50 Coisas que eu Odeio em Você escrita por Mayy Chan


Capítulo 12
Eu odeio suas diferenças / Eu odeio seus olhos


Notas iniciais do capítulo

Gente, aqui é a Mayy.
Eu vim aqui pra comunicar pra TODO mundo que, assim que eu terminar a Enemies and Lovers, eu vou postar nessa fic TODOS OS DIAS. Por que? Bem, porque eu tenho que terminar a fic o mais rápido possível (até o final de Junho).
ADIVINHA QUEM FAZ ANIVERSÁRIO HOJE? Sim, hoje eu fico mais velha kkkk
Então, de presente de aniversário, será que vocês poderiam dar uma olhada no meu perfil? Lá tem todas as minhas redes sociais onde eu sempre vou manter vocês informados. E também pra caso alguém queira falar comigo *u*
Esse capítulo é dedicado pra Sabidinha Chase, a princess que recomendou a fic kk
Até mais XD



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O aniversário de Percy era algo que eu não esperava. Sentada naquela cadeira, pude ter uma noção do motivo por qual a mãe dele não iria recusar a festa de forma alguma.

Pelo jeito o senhor Jackson, um dos empresários mais influentes do mundo, ia estar lá também. E, como se não bastasse, com a madrasta modelo de revista.

Agora não sei se ele realmente tinha esquecido desse pequeno detalhe, ou apenas escondeu até de si mesmo, porque o aniversário dele era ainda essa semana, mais especificadamente no sábado, sendo que hoje era terça.

Ele ficou tão desnorteado, que ontem acabou por esquecer da redação, algo que raramente acontecia no nosso dia-a-dia.

Hoje começamos os preparativos, escolhendo os convites na casa de Percy. A maior merda disso tudo foi que não era apenas eu, Percy, Tyson e Sally, como éramos acostumados. Dessa vez Drew Tanaka, a real namorada do Cabeça de Alga, fez o favor de marcar presença.

Não que ela seja de grande ajuda, mas acho que, entre nós, ela é a pessoa que mais conhece o Jackson, considerando o fato de que eu passei apenas quase duas semanas com ele.

Mas, ao ver a roupa com que ela estava, acho que meu conceito desceu ao máximo.

Uma saia que mais parecia uma calcinha, com uma blusa com um decote mostro e saltos de quinze centímetros, eu me sentia demasiadamente inferior, já que eu era menor que ela quando a mesma estava sem saltos, imagine agora.

Era estranho quando eu ficava ao seu lado. Nossa roupa não combinava nem um pouco, sendo que ela parecia um stripper e eu um menino mal arrumado. Típico de ambas, mas podia claramente ver o desgosto na boca da senhora Jackson quando entramos pela porta.

O beijo que Percy recebeu quando ela chegou foi uma coisa nojenta de se ver. Aquele tipo que eles parecem que vão se engolir ou coisa do tipo. Eu, que não sou acostumada com nenhuma forte de demonstração pública de afeto, arregalei os olhos e os tampei com as mãos.

— Será que vocês dois poderiam parar com a agarração e me ajudar com isso? — falou Sally meio transtornada.

— Aham. — dava para notar que Percy estava corado, mas eu preferi manter silêncio.

Nos sentamos em torno da mesa que, normalmente, eles usavam pra comer as refeições. Por cima estavam milhares de papéis das mais diferentes cores, CDs, revistas e outras bugigangas que serviriam para os planos da festa.

— Bem, eu não sabia o que fazer, então trouxe amostras. Por onde acham melhor começar?

— A minha mãe geralmente começa pelos convites porque... — tentei falar, mas logo fui interrompida pela Drew.

— O brilhante é melhor.

— Olha, talvez seja melhor um mais discreto, já que...

— Não interessa se o pai do Percy vai ou não estar aqui. Qual é? O velhote nunca apareceu aqui de qualquer forma, mesmo. Por que não fazemos uma coisa bem revoltante, como uma balada, pra enlouquecer ele?

— Mas, Drew, acho que ele não é uma má pessoa...

