POV Stefan

Katherine, Bonnie e eu fomos para a reunião e tudo ocorreu como eu pretendia e conseguimos mias um sócio que nos ajudará com a distribuição de bebidas para a boate.

– Acho que agora podemos oficialmente comemorar o sucesso da boate, hoje ela estará lotada! E olha que é segunda feira, imagina no próximo final de semana. – Fala Bonnie, nos mostrando os dados no Iphone.

– Sim, vamos no meu carro. – Falo pegando meu celular e mandando uma mensagem para Bonnie.

“Tudo certo para darmos a notícia para Katherine? Está com tudo o que precisamos ai, né?”

Olho para Katherine, mas ela está andando atrás de nós lentamente, também concentrada no celular dela e o meu celular vibra nas minhas mãos.

“Sim, senhor!”

Olho para Bonnie e dou uma piscadinha para ela, que sorri para mim de forma alegre. Chegamos ao estacionamento e eu abro a porta da frente, Bonnie e Katherine se entreolham até que Bonnie anda até a porta de trás, abre e se acomoda e Katherine a fuzila com os olhos, mas logo entra no carro também e eu fecho a porta. Dou a volta no carro e entro, dou a partida e saio do estacionamento.

O caminho foi longo e tenso, apesar da felicidade e da sensação de dever cumprido, a tensão entre mim e Katherine é forte demais. Ela se ajeitava no banco e mexia nos cabelos o tempo todo, olhava para fora da janela e as vezes olhava discretamente pelo canto dos olhos para mim, seus lábios se moviam as vezes como se fosse dizer algo, mas logo se fechavam e ela voltava a atenção para as mensagens que estava respondendo. Sem deixar muito na cara, em um movimento rápido vampiresco, eu olho o remetente, vejo que é Elena e suspiro aliviado.

– Katherine, nós já chegamos. – Chamo Katherine, tocando-a de leve nos ombros já que ela acabou cochilando.

Bonnie abre a porta para Katherine, que sai do carro e ajeita a saia, envergonhada por ter caído no sono dentro do carro e eu sorrio da forma sem graça que ela olha para mim. Abro a porta do restaurante e elas entram e eu as sigo, ansioso para dar a novidade para Katherine. Vou até a recepcionista e ela me analisa da cabeça aos pés.

– Bom dia, o senhor tem mesa reservada? – Pergunta ela com uma voz rouca e sexy, colocando-se na postura e quase esfregando na minha cara os seios enormes.

– Sim, sou Stefan Salvatore. – Já adianto sabendo que ela vai perguntar meu nome.

Ela olha para mim com a sobrancelha bem feita erguida para mim, ela coloca uma mecha dos longos cabelos loiros atrás da orelha e umedece os lábios vermelhos com a língua, de um jeito provocante. Os olhos cor de mel libertam os meus e ela procura meu nome na lista para saber onde minha mesa está e novamente levanta o olhar para mim com um sorriso.

– Senhor Salvatore, vou levar vocês até a mesa. – Fala ela e desce do banco onde estava sentada e uma moça morena, igualmente linda assume o lugar dela já atendendo outro cliente.

A loira pede licença apontando para meu casaco e eu tiro, entregando para ela e ela faz o mesmo com Bonnie e Katherine. Ela coloca os casacos no braço e anda na nossa frente, rebolando mais que o necessário em uma tentativa não muito bem sucedida de me seduzir ou de chamar minha atenção, porque o simples suspiro de Katherine faz com que eu olhe para trás a tempo de ver a cara de criança emburrada que Katherine está fazendo e contenho uma gargalhada.

– Aqui está a tua mesa, senhor Salvatore. O garçom logo virá atender vocês, qualquer problema pode me chamar, meu nome é Miranda e estarei ao teu dispor. – Essa última frase ela diz de forma sensual e eu sorrio para ela de forma cativante.

– Muito obrigado, Miranda. – Olho fundo nos olhos dela, descarregando todo o meu poder nesse olhar, fazendo Miranda sair cambaleando e sorrindo como uma boba. Ah como eu me divirto com humanos.

POV Katherine.

