Teste sua coragem escrita por Gisely Mackingfor


Capítulo 3
Capítulo 3- Sophie




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Sophie estava nervosa, com medo de tudo o que poderia acontecer, tremia de medo, e seu coração estava em um ritmo muito acelerado o que era muito desconfortável. Nem conseguiu falar seu nome direito, como poderia perder o medo de um prontidão? Pensava. Depois de sua conversa, Roni sugeriu que fosse caminhar para pensar um pouco, porém nunca deixaria a filha sem a supervisão de um adulto e mandou Francis ir com ela.

Francis era alto com um pouco de barba se formando, loiro com os cabelos um pouco compridos e olhos azuis como o de seu pai, Josh não era muito diferente, só não deixava a barba nem o cabelo crescer.

–Vou até a casa de Mary, quer vir comigo?- perguntou.

–Claro, vai ser bom revê-la- respondeu Sophie com animação.

Sophie gostava mesmo de Mary, que era linda, com cabelos negros e compridos, seus olhos castanhos, e suas roupas simples que a deixa mais bonita ainda. Mary era um doce, adorava Sophie assim como a garota adorava Mary. E também Sophie queria ir até a casa de seus pais, que eram no interior da cidade, lá dava para pensar direito sobre tudo.

–Mary estava com saudades de você. Ela falava para você a visita-la sempre que poder- disse Francis, não perdendo a concentração no volante.

–Também estou com saudade dela, Mary é como uma irmã mais velha, já que nos conhecemos a tanto tempo.

O que era verdade, Mary e Francis estavam destinados a se casarem desde dos primeiros meses de idade, assim como ela estava destinada a casar com Newman desde do terceiro mês de vida. Porém Mary e Francis eram um casal bonitinho, eram amigos desde de pequenos, já Newman, primeiro quem da o nome da pessoa de Newman? , se perguntava. Segundo Sophie só viu Newman umas duas vezes em sua vida, e era muito feio, em sua opinião.

Quando chegaram na casa dos pais de Mary que era gigante, maior que a sua, como era no interior, eles tinham um grande terreno, e como ninguém gostava de viver no interior, pois era onde tinha a fronteira entre a Apreensão e a Prontidão, construíram uma casa enorme.

–Sophie, quanto tempo- disse Mary a recebendo com um abraço.

–Frans, como foi o jantar?- perguntou Mary dando-lhe um selinho.

–Não foi nada de mais, não é Sophie?- disse Francis como uma advertência- Depois conversamos, tá?- sussurrou para Mary.

Ela apenas balançou a cabeça afirmativamente.

–Posso ir lá nos fundos? –perguntou Sophie á Mary.

–Claro.

–Só não vai muito longe, e não demore, já já vamos embora- disse Francis.

–Esta bem- respondeu Sophie.

A garota foi para os fundos, onde o pasto seco batia em seus joelhos e no final do pasto avistou um garoto. O que um apreensor faria essa hora da noite no meio do pasto? Perguntou se, além dela, é claro. Aproximou-se para dizer ele que devia ir embora. Até que chegou um pouco perto e percebeu que era a fronteira, dava apara ver o campo de força, apesar de ser invisível. O garoto do outro lado da fronteira era um prontidão, com certeza.

O medo invadiu Sophie imediatamente, ela começou a tremer, recuou para voltar para a casa dos pais de Mary, até que ouviu uma voz.

–Espere! Não vou machuca-lo.

Sophie parou. A voz do garoto era grossa, porém não de um garoto muito velho. Será que estaria falando a verdade? Perguntou-se. Será que iria machuca-la?

Lembrou-se do que seu pai lhe disse “Você já tentou?” Não, Sophie nunca tinha tentado perder um medo. Só havia pensado em perder. Tenho que tentar, pelo menos uma vez, pensou.

Se virou e viu o garoto dando-lhe um sorriso, não parecia muito convincente, mas Sophie tinha que tentar. Então se aproximou da fronteira devagar, até que ficou cara a cara com o prontidão. Ele era alto, com cabelos pretos e olhos castanhos escuros mas puxado para o preto, pouca barba crescia em seu rosto. O garoto não era muito bonito, porém muito mais bonito que Newman, pelo menos, desde ultima vez que o vira, que foi mais ou menos quando tinha 5 anos de idade.

