Segredos escrita por Lassie


Capítulo 3
Redescobertas


Notas iniciais do capítulo

Presente de Natal



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Rose já tinha planejado tudo para poder ir fazer os exames sem ninguém desconfiar. Roxanne, sua prima um ano mais velha e pode-se dizer melhor amiga, ia com ela. Rose havia contado tudo à prima, sobre a gravidez, quem era o pai verdadeiro, como aconteceu. TUDO.

Roxanne achou estranha a atitude de Malfoy, mesmo no fundo sempre ter achado que o sonserino gostava da prima pensava que ele nunca passaria pelo orgulho e muito menos que a prima passaria pelo seu.

– Rose, eu vou com você – ela disse pela milésima vez tranqüilizando a prima. – se acalme.

– Rox, eu não quero ir sozinha e nem que o Malfoy vá comigo por piedade.

– Duvido que seja por piedade, mas se você diz – Roxanne disse – enfim, Rô. Precisamos falar sobre quando você vai contar pro tio Ron e pro idiota que eu nem vou falar o nome que você está esperando um filho – ela disse direta.

Roxanne era muito engraçada, festeira, brincalhona, mas era seria e direta quando era preciso e muito amiga, apesar de às vezes ser sincera demais e um pouco insensível com as palavras.

– Rox. Meu pai morre se eu contar. Pior, ele me mata e depois morre – Rose disse histérica – E esse filho é SÓ MEU! Ele não tem pai. Ele não merece aquele pai.

– E você fará o que quando a barriga aparecer? Fugir? E depois? Vai falar que uma coruja deixou esse bebê na sua porta? Por favor! – Roxanne disse com um toque de humor apesar da seriedade do assunto.

Rose deu um riso triste.

Um dia antes do exame, Rose dormiu na casa de Rox para no dia seguinte ir a clinica.

–Rox, eu quero esperar o Scorpius na ponte. Preciso agradecer a ele e seria muita mancada minha dar um bolo nele sendo que ele está sendo tão gentil.

Rose disse no caminho. Roxanne havia comprado um carro e tirado carteira, seu avô fez mudanças nele para que pudesse voar como seu velho carro. Sua prima assentiu. Logo chegaram à ponte.

– Rose, eu vou te deixar aqui e estacionar, ok? – Roxanne disse parando o carro.

Rose desceu e avistou Scorpius.

– Como você veio? – ele perguntou preocupado.

– De carro com a Rox – ela disse sorrindo. Inconscientemente ela gostou da preocupação de Scorpius - Queria te agradecer por ter sido tão gentil comigo, mas Rox já sabe de tudo e vai me acompanhar a partir de hoje a todos os exames e consultas. Eu agradeço muito.

– Ela é sua prima, sim? – ele disse lembrando-se vagamente de Rose andando com uma menina morena, com toda certeza essa era a tal Rox, já que confiava nela - Têm certeza? Eu posso acompanhá-la sem problemas – ele disse atencioso.

Roxanne chegou.

– Oi Malfoy! - ela cumprimentou o rapaz que sorriu educadamente sem tirar os olhos da ruiva.

– Eu já disse que Rox pode me acompanhar. Eu estou bem. Obrigada – Rose disse firme.

– Você se incomoda se eu for? – ele disse.

– Não Malfoy. Não nos incomodamos – Roxanne disse sorrindo – Eu acabei de receber uma ligação dizendo que precisam de mim no ministério... Não deve ser nada sério, mas eu preciso ir. Deixarei vocês lá, almocem e depois busco vocês, está bem? É só me ligar, Rô – ela completou – Meu carro está aqui perto, vamos.

Roxanne amava ser bruxa, mas quis viver como trouxa depois de se apaixonar por seu namorado, Luke, nas férias antes de seu ultimo ano em Hogwarts. Ela conversou no ministério e eles colocaram-na na área de comunicações, para encobrir qualquer coisa que acontecesse no mundo trouxa que estivesse relacionado ao mundo bruxo ela encobria.

Rose, sem palavras, seguiu-a com Scorpius ao seu lado.

– O shopping é duas quadras daqui, Rose sabe onde. Comam alguma coisa, pois esses exames dão sempre fraqueza. Beijo; busco vocês depois – ela disse parando o carro.

Rose e Scorpius desceram, ela se encaminhou para dentro da clinica.

Em uma hora já havia tirado sangue e feito todos os outros exames que a medica pediu, um atrás do outro.

