Lembranças escrita por Le Sterwinche


Capítulo 26
Saudades


Notas iniciais do capítulo

Bom, primeiramente queria agradecer a Julie Granger, leitora que fez uma linda recomendação em minha outra fanfic Harmione, Stay With Me. Flor, eu amei amei sua recomendação, sério, muuuuitissimo obrigada. Amores, faltam apenas 4 capítulos para nossa fanfic acabar. Vão ter apenas 30 capítulos, mas estes capítulos vão ser maiores do que vocês estão acostumados a lerem nessa fic, tipo este. Quero contar todos os detalhes para vocês certo? Espero que vocês gostem desse cap, e aproveitem bastante Harmione, mas não vou dar spoilers, beijão a todos e não esqueçam de comentar.



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Hermione.

Abria meus olhos e via tudo rodando, carros passando rapidamente pela janela, meu pai inquieto no banco da frente dirigindo e mamãe assustada. Fechei meus olhos, tudo ficou preto, escuro novamente.

Tempos depois, não sabia se eram horas ou minutos, mas parecia muito distante. Eu ia abrindo os olhos lentamente sentindo um cheiro forte invadindo meu nariz, era álcool, minha cabeça doía, minha vista estava embaçada e eu fechava os olhos em tentativas de tudo passar.

Quando consegui abrir os olhos por completo minha vista estava começando a voltar ao normal. Vi mamãe olhando para mim atentamente.

– Hermione? – ela chama quase abrindo um sorriso ao ver que eu estava acordada.

– O que foi que aconteceu? – pergunto ainda lenta.

– Você desmaiou querida. O que está acontecendo?

– Mãe, onde estamos? – olho para os lados e reconheço muito bem aquela sala. Mas meus olhos batem no reflexo do sol e os fecho rapidamente – Ai – grito com a dor de ter olhado para o claro.

– Nós voltamos, você implorou a noite para voltarmos, disse que Harry estava em perigo, eu e seu pai viemos na mesma hora para cá. Mas, você pode explicar agora o que está acontecendo?

Quando ela falou o nome de Harry dei um pulo do sofá assustada.

– Mãe onde ele está? – pergunto em pé, quase ficando tonta novamente.

– Não sei Hermione, quem deve saber é você. Hermione sente aqui, você não está bem. Por favor, eu estou preocupada, o que está acontecendo?

– Mamãe, eu estou bem, preciso ver o Harry certo? Eu volto, vou aparatar na casa dele e vai tudo ficar bem – aviso, mas ela me puxa pelo braço e me põe de volta no sofá.

– Hermione Granger, você está ardendo em febre, não vai sair agora está me escutando? – mamãe grita e minha cabeça dói mais ainda.

– Mãe eu preciso saber como ele está, quando eu souber tudo isso vai passar, certo? Agora por favor, me deixe ir.

Ela demora um pouco para responder, fica me analisando, mas acaba cedendo.

– Tudo bem Hermione, mas tome cuidado ok?

– Ok – eu nem espero ver a expressão de seu rosto e logo aparato na casa de Harry.

Quando chego tudo está apagado, escuro, não escuto ruído de TV, nem de respiração, de nada. Vou até a cozinha, vejo bastante sangue no chão. Minha vista quase escurece, quase desmaio novamente, meu estomago embrulha e sinto vontade de vomitar.

Saio correndo e quando chego ao quarto Harry não está. Meu Deus, meu coração quase para. Vejo alguns pingos de sangue pelo chão em direção ao banheiro. Rezo várias vezes, segurando o vômito, fecho os olhos antes de tocar no trinco da porta e abrir.

Quando abro, solto um suspiro de alivio, Harry está fazendo algum tipo de curativo em seu pé e me olha assustado.

– O que houve com sua viagem? – ele pergunta confuso.

Mas antes mesmo de responder vou até ele e o abraço fortemente como se tivesse passado mais de um ano sem vê-lo.

– Eu estava tão preocupada com você – digo quase chorando – Harry, fiquei com tanto medo de te perder. Quando cheguei à cozinha que vi aquele sangue meu coração quase para.

