Lady Death I - Desires escrita por Leena C Anderson


Capítulo 1
Romance Noturno


Notas iniciais do capítulo

Essa não é minha primeira fanfic postada aqui no Nyah!, já que essa não é minha conta oficial, servindo apenas para a postagem de fanfics.
Como sempre, há aquela pequena ansiedade antes de começar uma nova fic: "Será que eles irão gostar/ler/comentar?", então, por favor, me digam a opinião sincera de vocês. Aceito críticas construtivas tão bem quanto elogios.
Os capítulos serão postados todas as sextas-feiras, mas talvez eu poste antes, dependendo da reação de vocês, e do desenvolvimento dos capítulos.
Antes de terminar com as notas iniciais, um agradecimento especial à minha beta reader, Annafarelo, que me implora o tempo todo por um capítulo novo.
Boa Leitura!



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– Mais uma dose, por favor... - disse ao garçom atrás do balcão, que assim como eu, observava o movimento na boate.

– Aqui está. - o garçom colocou mais uma vez o copo cheio de vodka em cima do balcão à sua frente, fazendo-me virar e pegar o copo, bebendo seu conteúdo de uma só vez - Você é uma mulher bem forte quanto à bebida...A maioria das mulheres já estaria mais do que fora de si, pela quantidade de copos que você já bebeu. - sorri agradecida.

O garçom de olhos castanhos-esverdeados e cabelos loiros em um tom mediano, meio desarrumados, colocou o pano e o copo que secava no balcão, enchendo novamente meu copo com vodka.

– Essa dose é por conta da casa. - ele sorriu, fazendo-me fazer o mesmo.

De repente, um líquido frio caiu sobre parte do meu braço esquerdo, fazendo-me olhar para trás e levantar subitamente. Um homem, que provavelmente já estava alterado, havia derrubado whiskey em mim.

– A maioria das pessoas pediria desculpa depois de derrubar bebida em alguém. - disse, séria, fazendo o homem de cabelos descoloridos virar-se para me encarar.

– Calma, princesa, eu posso recompensar o estrago de outra forma... - ele disse, aproximando-se mais e passando os braços pela minha cintura.

– Vou te dar um ótimo conselho: me solte.

– A princesinha está mesmo estressada....Acho que sei como resolver isso. - o homem chegou mais perto, sussurrando as ultimas palavras ao meu ouvido, me fazendo sentir mais nojo ainda.

– Eu disse pra você me soltar! - vociferei, me soltando do abraço e dando um soco no rosto do homem, fazendo-o ficar levemente desorientado.

– Quem você pensa que é, hein, vadia? - agora era ele quem vociferava, limpando o sangue que escorria de seu nariz devido ao soco.

– Eu disse que era pra você me soltar...

– E o que você iria fazer se não tivesse me dado um soco? Ligar para o papaizinho e mandá-lo me denunciar?

Uma pequena multidão havia se formado em volta de nós dois, fazendo tudo aquilo virar uma coisa muito mais séria.

– É melhor você calar a boca, se não quiser que eu quebre seu nariz de verdade... - ameacei, aparentando total segurança no que dizia.

– Vá. Em. frente. - o homem provocou. Porém, antes que eu pudesse ter tempo de dizer ou de fazer algo, uma mulher, que aparentava ter a mesma faixa de idade que ele, por volta de trinta e cinco anos, apareceu, tirando-o dali e me encarando com olhar feroz.

Após toda a confusão ter acabado, me sentei e me virei novamente para o garçom, que me encarava um tanto surpreso.

– Deixe-me adivinhar, outra dose? - ele perguntou, com um sorriso meio debochado.

– Me dê logo a garrafa inteira... - disse, retribuindo o sorris, e deixando uma nota de 100 dólares em cima do balcão, logo depois de pegar a garrafa.

– Isso é sério? - ele parecia espantado com o tamanho da gorjeta.

– Sim, fique com o troco. - sorri, andando vagarosamente até o meio da multidão.

Já estando completamente envolvida por uma multidão de pessoas, abri a garrafa, bebendo uma boa parte de seu conteúdo e sentindo uma leve queimação na garganta. Naquela noite, eu seria simplesmente uma mulher se divertido em uma boate, nada mais. Comecei a dançar, sentindo a batida da música soar nos meus ouvidos, fazendo-me movimentar sensualmente.