– Então, o que é esse lugar que você pode comer que a sua prima falou? – Scorpius disse enquanto caminhava com Rose de braços dado, ela estava se sentindo fraca.

– Shopping – ela disse rindo fracamente – é um lugar trouxa onde há lojas e restaurantes. É divertido, poderíamos ver um filme até! Sinto saudades de ir ao cinema...

– Eu não tenho dinheiro trouxa – ele disse envergonhado.

– Tudo bem Malfoy, eu pago dessa vez – ela disse simplesmente.

– Não posso deixar você pagar. Existe algum lugar que eu possa trocar o dinheiro? – ele disse.

– Gringotes. Eles trocam atualmente – ela disse.

– Preciso de um beco escuro, eu vou lá e troco rapidinho, mas você não pode aparatar, então tem que me esperar. Esse tal de shopping é seguro? – ele disse pensando.

– Muito – respondeu Rose – e tem banheiro, você pode aparatar de lá, de uma das cabines, só não tranque a porta, só feche. Eu te espero na praça de alimentação, ok?

Ele assentiu com a cabeça. Deixou Rose perto dos restaurantes, foi ao banheiro, aparatou no Beco Diagonal, trocou rapidamente uma grande quantia de galeões e voltou. Nem havia se passado 20 minutos. Quando voltou, Rose não estava mais sentada. Scorpius procurou Rose por todos os lados, até achá-la em uma livraria. Antes de entrar para chamá-la, ele ficou observando-a folhear alguns livros trouxas. Nesse momento Scorpius se lembrou de quando observada Rose ler no terceiro, quarto, quinto e sexto ano, o sentimento que ele sentia por ela voltou e ele soube que ele na verdade nunca havia ido embora. Ele amava a ruiva. Sempre soube disso, principalmente depois do beijo roubado no quinto ano. A ruiva notou que alguém a observava e avistou Scorpius. Pediu para ele esperar com a mão e comprou alguns livros com uma espécie de cartão que Scorpius achou muito interessante.

– Desculpa. Não resisto a uma livraria – ela disse envergonhada.

– Tudo bem. Eu troquei o dinheiro, acha que duas mil libras é muito pouco? Eu não tinha noção do quando precisava – ele disse.

– Cale a boca, quer que nos assaltem? Essa quantia é muita! Demais até! – ela disse aos sussurros.

– Melhor sobrar que faltar – ele disse dando ombros – vamos comer?

– Claro – ela disse abrindo um sorriso encantador.

Rose escolheu o lugar que eles comeriam. A ruiva estava com vontade de comer comida italiana e pediu um grande e farto prato de espaguete e Scorpius pediu uma lasanha. O sonserino pagou em dinheiro com a ajuda de Rose e depois foram dar uma volta pelo shopping.

– Olha que lindo – ela disse parando em frente a uma loja de bebê e apontando para um macacão vermelho com um leãozinho bordado.

–Não tem algo verde com cobras? – Scorpius disse com um sorriso amarelo.

Rose sorriu divertida sem tirar os olhos da roupinha de bebê.

– Vamos – ele disse entrando na loja.

– O que está fazendo? – ela disse confusa

– Presenteando o ser que está dentro de você com a roupa de bebê mais grifinória do mundo – ele disse indo até o balcão – Com licença – ele disse para uma atendente nova e muito bonita que sorriu simpática –embrulhe aquele macacão vermelho bordado com um leão na vitrine que eu vou comprá-lo, sim? – ele disse educado.

– Pare com isso Scorpius! Como vou levar esse presente para casa? Se meus pais verem eu estou morta! – ela disse sussurrando irritada.

– Esconda-o ou deixe comigo até contar a eles. Não importa. Eu vou comprar – ele disse sem nem olhar a ruiva irritada.

– É para alguma prima ou amiga? – a moça disse enquanto embrulhava o pacote – ela já ganhou o bebê?

– Não, ela não ganhou ainda. Você está de dois meses, não é Rose? – ele disse virando-se para a Weasley.

Ele percebeu as segundas e terceiras intenções da atendente, era difícil não perceber. Mas ele não a queria e não pelo fato de com toda certeza não ser bruxa, ele só não se sentiu atraído pela linda moça.

– Sim – a ruiva respondeu seca – eu já disse que não quero esse presente.

– Não é para você, é para o bebê – ele rebateu – eu pagarei em dinheiro. Quanto que é? – ele disse desconversando.

– Ah, aqui está à nota, você paga e retira no caixa – a moça respondeu um pouco menos sorridente.

