Eles seguiam calmamente pela estrada ( calmamente, digo há oitenta km por hora) já deveriam estar no meio do caminho. O silencio foi interrompido por Dean.

- Sam...

- que?

- você acha que podemos confiar neles?

Sam fez uma careta e passou a mão nos cabelos soltando o ar pela boca.

- não sei. – respondeu o mais novo.

Mais alguns momentos de silencio se passaram e Sam começou a rir estrondosamente

 ( e aterrorizante)

- que isso? Ficou maluco? – perguntou Dean assustado e com um pouco de receios de que o irmão havia pirado.

- Dean, estamos trabalhando, para quem nós devíamos caçar!

Dean achou um pouco de graça com isso, e riu um pouco, mas não tão estrondosamente (e apavorante) quanto o irmão. O resto do caminho foi silencioso, mas, na cabeça dos irmãos, ainda havia a pergunta martelando suas cabeças, será que podiam confiar em vampiros?

Já estava bem escuro quando chegaram ao hotel (estranho/brega/ridículo). Os irmãos desceram do carro e foram em direção à porta de entrada daquele lugar.

- eu to com fome... – reclamou Dean

- Dean, Você acabou de comer! E muito!

- a comida de lá é muito leve...

 Entraram e novamente não havia ninguém na recepção, subiram as escadas, Sam destrancou a porta (a porta abre para dentro). Dean entra primeiro e arregala os olhos, ergue as mãos na altura da cabeça. Sam entra logo em seguida e tem quase a mesma reação.

- mas o que...?

- ola moças... – Dean diz devagar com um quase sorrisinho no rosto.

Duas mulheres quase da mesma altura, com cabelos cor de caramelo, sorriam, segurando uma metralhadora cada uma (sim! Uma metralhadora). A mais baixa tinha um rosto fino, olhos azul-claros e meio puxados. Vestia uma calça jeans clara bem comprida. Um salto Anabela prata e uma blusa de botões, verde com alguns brilhinhos. A mais alta, estava com uma calça capri abaixo dos joelhos com uma regata azul com acabamentos em paetês. Uma sandália não muito alta também da mesma cor que a blusa. Tinha olhos grandes e  também tinha um rosto fino.

- olá Winchesters. – disse a mais baixa – meu nome é Samanta Bridget Blackfox.

- e o meu é Juddie Cherry Darkiss, somos caçadoras, mas não como vocês.

- beijo sombrio, é? – pergunta Dean com uma sobrancelha erguida.

- somos caçadora-sombra. – continuou Samanta ignorando Dean

- crescemos numa espécie de orfanato que treina caçadores. Ou seja, aos quinze anos, já falamos todas as línguas existentes e mortas. – completou Juddie.

- e por que estão aqui? – perguntou Sam

- alooww! Estamos seguindo vocês, já faz dois meses e nem desconfiavam... – comentou Juddie.

- por isso que nos denominamos sombras, agimos como tal. Quem vocês acham que arruma a bagunça que vocês fazem? As evidencias? – repreendeu Samanta

Elas se encararam e sorriram abertamente, Juddie tirou dois frasquinhos com um liquido bege dentro e entregou um há Samanta.

- mas eles ainda não sabem nada. Acha que já está na hora?

- já passou da hora! E... Aí que está a graça.

Os irmãos estavam confusos, Samanta os encarou e deu uma piscadinha.e sem nem dar tempo para perguntarem nada, atiraram os frascos no chão, os estilhaçando em mil pedacinhos. O liquido virou fumaça e as garotas sumiram, se dissipando no ar junto a fumaça.

- ta, o que foi isso? - perguntou Sam sentando-se numa cama.

- não faço nem idéia... – respondeu Dean literalmente se jogando em uma cama – mas que eram gostosas eram.

Sam o olhou incrédulo como se o irmão ao invés de prestar atenção nas palavras delas, prestou somente ao corpo das mesmas.

- ok. Elas eram, mas, você ouviu o que disseram?

- sobre...?

- ah! Esquece – Sam parou, e depois de alguns segundos de reflexão continuou – ô Dean...

- Rrrrrrrroooooooonnnkk – foi interrompido por um ronco extremamente e exageradamente fingido de Dean.

Então Sam desistiu e resolveu dormir. Meia hora depois que os irmão haviam adormecido, um frasco com a mesma substancia de antes, se quebra embaixo dos colchões de cada cama onde se localizam os Winchesters...