– Quase duas garrafas, tem certeza que não está bêbada? - me virei para ver quem estava falando, e ao encarar aqueles olhos verdes, percebi que era o garçom, que à pouco havia me servido.

– Fugindo do trabalho para perseguir uma cliente? - pergunto, com um tom um tanto mais enigmático do que gostaria, fazendo-o sorrir brevemente.

– Meu turno acabou. Como a boate funciona como um bar de dia, tem três garçons trabalhando, um de dia, um de noite, e outro de madrugada, e como é meia-noite, meu turno acabou de acabar.

– Interessante, mas onde consta que seu emprego, quando seu turno acaba, é me perseguir?

– Wow, calma, eu não estou te perseguindo!

– Não é o que parece. Com outras quatrocentas pessoas aqui, porque a escolhida pra ser perturbada foi justamente, eu?

– Calma; me desculpe, eu não queria te estressar...- ele indagou, parecendo um pouco assustado com a minha reação um tanto exagerada. Suspirei, percebendo que quem estava errada naquele momento era eu.

– E-eu é que tenho que te pedir desculpas...Sério, eu...Eu não queria ser tão grossa desse jeito, eu apenas estou irritada por causa de algumas coisas, não deveria ter descontado em você dessa maneira.

– Quer conversar? Eu sei que não te conheço nem à meia hora, mas assim que é bom. Conversar sobre algo que te irrita com uma pessoa que não te conhece o suficiente pra te julgar. - sorri automaticamente, quase sem perceber que eu havia o feito.

– Não, não precisa. É só que...Estou cansada de ter que lidar com idiotas que não sabem fazer nada.

– O seu trabalho anda fazendo jus ao nome? - ele questionou, fazendo-me dar uma risada fraca, de pura admiração - O que foi?

– Você realmente não sabe quem eu sou? - perguntei, encarando-o penetrantemente.

– Não... Eu deveria?

– Sim... Ou melhor, não. Não mesmo.

– Você é sempre tão misteriosa dessa forma?

– À noite? Sim... - respondi, me virando e começando a dançar novamente, sentindo cada nota da música impactante mover meu corpo, como se nada além daquilo estivesse acontecendo, como se a música fosse a única coisa que importasse naquele instante.

– Você... Você dança bem. - a voz do garçom soou, simplesmente como um sussurro ao longe. Um sussurro, que seria ignorado.

Senti os olhares se direcionando a mim, senti todos aqueles olhares se direcionando à minha sensual e calma dança, como se eu fosse o foco das luzes da boate, como se todo o mundo girasse ao meu redor. Por um momento, pensei em ter visto pessoas tirando fotos, gravando vídeos... Eu deveria me importar, deveria impedi-los de fazer aquilo imediatamente. Porém, naquela noite, em minha mente só havia vaga para uma palavra: diversão.

Assim que as notas da música foram se cessando, toda aquela pequena multidão ao meu redor foi se desfazendo, sobrando apenas eu e o garçom, que ainda me fitava, com um olhar extasiado, de quem pedia mais.

– Me perseguindo, me observando...Eu por acaso aparento ser alguma criminosa que fugiu da cadeia? - questionei, encarando-o com um olhar mortal e provocante.

– Não. - ele disse imediatamente, parecendo estar envergonhado por ser pego em uma situação tão aparentemente constrangedora - Eu só acho que...Você é diferente. Diferente das outras mulheres daqui. Não que isso seja ruim...De forma alguma. Isso é bom, muito bom...

– Você parece ter ficado bastante atraído por mim, querido garçom... Se eu fosse você, não ficaria dessa forma; não ao menos se me conhecesse de verdade.

– Jack, me chame de Jack.

– Tudo bem, Jack.

– E então...? - ele parecia estar esperando por algo.

– O que foi?

– Essa deveria ser a hora em que você me diz seu nome...

– Exatamente, deveria. Por enquanto, eu sou apenas a frequentadora da boate. Uma frequentadora pela qual você tem um certo fraco.

– É tão óbvio assim? - Jack parecia estar um pouco espantado com a minha perspicácia.

– Mais do que você imagina, mon amour...

Jack sorriu envergonhadamente, parecendo estar pensando em um modo de prosseguir nossa conversa.

