Made In The USA escrita por Vitória Jackson


Capítulo 4
Clarity.


Notas iniciais do capítulo

Bom, oi gente, estou aqui postando! Uma parte de mim ficou muito alegre com os comentários, que estavam gostando, mas outra parte ficou triste pelo fato de eu ter 9 leitores e só 2 comentarem. Bom, espero que isso mude.
Mais um capítulo para vocês.



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O primeiro dia de aula de Annabeth não estava sendo nada agradável. Todos a olhavam dos pés a cabeça, e isso era ridículo. Sua roupa estava legal, não estava? Annabeth começou a ficar em duvida. Ela havia passado mais do que uma hora se olhando no espelho. Seu cabelo loiro caía como cascata em seus ombros. Ela estava com uma batinha em mescla. Um short branco e um tênis verde piscina. E com o cordão que havia ganhado de sua mãe. Ela dissera que lhe daria sorte.

— É tão lindo, mamãe! — disse a pequenina Annabeth, que na época tinha apenas oito anos. Ela pulava enquanto batia as pequenas mãozinhas uma na outra.

— E vai lhe dar sorte. — Atena falou, enquanto passava a mão no rosto da filha.

Suas lembranças se esvaziaram quando escutou alguém dizendo “cuidado”, e sentido um esbarrão.

Ela ia precisar de muita sorte mesmo, pensou enquanto esfregava a mão no pingente de coruja.

Thalia andava pelo corredor, mal havia acordado. Seus olhos ainda não estavam completamente abertos. Ela odiava acordar cedo. Sempre odiara. Estava indo para o conhecido armário, quando sentiu um esbarrão.

— Cuidado! — falou quase cuspindo as palavras.

Odiava quando isso acontecia. Thalia praticamente odiava tudo. Principalmente de manhã.

Ela esfregou os olhos e viu uma garota de aparência parcialmente normal. Mas, vejam bem, seus olhos estragavam tudo. Era completamente cinza! Thalia nunca vira olhos cinza.

— Oh, desculpe-me... Eu não sei onde estava com a cabeça... — a garota começou. Ela estava atropelando algumas letras. Mas Thalia conseguiu entender.

— Tudo bem, garota. Mas eu lhe aviso uma coisa: Cuidado com quem você esbarra, porque eu sou legal, mas tem outras pessoas que não são.

A garota abaixou a cabeça. Provavelmente era nova. Thalia não sabia por que havia falado aquilo, na maioria das vezes ela xingava quem esbarrava nela.

Mas dessa vez foi diferente.

— Desculpe-me mais uma vez. É que eu sou nova...

— Tá legal.

Thalia estava quase indo embora quando a garota perguntou:

— E aproposito, onde é mesmo a sala de historia?

Thalia não precisou nem se dar ao trabalho de responder, porque alguém fez isso por ela.

— Terceira porta a direita.

Thalia se virou e viu Luke flertando com a novata.

— Hey, Luke! — falou fazendo o toque único dos dois.

— Eae, Thals.

— Luke, já lhe disse que odeio que me chamem assim! — Thalia falou bufando.

— Thals. Thals. Thals. Thals. T-H-A... Tudo bem, eu não sei soletrar isso. — admitiu.

— Criança e ainda analfabeto!

— Qual é Thals?

— Vá para o inferno.

Eles escutaram um pigarreio de garganta e se lembraram da novata.

— Bom, eu já estou indo de qualquer jeito.

E Thalia foi para seu armário pegar seus livros para física. O dia ia ser longo.

Percy ainda estava com o pensamento de trabalhar na cabeça. Na hora do almoço, ele estava contando essa ideia para Nico, quando Thalia se intrometeu e disse:

— Porque não limpa piscina? Adoraria ver você limpando a minha piscina. — E essa ultima parte ela imitou uma garotinha delicada, que com certeza não havia nada a ver com ela.

— Vá para o inferno!

— Percy, ela tem razão. Você poderia começar com o lance de limpar piscina. — falou Nico.

— É... vou pensar nisso.

— Percy, querido primo, quantas vezes vou ter de lembrar a você que eu sempre estou certa? — esnobou Thalia.

Percy apenas bufou. E Luke pulou no banco do refeitório, ao lado de Percy.

— Hey caras, vocês viram a novata? — ele perguntou.

— Não.

— Não.

— Sim. — falou Thalia enquanto mexia no celular.

— Ela não é uma belezinha, Thalia? — perguntou Luke, com um ar sonhador.

— Você está perguntando para a pessoa errada. — falou. E Luke apenas revirou os olhos com a resposta de Thalia.

— Vocês têm de ver ela! Ela parece um anjo! E é loira!

— Não gosto de loiras, prefiro as morenas. — respondeu Nico, dando uma piscadela para Thalia.

— E você que era um esquisitão, tímido e estranho, não é mesmo Nico? — perguntou Thalia, ironicamente.

— Todos mudam. — Nico deu de ombros.

— Deixando a esquisitice de vocês de lado... Ela é linda, Percy! Você tem de ver! — continuou Luke — E o principal, os olhos dela são cinza! Sim, simplesmente, cinza! E eu me certifiquei de que não eram lentes!

— Como assim você se certificou? — perguntou Nico.

— Provavelmente ele perguntou para a garota. — falou Thalia, simplesmente.

— Ele não faria isso... — Percy começou.

— Bem, foi isso que eu fiz Thalia. Perguntei para ela. E ela disse que não era.

— Cara, você é louco! — Percy falou rindo.

— Totalmente. — concordou Nico.

Thalia não falou nada. Continuou mexendo no celular. Percy achou aquilo totalmente estranho.

— Thalia o que você tanto mexe aí?

E então ele se arrependeu amargamente de ter perguntado, no mesmo instante em que fechou a boca.

— Não é da sua conta.

Percy bufou.

— Insuportável.

Shhhhhh. — Thalia fez o som colocando o dedo indicador na frente da boca.

Percy revirou os olhos enquanto os outros riam. Depois disso ele decidiu focar em seu almoço.

O dia tinha sido muito cansativo para Annabeth. Ela já havia chegado da escola fazia exatamente 1 hora e meia. A escola era totalmente esquisita. Em New York, as escolas eram totalmente diferentes. E Annabeth odiara esse fato. Pelo menos ela havia conhecido um garoto, aquele tal Luke. Ele era bem bonitinho. Mas zombeteiro. Bem, mas isso não mudaria em nada. Annabeth nunca se apaixonaria. Ela até tentava, mas não conseguia de jeito nenhum. Desde o dia que aquilo aconteceu.

Annabeth sentou-se na cama e deixou-se ser levada por suas lembranças...

Continua.


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Notas finais do capítulo

A nota importante desse capítulo é: estou pensando em postar capítulos pequenos, de verdade, mas todos os dias ou preferem de dois em dois dias?
Respondam, por favor.