–Oi- disse ele um pouco confuso.

Sophie tremia de medo, suas mãos suavam, ela as enxugou na barra de seu vestido. Não conseguia falar, e também pensava que se falasse o garoto a mataria, estava com muito medo dele.

–Não, fique com medo. Não vou machuca-la- disse o garoto.

Parecia sincero, porém mesmo assim o medo inundava seu corpo.

–Consegue me ouvir?- perguntou o garoto.

Como Sophie não conseguia falar pelo fato de estar com muito medo, apenas balançou a cabeça afirmativamente.

–Que bom- o garoto sorrio, seu sorriso era lindo- Sou Adam.

Com muito sacrifício, ainda com medo do garoto Sophie conseguiu dizer.

–So... Sophie.

O garoto sorriu novamente. Por que ele sorria tanto? Perguntou se. Sophie estava séria, com medo, não conseguia sorrir. Estava assustada.

–Bonito o nome- disse o garoto, que se chamava Adam- Você esta bem? Esta pálida.

–Eu... Sim, estou- disse Sophie gaguejando.

–Não tenha medo de mim, não irei machuca-la- disse preocupado.

–Você não sabe como é difícil perder esse medo- desabafou Sophie.

Ela estava confiando no garoto, contando-lhe um grande segredo, percebeu que era um erro assim que falou e tampou a boa imediatamente. Adam riu.

–Não se preocupe, vou guardar segredo, ok? Será nosso segredinho- disse com um sorriso.

Sophie tirou a mão da boca.

–Ok... Não, como posso confiar em você?- perguntou desconfiada.

Adam pensou um pouco.

–Porque vou confiar em você, contando um segredo que nunca contei para ninguém.

Sophie ficou curiosa. Será mesmo que o garoto iria confiar nela?

–Promete não contar á ninguém?-perguntou.

–Pro... Prometo- disse.

–Eu...- ele se aproximou do campo de força, fazendo Sophie recuar um pouco- Eu tenho medo de aranhas- disse rindo.

Sophie tentou segurar a risada, porém não conseguiu. Alguém da Prontidão tinha medo? Pensava. E de aranhas? Que na opinião de Sophie era praticamente o único aracnídeo que não tinha medo.

–Aranhas?- disse rindo- Sério?

–É, você não tem medo delas? Com suas 8 patas medonhas- disse Adam fazendo uns movimentos com os dedos como se fossem as patas da aranha.

–Aranha é o único aracnídeo que não tenho medo- disse Sophie rindo.

–Serio?- disse Adam com um sorriso que fez o coração de Sophie acelerar mais ainda.

–Sim, mas você só tem medo de aranhas? Mais nada?- perguntou Sophie curiosa.

–Não, tenho medo de apenas mais 3 coisas.

–Você só tem medo de 4 coisas em todo o mundo? Como assim? Quais são?

–Só conto se você confiar em mim. Confia em mim?

Sophie pensou um pouco. Estava fazendo amizade com um prontidão? Confiava em um prontidão os seus segredos? Era isso que seu pai queria? Que perdesse o medo da Prontidão, mas era para virar amiga deles?

–Confio- respondeu nervosa.

O garoto abriu um sorriso enorme.

–Então quer dizer que não tem mais medo de um prontidão? Podemos riscar a Prontidão de sua lista de medos?- perguntou sorrindo.

–Disse que confiava em você, não que não tenho medo de você. Ainda tenho medo da Prontidão. Como disse antes, é difícil perde esse medo, só confiar em um prontidão não tira totalmente meu medo, Adam.

–Então vamos ter que trabalhar nesse medo, para você perde o medo de mim, não quero que tenha medo de mim, sabia Sophie?

Sophie sorri, assim como Adam, ela gostou da ideia de ele ajuda-la a perder seu medo.

–É, vamos mesmo- reponde Sophie.

–Então vamos começar, certo Sophie... De que?

–Sophie Sky e Adam...

–Heisenberg.

