50 Coisas que eu Odeio em Você escrita por Mayy Chan


Capítulo 11
Eu odeio o treino


Notas iniciais do capítulo

Gente, aqui é a Lulu, uma das melhores amigas da Mayy. Hellowis, amoritwas *U*
Bem, a May está muito ocupada esses dias, então ela me pediu pra postar pra vocês, as "amoras" dela.

"Oi, babys. Eu sei que eu demorei pra caramba, mas é que eu estou super cheia de coisas pra fazer esses dias. Então eu recompensei com um capítulo grande. Uhul!
Okay que a Luh teve que me dar uma ajudinha, mas espero que ela seja normal quando postar isso kk.
Prometo que, agora, com ela me ajudando, vou postar mais rápido que nunca, okay?
Beijocas, espero que gostem, boa leitura, Mayy *u*"

Bem, é isso.
Boa leitura, cupcakes.



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Estava treinando como nunca depois que deixava a Annabeth em casa. Sério mesmo. Todos os dias tínhamos que dar voltas e mais voltas no campo, pra depois alongar, esquentar e aí sim jogar como loucos, com roupas quentes e milhares de equipamentos de proteção.

Hoje era o dia era uma merda pra jogar. Primeiro que o Sol esqueceu de Nova Iorque, fazendo com que nós, pobres nova-iorquinos, morrêssemos de frio, ainda por cima com neve no gramado, o que fazia que um retardado escorregasse de dois em dois minutos.

Só que isso, de forma alguma, ia impedir do treinador Hedge pegar pesado com a gente, fazendo-nos dar voltas e voltas no campo, alongar, esquentar e depois pegar pesado no treino.

— Vamos lá, cupcakes! Vocês são homens ou o quê?!

Seus gritos eram altos o bastante para ouvir de qualquer lugar do campo de futebol, ou seja, suas cordas vocais eram praticamente desumanas, assim como sua vontade de torturar pessoas.

Assim que o treino acabou, fui para o vestiário. Cara, você nunca vai ter noção de como é ficar sem camisa quando há dois minutos atrás era como se você estivesse segurando o céu com as próprias costas.

A dor era imensa mesmo que eu já estivesse acostumado. Estava cansado pra caramba, mas tudo o que eu precisava era apenas de um bom banho gelado e dormir o resto do dia todo.

No entanto, quando eu vi um tufão de cabelos loiros com camiseta do Pokémon e uma calça jeans clara. Ah, claro, não podemos esquecer do All Star amarelo e o sorriso de um aparelho discreto recém-colocado na boca. E, obviamente, seus óculos enormes.

— Tá fazendo o que aqui, Chase? — fui de encontro a ela, que estava na frente do meu armário de roupa.

— Tenho. Lembra que eu cheguei atrasada hoje? Pois bem, a diretora me odeia. Minha detenção é treinar com vocês, naqueles equipamentos de peso e tal.

— Calma, ela deve ter avisado pra pegar leve com você. Mas, claro, você tem que usar outras roupas. Vai falar com o professor pra ele te emprestar um uniforme.

— Onde é que é isso?

— É só entrar por onde os jogadores saem pra entrar em campo. Ele provavelmente vai estar lá.

— Tá bom

E ela foi, me deixando com um time de garotos completamente loucos, que tudo o que queriam era disputar mais um lugar debaixo do aquecedor enquanto não chegava a hora de chegar pro campo.

Assim que ela voltou, estava apenas com um short pequeno e uma camiseta. Resolvi perguntar antes mesmo que ela relutasse, resolvi perguntar.

— O que você está fazendo sem uma blusa de frio.

— Você não é meu pai, Jackson. — indagou ela com os lábios roxos e tremendo.

O time se juntou envolta dela, todos olhando-a como se fosse uma espécie rara de animal em um zoológico. Engraçado como as coisas conseguem ficar cada vez mais e mais estranhas a cada segundo, né?

— Cabelos loiros, pernas magrelas e roupa de desenho animado. Ela é a melhor amiga da Grace. — indagou o di Angelo com o seu costumeiro tom de baixo e profundo.

— Não me interessa quem eu sou para vocês, suas aberrações grotescas. Tudo que eu quero é um casaco limpo e bem quentinho. E não podemos esquecer que tem que caber em mim.

— Quer uma roupinha de Barbie, Chase? — riu Luke.

— Agradecida, mas não, Castellan. Prefiro ser uma macaca se o Ken for você.

