Lady Death I - Desires escrita por Leena C Anderson


Capítulo 7
Rainha da Máfia


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está completamente divo, e o nosso querido Edgar Le Blanc aparece nele, de forma completamente autoritária e poderosa. A Emy também está bem diva nele.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448108/chapter/7

Damien estava sentado em uma mesa ao fim do local, conversando com um homem desconhecido. Ele poderia estar dezenove anos mais velho do que da última vez que eu o vira, mas tinha certeza de que jamais esqueceria seu rosto. Por mais que eu odeie admitir, ele havia envelhecido de forma tão boa quanto meu pai. Seus traços ainda continuavam os mesmos, porém de forma mais madura, e com algumas rugas se formando, o que era inevitável. Seu cabelo castanho-claro estava um pouco mais escuro, o que provavelmente foi ocasionado por uma pintura. Ele parecia estar bem seguro de si naquele momento, e eu estava completamente agradecida pelo fato de ele ainda não ter notado minha presença. Sabia que, uma hora ou outra, ele iria perceber que estava ali, e minha decisão foi ignorar. Não contaria à Henry que ele estava ali, nem ao menos ficaria incomodada. Iria agir normalmente, como se sua presença não me atrapalhasse, ou como se não soubesse quem ele era.

– Você fez um ótimo trabalho com o segurança, Lady. - Henry comentou, se aproximando de mim e passando seu braço pelo meu - Vamos nos sentar?

– Obviamente sim, Henry. - respondi, voltando a colocar minha máscara de superioridade e poder.

Caminhamos de forma vagarosa até uma mesa que também se encontrava no fundo lugar, porém ao lado oposto de onde Damien estava. Felizmente, fiquei de costas para a mesa, o que deixou o meu papel ali muito mais fácil. Se Damien começasse a me observar, apenas receberia um olhar repreensivo de Henry, nada que indicasse algo pessoal.

Poucos minutos depois, um garçom bem vestido passou por nossa mesa, deixando duas taças de champanhe e um envelope.

– Mack mandou entregar isso à você, Senhorita. Disse que deve seguir as instruções aí escritas. - o garçom indagou, esperando alguns segundos antes de sair - Com licença.

– Não finja estar surpresa, Emy. Você já sabia que ele inventaria algo do tipo. O que está escrito no envelope? - Henry questionou, me encarando como se esperasse por algo tão importante quanto a notícia de um apocalipse.

– Não sei. Desliguei minha visão de raio-X antes de sair de casa, Henry. - debochei, já que ainda não havia nem ao menos tocado no envelope.

– O que está esperando para abrir? Sabe que ele irá causar uma grande confusão se você não se submeter ao que está escrito. - ele disse, ignorando minha piada. Bebi um gole de champanhe antes de falar.

– Sem dúvidas. - respondi, abrindo cuidadosamente o envelope bem lacrado.

Demorei alguns segundos para abrir o envelope, tirando um pequeno pedaço de papel de dentro dele, que continha algumas poucas frases.

Querida Rainha da Máfia, fico feliz por estarmos nos vendo novamente... Ou nem tanto. Sei que provavelmente temos muitos motivos para nos desentendermos, e para acabar com isso de uma vez por todas, espero que vá até onde as seguintes instruções indicam:

–> Saia do prédio e vire na primeira esquina à esquerda, estarei lá e a conduzirei para um local apropriado para nossa conversa. Como sei que não irá sozinha, pode levar seu segurança.

Assim que terminei de ler, mostrei o papel à Henry, que me olhou como se perguntasse à mim o que fazer. Me levantei, fazendo-o fazer o mesmo. Saímos de forma rápida do local, seguindo as instruções escritas e chegando a uma espécie de beco sem saída, onde Mack nos esperava, assim como estava escrito.

– Que bom que veio, Lady...- ele disse, pegando uma de minhas mãos e levando de forma delicada até seus lábios.

– O que quer, Mack? - questionei, encarando-o de forma quase ameaçadora.