— Quem você acha que é pra me chamar de Drew, sua nerd inútil? E segundo, quem você é pra dar opinião nas coisas do “meu” namorado? — enfatizou.

— Sou mais inteligente que você, de fato. Agora, por gentileza, me deixe falar. Na minha opinião, e com a breve experiência com o restaurante da minha mãe, posso afirmar que os convites beges são melhores. Até falaria para que usássemos a fonte dourada, mas acho que tem que ter um toque do Percy no meio do convite refinado. Acho que com a fonte e os detalhes em azul, ficaria bem despojado, mas ainda fino.

— Bem pensado, Annie. Eu ia amar. — falou Percy sorrindo de lado.

— Discordo. Baby, não vai combinar com o meu vestido. E, olha, desde quando ela, uma menina que, de fato, nunca teve os mesmos benefícios que a gente, ia poder dar opinião?

— Percy, fala pra sua namorada calar a boca. — murmurou Sally.

— Me desculpe, Sally, mas eu tenho que falar. Essa menina é uma péssima influência para o seu filho. Caso não saiba, nem a mãe dela a quis, largando-a com os seus sete anos. E fora que o meu pai é psiquiatra do pai dela, um homem com mais problemas com bebidas que eu achei que era possível.

— Cala a boca. — sussurrei.

— Ah, pobrezinha da nerd. Está triste porque o seus amiguinhos te abandonaram? Não notou que eles não estão nem aí pra você, queridinha?

— Cala a merda da sua boca, Drew! — gritou Percy já irritado. — Vamos escolher essa música.

— Merda de boca, mas não pensa duas vezes antes de me beijar, né? Por que você está defendendo ela?!

— Meninos, parem agora! Annie, continue o que estava falando. Percy, se controle. E, Drew, não interessa quem você é, mais uma dessas e eu te expulso aqui de casa.

Depois do pronunciamento da senhora Jackson, as coisas ficaram automaticamente mais calmas. Vez ou outra eu e Percy nos encarávamos, outras eu olhava o olhar quase implícito que Drew mandava para o Cabeça de Alga.

Nós dividimos os convites para escrever para quem deveria ser entregado. O trabalho todo foi feito ao som de um CD antigo da senhora Jackson que eu simplesmente gostei, mesmo sem saber qual banda era exatamente.

— Baby, faz massagem nas minhas costas? — indagou Drew afastando o cabelo, o que fazia não só as suas costas, como também o seu decote ficarem desnudos.

— Não, eu estou ajudando a Annie a escrever.

— Qual é?! Essa nerd idiota e patética não passa de uma princesinha.

Não, ela não poderia ter falado aquilo naquele tom. Já fazia um bom tempo que não era chamada de “princesinha” e era absolutamente restrito que falassem pra mim.

Era como se estivessem esmagando meu coração em mil e um pedaços e os comendo na minha frente. Não sentia dor, mas era como se eu quisesse que aqueles cacos a machucassem assim como era comigo.

Mas eu não podia demonstrar que aquilo me afetava para ela. Tinha que ser calma, mesmo que tudo que eu quisesse era pegar aquelas madeixas morenas e arrastar a cabeça dela pelo asfalto.

Quando Percy ia abrir a boca, eu puxei uma folha e escrevi.

“Eu odeio suas diferenças

Não sei se isso está nas regras, mas esse papel não é só pra você senhor Quíron.

Sabe, nesses últimos dias eu tenho visto como é fazer parte de “elite”, ou seja, o grupo dos populares. Aqueles com as mesas mais badaladas, convites para as melhores festas, lugares exclusivos no campo, com os namorados(as) mais bonitos e tudo mais.

Bem, eu tenho uma visão sobre a popularidade.

Sabe quando você acorda naquela manhã e, por mais que a casa esteja cheia, você está sozinho? É como quando você faz aniversário, mas, por mais que a casa esteja cheia, você sabe que ninguém realmente se importa por aquele ser ‘o seu dia’.

Talvez isso seja a popularidade. Ter milhares de amigos sem saber o que é a amizade, o que é tão estranho como escrever uma canção de amor sem estar apaixonado.