Cara, por que eu ri disso? Quer dizer, o time todo riu, inclusive o próprio Luke, com uma cara engraçada. Pelo que eu sei, os pais deles trabalham juntos ou coisa do tipo. Mas ele tem interesses por outra menina, então não vou considera-lo um risco para a sanidade da loira insuportável.

— Aqui. Não é o seu tamanho nem de longe, mas eu sou o único cara que realmente tem roupas limpas aqui. — entreguei pra ela o meu casaco antigo do time, que eu parei de usar por ficar pequeno.

Quando ela colocou, parecia que ele estava a engolindo. Cobriu não só seu short, como também seus braços.

— Eu preciso de fita adesiva e clips. Vamos, é pra hoje!

Assim que ela parou de gritar, Nico a trouxe os itens pedidos. E, cara, é impressionante como clips e fita podem fazer ajustes extremos nas roupas.

Depois ela prendeu o cabelo em um coque e a franja enorme com um daqueles prendedores pequenininhos.

— Pronta para o abate. O que eu tenho que fazer agora?

— Sente-se, Chase. — gritou Hedge entrando na sala de supetão já gritando, fazendo que a mesma o respeitasse. — Sabe dar cambalhotas? Quebrar pescoços? Quebrar a cara de vagabundos?

— Olha, quando o Jackson me passa raiva...

— Nã nã ni nã não. Ela não vai entrar pro clube de luta, treinador. Não é seguro ainda, porque ela é agressiva mais que é possível para um ser.

— Então você tem que aprender a ser uma líder de torcida. Vamos, vamos, meninos, a segunda fase do treino vai começar. E você, Jackson, como capitão do time, vai ajudar ela. Os outros também, mas agora eu quero que vocês entrem naquele campo e me deem um touchdown.

— Mas professor, eu já tenho que ver ela de tarde por causa de um trabalho e...

— Se quiser continuar no time é melhor essa menina aprender a se virar no meio.

Eu olhei pra ela e ela me olhou. Nós somos muito retardados, cara.

— Então me mostre o que sabe de melhor, Annie.

A loira se sentou no chão e, dando impulso, deu uma cambalhota muito feia e estranha pra caramba, que mais parecia um tatu bola lutando por um pedaço de cocô.

— Tanãm!

— Bota casaco.

— Mas eu já estou de casaco.

— Não desrespeite as regras do kung-fu profissional. Bota casaco.

— Você é idiota, Jackson. Muito idiota. Do que você está falando?

— Kung-Fu e suas regras. Bota casaco.

Vendo que ela não era uma pessoa tão sábia das regras do kung-fu como eu, acabei por desistir e fazer isso na marra mesmo.

— Vem cá. — puxei-a para um local do campo em que poderia tentar ensinar algo pra ela, sem o risco de sermos acertados por uma bola rápida.

Quando chegamos, pedi pra ela se curvar levemente, o que ela fez relutante. Coloquei uma mão em sua barriga e a outra na parte de trás do seu joelho, dando impulso no ar e fazendo com que ela desse um mortal de costas.

— Entendeu como é pra ficar mais ou menos?

— Mas como eu vou aprender a fazer sozinha? Eu quero rodar outra vez!

— Sei lá. Você sabe dar abertura?

— Não.

— Ponte?

— Não.

— Segurar uma menina com uma mão?

— Sem chance.

— Estrelinha.

— Nem.

— É, acho que vai ser um desperdício e tanto de tempo. Vou falar com o treinador, mas pode se garantir livre dessa humilhação. Ah, e se ele perguntar, você distendeu o dedão, okay?

— Okay.

Ela foi embora, e eu fui atrás assim que dei a deslavada desculpa para o treinador, que aceitou como se não estivesse nem aí, coisa que eu aposto que era realmente verdade.

Estar com Annabeth havia se tornado minha rotina, mas admito que os melhores dias era quando não tínhamos nada com o que se preocupar a não ser o trabalho de redação.

E, claro, eu tenho que admitir que eu realmente gosto de ir pra casa dela, mas ainda prefiro a minha. Não sei, mas é como se ela não ficasse confortável na própria casa.

Por isso, hoje, fomos pra minha, onde, ao entrarmos, fomos envolvidos pelo aquecedor que estava no máximo, fazendo que ela soltasse um gemido de satisfação.

