Xelle Narrando:

Eu tinha um horário livre, que infelizmente era sozinha, afinal, Lily estava em teste oficial que ela estudou desdo mês passado, Remo estava na aula de Trato de criaturas mágicas com James, Sirius, Rabicho, Jessica e Lene. E eu tinha acabado de ter adivinhação.

Feliz, eu ia saltitando pelo castelo, até dar de cara com o nosso guarda-caça mais legal e divertido do mundo, e ele estava.... Chorando? É, ele estava, seus olhos estavam incrivelmente vermelhos e ele soluçava freneticamente, o que me fazia sentir pena e desconforto, afinal Hagrid era meu amigo.

– Olá Hagrid, o que ouve...? - Bom, se eu achei que perguntar o que tinha acontecido para ele desabafar iria ajuda-lo? Sim, eu achei, mas acontece que só piorou as coisas, ele começou a chorar mais e mais, até que eu tive uma ideia, eu o levaria a sua cabana novamente e te encheria de pinga da Katie que Lene roubou.

E eu fiz isso.

Passamos lá umas duas, três quatro horas, eu fiquei lá até ver se era seguro eu perguntar o que havia acontecido com ele, e foi o que eu fiz.

A resposta foi desagradável.

Ele me disse que hoje era o dia de aniversário de Murta e o dia de aniversário de sua expulsão injusta de Hogwarts, que na época em que ele havia sido expulso, estava passando por apuros, e esse apuro, segundo ele tem nome, nome do meio, e sobrenome: Tm Marvolo Riddle.

Falou que o idiota havia ganhado um premio de colaboração com a escola e promovido a Monitor-Chefe por pega-lo. E que a menina, bem, sabia que não era ele e se calou.

Murta... Murta... Murta... MURTA-QUE-GEME! Era a fantasma maluca que ficava no banheiro feminino chorando e gemendo toda hora.

Eu tinha que falar com ela. Eu ia falar com ela. E seria agora.

Esperei Hagrid cair no sono e depois, bem, cai fora e corri para o banheiro feminino.

Ao chegar lá, eu conjurei um bolo de chocolate, e entrei.

– Murta...? - Chamei, e logo ouvi uma voz esganiçada logo atrás de mim.

– SE VEIO AQUI ME TACAR ISSO DÊ O FORA! - Ela parecia triste, óbvio, ela morreu nessa data lembra? É, eu lembro.

– Não vim jogar raios nenhuns em você, céus Murta, que tipo de pessoa acha que eu sou? - Perguntei, fingindo de ofendida, sempre dá certo.

– Oh, desculpe-me, é que hoje é um dia... - Ela começou.

– Eu entendo, aniversário de morte, Hagrid me contou... - Falei com o máximo de cuidado.

– É. - Ela disse.

E nós ficamos mais algumas horas ali falando de nada, e deu para notar que Murta não era chata, louca ou seja lá o que for, Murta era uma menina sensível e magoada, que ainda sofre ao lembrar de tudo o que já fizeram com ela.

– Murta, como foi que você morreu? - Perguntei, e ela me olhou e deu um suspiro pesado.

– Bom... - Ela falou - Eu sempre fui uma menina sonhadora, sabe? Quando eu tinha sete anos minha mãe e meu pai gostavam de ler para mim contos de fadas entre outras coisas, e isso era até mesmo... Divertido. Mas isso me iludiu demais, me fez uma garota ingênua, ao meu ver de hoje, ao meu ver de morta.

" Então, quando eu estava indo para Hogwarts, bem na hora do embarque, eu vi um garoto, um lindo, mas lindo menino, que aparentemente era um ou dois anos mais velho, e eu logo me apaixonei por sua beleza, e depois de vê-lo em aulas dadas em conjuntos de anos, pela sua inteligencia e seu ar de indiferente, e não me pergunte, mas eu estava encantada por sua maldade com pessoas iguais a mim, nascidos-trouxas."

" Todos em Hogwarts sabiam, até ele mesmo sabia que eu suspirava por ele todos os dias, mas eu negava, sem deixar de correr atrás dele, é claro, e acho que isso devia irrita-lo um pouco."

" Um grupinho não aprovava meu amor por ele, e a líder desse grupo me humilhava todos os dias, mas não se preocupe, já me vinguei. E então, em uma noite, a líder do grupo me humilhou por conta dos meus óculos, e ele disse: Sangue-Ruim para mim, em apoio a ela. Foi o bastante para eu sair correndo e me trancar no banheiro para chorar a noite toda."

" E mais para a noite, eu ouvi uma voz falar uma língua estranha, uma voz masculina, e eu abri a porta para manda-lo embora e... Morri."

Eu sabia cinco coisas sobre Voldemort naquele momento:

Ele era Tom Riddle.

Ele acusou Hagrid.

Ele matou Murta.

Ele ameaçou minha família e a de meus amigos.

E ele iria se ver comigo, custe o que custar.