse o quanto o senhor é carinhoso?

Meu pai rio do Dinho e todos fomos embora.

– Aqui é um pouco quente.

Lucca reclamou se abanando.

– E é porque estamos no inverno de acordo com meteorologistas!

Minha mãe disse e os meninos olharam estranho.

– E no verão?

– Aqui vira cosplay do inferno. - Comentei rindo e eles caíram na gargalhada. Mãe, você já avis
ou para os meninos que eu estava vindo?

– Sim, o Miguel e o Natan disseram que iam aparecer logo, logo e a Carine me disse que você era uma vadia, puta, desgraçada que não lembra mais dos pobres amigos brasileiros depois que virou gringa de vez.

– Carine carinhosa desde sempre.

– É gata?

Gui perguntou se metendo entre os dois bancos da frente.

– É linda e gostosa, puxou para a amiga.

– Agora entendi porque ela é carinhosa também, deve ter puxado da amiga.

Vitor disse rindo no banco de trás.

– To parindo um filho de tanto rir.

Disse séria e ele me mandou um beijo. Quando chegamos em casa eu até respirei fundo para esse novo ar, os Estados Unidos pode ser um ótimo país, mas nada se compara a esse clima brasileiro.

– EU ESTAVA TE ESPERANDO, SUA FILHA DA GOSTOSA DA TIA RAQUELl!

Carine estava sentada na varanda da casa quando estacionamos e eu desci.

– CAAAAAARINE!

Ela saiu correndo e pulou em cima de mim. Carine era a única menina que eu tinha como amiga aqui, os outros eram garotos, ela era quase um, mas ainda era bem feminina.

– Que saudades suas, pensei que você nunca mais ia voltar para ver os pobres do país subdesenvolvido.

– Dramatica. Voltei e ainda trouxe um monte de gente comigo.

Disse mostrando os meninos descendo do carro e meu pai chegando com a Soph, o Biel e o Dinho.

– Gatinhos!

– Sim, todos para você. Menos o Vitor que é meu namorado e o Biel que é gay, mas no lugar dele tem a Sophia que é lesbica.

– Os states é animado, né?

Ela me olhou com uma cara divertida.

– Você nem sabe o quanto.

Pisquei e ela fez uma cara maliciosa.

– SAFAAAAADA!

– Oi Carine, você pode fingir ser uma garota amável e cumprimentar os amigos da Lia descentemente.

– Claro, tia Raquel. Descente como sempre fui.

– Desde nunca.

Minha mãe revirou os olhos e entrou em casa nos deixando lá.

– Prazer meu nome é Carine, mas pra quem quiser ficar intimo é Cari e quem quiser ficar mais intimo ainda vamos ali no quarto da Lia que te mostro meu outro apelido.

Ela disse para os meninos que riram.

– Descente como sempre foi, não sei porque deixo a Lia se misturar com você, Carine.

Meu pai riu dela e entrou em casa também.

– Eu topo ser intima demais.

A Sophia disse e andou como se fosse entrar em casa.

– Desculpa gata, mas eu curto pinto! Mas pode deixar que quando eu estiver bêbada talvez eu deixe você me dar uns pegas.

Carine é uma idiota, que saudade que eu senti.

– Carine sua vergonha foi cortada com seu cordão umbilical, por favor né? Disse rindo. Bom, meninos essa é a Carine. Cari esse é o Gui, Dinho, Lucca, Biel, Sophia e meu namorado Vitor.

– Prazer, Sophia!

Gui piscou e os meninos começaram a dar em cima dela.

– Prazer só na cama, amores. Ela riu. Pera aí, esse Vitor não era o otário que tinha magoado você?

– Obrigado pelo otário, mudo de país, mas não mudam os xingamentos.

Vitor se queixou e eu o abracei.

– Sim é esse otário.

– Pô cara, obrigada.

E o que ninguém esperava ela fez, foi até ele o abraçando forte.

– Não entendi nada.

O Biel comentou vendo a cena.

– Se você não tivesse nascido tão idiota talvez eu não tivesse conhecido a Lia, obrigada.

– De nada, eu acho.

Vitor retribuiu o abraço confuso.

– Vamos lá pra dentro, acho que o Natan e o Miguel chegam daqui a pouco.

Pegamos nossas malas e fomos entrando.

– Ô Lia!

Olhei pra trás e a Carine ainda estava agarrada com o Vitor.

– Carine sua vadia, solta meu namorado.

– Calma Lia, só tava testando se ele era fiel mesmo, passou pela Carine não te trai com mais ninguém.

Ela soltou ele e entrou rebolando.

– Hm, gostei da sua amiga.

Vitor ficou olhando ela andar.

– Vou arrancar seus olhos.

Sorri e ele riu e voltou sua atenção para mim.

– Quero conhecer seu quarto.

Ele me abraçou pela cintura e eu passei meus braços pelo seu pescoço.

– Acabamos de chegar, Vitor!

– Mas você me ofereceu sexo no banheiro do avião.

– Porque você estava emburrado.

– Não seja por isso, eu fico de novo.

– Agora estamos em terra firme, posso bater em você pra arrumar sua cara.

– Ou... você pode bater pra mim!

Ele passou seu dedo pela ponta do meu nariz com um sorriso tímido.

– Por favor, eu poderia ter passado o dia sem escutar essa piadinha ruim.

Me soltei dele e entrei em casa rindo.

– Por quê?

– Porque foi uma piada ruim, Vitor.

Ri e entrei em casa. Minha mãe estava na sala com meu pai e o pessoal, acho que eles estavam explicando sobre os quartos.

– Cada um terá seu quarto, mas Sophia irá ficar com Biel em um e Vitor com Lia.

– Por que não um quarto para as meninas? A Sophia poderia ficar com a Lia.

Meu pai sugeriu e minha mãe o olhou como se fosse louco.

– Pra nossa filha ser abusada pela Sophia e o Vitor pelo Gabriel? Não mesmo, prefiro que ela fique com o Vitor mesmo.

– Então se prepara porque ninguém vai dormir nessa casa, lá eles tem quartos separados e as vezes é insuportável.

Lucca zoou e todos riram.

– Sexo all day, all night. Assim que eu gosto.

Carine levantou dançando.

– Carine porque minha filha foi te encontrar.

– A senhora me ama tia Raquel.

Ela abraçou minha mãe.

– CADÊ A LIA? CADÊ?

Entraram em casa gritando, mas eu reconhecia essa voz.

– MIIGUEEL!

– LIAA!

Ele correu e eu me soltei do Vitor o abraçando, ele me pegou no colo e me girou. Que saudade.

– Senti muito sua falta.

– Eu também, Miguel.

Abracei ele mais forte.

– Acho que tem alguém com ciúmes.

A Biel disse e eu me virei para o Vitor que tinha fechado a cara.

– Biel limpa seu veneno.

Vitor olhou pra ele com raiva.

– Não se preocupa que eu já sou vacinado, só não se aproxima muito que meu veneno voa como purpurina.

Biel não bate bem, mas eu estou amando esse clima de todos juntos e acho que o Brasil vai me render ótimas histórias.


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Notas finais do capítulo

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