Tá de putaria né, Stefan Salvatore? Jogando todo o charme dele na loira oxigenada para me provocar, eu mereço isso, Senhor? Não, não mereço, tenho certeza que eu não nasci para ver uma sacanagem dessa! Percebo que Stefan está olhando para mim com um sorriso divertido nos lábios e percebo também, que estou de braços cruzados e emburrada, mas logo me recomponho com mais raiva ainda por ele ter me deixado assim.

– Então o que vocês vão pedir? – Pergunta Bonnie alheia a tudo o que está acontecendo e eu vejo que o garçom está do meu lado dó esperando a gente fazer o pedido, só falta o Stefan flertar com ele também.

– Eu vou querer uma salada com molho caesar e um suco de laranja. – Falo sem nem olhar o cardápio.

– O mesmo, mas quero um suco de morango com leite. – Fala Bonnie fechando o cardápio.

– E para o senhor? – Pergunta o garçom para Stefan.

– Para mim um frango empanado com salada e um vinho, o de sempre. – Fala ele entregando os cardápios.

– Sim, senhor. – Fala e sai.

Stefan da um gole na água dele e olha para Bonnie que apenas sorri.

– Vou ao banheiro e volto já. – Fala Bonnie.

Pronto, era tudo o que eu precisava! Stefan coloca o copo na mesa e se ajeita na cadeira, claramente confortável e sorri para mim novamente, qual foi? Não consegue parar de sorrir mais e que sorriso perfeito é esse, homem?

– Então, Katherine como estão as coisas com o Donovan? – Pergunta ele.

– Coisas? Eu não tenho nada como o Matt. – Falo nervosamente, sem saber ao certo o que responder.

– Por que está nervosa? Somos amigos, e amigos contam as coisas um para o outro, não confia em mim? – Pergunta ele se divertido, ah filho da puta, tu vai se ver comigo.

– Eu não estou nervosa, Stefan! E se tu não percebeu, a nossa situação é diferente e extremamente delicada, eu não quero machucar ninguém com isso e muito menos me machucar e também não quero discutir sobre isso contigo de novo e em um lugar como esse. – Falo secamente para ele.

– Se não está nervosa está na defensiva. Katherine, eu quero apenas que fiquemos bem, sem essa tensão, entende? Tu está agindo como se eu fosse um completo estranho que a qualquer momento vou te estuprar ou sei lá!

– Ok, desculpe-me! Eu estou desconfortável com a situação, admito, mas eu vou acabar logo com isso. – Falo abaixando todas as minhas barreiras.

– Ok, Katherine. – Só isso, Stefan? Só isso que tu vai falar mesmo?

– Stefan, eu sei que tu sabe do que estou falando e eu sei o quanto tu me conhece. E espero que tu também saiba que eu sou alguém, além dessa mulher teimosa, além desse espirito aventureiro, podemos dizer assim. E espero que tu saiba que eu te amo e que eu só preciso me sentir bem comigo mesma, sentir que eu tive as experiências que eu gostaria de ter antes de ficar contigo. – Falo sendo sincera com ele, como nunca fui.

– Katherine, eu não sou o guarda que vai te manter em uma prisão, valeu? Tu é livre para fazer o que quiser e para ficar com quem quiser, tu mudou muito e sim, eu posso dizer isso porque sim, eu tenho conheço mais do que tu mesma pode se conhecer. Não vou mentir, eu estou me sentindo meio traído com tudo isso que tu tem feito, mas eu entendo! Os tempos são outros e tu mudou, com todo o direito e tu não está errada em querer experimentar novos ares, mas eu te digo apenas uma coisa, o mundo da voltas e pode ser que mesmo te amando com todas as forças que eu tenho, amanhã eu não esteja aqui pra ti. – Fala ele, e por incrível que pareça, com lágrimas nos olhos.