– Apenas uma conversa amigável que beneficiará os dois lados. Venha comigo, Lady. – ele se virou e abriu uma porta que se encontrava em uma das paredes do beco, que era coberto pela escuridão.

Mack direcionou a mim e à Henry até uma sala espaçosa, que se encontrava no que parecia ser um velho escritório. A decoração parecia não ter sido mudada, já que as paredes descascavam e os móveis eram cobertos de poeira.

– Sente-se, Lady. - Mack disse, puxando educadamente uma cadeira para que eu me sentasse.

– O que quer, Mack? - perguntei novamente, enquanto ele se sentava em uma cadeira à minha frente. Henry permaneceu parado atrás de mim, pronto para qualquer tentativa abusiva que Mack tentasse fazer.

– Um acordo. - ele indagou, indo direto ao ponto - Eu não gosto de admitir, mas sei perfeitamente de que meu cargo corre riscos, e de que a substituta mais votada é você, Emy. - ele começou, me encarando como se esperasse alguma reação por ter me chamado por meu nome.

– Não tenho interesse algum em seu cargo, Mack. - comentei, encarando-o da forma mais ardilosa que conseguia.

– Digamos que isso não importa para todas as outras pessoas que estão na reunião, atrás dessa parede no momento. - ele olhou fixamente para a parede a alguns metros de mim.

– Não há nada que eu possa fazer em relação à isso, Mack. - comentei, parando de falar por alguns segundos - Se quiser que eu deixe isso bem claro...

– Não, isso não iria adiantar. - ele afirmou, parecendo estar pensativo - O acordo que proponho é bem simples.

– Prossiga. - disse, direcionando toda minha atenção à ele.

– Sugiro que pare de vir as reuniões, e que pare de se relacionar com outros mafiosos por determinado tempo. - ele disse, me observando com atenção, como se estivesse curioso para saber minha reação.

– Que tipo de sugestão é essa? - questionei - O que você está querendo com isso? Me tirar dos negócios?

– Jamais desejaria uma coisa dessas, Lady...- ele suspirou e logo depois prosseguiu - Eu simplesmente quero provar à eles que você não está interessada nisso. O melhor jeito? Fazendo-os perceber que não se importa com isso tudo. Fique um tempo afastada, não venha às reuniões. Eles irão perceber que não quer o cargo, ou ao menos irão parar de desejar que assuma-o.

– E porque eu deveria aceitar tal proposta? - questionei, de forma séria e quase interessada.

– É aí que entra o acordo, querida Rainha da Máfia...- ele começou, esboçando um sorriso quase divertido - Obviamente, irei lhe pagar uma ótima quantia para fazer isso.

– Então é essa sua proposta? - perguntei, dando uma risada debochada - Me subornar para não colocar seu cargo em risco? Que tipo de mafioso faz um negócio de tal calão, Mack? Não tem segurança suficiente para simplesmente vencer o jogo? Precisa me tirar da jogada, de forma completamente suja, para vencer? Um bom mafioso não precisa disso... Sei que está perfeitamente consciente disso. Não tem segurança suficiente em suas ações para jogar de forma limpa, mesmo sendo um criminoso? É algo realmente desprezível...

– Não me subestime dessa forma, Lady Death. – aquelas palavras foram ditas forma quase ameaçadora.

– Você é que está subestimando à si mesmo, Mack. Porque não prova que tem capacidade suficiente para manter seu cargo sozinho? Será que é incapaz, Mack? Seria uma pena... - o provoquei, fazendo-o cerrar os punhos.

– Sou perfeitamente capaz de fazê-lo, querida Lady Death, mas creio que meus sócios não pensem o mesmo. Você sabe que os negócios têm muito a ver com a reputação, e como a maioria das pessoas no salão de festas não confia muito em meu potencial, creio que minha reputação não esteja muito em alta, e talvez se você considerar a proposta isso possa mudar. Não estou pedindo para que desista de seu império, Rainha da Máfia, estou simplesmente dizendo que um pequeno afastamento temporário do meio de comunicação entre as maiores corporações mafiosas faria bem aos dois lados. Você é Emilly Rose Le Blanc, não precisa de um evento como esse para promover seus negócios, e tem ótimos recursos, assim como parceiros suficientes para derrotar metade das pessoas naquela sala.

