Made In The USA escrita por Vitória Jackson


Capítulo 3
She Got A.


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu queria muito agradecer a todos que comentaram. Isso foi bastante importante para mim. Fez com que eu quisesse continuar a fic e espero que todos queriam que eu continue. Esse capitulo todo é oferecido aos que me mandaram review pedindo para que continuasse a escrever.
Espero que gostem!



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Capitulo anterior.

Um Porsche Conversível preto andava mais do que em alta velocidade nas ruas de Los Angelis.

— Pelo amor de Deus, Thalia diminua essa velocidade!

— Percy, qual é? Nunca andou em alta velocidade em um Porsche?

— Sim... quer dizer não. Principalmente em um roubado! Agora diminua a velocidade! — Percy se encolhia no banco do passageiro, agarrado ao cinto de segurança.

O cabelo preto de Percy estava totalmente embaraçado por causa do vento. E seus olhos totalmente verdes, demonstravam tanto medo que divertia mais ainda Thalia.

— Thalia, diminua a porcaria da velocidade! — gritou Percy.

— Percy, deixe de ser estraga prazeres. — Thalia respondeu. Seus olhos azuis elétricos estavam zombeteiros.

O cabelo de Thalia estava esvoaçante. E ela estava se divertindo pra valer. Já Percy não estava se divertindo em nada.

— Thalia eles estão em nossa cola!

Thalia pisou mais fundo no acelerador. Outro Porsche totalmente preto estava na cola deles, desde o roubo do carro. Provavelmente era o dono do carro. Thalia nunca se divertira tanto.

Thalia virou o carro em uma viela. E graças a todos os seres divinos, eles conseguiram despistar o seu perseguidor.

— Já chega Thalia! Abra a droga dessa porta! Eu vou pular! — ameaçou Percy, totalmente desesperado.

— Fica calmo ai mariquinha. Já estamos chegando. — Thalia respondeu enquanto caía na gargalhada, e Percy fez uma careta.

A garota parou o carro em frente a uma construção vermelha e velha. A velha escola Good High School. Percy praticamente saltou do carro. Thalia abriu a porta do carro, com um jeito totalmente sexy. Balançou a cabeleira preta. Ela procurou no meio de tantas cabeças e rostos, a única que realmente queria ver. E sim, ela viu. Um garoto alto, robusto, com cabelo espetado e loiro chegou perto dela.

— Foi ótimo, Thalia! — eles fizeram o toque, que era somente deles.

— É eu sei! — admitiu.

— Acho que Percy não está muito bem — Luke apontou para um garoto que agora estava totalmente pálido. E estava vomitando.

— Eu também sei. Ele vai ficar bem. —Thalia falou enquanto caminhava na direção de dois adolescentes em um lugar mais afastado.

Thalia deu uma bela olhada. Piper estava lá, com o cabelo castanho chocolate preso em pequenas tranças de lado. E usava um vestidinho florido. Jason, seu irmão, infelizmente também estava.

— Belo carro, Thalia! — falou Piper alegremente.

— Eu sei! Achei perto do apartamento de Percy! — sim, isso realmente havia acontecido.

— Você não devia fazer isso, Thalia... — Jason alertou.

— Jason, querido irmão, você é tão inocente. Tão certinho. Não parece que é meu irmão.

Piper e Luke riram, enquanto Jason mostrava a língua para Thalia.

E nesse instante um Percy, com a cara verde apareceu. Limpando a boca suja na mão. E com certeza, Thalia não ia perder a chance de mexer com o primo.

— É uma evolução! De golfinho à Hulk!

Todos riram menos Percy. Que continuava verde. Ele se inclinou para frente e vomitou mais ainda.

— Vamos logo, sr. Hulk! Vou te deixar em casa, a tia Sally não vai gostar nenhum pouco de te ver com essa cara ai! — Thalia falou enquanto apontava para um destroçado Percy.

— Sua culpa, cara de pinheiro... — revidou.

— Cala a boca, cabeça de algas. E entra logo no meu novíssimo carro.