Scorpius virou-se para falar para Rose esperá-lo lá, mas o celular da ruiva tocou. Era Roxanne preocupada. Depois de tranqüilizar Roxanne, a prima de Rose disse que os buscaria em 40 minutos.

Scorpius foi pagar e depois entregou o presente para a ruiva.

– Eu te odeio – ela disse – mas amei o presente. Obrigada.

– O que é esse negócio que tocou? Você falou com sua prima por isso? –ele perguntou curioso.

– Isso se chama celular – ela disse mostrando o seu para ele – é um artefato trouxa que permite que você ligue para outras pessoas e mande mensagens de texto. É muito útil – ela completou.

– Eu quero um desses – ele disse – como faço para ter um desses? Isso é mais discreto que uma coruja. Assim você não teria desculpa e eu poderia falar com você sem ninguém saber ou achando estranho. Onde eu consigo um desses?

– Há uma loja aqui no shopping que vende. Podemos passar lá, mas você tem que ter eletricidade em casa para carregar sua bateria e há lugares bruxos que não pega. Além de você ter que ter uma conta trouxa para pagar.

– Me ajude a fazer tudo isso. A tal conta, e esse troço – ele disse como uma criança mimada pedindo aos pais um brinquedo.

Rose sorriu divertida

– Você parece criança com as coisas trouxas. Nunca achei que você se interessaria por coisas do mundo não bruxo - ela disse com um tom de surpresa.

– Porque esse tom de surpresa, ein Weasley? Eu gosto do mundo trouxa, os admiro muito mesmo não participando dele ativamente já que não tenho nenhuma ligação trouxa na família, mas eu fiz um ano de Estudo dos Trouxas em Hogwarts, sabia? - ele disse orgulhoso.

– Só um?

– Meus pais até que me apoiaram, mas meu avô não - ele disse depois de uma pausa e sua expressão havia mudado. Estava mais séria.

– E o que ele vai achar quando souber que você tem uma conta no mundo trouxa e tem também um celular? - ela perguntou divertida.

Scorpius parou pensativo, sabia que ele não ia gostar muito e ele amava o avô.

– Você vai me ajudar a fazer essas coisas ou não? - disse mudando o assunto.

– Vou, mas não hoje - ela disse sorrindo - é preciso documentos trouxas, e dinheiro bruxo trocado pra colocar lá e mais um monte de coisas. O que posso fazer por você hoje é colocar na minha conta o celular que você comprar.

– Pode? Mas ai tudo que eu gastar irá será você que vai pagar... Isso não é legal - ele disse pensando.

– Não não não. Espere - ela disse rindo - o celular ficará no meu nome, mas você colocará crédito nele quando quiser com o seu dinheiro. Lá na loja eles te explicarão direitinho.

Ela foi com ele na loja e foram rapidamente atendidos por um simpático atendente que explicou tudo para Scorpius e mostrou os celulares. Ele comprou um que Rose indicou dizendo que era simples e perfeito para as necessidades do rapaz. Depois de pagar e colocar créditos no celular, Rose gravou seu número no celular de Scorpius e explicou como fazia para mandar mensagens de texto e ligar, e gravou o numero dele no seu celular também.

Depois disso, Roxanne buscou-os no shopping e também trocou o número com o Malfoy que estava encantado com o aparelho trouxa. Rose explicou como carregava e outras coisas básicas. Rose achou estranho quando Scorpius disse que sua mãe havia exigido tomadas em sua casa, pois as achava engraçadas, interessantes e úteis quando tinha que cozinhar. Ela descobriu que na casa e Scorpius, havia uma sala escondida com utensílios trouxas de cozinha, pois sua mãe não sabia cozinhar e aqueles objetos a ajudavam.

Roxanne deixou Scorpius na entrada do St. Mungus e seguiu com Rose para a casa da garota.

– Então você e o Malfoy... - ela disse segurando o riso - quem diria ein Weasley?

– Não começa Rox... Ele só tem pena de mim. - ela disse cabisbaixa.

– O olhar dele não é de pena - Roxanne disse.

– Você ficou louca. Completamente louca - Rose disse brava quando Roxanne estacionou na frente da casa de Ron e Hermione.

Rose desceu do carro com sua bolsa e escondeu o presente de Scorpius dentro dela.

– Cheguei - ela disse ao entrar.

– Ainda bem! Esqueci de avisar que você tem uma consulta hoje no St Mungus - Hugo disse afobado.

– O que? - Rose disse desesperada.