– E quem é você, Mack? - questionei, apoiando os cotovelos sobre a mesa e encarando-o com um olhar predador - Você é simplesmente um criminoso comum que matou um mafioso e se achou digno de substituí-lo. Mostre que é capaz, Mack. Ninguém acredita em seu potencial, e não é tirando a sua maior concorrente da jogada que vão passar a acreditar. Você não precisa me tirar dos negócios ou das reuniões, precisa simplesmente ser bom o suficiente para me vencer e conquistar a confiança dos que estão atrás dessa parede. - me recompus novamente, sentando-me ereta sobre a cadeira - Não acha que vencer por merecimento é muito melhor do que vencer trapaceando? Você está apenas cavando sua própria cova. Acha que não irão perguntar sobre o meu sumiço repentino? Isso é uma grande precipitação de sua parte, Mack.

– Então a resposta é não? - ele perguntou, me encarando com um olhar feroz, como se estivesse tentando dizer que aquele não era seu último recurso.

– Obviamente sim. - respondi, encarando-o de forma impassível e sem nem um pingo de temor.

– Aceite o que ele está propondo, Emilly. - ouvi uma voz masculina familiar soar atrás de mim.

Me virei automaticamente, assim como Henry, que parecia surpreso, assim como eu, ao ver o dono daquela voz. Edgar Le Blanc. Lord Death. Meu pai.

– Olá, Henry. - ele o cumprimentou, embora seus olhos se direcionassem a mim.

– Senhor. - Henry o cumprimentou de volta, dando um leve aceno de cabeça.

– O que está fazendo aqui? - questionei, mantendo meu tom firme e encarando-o de forma fria.

– Ora, Lady, seu pai é um grande mafioso assim como você, certo? - Mack provocou, com um sorriso astuto brotando em seus lábios. Esse era seu plano. Fazer meu pai me convencer a aceitar a proposta, aceitar a proposta por mim, colocar sua autoridade sobre suas palavras e fazer-me concordar com a proposta completamente ridícula.

– Não está feliz em me ver, Emy? - Edgar questionou, esboçando um sorriso falso e cheio de escárnio.

– Tanto quanto você deve estar, Lord.

– Não haja de tal forma, filha. Por que não me chama simplesmente de "pai"?

– Talvez porque você esteja querendo cavar a cova de sua própria filha? Não sou tola, Edgar Le Blanc, sei que você e Mack têm negócios juntos, e que está aqui simplesmente para me fazer aceitar a proposta, coisa que não irá acontecer de forma alguma. É um absurdo e sabe disso. Não importa o quanto ele irá perder com a negação, sabe que seria um ato de fraqueza aceitar tal proposta, assim como é um ato de fraqueza fazer tal negociação.

– Não seja tola, Emilly. Seria um bom negócio, e o dinheiro que Mack está disposto a oferecer é uma ótima quantia, que poderia ser muito bem investida. - ele comentou, observando-me com um olhar sério, embora suas palavras fossem ditas com um tom macio, completamente dócil.

– Sabe muito bem que não preciso de dinheiro, Edgar, e que isso está longe de acontecer. Para que aceitaria tal proposta? É um negócio inútil e sem fundamento. - indaguei, observando Henry por um instante. Seus olhos se encontravam em um ponto distante, como se tentasse escapar daquela conversa. Ele sabia que eu estava certa, mas ao mesmo tempo não queria discordar de meu pai. Ele era fiel à Lord Death, até mesmo em momentos como esse.

– Dinheiro não é o motivo pelo qual vivemos, Emy? - ele questionou, um sorriso poderoso se esboçando em seus lábios - Todo o sucesso, toda a fama, todo o poder, toda a glória, o reconhecimento. Dinheiro é a razão pela qual vivemos, e não me diga que estou errado. Você não conseguiria comprar um vestido como o que está usando, nem esse sapato, e muito menos esse belo colar se não acreditasse no que estou dizendo.