Thalia dirigia em alta velocidade ao som de “She Got A“. E Thalia cantarolava no ritmo da musica:

I fucked this White girl...

“ Who got a pink range

And she drives fast in the slow lanes

She got a neck tattoo and all her clothes are new.

She got a neck tattoo and all her clothes are new...”

“Eu comi essa garota branca

Que tem uma faixa rosa

E ela dirige rápido nas faixas lentas

Ela tem uma tatuagem no pescoço e todas as suas roupas são novas.

Ela tem uma tatuagem no pescoço e todas as suas roupas são novas...”

Thalia cantarolou o resto da musica toda, por todo o percurso até a casa de Percy.

Ela deixou o garoto em frente à um prédio que estava praticamente aos pedaços. Só foi embora quando viu seu primo entrar no recinto. Percy subiu, mas ainda conseguiu ver sua prima dar um cavalo de pau, e resmungou algo como “porque ela é tão... Thalia?”.

Percy chegou a casa bem a tempo de ver uma discussão de seu padrasto, Gabe Cheiroso, com a sua mãe. E ele levantava a mão para bater nela. Sem nem pensar, o garoto correu, e ficou de frente com o padrasto.

— Chegou foi, garoto? Cadê meu dinheiro? Provavelmente tem ai uns 20 dólares.

Pelo menos ele havia conseguido fazer o cara tirar a atenção de sua mãe. Ele deu um simples olhar para sua mãe, e ela entendeu na hora. E foi para o quarto de Percy.

— Não tenho dinheiro nenhum, Gabe. Principalmente pra você!

— Olha como você fala comigo, garoto! Não se esqueça de que sou eu que sustento você e sua “queridinha” mãe.

— Tudo bem, cara. Tenho cinco pratas aqui. Pegue logo essa porcaria. — Percy falou enquanto arrancava do bolso de sua calça uma nota de cinco.

Percy foi para o seu quarto, que era o primeiro no corredor do apertadíssimo apartamento. Sua mãe estava sentada em sua cama. Com a mão direita acariciando o pulso esquerdo. Provavelmente Gabe havia machucado ela. Esse pensamento fez com que Percy ficasse enfurecido.

— Há quanto tempo isso acontece? Que ele lhe bate, machuca... — Percy mal conseguia falar. Sua língua o traía. Parecia dissolver em sua boca.

O garoto fechou os olhos. Não iria chorar de jeito nenhum. Principalmente na frente de sua mãe. Não podia parecer fraco.

— Mas ele não faz isso querido... — sua mãe tentou argumentar.

— Mãe! Não minta para mim! Eu vi tudo! Ele ia lhe bater, eu sei. E me responda, há quanto tempo...?

Sua mãe nem precisou responder, a tristeza que estava em seus olhos lhe denunciaram. Ele a batia desde o principio. Sempre fizera isso. E Percy nunca desconfiara. Que seu padrasto era um otário todos sabiam, mas Percy nunca achou que pudesse fazer uma coisa dessas. Covarde. Sim, era isso que Gabe era.

Percy sentou ao lado de sua mãe, que agora olhava fixamente em um canto qualquer do pequeno quarto de Percy, que a proposito tinha cheiro de Gabe, o cheiroso. O cara era um total fedor. Como ele conseguia essa proeza? Isso era mais um mistério para todo o mundo.

— Deixe-me ver. — falou simplesmente, apontando para o pulso.

Sua mãe no inicio pareceu resistente, mas no fim, deixou que o garoto visse. E era horrível. Estava roxo e com a marca das mãos de Gabe.

Percy estava com mais raiva do que nunca. Ele tinha de livrar eles de tudo isso. Ele iria trabalhar mais do que trabalhava. Iria conseguir dinheiro para livrar sua mãe desse sofrimento. Ele tinha o dever de fazer isso.

E assim ele adormeceu. No colo de sua mãe, e com esse pequeno pensamento.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que vocês deixem review, por favor. Quero saber o que acharam.



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