Harry me puxa e beija o topo da minha cabeça me abraçando.

– Mas por que isso? Eu estou bem. Foi só a faca que caiu em cima do meu pé e cortou, agora está doendo. Nada mais que isso. O que está acontecendo Mione? – ele indaga curioso.

– Não sei, eu estou com um pressentimento ruim sobre você Harry, por isso nós voltamos, eu até desmaiei na praia, mamãe voltou na mesma hora, eu precisava ver você e eu tinha certeza de que quando eu o visse isso iria passar, mas não está passando. Estou com meu coração apertado, é como se cada segundo que eu passo com você fosse o último.

– Ei – ele pôs as duas mãos em meu rosto – Calma, eu estou aqui certo? Não vai acontecer nada. É estranho você estar sentindo esse tipo de coisa, mas é só uma superstição. Não vai acontecer nada. Você mesma dizia que não acreditava nessas coisas, lembra?

– Lembro Harry, mas é diferente, é como se fosse acontecer algo. Eu estou com medo. – insisto, querendo que de todas as maneiras ele acredite em mim – Por favor, acredita em mim. Toma cuidado.

– Meu amor, eu estou acreditando. Eu estou me cuidando, fique calma. Deixe-me só terminar esse curativo, depois podemos conversar?

Assinto e vou para a sala. Deito no sofá inquieta, ele chega com poucos minutos o que faz eu me ajeitar e ficar sentada.

– O que está havendo? – ele pergunta bem calmo. – Será que você pode me explicar mais claramente?

– Não sei, desde ontem que sinto esse tipo de pressentimento, ontem antes de desmaiar eu escutei gritos, foi tão real, meu coração doeu sabe? Não sei explicar – digo triste.

– Sei, mas agora você já pode relaxar, eu estou aqui e nada vai acontecer – a vontade que no momento veio foi de acreditar nesses lindos olhos verdes, mas eu não conseguia acreditar em mais nada. – E eu amo você, agora vem aqui – ele me puxou e eu deitei a cabeça em seu peito.

Sua respiração estava tão calma, tão serena que me fez relaxar mesmo um pouco. Eu estava um pouco cansada, mas não estava com sono.

– Você está com sono? – pergunto.

– Não, nem um pouco de sono e você?

– Também não. – respondo.

– Tem certeza? – ele pergunta – Eu sei que você não dormiu nada essa noite e desmaio não é dormir.

– Mas eu estou bem, de verdade, não estou com sono, só um pouco cansada da viagem.

– Quer dormir um pouco? – ele pergunta.

– Não, não mesmo – respondo imediatamente.

– Você contou para sua mãe, isso que me disse? – Harry parecia preocupado.

– Não – admito – Na verdade nem tive tempo, quando eu acordei já estava em casa, vim direto aqui. Mal falei com ela, mas depois eu explico. Juro.

– Explique mesmo, ela deve estar preocupada e falando nisso, eu deveria levar você de volta para casa agora mocinha, sua mãe deve estar louca em casa. Isso não é coisa que se faça com ela, e nem com o seu pai.

– Tudo bem Harry, tudo bem. Calma, nem minha mãe me deu tantos sermões assim. – digo impaciente.

– Como você consegue? – pergunto.

– Consigo o que?

– Assim... Me deixar bem, fazer com que minhas mágoas se afoguem um pouco. Eu não estou feliz.

– Não entendo como não pode estar feliz, você tem uma vida ótima, nem precisa se preocupar com emprego – Harry brinca e solta uma gargalhada – Mas voltando, eu não consigo entender.

– É, nem eu – começo – Não sei, mas é como se de repente estivesse faltando algo.

Após o que eu disse, Harry se mexe desconfortável no sofá.

– Você tem a mim, tem sua família, tem amigos... O que está faltando?

– HARRY EU NÃO SEI – grito – Desculpe.

Ele apenas baixa a cabeça e fica em silêncio.

– É sério, me desculpe. Não queria ter sido tão grossa com você, mas é que eu estou um pouco estressada e acabei descontando tudo em cima de você.

