Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 48
Cartas


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem e sejam bem vinda leitoras novas.



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Após comer e limpar tudo, subiu para seu quarto, deixou a água quente do chuveiro lhe relaxar os ombros tensionados pela ideia de talvez visitar os meninos na tarde seguinte. Vestiu o roupão felpudo e caminhou pelo quarto, a carta que o irmão mencionara estava sobre a escrivaninha. O nome desenhado L. Zabini em uma caligrafia fina, perto do cordão que segurava o rolinho. Puxou a fita e desenrolou o papiro.

Querida ruiva,

Primeiramente queria lhe pedir permissão para parar de escrever o querida inicial. É antiquado, e você sabe que é querida, pra quê levantar mais ainda seu ego?

Okay, conheço você suficientemente bem para saber que revirou os olhos. Vou parar com as formalidades e dar propósito para essa carta. Finalmente, não?

Enfim, como estão indo as suas férias? Espero que melhores que as minhas. Meu pai me mandou para a casa da minha avó, acredite, ela resolveu me ensinar a cozinhar, manualmente já que não tenho idade para usar a varinha. Acabei de colocar um bolo no forno e provavelmente... Provavelmente não, com certeza estou cheio de farinha. Não sei por quanto tempo mais vou aguentar. Espero que ela não resolva fazer tricô ou algo assim. Agora fui eu quem revirou os olhos. Faça meu dia mais feliz e descreva em detalhes como tem passado.

Antes que eu me esqueça, tens falado com o Scorpius? Alvo me contou que você estava escrevendo uma carta, mas desistiu, algum motivo? De qualquer forma, espero sua resposta, mais ansiosamente do que imagina!

Com saudades, L.Zabini”

Rose sorriu com todo o contexto da carta, sentia falta do amigo. Estava prestes a pegar um pergaminho quando sua mãe gritou lhe chamando para o jantar.

—Como foi a tarde querida? —Hermione perguntou para a filha que servia-se.

—Ótima, fui visitar o Tiago e o Alvo. —Respondeu dando uma garfada na carne assada em seu prato. —Posso usar o seu tinteiro? O meu acabou.

—Claro filha, devo ter um no escritório. —Respondeu servindo-se na mesma quantidade da filha.

—Gosto de vê-lo como uma biblioteca! —Hermione sentia o mesmo, havia dias em que passava horas com Rose ao seu lado, lendo ou debatendo sobre algum livro.

—Pra que precisa de um tinteiro Rose? —Ronald sentou-se de frente para o filho, que como o pai comia sem pestanejar.

—Preciso, — Engoliu um pedaço do bife que trancara em sua faringe. —responder uma carta.

—Qual o remetente? —Ronald era curioso, mas desde que soubera do envolvimento da filha com os Sonserinos, ficou ainda mais enciumado e cauteloso.

—Luke!

—Zabini? —Hermione perguntou e a filha concordou com a cabeça. —Encontrei o pai dele no Ministério alguns dias atrás.

—Hermione! —Ronald a repreendeu.

—O que foi? Vai controlar com quem eu esbarro no trabalho? —Hermione olhava o marido desafiadoramente.

—Desculpem-me, apenas não me acostumei com as minhas duas garotas andando com Sonserinos.

Hermione e Rose reviraram os olhos juntamente.

—Filha depois do jantar quero conversar com você, na biblioteca, pode ser? —Rose afirmou com a cabeça.

O jantar terminou e Rose entrou no escritório com certa curiosidade, qual seria o assunto? Estava certa de que não seria sobre o tinteiro que pedira mais cedo. Hermione fechou a porta assim que a filha entrou, e caminhou até a escrivaninha.

—Veja bem, eu não estou te xingando nem nada, só queria que me explicasse uma coisa. —Rose fez um sinal para que a mãe continuasse. —Eu estava lavando seus uniformes, e encontrei isto.

Hermione tirou do fundo de uma gaveta da escrivaninha, um cachecol enrolado, mas era visível as listras verdes e cinzas.

—Seja sincera, não estou lhe julgando. —Hermione colocou o cachecol sobre a mesa.

—Bem, como o Hugo disse, Scorpius e eu ficamos bastante próximos. E ele me emprestou o cachecol um dia. —Estava um tanto aflita.

—E vou supor que ele não o pegou de volta! —Hermione observava atentamente a filha mexer nervosa nos cabelos e assentir. —Certo, coloque-o no bolso e o guarde, se seu pai ver nem sei o que aconteceria.

—Claro. —Rose jogou o cachecol no bolso e caminhou até a porta, quando estava prestes a jogar seu corpo para fora da saleta, sua mãe lhe chamou novamente. —Sim?

—Saiba que eu te apoio, não importa o que ou quem, pode contar comigo! —A ruiva assentiu e saiu em disparada até seu quarto. Guardou o cachecol no fundo de sua gaveta de meias e finalmente conseguiu respirar aliviada. Esqueceu-se do tinteiro e voltou rapidamente para pegá-lo, após avisar os pais que estava indo dormir, trancou-se no quarto.

Ficou segurando o pergaminho por alguns minutos e então molhou a pena de faisão dourado na tinta preta.

Querido Luke,

Concordo e aceito plenamente em tirar o querido, é irritante, já que você não é nada querido! Não fique bravo, mas ambos sabemos que você é muito irritante quando quer ser, adora me deixar constrangida.

Enfim, minhas férias estão entediantes e você acabou de me dar uma grande ideia. Acho que vou passar uns dias na minha avó, sinto falta dela e acho que vai ser bom aprender a cozinhar. E eu juro, quero saber como ficou o bolo, já que pelo o que descreveu a cozinha me pareceu ficar bastante bagunçada. Não sei por que ri, mas a sua imagem de avental enquanto cozinha é bastante engraçada. Culpe minha imaginação.

Certo, lhe contarei em entediantes detalhes minha aventura mais recente que quase me causou um ataque cardíaco. Pois bem, minha mãe encontrou o cachecol do Scorpius no meu malão, quando eu estava prestes a ter o ataque ela simplesmente me entregou e mandou guarda-lo. Estranho, não? Mas fica ainda mais esquisito. Antes de sair ela disse que me apoiava não importava o que ou quem. Se entender me diga.

Creio que livros são a resposta para as minhas férias, não tenho feito muito mais que jogar videogame — aquele aparelho trouxa com jogos — com Hugo. E eu mal vejo meu irmão, ele passa trancado no quarto jogando. O que me resta é ler e caminhar pela quara, mas como sabe, não gosto de ficar a mercê do sol, são passeios rápidos.

Argh, tenho a impressão de que esta carta não ficou muito legal, mas tudo bem. Não vou escrever outra mesmo.

Ah, quase esqueci. Não tenho trocado cartas com o Scorpius, não sei como seria vista pelos pais dele e não sei se gostaria de saber. Digo, daquela vez ele estava esperando a resposta, mas dessa, seria surpresa. Tem noticias?

Qualquer coisa não hesite em mandar-me uma coruja, adoro a sua, mesmo tendo levado uma infeliz bicada uns dias atrás. Certo? Avise-me e se falar com Scorpius, só pergunte como ele está.

Saudades, Rose Weasley”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Até mais terráqueos !