– Porque dizer seu nome é algo tão proibido assim? Não gosta do seu nome? Tem medo de que eu ria? Que eu te conheça de algum lugar? Da lista de "Desaparecidos", atrás das caixas de leite? - dei uma risada fraca, percebendo a ingenuidade de Jack, perante a minha identidade.

– Todas as mulheres tem um segredo. - respondi, da mesma forma enigmática como disse qualquer outra palavra ao garçom naquela noite.

– E seu nome é um segredo?

– À noite? Sem dúvidas... Não se preocupe, uma hora ou outra você vai saber quem eu sou. Amanhã, provavelmente...

Jack me encarava com fascínio, como se eu fosse uma espécie nova, desconhecida pela ciência, pela qual ele se encantava. Como se eu fosse única para ele, como se eu fosse o enigma mais indecifrável, como se eu fosse tudo que ele gostaria de possuir e decifrar, porém, não conseguia.

– Você tem muitos segredos, não é? - ele sussurrou, se aproximando de mim em um ato selvagem e corajoso.

– Talvez sim, talvez não...Descubra sozinho, amour, se puder... - respondi, no mesmo tom de voz baixo dele, porém, com muito mais sensualidade e provocação. Mesmo sem saber, poderia ter jurado que ele se arrepiou ao som das minhas palavras tão misteriosas.

Jack chegou cada vez mais perto, perdendo o pudor e segurando minha cintura, como se conhecesse suas curvas à tempos. Então, em um ato selvagem e quente, dominado pela intensidade do momento, ele me beijou.

Nossos lábios se se encostavam em um ato quente e feroz, como se a qualquer momento pudéssemos pegar fogo sem nenhum tipo de aviso prévio. Ele dominava minha cintura com seus braços fortes, me puxando cada vez para mais perto, como se tentasse desafiar a qualquer custo todas as leis da física. Sua língua pediu passagem em minha boca e eu a concedi, sem me importar nem um pouco com a repercussão que esse beijo traria na manhã seguinte se alguém estivesse fotografando ou filmando o ato.

Ficávamos cada vez mais quentes, e agora ele me pressionava contra uma das paredes da boate, que volta e meia eram iluminadas pelas luzes coloridas que ajudavam a animar o local. Eu não saberia explicar nem um pouco de como chegamos ali, mas isso não era exatamente o que importava naquele momento. Eu estava completamente em êxtase, tomada pelos lábios de Jack, que escorregavam cada vez mais pelo meu corpo, indo dos meus lábios até o meu pescoço e em momentos mais selvagens, indo bem perto do decote de meu vestido negro e justo, que deixava parte de meus seios fartos a mostra.

– Tem certeza que não vai me dizer seu nome? - ele perguntou em um sussurro, com os lábios bem próximos de minha orelha, causando-me arrepios.

– Eu não mudo de ideia tão facilmente assim, Jack...- respondi, pronunciando seu nome como se fosse alguma palavra excitante, carregada de prazer.

– Talvez eu possa fazê-la pensar a respeito disso...- ele propôs, delineando minha cintura com suas mãos fortes e quase agressivas, em uma dança que rapidamente chegou até os meus seios.

– Sem chance, mon amour...- sussurrei, gemendo levemente por seu toque. - Eu tenho que ir.

Me virei rapidamente, saindo de sua frente e me desencostando da parede, de forma que quem agora estava encurralado era Jack.

– Tão cedo? Mal começamos... - seu rosto exibia um sorriso quase sádico, e pude perceber que seu olhar se direcionava hora para meus olhos e outra para os meus seios.

– Você é um pouco atrevido de mais para um funcionário de uma boate, não acha? - questionei, encarando-o com um olhar arrasador - Começa a dar em cima de uma cliente, a beija e ainda quer transar com ela? - Jack parecia ter ficado surpreso com a minha audácia repentina.

– Eu não quis dizer que...

– Eu sei perfeitamente o que você quis dizer, ma chère...- disse misteriosamente, me virando de costas, dando vagarosos passos para trás e desaparecendo gradativamente da vista de Jack, sendo encoberta por uma grande multidão de pessoas.

Jack poderia ser um dos meus maiores problemas no futuro, mas nem mesmo eu sabia disso...


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Notas finais do capítulo

Vão me deixar extremamente feliz com reviews? É algo que eu realmente espero.Não se esqueçam de visitar o tumblr oficial: http://ladydeathstory.tumblr.com/



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