Alinhamento Astral. escrita por Luali Carter, Rocker


Capítulo 21
Capítulo 20 – Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!!
É isso mesmo, sou euzinha, a Luali... Devo mil desculpas à vocês, eu sei. Mas garanto que tenho pelo menos um bom motivo entre os três que vou dizer:
Primeiro: Eu viajei pra vários lugares sem internet e sem computador... Por isso demorava tanto para responder os comentários... Desculpem-me por isso, de verdade.
Segundo: Estava com a minha família; minha mãe e minha tia mal deixavam pegar no celular, quanto mais no computador... E eu odeio postar pelo celular, vocês sabem como é, né?
E terceiro e mais importante: Semana passada minha prima sofreu um AVC. Agora ela está no hospital, no CTI. E, tipo, foi muito grave. Ela só tem trinta anos e é minha madrinha ainda por cima. Estou meio sem cabeça pra escrever esses dias... Então, me perdoem pela demora.
Espero que entendam e gostem do capítulo! ^.^



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Capítulo 20 – Surpresa!

LUA

Às vezes acho que minha amiga não tem muita criatividade. Ou deve ser o sono afetando seu cérebro? Não importa. Mas que brincadeira genial... Perseguir uma filha de Poseidon no mar?! Por favor... Ninguém merece.

Depois desse momento de crianças correndo no mar, Charlie, Nico e Leo já estavam cansados e queria voltar para a areia. Eu, como a amiga compreensiva, juntei-me a eles e ficamos embaixo do guarda-sol. Eu dividia uma toalha com Leo e Charlie e Nico dividiam a outra.

Leo me abraçava por trás e estávamos de frente para o mar. Ele distribuía beijos pelo meu pescoço. Então vi um grupo de surfistas passando com suas pranchas. E uma luz surgiu. A vontade de surfar cresceu dentro de mim. Olhei para Leo:

– Leo, eu estou sentindo que algumas ondas perfeitas estão pra chegar. Vamos surfar?! – perguntei com um tom de esperança na voz.

– Pequena Sereia, sinto muito. Mas não surfo com você por dois motivos. Primeiro: eu ainda estou cansado. Você é a única que não se cansou. – ele abriu um sorriso quando eu fiz um biquinho. – E segundo: eu não sei surfar.

Não entendi bem o motivo, mas Charlie começou a rir. Eu me virei pra ela e pra Nico:

– E vocês dois?! Quem vai surfar comigo?! – perguntei ainda com uma pequena esperança dentro de mim. – E Charlie, não venha me dizer que você não sabe surfar, porque você já me disse que sentia falta de “pegar uma onda”.

– Não vou mentir, Lua. Eu sei surfar, mas não estou a fim de fazer nada agora. Eu quero dormir. – respondeu Charlie, ainda com um sorriso no rosto. Pelo tom de voz indiferente não deu pra saber o que ela realmente estava sentindo. E nem pelos olhos, que estavam cobertos pelos óculos escuros.

– Sinto muito, Lua. Mas eu estou na mesma situação que o meu amigo aí. Não sei nem como segurar uma prancha. Quem sabe outra vez, quando eu aprender?! – respondeu Nico.

– Poxa grandes amigos eu tenho! Eu fico aqui de bobeira com vocês, mas ninguém quer surfar comigo?! – então eu fiz um biquinho e cruzei os braços, feito uma criancinha fazendo birra para que a mãe comprasse o brinquedo que ela queria.

Mas Leo me deu um selinho e o bico desapareceu rapidamente, sendo substituído por um sorrisinho.

– Por que você não vai surfar sozinha?! Qual é o problema?! – perguntou Leo em um tom meio brincalhão.

– Não é legal surfar sozinha. E além do mais, eu odeio ficar sozinha. – eu estava na defensiva.

– Ai meus deuses, mais que bebê essa minha amiga! Tudo bem Lua! Eu surfo com você! Satisfeita?! – disse Charlie, derrotada.

– Muito. Vamos?! Ainda temos que conseguir as pranchas! – então puxei minha amiga pela mão. Estava tão animada que nem deu tempo pra despedir dos meninos, levei minha amiga na direção dos surfistas que estavam parados com as pranchas embaixo dos braços.

– O que você está fazendo? – Charlie quis saber. Ela estava confusa.

– Conseguindo nossas pranchas. É só você pedir pra esses caras aí que vão nos emprestar as pranchas rapidinho. – eu disse com um sorrisinho. Mas Charlie fez uma careta.

– Como assim?! Eu já disse que não quero usar esse poder. – disse Charlie me puxando de volta pra onde os meninos estavam sentados.

– Espera! E quem disse que precisa usar seus poderes?! Você não conhece os homens?! Não sabia que basta uma menina bonita pedir um favor que aparecem dez meninos pra ajudar?! – cara a Charlie complica muito as coisas. É tão simples. – Já fiz isso um milhão de vezes. É só pedir com educação. Observe.