— Olá meninos. — indagou a minha mãe com uma felicidade que chegava a ser engraçada. — Eu fiz muffins. Espero que gostem.

Pegamos um cada e, assim que o coloquei na boca, pude sentir a mistura de chocolate com canela que eu sou completamente apaixonado desde que me entendo por gente.

— Uau! Está uma delicia, mãe.

— Concordo plenamente, senhorita Jackson. Me lembra os que minha mãe fazia.

Notei que a sua expressão ficou mais triste quando citou a mãe, o que deixou um ponto de curiosidade na minha cabeça, que insistia em perguntar milhares de vezes o que isso queria dizer.

— Annie, quer ir no jogo de amanhã? Sem torcida, claro.

Olhei a com uma cara de “por favor”. É, acho que eu sou um ótimo ator, porque tudo que eu queria falar era “Eu tô cansado pra caramba, mas você está aqui e é como se introduzissem energético no meu sangue.”

— Claro, preciso mesmo me superar daquele quase treinamento pra líder-de-torcida.

— Decidiu entrar pro clube de torcida, Annie?

— Sem chance. Era meu castigo, mas nem isso eu consegui cumprir. O meu máximo é uma cambalhota.

— E muito mal dada, por sinal. — ri.

— Querida, na minha adolescência, eu não sabia nem dar estrelinha. Aí um dia eu fui tentar entrar pro clube de torcida, pra conquistar Apolo, um cara do time de futebol. No final, eu acabei escorregando e tive que ser socorrida por outro cara, também do time. Agora adivinhe quem era esse cara?

— Algum parente distante de Albert Einstein?

— Não, mas bem que podia ser. Esse cara era o pai de Percy, um cara que era do tipo que todas as meninas gostavam, só que não passava de um desastre ambulante.

— Conte-me mais sobre isso. — indagou a loira se sentando em uma bancada no balcão, do meu lado e de frente pra minha mãe.

— A música era Bad Reputation, o que foi engraçado quando ele entrou na quadra. Eu, desastrada como sempre, acabei por escorregar e cair com tudo no chão. E, claro, ele, pra não perder a pose de galã, me ofereceu a mão pra me ajudar a levantar.

— E você aceitou?

— Não. Na verdade eu chutei a canela dele com tanta força que ele acabou por cair. Eu me levantei e fui embora o deixando lá, caído. Dois meses depois estávamos namorando. Ele largou as festas, bebidas e mulheres na época. Pena que, logo após, tudo voltou ao estado normal e nós nos perdemos.

— E não tem chances de voltar?

— Ele não era meu príncipe encantado, entende?

— Pra isso existem os sapos. Nojentos, idiotas e meio sem cérebro. Por exemplo o Percy. Só que, bem, ele já tem a “princesa” dele.

Elas começaram a rir e eu também. Com a mão livre, baguncei os cabelos da Chase, como eu fazia com a minha mãe nos dias em que ela estava bem humorada.

— Pelo menos eu tenho uma namorada, Chase. Está esperando o que pra avançar sobre o Will Solace? Não é você mesma que diz que os opostos de atraem? — encarei-a divertindo com a sua cara.

— Depende do oposto, né Jackson? Não é só porque é burro, feio e chato que tem que ser o cara da minha vida.

— Admite logo que eu sou o seu oposto perfeito e, de bônus, o amor eterno da sua vida, Chase. — ri.

— É feio mentir, Jackson.

Não sei o que me deu na cabeça na hora, mas puxei sua cara dando um beijo estalado na sua bochecha, coisa que eu não fazia há anos. E logo após repeti o processo com a minha mãe.

Tudo bem que a loira enrugou toda a cara e depois passou a mão na bochecha, limpando-a no meu casaco, que ainda estava com ela. Mas eu não estava nem aí, claro.

— Vou tomar banho, meninas. Não morram de saudades.

— Ah, Percy, eu não esqueci do seu aniversário não, okay?

E foi assim que eu senti como se o peso da Terra tivesse caído sobre mim outra vez.


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Notas finais do capítulo

Bem, a Mayy pediu para que, no final, vocês me dissessem se apoiam com que eu continue ajudando ela com os capítulos e a postá-los. Se sim, é apenas colocar nos comentários rapidinho. Juro que não vai arrancar dedinho de ninguém.
Agora também podem me perguntar qualquer coisa e falarem se querem que ela responda os reviews e tal.

Beijocas e espero que tenham gostado de mim.

Não se esqueçam dos reviews XD