– Mamãe ligou de manhã e pediu para eu te ligar pra avisar, mas eu tinha acabado de acordar e esqueci de te avisar - ele explicou.

Rose começou a chorar descontroladamente.

– Hugo eles vão me matar. Eu não posso - ela dizia histérica.

– Rose, o que aconteceu? - ele disse sério.

– Hugo me perdoa, eu nunca quis, desculpa. Não me odeie, por favor, eu não suportaria.

– Eu nunca te odiaria - Hugo disse abraçando forte a irmã - nada pode ser tão grave ou tão ruim que me faça te odiar, Rose, você é minha irmã!

– Eu... - Rose ia dizer seu maio segredo que ela escondia, mas hesitou. Não podia decepcionar o irmão - eu não posso.

–Rose, confie em mim - ele disse olhando nos olhos da irmã.

– Meu celular, Rox, Scorpius, algum deles tem que me ajudar.

Tudo que Rose dizia não fazia sentido para Hugo.

– Quem melhor pode te ajudar do que seu irmão? Rose olhe para mim! Porque você não quer ir ao médico e acha que vai me decepcionar se for?

– Hugo, me perdoa, por favor - ela disse abraçando o irmão.

Ele fez carinho em sua cabeça e disse palavras tranqüilizadoras, então Rose pegou a mão do irmão com sua mão tremula e pôs em cima de seu ventre. Hugo não precisou de palavras.

– Eu preciso falar com Scorpius e com Roxanne. Eu não posso ir ao médico hoje - ela disse parando de chorar.

– Se o Malfoy for o pai é melhor me contar agora. Eu vou te apoiar em tudo, Rose - ele disse sério.

– Não, Scorpius é só um anjo que apareceu quando eu mais precisava. Ele foi o primeiro a saber, que eu estava grávida, eu estava transbordando e ele me escutou e me apoiou. Esse filho é meu e não tem pai - ela disse séria e convicta.

– Isso é biologicamente impossível, mas tudo bem. Como pretende falar com eles? - ele disse procurando ser prático.

– Meu celular, eu tenho o número deles, você liga pra Rox e diz que sabe de tudo e explica pra ela que eu tenho médico eu sei lá, eu vou ligar pro Scorpius. Nem sei por que, mas sinto que devo - a ruiva disse nervosa.

Hugo ligou para a prima e explicou tudo, Rose ligou para Scorpius que ao ouvir a voz nervosa da ruiva não precisou ouvir mais nada e desaparatou na casa dos Weasley.

– O que aconteceu? Está tudo bem com o bebê? - ele disse quando Hugo abriu a porta sem nem cumprimentar o ruivo.

– Scorpius meus pais querem que eu vá ao St Mungus hoje, eu não posso eles descobrirão - ela disse nervosa.

– Conte a eles - disse Scorpius depois de um tempo.

– Eu concordo com o Malfoy - disseram Roxanne, que havia acabado de chegar, e Hugo.

– Claro! - Rose disse sarcástica - Mamãe, papai, eu estou grávida e me recuso a dizer quem é o pai porque ele é o pior erro da minha vida e não quero que ninguém saiba quem é e muito menos que ele saiba que é o pai.

– Talvez um pouco mais delicada - Roxanne disse. Hugo repreendeu a prima com o olhar, do jeito que Hermione fazia.

– Eu sou o pai - Scorpius disse de repente.

– Como? - Rose disse confusa, nervosa e surpresa.

– Eu assumo essa criança, vamos dizer que é meu! - ele disse olhando a menina nos olhos.

– Meu pai vai ter um infarto - Hugo disse.

Rose desmaiou. Scorpius conseguiu pegá-la rapidamente.

– Precisamos levá-la ao hospital mais próximo - Scorpius já estava com Rose no colo.

– Eu estou de carro. Vamos - Roxanne disse correndo para abrir a porta.

– Me espere eu vou pegar meus documentos trouxas no quarto - Hugo disse subindo em disparada as escadas.

Scorpius carregava Rose cuidadosamente, quando estavam nos jardins viram Hermione estacionando o carro.

– O que está acontecendo aqui? - ela disse espantada.

– Tia não dá tempo pra explicar - Roxanne disse abrindo a porta de trás do carro de Hermione que voltava para dentro do carro, Hugo apareceu correndo.

– Senhora Weasley, precisamos ir para o hospital mais próximo o mais rápido possível - Scorpius disse aflito.

– Filho, me explique o que está acontecendo - Hermione disse dirigindo habilidosamente em uma velocidade um pouco alta e Roxanne seguia com seu carro atrás.