– Tenho muitos outros meios de conseguir dinheiro, Lord. Não preciso de um jogo sujo como esse para conseguir tal coisa, e além do mais, se Mack se acha mesmo capaz de conseguir tudo o que quer de forma justa, confiando somente em suas capacidades, por que não o faz? Precisa de um negócio, precisa até mesmo chamar alguém para ajudá-lo com algo? - encarei o homem do outro lado da mesa, que continuava impassível.

– Não fale como se nunca tivesse subornado alguém, Emilly. - Edgar o defendeu, continuando a me encarar.

– E não haja como se isso não fosse um sinal de fraqueza e de falta de capacidade. Não vou aceitar o negócio, e isso é simplesmente o que qualquer um faria. Essa é minha decisão final.

– E se eu te fizer outra proposta, Emy? - Mack disse, fazendo-me virar e prestar atenção nele, que continuava com o olhar predador e frio.

– Que tipo de proposta está tentando me fazer, Mack? Outro jogo sujo? Quer trabalhar para mim em troca de seu negócio? Ou será que quer ser meu parceiro? - debochei, fazendo-o cerrar os punhos novamente.

– Uma proposta bem simples, Rainha da Máfia. - ele exibiu um sorriso enigmático, quase como se estivesse pensando em algo extremamente vantajoso - E tenho certeza que vai adorar.

– Diga logo, Mack, não tenho tempo para esse tipo de coisa. Seja direto, ou simplesmente sairei daqui.

– Aceite a proposta, ou eu simplesmente provarei para todos que a queridinha das câmeras não é quem parece ser. - ele indagou, fazendo-me rir de forma espontânea.

– Esse é seu melhor plano? - questionei de forma debochada - Tentar fazer com que minha reputação seja afetada? O que irá fazer? Colocar uma manchete na internet dizendo: "Famosa modelo e dona de uma das revistas mais famosas do país é na verdade Lady Deth, grande chefe de uma das maiores máfias mundiais", isso é completamente ridículo.

– Não se ele puder provar, Emilly. - ouvi a voz imponente de meu pai soar atrás de mim, e assim como Henry, o encarei de forma incrédula.

– Você seria capaz de fazer isso, Lord? – embora houvesse perguntado, sabia a resposta. É claro que ele era capaz. Ele era capaz de qualquer coisa para conseguir vantagens.

– Se um bom negócio estiver em jogo, obviamente sim, Emilly. - ele respondeu, encarando Mack como se anunciasse sua deixa.

– E agora, Rainha da Máfia, irá aceitar minha proposta? Não relutaria em divulgar as informações, fotos e provas que seu pai me deu. Sabe que se algo como esse for divulgado na mídia, não é simplesmente uma morte social, assim como também um grande alarde dentro de todas as corporações mafiosas, e se você não for presa com pena de morte, pode ter certeza de que algum mafioso, talvez até mesmo um dos seus, quem sabe até mesmo Henry - Mack deu um olhar rápido à Henry, que fingiu não perceber - te matará.

– Isso é completamente absurdo, Mack. Sabe que isso não é plausível, sabe que se eu cair, todos vocês caem. Trabalho com os melhores, tenho os melhores agentes, e poderia provar que cada um de vocês - olhei para Mack e para meu pai, que me encarava com certeza curiosidade -, e seus súditos fizeram coisas que nem ao menos sabem ser possível. Poderia provar que traíram suas esposas com amantes de outros países, e que traíram suas amantes com pessoas que nem ao menos existem. Se eu cair, vocês caem, o mundo do crime organizado cai. E estou cansada disso tudo. Vou fazer o que deveria ter feito à muito tempo. - me levantei da cadeira e caminhei de forma rápida até a saída, mas mesmo assim pude ouvir as palavras de meu pai direcionadas à Henry.