– Tudo bem...

– Não Harry, não está tudo bem, tem algo errado e eu não consigo saber o que é.

– Tenho uma ideia.

– Qual? – indago.

– Que tal irmos almoçar hoje nos Weasley’s?

– Parece ótimo, estou com saudades deles – disparo animada.

Harry segura minha mão e nós aparatamos na casa dos Weasley’s. Eles nos olham meio assustados, mas com um sorriso no rosto. Corro rapidamente até Molly e lhes dou um abraço. Estava morrendo de saudades dela. Ela segura meu rosto com suas mãos ásperas e sorri.

– Onde está Gina? – pergunta Harry. Certo, isso me dá uma pontada de ciúme, mas tento ao máximo disfarçar.

– Lá em cima, pode subir Harry – diz Molly, o que me deixa com mais ciúmes ainda. Entendam-me, imaginem seu namorado subindo para o quarto onde está sua ex-namorada e os dois ficarem de papinho sozinhos? Não estou desconfiada, apenas é chato. Muito chato.

Harry.

Bato na porta que está aberta, Gina está deitada e quando me olha rapidamente dá um pulo da cama e vem em minha direção.

– Harry – ela berra com raiva – Há quanto tempo você não vem aqui?

– Huum...

– Ok – Gina me interrompe – Agora vamos conversar, eu tenho muitas coisas para contar a você.

– O que?

– Você ainda está namorando Hermione?

– Sim – respondo.

– Falando em Hermione – ouço uma voz diferente vindo da porta – Eu estou aqui. Olá Gina.

Ela vai até Gina e a abraça, a menina sem entender nada fica confusa.

– O que houve? – indaga Gina.

– Ué, Rony não lhe contou? – pergunto.

– Não, aliás, faz um tempo que não o vejo, ele se mudou, não vem aqui há algum tempo, mamãe está com saudades e preocupada. Típico de Molly. Mas o que ele tinha de nos contar?

– Eu voltei – Hermione se mete – Quero dizer... Lembrei de tudo.

– Não acredito – Gina abre um enorme sorriso – Meu Merlin! – então abraça Hermione. – Nós temos que conversar, eu tenho muitas coisas para lhe contar esse tempo todo que você passou esquecida e...

– Hã... Gina – eu as interrompo, as duas olham para mim como se fossem me matar – Você disse que precisava me contar uma coisa.

– Esquece Harry – Gina dá uma palmadinha em meu ombro e Hermione ri – Vem cá, eu preciso te mostrar uma coisa – então puxa Hermione pelo braço e as duas saem tagarelando feito duas loucas.

Quando me viro vejo um garoto super ruivo, com várias olheiras nos olhos.

– Oi Rony – digo meio sem jeito. Essa situação é bastante difícil, o Rony ainda é o meu melhor amigo, mas eu estou... Puxa vida, eu estou namorando a ex-namorada do cara e ele ainda gosta dela. Sinceramente, eu sou um péssimo amigo. O pior, talvez, por estar fazendo isso. Eu basicamente furei o olho dele. Mas... Não posso fazer nada que mude isso.

– Oi Harry – ele responde, mas sua voz já não é a mesma.

– Rony... Acho melhor nós conversarmos.

– Ok.

Fico assustado com sua resposta, por um breve momento achei que ele fosse dar um chilique e dizer que não queria olhar na minha cara.

– O que você tem a me dizer? – ele pergunta sério, cruzando os braços.

– Bom, primeiro tenho que pedir desculpas – começo – Você deve, quero dizer... Você está me odiando agora, e com toda a razão do mundo. O que eu fiz com você, foi errado. Mas... Rony eu juro que tentei não sentir nada, mas não deu muito certo e eu não forcei Hermione a gostar de mim, se ela estivesse gostando de você agora, eu teria a deixado e com certeza deixaria vocês serem felizes. Porém, tudo aconteceu ao contrário e eu devo desculpas. Sério, desculpas por... hã... tudo.