– Mamãe, agora não podemos explicar - Hugo disse aflito.

– Senhora Weasley, Rose está grávida e é de risco. Ela ficou nervosa precisamos chegar rápido ao hospital - ele disse nervoso ao ver o sangue escorrendo entre as pernas de Rose.

– Scor... Scor... - Rose disse fracamente já na maca do hospital.

Scorpius não havia largado a mão de Rose por um segundo. Hermione estava em estado de choque e Hugo tentava acalmá-la.

– Calma Rose, eu estou aqui e não vou deixar nada acontecer com você. Roxanne ligou para sua médica, vai ficar tudo bem - ele disse nervoso.

– Meu filho, não me deixa perder meu bebê - ela disse chorando e apertando forte a mão de Scorpius.

– Não vou deixar nada acontecer com nosso filho e nem com você. Vai ficar tudo bem - Ele disse beijando a testa da garota.

– Senhor, terá que esperar com os familiares - a enfermeira disse barrando Scorpius.

– Não, eu preciso entrar eu sou o pai. Não posso deixar Rose e meu filho sozinhos - ele disse desesperado.

– Está tudo bem Scorpius, eu vou cuidar de Rose - Scorpius se virou e viu Doutora Galaggi - Rose está em boas mãos. Eles ficarão bem, eu prometo.

Scorpius já estava chorando. A doutora entrou aonde Rose havia ido e Scorpius voltou para ficar junto dos Weasley.

– Onde está minha irmã? Ela está bem? - Hugo disse preocupado.

– A médica está cuidando dela e do bebê - Scorpius disse cabisbaixo.

Ele sentou em um dos bancos e se pôs a chorar.

– Scorpius, vamos lá. Vai ficar tudo bem - Roxanne disse sentando-se ao lado dele.

– Ela não podia se estressar. A médica me avisou. A gravidez dela é de risco, se ela perder essa criança pode nunca mais ter outra. Eu prefiro morrer a perder ela e o bebê - ele dizia aos prantos.

– Scorpius - Hermione disse pondo-se diante dele que levantou a cabeça e secou algumas lagrimas - é verdade? Minha Rose... Ela e esse meu neto correm esse perigo?

Scorpius notou a lagrima correndo no rosto de Hermione.

– É sim - ele disse após um longo suspiro - ela não podia se estressar. Há muito risco na gravidez dela e ela estava tão aflita e não conseguia contar a vocês por medo. Por favor, entenda. Não era nossa intenção - ele completou chorando.

– Você... você é o pai? - ela perguntou.

Scorpius não era o pai. Roxanne sabia. Hugo sabia. Ele sabia! Mas ninguém sabia quem era o pai e Rose precisava dele.

– Sim. É meu - ele disse abaixando a cabeça para não olhar Hermione - não culpe Rose, por favor. Tudo que ela precisa é de apoio.

– Hugo, nós precisamos falar com seu pai antes de Rose melhorar. Ele precisa digerir tudo isso - Hermione disse.

– Eu não tenho medo do Senhor Weasley e vou assumir essa criança. - Scorpius anunciou.

Hermione sorriu e o abraçou.

– Obrigada por amar minha filha e meu neto - disse chorando - Roxanne me ligue quando tiver noticias.

– É melhor Hugo ficar e eu ir tia, a senhora não está com condições de dirigir ou aparatar - ela disse indo com a tia e deixando Scorpius e Hugo no hospital.

– Você é ou não é o pai afinal? - Hugo disse para Scorpius.

Ele não parecia bravo, mas parecia que estava digerindo tudo isso.

– Não o biológico, mas a partir de hoje, quem disser que esse filho não é meu terá que se ver comigo- Scorpius disse. Ele estava descontrolado.

– Você sabe quem é o desgraçado que fez isso com Rose? Ela ficou mais nervosa ainda porque tem medo que nossos pais descubram quem é o verdadeiro pai e ela diz que ele não vale o ar que respira - Hugo disse ficando com as orelhas vermelhas de raiva.

– Então você entende porque eu sou o pai? Rose não vai desmentir, eu falarei com ela. Depois que todos acharem que eu sou o pai biológico, ela não vai ter coragem de desmentir.

– Minha irmã vai ficar uma fera. Ela não gosta de mentiras - Hugo disse.

– Essa é para o próprio bem dela e do bebê. Ela vai entender. - ele disse.

– Você gosta muito da minha irmã, não é Malfoy? - Hugo disse sorrindo.

