The City Of Metal escrita por Sebastian Chenowith


Capítulo 3
Rose sorri.




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Era surpreendente o estado em que aquele ambiente se encontrava, ou melhor dizendo, as pessoas que ali estavam. Era, sem dúvidas, uma perfeita ala hospitalar lotada. Os pacientes estavam em estado horrendo; seus corpos eram de uma palidez surreal e partes da pele pareciam ser somente carne viva. Seus rostos tinham uma aparência de súplica, tudo era doentio.

Foi essa imagem que apavorou Doutor e Rose, os dois tiveram a sensação de que iriam vomitar. Eles andaram acompanhando Tom e circularam toda a ala, iam observando cada paciente sem pressa alguma e Doutor tinha aquela expressão familiar no rosto de que estava estudando algo, enquanto Rose parecia, de alguma forma, ter criado uma compaixão enorme por cada pessoa.

De repente, um pensamento complexo surgiu na mente de Rose e ela não pode parar de pensar... Como eles deixavam aquelas pessoas ali daquela forma? Quem havia feito isso? Por que? Era tudo tão... terrível.

– Isso é injusto! - gritou

– Acalme-se, Rose.- após dizer isso, Doutor recebeu um olhar raivoso dela.

Rose parecia não aguentar encarar aquelas pessoas por mais nenhum segundo, então resolveu se retirar da ala fazendo um breve aceno com a cabeça enquanto já batia a porta.

– O que deu nela? - perguntou Tyson.

Doutor o olhou censuradamente e voltou a andar, agora ele caminhava com as duas mãos para trás. Depois de criar um silêncio constrangedor entre os três, não satisfeito, Doutor sentou-se em uma cadeira vaga, próximo a um doente.

– Eles estão morrendo... - essa foi a única coisa que ele conseguiu falar.

– Sim. - disse Tom enquanto puxava uma cadeira e se sentava ao seu lado. - E eu achei que você podia fazer algo....

– Querem suco de beterraba? - ofereceu Tyson

– Sim. - responderam em uníssono.

– Como eu poderia ajudar, Tom? - perguntou Doutor meio distraído enquanto aceitava seu suco.

– Bem... Você disse que é Doutor... Eu achei que... - pegou o copo de suco e continuou falando desconfortavelmente - Eu achei que você podia ajudar.

De repente Doutor corou e pareceu que explodiria, mas então ficou sentindo-se cansado demais. Colocou seu copo na mesa e encarou Tom.

– Eu não sou um médico. - disse ele

– Quem é você? - Tom, que agora estava de pé, encarava Doutor. - Ou melhor, o que é você afinal?

Doutor pareceu desconfortável, não era a primeira vez que o faziam essas perguntas e ele tinha certeza de que não seria a última. Nesse momento, pensava no quanto adoraria responder outras milhares de perguntas com exceção dessas.

– Quem é você? Blá, blá, blá - disse debochadamente - Tem mais suco de beterraba, Tyson? Eu achei fantástico!

Trouxe aos tropeços mais uma caneca de suco e o entregou, depois ele se sentou e quis participar da conversa, mesmo sabendo que ela não levaria em nada. Os três estavam em busca de respostas, e esse era o único motivo por Doutor continuar na cidade.

...

Rose andava pelo corredor e olhava cautelosamente cada número; 38, 37, 36... Todos deixavam ela tonta e desanimada, uma hora se cansou e parou para criar folego. Foi então que percebeu o quanto aquele dia estava sendo demasiadamente cansativo e teve um pensamento de que continuaria assim até que Doutor resolvesse tudo. E quando seria isso?

Ela também notou que nada havia mudado desde que chegaram naquela cidade estranha, nenhum mistério selecionado, e já se passara 10 horas depois de saírem da TARDIS.

– Rose? - ouviu Doutor chamando e se jogou em seus braços.

– Eu odiei o que vi... - disse afinal.

– Sim, eu também. - agora Doutor olhava em seus olhos.

– Você reconhece isso?

– Não sei, é diferente de tudo que eu vi. - os dois começaram a caminhar juntos. - Rose, nós vamos resolver isso. - sorriu.

Não precisou de mais nada, somente aquelas palavras bastaram para fazer Rose sorrir novamente e uma leve sensação de esperança crescer em seu coração. A autoconfiança dele podia ser sentida em quilômetros de distância e este era um dos motivos por ela o admirar tanto...

...

– Cara, e se eles não melhorarem? - perguntava Tyson para Tom na mesma hora em que Doutor e Rose entravam na sala.

– Eles vão ficar bem. - interrompeu Doutor. - Vamos cuidar disso.

– Como? - indignado Tyson perguntou.

– Não sei ainda, isso eu penso no caminho. - sorriu Doutor - Por que esse lugar esta assim silêncioso? - encarou os dois homens - Vamos lá, coloquem uma música ou algo assim.

Agora seu rosto estava iluminado de felicidade, mas sua boca estava contraída, e esse detalhe significava que ele estava se esforçando bastante para se manter dessa forma. Rose fingiu não notar porque ela não queria se sentir conturbada... Não mais do que se encontrava. Precisava manter a calma, odiaria arranjar mais problemas para o Doutor.

– Tudo menos The Robs 3D! - disse Rose em meio aos risos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deixem os seus comentários.



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