Eu dei um sorriso e me aproximei dos rapazes surfistas. Eram uns cinco caras altos e musculosos. Todos com uma prancha embaixo do braço esperando o momento perfeito pra entrar na água. Eu sorri para os garotos e eles retribuíram o sorriso. E eu disse:

– Olá rapazes! Eu sou a Lua e essa é minha amiga Charlie. A gente não é daqui, mas queria muito poder pegar uma onda. Será que alguém pode emprestar uma prancha pra mim e outra pra ela?! – Charlie ficou de queixo caído quando os cinco meninos estenderam a prancha na nossa direção. Eu enviei um olhar pra ela e ri.

– Obrigada, garotos. Mas só precisamos de duas. – Charlie entrou na brincadeira. Ela pegou uma prancha e eu peguei outra. Fomos correndo para o mar.

Quando a água bateu no meio da nossa perna deitamos na prancha e fomos remando para longe. Chegamos num ponto em que a água estava calma e nos sentamos olhamos uma para a outra e rimos.

– Luali Carter, como você fez aquilo?! – perguntou Charlie totalmente curiosa. – Eu segui seu raciocínio mas não entendi sua lógica. Pode me explicar. Agora.

– Charlie, é simples. Homens quando querem alguma coisa com alguém, são capazes de matar. E os surfistas quando se interessam por alguém, emprestam as pranchas. É sempre assim. Basta entender qualquer coisa de homens.

– E desde quando você entende alguma coisa do universo masculino?! – nunca vi Charlie tão curiosa.

– Desde quando eu observo tudo a minha volta, ou seja, desde sempre. – eu disse rindo da cara de Charlie. – Mas se prepara que a próxima onda eu vou controlar.

– Tá, mas pega leve. Faz um tempo que eu não surfo. – o tom na voz de Charlie sugeriu uma insegurança. – Estou pronta.

~*~

Depois de várias ondas, tubos, floaters, rasgadas e de dropar várias vezes. Eu e Charlie resolvemos parar e aproveitar mais um pouco com Leo e Nico.

Passamos pelos surfistas que nos elogiaram e pediram nosso telefone.

– Desculpa meninos, mas quem sabe da próxima vez?! Já estamos acompanhadas. E obrigada mais uma vez pelas pranchas. – respondi educadamente. – Tchau! – e nos afastamos dos surfistas acenando.

Enquanto íamos à direção de Leo e Nico eles se levantaram e vieram ao nosso encontro de braços estendidos. Leo me abraçou pela cintura e eu passei meus braços pelo seu pescoço. Ele me levantou e me girou. Então meus lábios encontraram os dele e nos beijamos profundamente, sem nos preocuparmos com todos a nossa volta. Mas o ataque de ciúmes de Nico não deixou que eu aproveitasse tanto assim o beijo quanto eu queria. Ele estava discutindo com Charlie alguma coisa a respeito dos surfistas.

– O que foi aquilo com aqueles idiotas, Charlie?! – perguntou Nico num tom irritado.

– Que idiotas?! Aqueles surfistas ali?! – Charlie apontou para os caras que nos emprestaram as pranchas. – Ah, eles só pediram nossos telefones.

Nico começou a ficar vermelho de raiva: - E você passou seu número, Charlie?!

– Claro... – Charlie deu um sorrisinho, ela estava se divertindo com a reação exagerada de Nico – que não. Semideuses não têm telefone. – então eu, Charlie e Leo começamos a rir. E Nico ficava cada vez mais vermelho, provavelmente porque não era a resposta que ele esperava ouvir. – E além do mais, já estou acompanhada, não é?!

A expressão de Nico suavizou e Leo já não aguentando a tensão disse: - Mas que manobras foram aquelas?! Vocês arrasaram!

– Obrigada. Mas as ondas nem estavam tão boas assim... Digamos que eu dei um empurrãozinho... Mas obrigada assim mesmo.

– Para com isso, Lua. Vocês duas surfam muito. Principalmente a Charlie... – disse Nico voltando a ficar vermelho, mas dessa vez de vergonha.

A Charlie pareceu gostar do comentário, porque abraçou Nico e eles se beijaram. Eu me virei para Leo e ele olhava para mim de volta com uma cara que dizia claramente “não quero ficar perto desses dois aí”. Eu concordei com a cabeça eu peguei minhas coisas que estavam dentro de uma bolsa, peguei a mão de Leo e saímos passeando pela praia.

~*~

Ao pôr do sol, estávamos sentados em um canto mais afastado da praia. Havia algumas crianças procurando conchinhas e as mães observando ao longe. Eu e Leo estávamos conversando sobre coisas sem muita importância até que ficou um silêncio um pouco desconfortável. Fiquei aliviada quando Leo resolveu quebrá-lo:

– Lua, preciso te fazer uma pergunta. – e como eu não disse nada ele prosseguiu: - Lua, desde que eu conheci você eu soube que eu sentia alguma coisa. Quando você foi ao acampamento, eu soube que era mais forte do que eu pensava. Você tinha ido embora, mas quando voltou no outro dia eu tive uma certeza. Mas quando você disse que sentia o mesmo por mim, lá na sorveteria, eu entendi que eu não queria mais nada, não precisava de mais nada. Para mim, você é tudo. Eu te amo, e faria qualquer coisa por você. Mas hoje pela manhã, quando eu acordei, eu percebi que no meio de tanta certeza ainda tinha uma dúvida. Só uma. E é por isso que eu quero saber... Lua, você...

Mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa, eu reparei uma tremulação na água e de lá saiu um homem. Um homem alto que emanava uma calmaria e a pele bronzeada. O homem tinha uma carranca estampada no rosto. Poseidon sempre interrompia na hora mais inoportuna.

– Lua, o que você pensa que está fazendo? – juro que se esse deus na minha frente não fosse meu pai, eu teria sacado minha espada e feito um belo estrago. – Eu já disse que não queria você e esse moleque juntos.

– O que eu estou fazendo?! Vamos ver... estou passeando com o menino que eu amo e conversando com ele até que você nos interrompeu... É isso que eu estava fazendo... E mais, eu vou continuar junto com ele enquanto ele me quiser por perto. Ah, e esse “moleque” tem nome, e é Leo.

– O que você quer dizer com “menino que eu amo”?! Você é muito nova pra saber o que é amor! – disse como se isso fosse um argumento. Mas longe disso.

– Você pensa que só adultos podem se apaixonar?! Mas engravidou minha mão quando ela tinha dezessete. Pai, posso ter a aparência de dezesseis, mas tenho na verdade mais que isso e você sabe muito bem disso. E não tem idade para o amor. – cara foi a frase mais clichê que eu já disse, mas também é uma verdade.

– Espera, o que você está querendo dizer envolvendo sua mãe nessa nossa conversa? – perguntou Poseidon, incrédulo.

– Eu só estou dizendo que ela te amou, quando ela menos queria. Ela não realizou o maior sonho da vida dela porque a consequência de ela ter passado a noite com você sou eu. E se ela estivesse na Caçada ela não estaria morta nesse momento... É isso que eu queria dizer. – desabafei. Eu estava à beira das lágrimas e Leo me amparou. – Eu estou te dizendo que tudo é culpa sua. Eu amo Leo e vou ficar com ele enquanto ele me aturar... E você não tem o direito de me pedir o contrário. Ele é quem me faz feliz.

Eu não sei em que ponto eu consegui amolecer o coração de Poseidon. Eu não sei quando foi que ele ficou com cara de tacho. Mas o que eu sei é que o que ele disse a seguir me surpreendeu mais que qualquer coisa vinda daquele homem.

– Lua, quero ter uma conversa com esse garoto. Tenho que saber algumas coisas antes.

– Antes de quê?! – eu quis saber. Eu tinha o direito.

– Antes que ele termine o que queria te perguntar. Por favor, pode nos deixar a sós por um minuto?! – pediu Poseidon muito educadamente. E eu apenas olhei para Leo que fez que sim com a cabeça, como se dissesse que estava tudo bem.

– Tudo bem. Vou comprar uma água e já estou voltando. – Eu disse isso e Leo deu um beijo na minha testa antes que eu me afastasse. É impressão ou ele estava desafiando meu pai?!

Então eu me afastei deixando um Leo assustado com meu pai, Poseidon.

~*~

Quando eu voltei encontrei Poseidon rindo de alguma coisa que Leo disse. Espera! Para o mundo que eu quero descer! Não tem nem dez minutos que eu deixei esses dois sozinhos quase se matando com um olhar e agora eles estão rindo?!

– Qual é a graça?! O que aconteceu?! - eu perguntei mais que curiosa.

– Esse garoto é muito engraçado, filha! Está explicado o porquê você gosta tanto dele. Vocês têm o meu consentimento. Podem continuar de onde pararam ou sei lá... Sei que eu nunca vi ninguém tão determinado. E uma última vez, Leo Valdez. Toma conta da minha princesa. – disse Poseidon se voltando pro mesmo ponto de onde viera.

– O que aconteceu aqui?! – eu perguntei para Leo que ignorou minha pergunta.

– Não importa. Só posso dizer que seu pai é mais legal do que parece. – Leo disse me abraçando. Ele colocou uma mão no meu rosto e fez com que eu olhasse no fundo dos seus olhos. – Poseidon queria saber quais as minhas intenções. – ele disse isso com um sorriso irresistível.

– E quais são suas intenções, Sr. Valdez?! – Eu perguntei com um sorrisinho inocente.

– Pequena Sereia, você quer namorar comigo?! – perguntou Leo olhando bem fundo nos meus olhos. Eu estava perdida no mar castanho daqueles olhos.

Eu não sei de onde eu tirei forças pra dizer: - É tudo o que mais quero.

E então nos beijamos como nunca. Um beijo profundo, doce e intenso. Não nos importamos com nada. Só a necessidade de ter o outro para si. E a sensação de que nunca seria suficiente. O fato de que precisávamos um do outro.

Eu pertencia a ele e ele pertencia a mim.


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