Rei oque?- Perguntou Sophie.

–Não é rei, mas se quiser me chamar assim, não me importo- disse Adam com um sorriso- É Heisenberg.

–Ok Adam Rei- disse Sophie rindo.

Os dois começaram a rir.

–Sophie! Temos que ir!- ouviu Francis chamando Sophie.

Francis não estava muito perto para ver com quem ela conversava, mas teve a sensação de que se ele chegasse mais perto não seria nada legal.

–Tenho, que ir, meu irmão esta me chamando- disse Sophie recuando.

–Espere! Eu vou vê-la de novo?- disse Adam preocupado.

–Não, sei, talvez não volto mais aqui, mas não sei, até algum dia, adeus Adam Rei- disse Sophie sorrindo.

–Temos que nos ver de novo, quantos anos você tem?- perguntou.

–16, por quê?- perguntou Sophie.

–Eu também, você vai na academia, não é? É obrigatório para vocês também?

–Sim, vou ter que ir.

–Então nos vemos lá, prometa que irá me encontrar de novo- disse Adam preocupado.

Parecia que se ele não a vesse de novo, iria ficar muito mau, Sophie percebeu isso, e não queria que o garoto ficasse mau por ela.

–Sim, dou um jeito, agora tenho que ir Adam Rei.

–Até mais Sophie Azul- disse ele com um sorriso.

–Azul? Por que?

–Sophie, já esta tarde, vamos logo!- gritou novamente Francis.

–O céu é azul assim como seu olhos brilhantes e lindos- disse Adam, e depois ficou constrangido.

Sophie deu um sorriso e saiu correndo para a casa dos pais de Mary. No caminho, Sophie pensou no que Adam lhe disse, ele confiava nela e achava seus olhos bonitos. Ela confiava em um prontidão. Nem acreditava que isso era possível.

–Onde estava?- perguntou Francis preocupado.

–Estava pensando, só isso.

–Então, tá bom- disse ele um pouco desconfiado.

–Vamos?- perguntou Mary, se despedindo de seus pais.

Sophie se despediu e entrou no carro. Ficaram escutando musica o caminho inteiro.

–Tchau Sophie, até mais- se despediu Mary.

–Tchau maninha- disse Francis.

–Até mais- disse Sophie e entrou.

Ela subiu até seu quarto. Uma caixa pequena esperava sua chegada em cima de sua cama. Sophie pegou a caixa, a chacoalhou e não escutou nada.

–Mãe? Onde você esta?- perguntou Sophie, sempre que sua mãe lhe dava um presente, ficava escondida para ver a reação da filha.

–Abre, você vai gosta- disse Anne saindo de trás da porta.

Sophie abriu e um colar escrito Apreensão em dourado estava dentro da caixinha. Sophie se assustou, agora que Adam ia ajuda-la a superar seu medo da Prontidão, será que ainda seria da Apreensão? Não, é logico, que seria, pensou ela.

–É... É lindo-disse Sophie a Anne.

–Era de sua avó, seu avô deu-lhe a ela, assim como sua avó me deu quando estava preste a ir para a academia e assim como estou lhe dando. É para te dar forças de seguir em frente.

–Obrigada, mãe, é lindo. Colocaria em mim?- disse Sophie.

–Claro- disse Anne, pegando o colar e colocando em seu pescoço.

–Daqui alguns meses será uma Apreensora de verdade. Estou muito orgulhosa de você- continuou abraçando-a.

Sophie a encarou, respondendo mentalmente, queria que ela entendesse, que foi o que ela fez.

–Bom agora já esta tarde- ela olhou no relógio- Nossa 3 da manhã já? Então amanha, sexta-feira você ira para o acampamento/academia. Por que colocaram dois nomes, hein?

–Obrigada mesmo pelo colar mãe.

–Nada, agora vai dormi, nos vemos mais tarde.

–Boa noite.

–Boa noite, querida.

Sophie trocou de roupa e caiu na cama, pensou em tudo que aconteceu em apenas uma noite e adormeceu com o sorriso de Adam em seu pensamento.


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Notas finais do capítulo

Mais um capitulo, comentem :D



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