Mas, sabe, eu não sei quem é o Percy. Uma hora ele é o cara mais maneiro do mundo, o que assiste filmes de comédia comigo, o que me ensina a dar mortal, o que me livra de uma encrenca com o meu pai. Porém na escola não é como se as coisas fossem as mesmas. Lá ele é uma espécime de humano divino, ao qual todos conhecem e ninguém discute. Já eu sou a nerd invisível que não tem amigos.

E talvez seja por isso que nos odiamos.

Não temos nada em comum, o que nunca vai mudar. Nunca teríamos futuro em nada que fizéssemos juntos, muito menos em tentar perdurar uma amizade por 50 dias. É mal, é torturante. Não temos nada em comum.

E é por isso que eu o odeio.

Odeio cada pedalo dele, desde a forma que ele respira até a forma com que ele meche os cabelos e sorri pra mim. Odeio ter que fingir que nada acontece, principalmente que tudo isso não passa de um trabalho estúpido.

Quando você acha que finalmente o conhece, descobre que ele não passa de um cara controlado pela namorada, mas que ainda tem que aguentar uma pirralha irritante e inútil.

E, me desculpe, mas eu não sei mais por quanto tempo vou aguentar.

E esse é o principal motivo de eu te odiar”

Fui embora.

Sim, eu abri a porta e me sentei em um banco da praça que ficava na frente da casa de Percy. Não chorei, mas também não conseguia respirar.

Como aquela piranha sabia de Luke e Thalia? Eu jamais contara para ninguém. E o pior era que dessa vez eu não poderia colocar a culpa em Percy, porque nem ele sabia.

Aquilo era meu, o que eu vinha guardando toda a minha vida.

Mas quando eu achei que não ia mais aguentar, senti Percy se sentar do meu lado, colocar as mãos no meu cabelo, fazendo cafuné e colocando a cabeça no meu ombro.

Senti a minha pele queimar quando ele virou a minha cara lentamente e colocou os lábios sobre a minha testa, ficando quieto apenas respirando.

A minha maior surpresa foi quando ele me soltou e pegou um papel e uma caneta, escrevendo do meu lado para que eu pudesse ler.

“Eu odeio seus olhos

Senhor Quíron, devia lhe enformar que essa carta não é como as outras. Dessa vez não é apenas pra você, ou mesmo uma forma de expressar o meu ódio intenso sobre algo nela. Hoje eu escrevo pra ela, apenas pra loira chata que eu tive o prazer de conhecer.

Não sei o que falar, mas eu tenho que admitir que a coisa que eu não sei se gosto ou não nela são os seus olhos cinzentos e tempestuosos, que sempre parecem te perfurar e arrancar todas as suas informações.

Quando eu sinto alguma coisa, é como se ela sempre soubesse. Aquelas órbitas enormes ficam sempre arregaladas, e isso incrivelmente me faz sentir bem.

Mas o pior é que quando ela sente alguma coisa, eles também não escondem, como se ela tivesse um olhar para cada situação.

Quando ela está assistindo algum bom filme, ou ouvindo sua música preferida, é como se eles abrissem e se enchessem de brilho. Mas quando ela está apenas fazendo algo por obrigação, eles perdem a cor.

E, bem, eu teria todos os motivos para odiar eles (já que os mesmo sempre parecem me ler), mas eu os amo. Sim, isso é estranho, né? Eu realmente amo algo nela.

No bom sentido, claro. Na coisa mais fraternal e tudo.

Mas, ainda sim, eu amo isso nela”


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Notas finais do capítulo

Hellow, galera! Espero que tenham gostado desse capítulo, porque eu achei ele bem maneiro kkk
Não esqueçam de olhar no meu perfil, e podem falar comigo por qualquer uma delas. Prometo que até lá não vou deixar vocês sem respostas kkkkkk. Estou muito ansiosa pra ter vocês também nas redes sociais que eu criei só pra falar com vocês *---*
E também não esqueçam dos meus reviews XD
Beijocas, com amor, Mayy