– Eu deveria mesmo estar te odiando, mas Harry você é o meu melhor amigo. E, ok você está desculpado. E no fundo eu sempre soube que esse negócio de ela andar grudada com os dois o tempo todo não ia dá certo. Eu não quero brigar com você, de novo por causa de uma garota, mas ainda estou com raiva. Daqui alguns dias tudo volta ao normal, é só ter um pouco de paciência comigo, nem você nem Hermione nunca tiveram, mas agora precisam ter – Rony exige e eu solto uma gargalhada.

– Ok, vou ter paciência com você – brinco.

– Então, você veio sozinho?

– Não, eu e Hermione viemos almoçar aqui hoje.

– Huum... – ele responde um pouco triste.

– Mas agora não vamos falar sobre isso, é verdade que você se mudou?

– Sim, é, estou morando sozinho agora.

– Uau. Pensei que fosse morrer antes de ver Ronald Weasley morando longe do papai e da mamãe – retruco.

– RÁRÁ! Engraçadinho – ele revira os olhos – E realmente, no começo minha mãe não queria me deixar ir, ela chorou um bocado e etc, mas acabou aceitando.

– E seu pai?

– Ora, esse já não via mais a hora de ver livre de mim.

– Eu estou escutando tudo o que você está dizendo – a voz de Arthur invade o quarto. E junto com ele Jorge entra rindo também.

– Hã... Pai – Rony fala sem jeito e eu começo a rir.

– Eu não estava vendo a hora de me ver livre de você Ronald, mas ora, eu criei meus filhos para serem homens e não para viverem de baixo das asas de Molly até morrerem.

O silêncio reina por alguns minutos então Arthur senta ao meu lado.

– Olá Harry. Quanto tempo – ele bate em meu ombro. – Como está indo no departamento?

– Estou indo muito bem Arthur, e você?

– Eu estou ficando velho, muito velho – ele diz triste.

Eu e Rony nos entreolhamos.

– Não, o senhor não está – diz Rony.

– Concordo – começo – Se Snape não tivesse matado Dumbledore ele ainda estaria vivo e ele morreu com... Quantos anos Rony?

– Hum... Cento e cinquenta? Cento e cinquenta e um?

– Um a mais, um a menos não faz diferença – brinca Jorge.

– Vocês garotos não crescem mesmo não é? – Arthur começa a rir.

– Definitivamente não.

Ficamos ali conversando feito três meninos, como fazíamos antigamente. A conversa duraria séculos se Molly não estivesse gritado:

– Venham almoçar, o almoço já está na mesa.

– Fica quietinha ai, já estou descendo – Rony falava com sua barriga pondo a mão na mesma, como se ela estivesse pedindo comida.

– Você sempre está com fome? – pergunto.

– Mas é claro – ele responde todo empolgado.

Quando sentamos a mesa Molly fica sorridente e os garotos começam a rir, principalmente Draco, mas Gina lhe dá um beliscão e ele se aquieta.

– Era isso o que eu queria, minha família reunida – diz Molly.

Acho que nunca contei detalhadamente o quanto eu agradeço por ter essas pessoas em minha vida, que é como se fosse minha família de verdade, família que eu infelizmente não pude ter.

Após o almoço vou respirar um pouco do lado de fora, sento no pé de uma arvore e sinto uma mão encostando meu ombro.

– Oi – diz Hermione sorridente.

– Oi. Está melhor? – pergunto.

– Um pouco – ela senta ao meu lado e encosta a cabeça em meu ombro.

– Então eu estou começando achar que essa sua tristeza é algo psicológico, que você mesma inventou, por que hoje o dia está sendo... Bom, ótimo, excelente.

– Eu sei disso. Harry, posso ficar com você hoje? Nós vamos à casa de meus pais, eu aviso a eles e volto.

– Claro que você pode amor, que pergunta. Mas só se sua mãe deixar, eu não quero que ela fique mal com tudo isso.

– Ok.

– Acho que devemos ir agora – digo – Já está anoitecendo, seus pais já devem estar umas feras.

– Concordo, vamos nos despedir do pessoal e então podemos ir embora.