É estranho e difícil ao mesmo tempo, ver um homem cheio de paredes, de bloqueios e muralhas assim, vulnerável. Já ouvi dizer que quando um homem chora por ti, é porque ele te ama de verdade, mas será mesmo? Um homem nunca chorou por mim e Stefan, mesmo que por 5 segundos fez isso, ele me mostrou toda a tua fragilidade dele para mim, a dor nas palavras dela é palpável. Eu queria poder tomar as dores dele para mim, mas eu também estou machucada, machucada por saber que eu sou a causadora dos dores dele. E eu posso ser a mulher forte e decidida que sou, mas com Stefan eu sou uma Katherine diferente, uma Katherine que eu gosto de ser, que eu amo ser! Mas infelizmente eu não posso ficar com ele, não agora.

– Stefan, eu... – Meu coração aperta e meus olhos enchem de lágrimas, cadê a Bonnie para me livrar dessa? – Dói em mim te falar isso, acredite! Mas eu não posso ficar contigo agora, sei que ao mesmo tempo que tu fala que entende tu não entende, porque nem eu entendo! Só me da essa noite, ok? Essa noite e amanhã eu estarei com tudo decidido.

– Vai sair com Matt, né? Está certa, Kath, temos que ver as opções para escolhermos de forma correta. Eu te disse quando tu pediu o tempo que eu te daria o tempo que for necessário e desculpe-me por falar que não estarei aqui pra ti, é mentira, eu sempre estarei. – Fala ele sorrindo.

Aliviada e me sentindo mais leve eu sorrio para ele, e finalmente a Bonnie chega, juntamente com o nosso almoço.

– Gente, tinha uma fila enorme para usar o banheiro! As vezes da uma vontade de trocar de sexo. – Fala ela sorrindo e nós sorrimos com ela.

Nós almoçamos em silêncio e eu me pergunto se tomei a decisão certa em sair com Matt essa noite para depois tomar a decisão. Mas não importa, decisão certa ou errada eu não me arrependo das coisas que faço, só das coisas que não faço, vai que depois eu me arrependo de não ter dado uns pega no Matt, né? E como já peguei o Stefan, não tenho do que me arrepender.

– Kath, querida, nós temos uma novidade para te contar. – Fala Bonnie pegando na minha mão assim que terminamos de comer.

Stefan e Bonnie olham para mim com um sorriso enorme nos lábios e eu interpreto isso como uma novidade boa, né? Olho curiosa para eles, esperando que eles continuem e nós começamos a rir como três idiotas.

– Ok, sem mais esperas. – Fala Stefan parando de sorrir. – Katherine Pierce, tu está oficialmente contratada para trabalhar na empresa Salvatore Enterprises Holdings Inc.

Eu olho para os dois sem acreditar, estava na fase de teste, mas nem parecia! E agora, assim do nada, estou oficialmente contratada, terei o nome dessa empresa na minha carteira de trabalho e no meu currículo que com certeza é um nome de muito peso!

– Katherine, tu se mostrou ser uma profissional capacitada para trabalhar na minha empresa, os empregados de lá geralmente ficam na fase de teste até poderem exercer algo relacionado o cargo dele e tu teve sorte de poder me mostrar o teu trabalho assim tão rapidamente com a abertura da boate que foi extremamente brilhante! Continue assim, e eu juro que farei de ti uma grande publicitaria, cola comigo que eu te mostro o que é bom. – Fala Stefan dando uma piscadinha para mim, deixando de lado a melancolia de minutos atrás, dando lugar ao charme e a sensualidade natural dele.

– Parabéns, Katherin! Será um prazer trabalhar contigo. – Fala Bonnie entregando para mim o crachá oficial.

– Desculpe-me o palavrão, mas... caralho! – Falo não encontrando outra forma de me expressar e eles começam a rir.

Dou um abraço em Bonnie, um abraço apertado e ela sussurra no meu ouvido falando que eu mereço esse emprego, e acredite, eu sei o que passei até aqui para conseguir o emprego, desde as provas difíceis na faculdade até aqui, um emprego na maior empresa de New York, com uma secretária que é minha amiga e com um chefe, que bom, é um chefe e tanto! Vou até Stefan e ele abre os braços para mim e eu me jogo no abraço dele, sinto os braços fortes dele ao redor de mim e fico tão grudada nele que consigo sentir a barriga malhada contra a minha e o cheiro de perfume que parece afrodisíaco para mim e sem querer fico excitada, ele me solta um pouco e eu cometo o pequeno erro de olhar nos olhos verdes dele e acabo dando um selinho nele que o pega de surpresa, mas vejo o quanto ele fica feliz e eu também, feliz e excitada!