– Vá atrás dela, Henry. - a ordem com certeza havia sido obedecida, mas seria tarde de mais. Eu não iria desistir de minha decisão repentina. Meu pai, Mack, Henry, Deus, qualquer um poderia tentar me impedir, mas não conseguiria, não naquele momento, não depois de ter ouvido palavras tão absurdas.

Caminhei de forma rápida, quase correndo em cima dos saltos, até a fábrica abandonada onde o evento estava ocorrendo e entrei, subindo no pequeno palco que havia sido montado e chamando à atenção de todos.

– Atenção, todos, por favor. - minha voz soava de forma impassível pelo microfone - Peço um minuto da atenção de vocês, é algo muito importante o que tenho a declarar. - rapidamente todos os olhares se direcionaram à mim - Sei que muitos de vocês não concordam com a forma de como Mack controla esses eventos, e assim como vocês, estou cansada disso. Em agradecimento à todos que me escolheram como a primeira opção de substituição para Mack, vou fazer o que tinha que ter feito à muito tempo. Assumirei o cargo que era dele até hoje, e prometo que essas reuniões serão muito menos inúteis e burocráticas do que eram, e que Mack não participará mais delas. - observei a multidão, encontrando Edgar, Henry e Mack, que encaravam-me da porta do local, parecendo quase incrédulos. Henry, devo admitir, me observava com uma ponta de orgulho.

"Muitos de vocês devem estar se perguntando por que cheguei à essa decisão repentina, já que entrei aqui como em qualquer outro dos eventos. Acabo de sair de uma pequena reunião com Mack, que havia me feito uma proposta. Ele havia me proposto um acordo, um acordo onde eu deveria parar de vir as reuniões e sumir por um tempo, para que ele recuperasse novamente a credibilidade. Uma atitude fraca, com certeza, como creio que todos aqui concordam. A verdade, é que depois que recusei, ele ameaçou me denunciar para Deus e o mundo, colocar provas de quem realmente sou na internet, nos jornais e em todas as mídias possíveis. Essa não é a atitude de alguém corajoso que confia em si mesmo. Essa é a atitude de alguém que não tem coragem suficiente para assumir que já não é mais apto para algo, e de que outra pessoa deve substituí-lo. Peço que fiquem essa noite, não como quem faria parte da reunião, mas simplesmente como uma comemoração do que acaba de acontecer. Mack está acabado, e prometo não dirigir essas reuniões como ele."

Desci do pequeno palco, sendo aplaudida pela multidão. Varri o lugar com os olhos, em busca de um rosto em particular, Damien Kleeman. Ele me encarava com um olhar frio, com certa curiosidade, embora também me aplaudisse. Ele percebeu que eu o encarava, mas logo mudei o foco, como se estivesse encarando cada pessoa daquele lugar. Olhei para Henry, que me observava com um sorriso fraco esboçado em seu rosto, como se estivesse orgulhoso. Pude ver meu pai colocar uma das mãos em seu ombro e sussurrar alguma coisa em seu ouvido. Henry assentiu, indo vagarosamente até mim.

– Você é louca, Emy, completamente louca e sexy. - ele disse, segurando uma de minhas mãos de forma quase delicada.

* * *

Minutos depois, quando todos pareciam estar em uma confraternização agradável, pude ver Mack discutindo com alguns seguranças. Fui até lá, com Henry atrás de mim, para garantir que nada aconteceria. Por mais que a maioria das pessoas houvesse gostado do que havia acontecido, Mack ainda tinha alguns súditos fanáticos que poderiam tentar algum tipo de loucura.

– O que está havendo? - questionei, em um tom impassível e frio.

– Estou apenas conversando com meus seguranças, Lady Death. - as palavras saíram da boca de Mack com raiva.

– Eles não são mais seus seguranças, Mack, e creio que já entendeu isso. - comentei, encarando os seguranças de forma rápida. Eles pareciam ter ficado em dúvida sobre a quem deveriam obedecer.