Assinto e Hermione entrelaça sua mão na minha enquanto andamos até a porta.

– Então gente, já estamos indo embora – diz Hermione triste.

– Mas já? – pergunta Molly e Gina ao mesmo tempo.

– Sim, eu não avisei aos meus pais que viria e eles devem estar... A vocês sabem, morar com os pais, ficar na responsabilidade deles e tudo mais...

Todos na sala riem.

– Tudo bem, mas voltem logo. Precisamos de dias assim – diz Arthur e nós assentimos.

Seguro a mão de Hermione e quando abrimos os olhos lá estavam os pais dela nos olhando furiosos.

– Você disse que iria só ver como ele estava – berra Jo.

– Eu sei mamãe, me desculpe, é que hoje nós fomos passar o dia nos Weasley’s a tanto tempo nós não fazíamos isso e então...

– Tudo bem querida – diz o pai dela – Mas então, você está melhor?

– Hã... Sim, um pouco. Mas eu tenho que pedir algo a vocês, posso dormir na casa do Harry hoje? É que eu não estou muito...

– Não sei por que, mas eu já sabia que você pediria isso – Jo interrompe Hermione. – Tudo bem, mas não se acostume com isso, a partir de amanhã você não dorme mais lá até arranjar um emprego e comprar sua própria casa.

– Será possível que todos vão passar isso na minha cara até eu morrer? – pergunta Hermione furiosa e eu apenas sorrio. – Tudo bem mãe, hoje é o ultimo dia, eu prometo.

– Ok – ela diz arqueando uma sobrancelha e o pai de Hermione solta uma gargalhada.

Já em minha casa, Hermione está impaciente andando de um lado para o outro enquanto eu a observo deitado na cama.

– Por que você e ela sempre tem que dizer a mesma coisa? Dá vontade de cruciar vocês dois. Eu estou de volta ok? E só ainda não arranjei um emprego por que ela inventou essa viagem louca que nem deu certo, mas se não fosse isso eu já estaria procurando.

– Mas a viagem já acabou, é... quero dizer, nem tinha começado ainda – digo.

– Sim, e amanhã eu vou atrás de um emprego, será que vocês podem me entender, ou só sabem me criticar o tempo todo?

– Não estou dizendo nada – forço uma expressão séria, mas a verdade é que ver Hermione emburrada andando de um lado e outro dentro do quarto é bastante engraçado. – Será que você já pode parar só um pouco? Já estou ficando agoniado e tonto vendo você rodando ai igual uma galinha decapitada.

– Aaargh! – Hermione bufa e deita com tudo do meu lado na cama – Eu estou com tanta raiva, não sei o que está acontecendo.

– Eu acho melhor você ir no... Como é que se chama mesmo o nome dos médicos que cuidam da mente da pessoa no mundo trouxa? Eu esqueci – indago.

– Psicólogos.

– Isso! Psicólogos. Você deveria ir em um, acho que precisa conversar com um especialista, não que eu esteja dizendo que você é louca, mas...

– Harry eu já entendi e eu super concordo com você. Estou bastante estranha desde ontem, vou pedir a mamãe para marcar uma consulta. Amanhã vou atrás de um emprego.

– Mas antes eu vou te levar em Paris pela manhã, lembra que eu lhe prometi que levaria você a torre Eiffel?

– Sim eu lembro – ela diz pela primeira vez sorrindo, depois do que a mãe dela disse.

– Porém antes disso também, você vai vir aqui – eu a puxo e lhe dou um beijo.

– Não esqueça que eu estou com raiva – ela me lembra – E eu posso arrancar o pedaço de sua boca ou algo do tipo, se acontecer... Me desculpe.

– Eu sei que você não vai fazer isso – garanto.

– Como pode ter tanta certeza?

– Por que meu pé já está machucado e você não me machucaria mais ainda.

– É, tem razão – ela sorri e depois deita a cabeça em meu peito – Promete que sempre vai estar aqui comigo.

– Sempre – digo logo após beijar o topo de sua cabeça.


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