POV Elena.

Eu nunca chorei por um garoto, e não é agora que eu irei chorar! Deve ter uma boa explicação para eles não terem contado para mim que já tiveram uma relação no passado e um passado não muito distante pelo que fiquei sabendo. O pior é que pela primeira vez eu estou gostando verdadeiramente de alguém, e puta que pariu ele tinha que pisar logo no meu calo? Todos que me conhecem sabem que eu odeio mentiras ou quando escondem as coisas de mim, e isso pode não parecer importante, mas é! Eles me fizeram de otária, de boba e agiram como se eu fosse uma criança, não contaram para mim porque acham que eu não posso lidar com isso, ah por favor! Eu me conheço e sei que se tivessem me contado, eu teria agido na boa, mas como eu descobri assim, claro que eu surtei!

– Tem alguém ai? – Pergunta uma voz enjoada e fina.

– Tem, porra! Volta depois. – Falo colocando os pés sobre o vazo sanitário.

– Desculpe-me, querida, mas outras pessoas querem usar o banheiro.

– Puta merda! – Abro a porta bruscamente quase acertando a pessoa que está enchendo o saco.

Pelo cabelo loiro e pelo perfume doce sei que é Rebekah, deixo quieto e saio da frente da porta indo para o espelho. Não chorei, então não tenho com que me preocupar, mas como meus olhos ficaram molhados apenas limpo um pouco do lápis de olho que escorreu e pronto, está ótimo assim. Saio do banheiro e percebo que não escutei o sinal que indica o término do recreio e está no meio do 4º horário e o professor não vai me deixar entrar de jeito nenhum e como as duas últimas aulas não são obrigatórias, decido ficar no pátio atoa, até acabar esse horário e ligar para meu pai vir me buscar.

– Podemos conversar agora? – Fala Damon atrás de mim me assustando.

– Não.

– Ah para, né! Elena, desculpa, valeu? Eu sei que pisei na bola contigo por não ter contado antes, mas eu não sabia como contar! Posso contar tudo agora se quiser. – Fala Damon pegando minha mão.

– Então conta.

– Eu e Caroline nos odiávamos, até que um dia teve uma social na casa de um cara da sala e eu não perdia uma dessas sociais e nem Caroline então eu fui e a encontrei lá, mas claro não rolou nada porque como eu te disse, não nos gostávamos. Até que o pessoal foi indo embora e ficamos eu, Caroline e um pequeno grupo, todo mundo bêbado! Começamos a brincar de verdade ou consequência, beleza. Caiu a Caroline e um cara lá e ela falou que queria consequência e ele falou que nós tínhamos que ficar, ali na frente de todo mundo, rolou e tals e depois disso continuamos nos falando e começamos a ficar sério, mas nunca namoramos como o pessoal aqui gosta de dizer. – Explica ele encerrando a história.

– E é só isso? Por que tu parou de ficar com ela? – Perguntei tirando minha mão da dele.

– Porque não tinha mais clima, ela disse que não queria mais e eu já estava enjoado dela e decidimos ficar amigos e assim estamos até hoje. Lenis, ela se tornou uma irmã para mim e ela me trata como um irmão.

– Beleza.

– Acredita em mim, né? – Pergunta ele buscando meus olhos, mas eu desvio o olhar.

– Damon, eu acredito, mas vocês me trataram como uma criança! Fizeram-me de idiota quando não me contaram isso logo no inicio e vocês tiveram tempo sim! Eu odeio que façam isso comigo porque eu me sinto enganada e cara, eu adoro vocês dois, mas vocês vacilaram comigo e eu sei que isso é bobagem, mas eu não quero mais falar com vocês hoje, só quero por a cabeça no lugar e nos falamos amanhã, tudo bem? Está tudo certo, eu só preciso por a cabeça no lugar.

– Tudo bem, Lenis. Qualquer coisa pode ligar.

É a última coisa que escuto dele no dia, e saio sem olhar para trás.