– Diga aos seus amigos o que fiz com você ao entrar. - disse para um dos seguranças, o mesmo que havia nos abordado na entrada - Eu posso fazer aquilo de novo, talvez em outro lugar, se é que você me entende.

Ele se enrijeceu, como se estivesse com medo do que eu poderia fazer.

– Tirem-no daqui, não trabalham mais para ele. - indaguei, fazendo com que eles assentissem e tirassem Mack de lá a força, por mais que ele resistisse.

– Já garantindo sua autoridade? - Henry perguntou de forma debochada, como se estivesse duvidando do que eu era capaz de fazer.

– Nunca é cedo para começar. - respondi, adentrado o local e vagando de forma nada apressada pelo local, já que teria que ficar ali até o evento acabar.

– Você tem medo do que Mack ou seu pai são capazes de fazer? - ele questionou, por mais que soubesse a resposta.

– Eles não são loucos. Estamos em Nova York, boatos são espalhados à toda hora, e eles sabem que sou muito mais influente que eles em todas áreas. Jamais tentariam algo do tipo.

– Que bom que sabe. - ele respondeu, com um tom de mistério em sua voz. O ignorei, deixando que meus pensamentos me levassem para outro lugar.

* * *

Já se passavam de duas da manhã quando entramos no carro. Estava completamente cansada, e a única coisa que podia pensar era em um banho quente e em minha cama king size.

– Cansada? - Henry questionou, já que havia apoiado minha cabeça em seu ombro, um sinal óbvio de cansaço.

– Completamente. - respondi, fechando os olhos.

– Eu não faria isso. - ele disse, me deixando completamente confusa. Me levantei, olhando-o de forma desentendida.

– O quê? - questionei, fazendo-o dar uma risada fraca.

– Você provavelmente se perguntou por que eu não disse nada enquanto estávamos naquela sala com Mack e seu pai. Não queria ficar entre vocês, sabia que você estava certa, mas não queria discordar de seu pai. Você sabe, eu não gosto de...

– Questioná-lo. - respondi, interrompendo-o - Eu sei, você não gosta de fazê-lo, porque antes de trabalhar pra mim, trabalha para ele.

– Eu não ficaria ao lado dele, Emy. Não o deixaria fazer aquilo com você e sair desse jeito, mas eu sabia que você daria um jeito nisso.

– E você sabia que ele não faria nada depois que eu o fizesse.

– Sim. - ele respondeu, sem tirar os olhos do trânsito - Você acha mesmo que é capaz de fazer isso?

– Está questionando minhas habilidades, Henry Adams? - perguntei, fingindo estar ofendida.

– Você sabe que não, Emy, mas... Na limousine, você disse que não sabia se conseguiria conciliar as três coisas. A revista, a máfia e as reuniões.

– Eu preciso tentar, Henry. - respondi, pensativa - Não posso deixar que meu pai ou Mack pensem que me dou por vencida facilmente. Posso dar algumas ideias e deixar que outras pessoas organizem tudo, será fácil, e não será como se eu não estivesse envolvida. Ninguém precisa saber.

– Você é capaz de fazer tudo, Emy.

Ficamos em silêncio por alguns minutos até que eu finalmente me propus à falar.

– Você obedeceria a ele em qualquer caso? - questionei, sabendo que Henry sabia do que estava falando.

– Emilly Rose Le Blanc, Lord Death pode ser meu chefe antes de você, mas ele é um homem, e você...Você tem as curvas mais belas e sedutoras que eu já vi. Prefiro traí-lo e poder tocar tais curvas à todo momento do que ser leal. Minha lealdade é completamente discutível quando se envolve uma mulher gostosa em vestidos sensuais.

– Você é completamente maluco, Henry.

– Não mais do que você é sexy, Lady Death.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bow, sua diva, se você não comentar eu te mato, ok? Porque não basta fazer ameaças na sua fic, tem que ter na minha também.
No próximo capítulo teremos o encontro da Emy e do Jack, estão curiosos?
Não se esqueçam de visitar o tumblr oficial: http://ladydeathstory.tumblr.com



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lady Death I - Desires" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.