Broken Angel escrita por lotusflower


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Mais um cap. de BA pra vocês... Devo avisar que vamos entrar na reta final da fic... E este capítulo será dedicado à AgathaMBlack... obrigada pelos comentários!



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– Você consegue andar? - Olhou para a criança com cabelos claros e olhos verdes, todo machucado, em cima do sofá. Porém, ele entendeu que estava seguro ali e conseguiu descer do sofá, auxiliado pelas mãos de Brook e eles subiram as escadas devagar.

A carta foi parar na gaveta de roupas dela, a caixa de veludo foi para dentro do guarda roupas e ela recolocou a correntinha. Já passava das 4 e meia da madrugada e ela mandou uma mensagem para Eric dizendo que ia faltar. O bebê estava agarrado à sua perna, observando tudo com susto.

–Vem cá, lindinho... - Ela o pegou no colo. - Vamos tomar banho. Foi para o banheiro com ele e lhe deu um banho desajeitadamente, afinal ela não sabia como fazer, mas não se saiu tão mal. As roupas dele ela deixou secando, penduradas na barra da cortina do banheiro, e deixou-o apenas de fralda. Tomou um banho também, enquanto deixou o pequeno na cama, e quando voltou, deitou-se num colchão no chão.

Brook pensou em ligar para Connor, mas pensou se ele ainda não estaria dormindo e resolver deixar para falar com ele quando clareasse. O medo de que algo pudesse acontecer à ele era inevitável e estava atormentando-a. Quando encostou sua cabeça no travesseiro, Leo resmungou.

– Hey, não chora... Eu tô aqui e logo a mamãe vem te pegar... Shh... passou, tá? - Ela passou a mão no cabelo dele enquanto o acalmava e ele agarrou a mão dela, com seus pequenos dedinhos e adormeceu. Brook logo dormiu também. Fora um dia extremamente assustador e ela queria que logo acabasse.

Com o fim do efeito do remédio, a perna de Brook voltou a latejar, o que a fez acordar cedo. Olhou para a cama de cima e viu o bebê dormindo como anjo. Levantou-se devagar, fazendo caretas de dor e pegou o comprimido de cima da sua mesinha. Checou o celular e não viu nada de importante. Eram 5 horas da manhã. Ela abriu a porta do parapeito de seu quarto e foi lá para fora, sentindo a brisa gelada dançar sob sua pele.

Discou um número no touchscreen e esperou.

Oi, amor. - Connor atendeu, fofo como sempre, mas com algo estranho na voz.

– Oi, Con... O que aconteceu?

Nada... Porque?

Aconteceu alguma coisa sim! O que foi? Sua voz tá embargada! - Ela começou a se preocupar descaradamente.

Calma, linda... Nada demais, no colégio eu conto... O que foi?

– Não vou pro colégio hoje.

– Porque? O que aconteceu com você?

–Muita coisa. - suspiro. - A gente precisa conversar.

– Tô indo aí.

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele desligou.

Brook desceu até a cozinha, arrumou a mesa para a sra. Finn, como sempre, preparou a mamadeira do bebê e enquanto esta esquentava, tomou um gole de café quente. Sentiu uma dor como uma pancada no rosto assim que o líquido desceu. Ela subiu de volta para o quarto e pegou Leo, que havia acordado, no colo, estava dando a mamadeira à ele, quando a campainha tocou. Ela desceu as escadas e abriu a porta. Sorriu ao ver Connor e ele arregalou os olhos ao ver o bebê e o rosto machucado dela.

– O que é isso?

Ela soltou um risinho.

– Entra.

Con passou por ela e lhe deu um selinho, fechando a porta atrás de si. Chegando ao quarto de Brook, Brooklyn colocou Leo na cama, e sentou-se no colchão ao chão com Con.

– Ele... é seu? - Connor perguntou, com os olhos meio vidrados em Brook.

– É.

– Uau...

– Meu sobrinho, bestão. - ela sorriu.

– Ah... Claro, eu sabia, estava só te testan... O que é isso na sua perna? Meu Deus! - Ele desviou o olhar para a enorme sutura no membro inferior da namorada.

– Temos muito o que conversar.

– O que foi isso? Nossa, Brook! - Ele tremia de preocupação ao agarrar com cuidado a namorada.

– Vou começar do começo. Tudo o que você sabe sobre mim, bom, nem tudo é verdade. Até porque, muito do que eu sabia até essa noite e tinha como verdade, descobri que era mentira... - Ela suspirou e começou a contar tudo para Connor enquanto ele escutava com atenção. - Con, eu tenho medo. Ele pode fazer algo contra você. - Brook por fim declarou. - Ele vai fazer.

– Hey, princesa. Fica calma. Eu sei me defender, e tenho certeza que ele não vai fazer nada. - Ele a puxou para um beijo demorado. Quando pararam, Brook sorriu e roubou um selinho. Dentro de sua cabeça a sentença “Connor vai ser pego” não parava de estalar.

– E o que houve com você? - Ela perguntou, colocando a cabeça dele em seu colo, longe do machucado.

– Meu pai... teve que voltar para a guerra.

– Ah, meu amor... - Ela imaginou a aflição dele e não sabia o que dizer. - Ele vai voltar. Prometo.

Os dois ficaram ali juntos por muitas horas, inclusive, dormiram juntos aquela noite.

Uma semana depois. | Casa dos Sullivan, Ashland - Ohio.

Era um sábado, de manhã e Brook estava se arrumando para ir ao velório do pai de Con. Ela não conseguia imaginar o estado em que encontraria o namorado, depois que ele recebera a notícia de que o pai dele fora fuzilado em batalha. Leo ia ficar com a sra. Finn.

Pegou um táxi e foi até casa dele. Chegando lá, viu muitas pessoas, e vários homens do exército. Entrou devagar, se sentindo mal pelo sogro, o estômago revirando porque conhecia a sensação de não ter alguém que se ama, e avistou a sogra no sofá, parada, com a bandeira dos Estados Unidos no colo. Sentou-se ao lado dela e começou a dizer palavras de conforto, como sempre, abraçou-a e escutou-a.

–Obrigada, Brook. Você é muito especial. - A sra. Sullivan agradeceu e foi receber um outro comandante.

Brooklyn viu o irmão de Con sentado ao lado da janela olhando o carro do pai estacionado e deu um beijo na cabeça dele. Logo viu o namorado sair pelos fundos, indo até a garagem. Ela foi atrás dele e o encontrou dentro do carro.

– Posso entrar? - Brook colocou a cabeça na janela e ele destravou a porta para ela, que entrou. - Hey... Pode chorar na frente se quiser. Amor, eu sinto muito mesmo. Eu admirava muito seu pai.

Ele se encostou nela e começou a chorar feito um bebê. Os soluços dele ecoavam na garagem toda.

– Meu amor, tudo o que eu falar agora, não vai te acalmar, eu sei disso, mas só saiba que eles sempre vai estar com você. Quer sair daqui?

Ele fez que sim e ligou o carro, afundando o pé no acelerador.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que será que Connor vai descobrir? O que será que Brook vai fazer? *o* hehe Comentem! E obrigada por ler!