Scorpius sabia que a resposta era sim. Rose era muito bonita, forte, decidida e inteligente. Seu sorriso era encantador e seus olhos eram como imãs para os dele. Tudo isso fazia ele saber dentro de seu coração que amava a ruiva, mas e Rose? Será que ela era capaz de gostar dele? O pai da criança ainda mexia com ela, isso era um fato consumado.

– Os parentes da Senhorita Weasley? - a enfermeira anunciou tirando Scorpius de seus pensamentos.

– Como ela está? - Hugo disse levantando rapidamente com Scorpius.

– Ela está no quarto. A doutora está lá e ela quer falar com você - ela disse e apontou para Scorpius.

– Claro - ele disse se recompondo.

Eles foram até o quarto acompanhando a enfermeira.

– Scorpius, Hugo - Rose disse sorrindo fracamente.

– Está tudo bem minha irmã, eu estou aqui - Hugo disse correndo até Rose e segurando sua mão.

– Senhor Malfoy, eu preciso falar com o senhor - a médica disse fazendo Scorpius parar de olhar Rose.

Eles saíram do quarto.

– Como está ela? E o bebê? - ele perguntou aflito.

– Estão bem. Foi só um susto, um baita susto - ela disse arrancando um sorriso de Scorpius - mas se houver outro susto, não conseguiremos salvar o bebê.

– Doutora, ela entrou em pânico quando soube que a família ia descobrir - Scorpius tentou explicar.

– Ela não pode sofrer esse tipo de coisa Scorpius! É perigoso demais! Você não tem noção disso - a doutora disse.

– Eu prometo que vou proteger o máximo que eu puder a Rose e o nosso filho - ele disse sério.

– Quando eu perguntei se você era o pai, você disse que era só um amigo - a doutora disse pensativa - tem algo que eu devesse saber? Algo que pode causar estresse em Rose?

– Eu sou o pai, doutora. Só não queríamos dizer isso por vergonha - ele disse rapidamente - vou ver como ela está.

Ele entrou e Hugo conversava calmamente com Rose.

– Scorpius - ela sorriu ao ver o loiro entrar e tentou sentar-se

– Eu fiquei tão preocupado com você e com o nosso filho - ele disse indo em direção a ruiva e beijando-lhe a testa - você não pode sofrer emoções fortes agora, mas saiba que eu vou assumir e que sua família já sabe que eu sou o pai.

– Hugo me contou. Você é louco. É muita responsabilidade, não deveria - ela argumentou - mas obrigada.

– Eu acho que vocês precisam de uma história porque o papai não vai engolir só isso - Hugo disse.

– Vamos Rose, você sempre leu tanto. Deve ter alguma ideia - Scorpius disse sorrindo.

– Simples, tivemos um romance escondido em Hogwarts - ela disse.

– Droga, eu me esqueci de avisar mamãe. Vou ligar para ela, está bem? - Hugo disse saindo do quarto.

– Seu irmão é tão compreensivo. - Scorpius disse segurando a mão de Rose

– Ele é ótimo. Eu não mereço ser irmã dele - ela disse sorrindo triste.

– Rose, eu quero tentar ter algo com você e pra isso preciso ser sincero - Scorpius disse tomando a atenção da menina para ele.

– Você disse que quer tentar ter algo comigo? - ela disse confusa, mas sorrindo.

– Sua gravidez é de risco e você não pode de maneira alguma ter nenhum estresse ou emoção forte - ele disse sério ignorando a pergunta da menina - eu vou te proteger o máximo possível, mas você mesma tem que procurar se proteger. Dessa vez foi um susto, mas não quero pagar pra ver a próxima - ele completou aflito, com os olhos fixos nos de Rose.

Rose assentiu com medo de perder a criança, mas ao sentir a mão quente de Scorpius acariciar sua bochecha delicadamente, ela sorriu e segurou o rosto do loiro.

– Eu queria que você fosse o pai do meu filho. Acho que nunca me senti assim com ninguém, você mexe comigo de uma maneira que eu não consigo entender - ela disse olhando dentro dos olhos do loiro.

– Eu sou o pai dessa criança, está bem? E eu também me sinto assim em relação a você - Scorpius, sincero, disse.

Ele depositou um longo e delicado beijo em Rose, nada além de um selinho, mas que significava muito. Ele não queria passar dos limites e nem forçar nada.


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Notas finais do capítulo

Feliz natal a todos e eu espero que gostem e por favor comentem o que estão achando. Beijos



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