Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 25
Bicho Papão


Notas iniciais do capítulo

Olá, desculpem-me o atraso!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/447471/chapter/25

Rose corria desesperada ao lado de Tiago, prolongaram o café mais do que deviam, e novamente estavam atrasados para a primeira aula.

—A professora vai no matar. — Dizia Tiago enquanto lutavam contra a respiração acelerada. Mas surpreenderam-se a ver que os alunos desciam as escadas. —Heather, o que aconteceu?

A Sonserina olhou-o e sorriu.

—A professora aparentemente está ocupada, e a aula de Trato de Criaturas Mágicas também foi cancelada. —Deu de ombros. —Parece que os professores entraram na Floresta Proibida.

—Certo, obrigado! —Mexeu nos cabelos e deu de ombros para o sorriso malicioso da prima ao seu lado.

—Então, está preparado para a segunda prova? —Rose perguntou com a cabeça baixa, dessa vez teria que proteger a si e ao garoto, provavelmente a outros ataques.

—Sim, ela é boa usando a varinha, acho que consegue se defender sozinha! —Deu de ombros.

—Que cavalheirismo!

—O que espera Rose? Acha que o Malfoy se jogaria na frente de alguma azaração para te salvar? —A voz de Tiago soou irônica e extremamente alta.

—Não duvido que ele faça isso! —Luke Zabini passou e resmungou, mas foi ouvido pelos Grifinórios.

Nada mais animado aconteceu no decorrer do dia. Após as atividades, Rose ignorou o jantar e tomou um longo banho, saiu enrolada na toalha vermelha. Olhou para o uniforme e para o pijama.

—Que se dane! —Vestiu a calça de moletom, a regata branca, sua pantufa em formato de bota, e para cobrir o pijama e a sua preguiça de se vestir, a capa da Grifinória que cobria tudo. Colocou a varinha no bolso e saiu pelos corredores escuros, alguns iluminados pela luz da lua cheia. Andava pelo segundo andar, sozinha, já que seu parceiro estava, provavelmente, em casa.

Mexeu a varinha e proferiu “nox”, para que a luz produzida sumisse. Um som alto vinha das escadas principais, pegaria os alunos no flagra. Caminhou silenciosamente até as escadas, agradecendo por estar com suas pantufas, que de tão felpudas, não produziam som algum. Enquanto descia as escadas, preparava-se para soltar seu longo pigarreio irritadiço e lhes colocar em detenção, mas seu rosto carrancudo relaxou ao avistar Scorpius arrastando seu malão com a varinha acesa à frente de seu corpo.

—Malfoy! —Falou e apressou-se. Assim que chegou mais perto abraçou o garoto, mas assim que sentiu os braços fortes a apertarem corou e se separou.

—Se eu soubesse que seria recebido assim, já teria... —Rose o cortou, apenas com o olhar significativo. —Desculpe, bem, eu vou para as masmorras, estou precisando da minha cama!

—Na verdade, seu quarto mudou para o sexto andar! —Informou Rose com um sorriso simples nos lábios.

—Como assim? —Rose revirou os olhos, como poderia ser tão lento.

—O quarto dos Monitores Chefes, sexto andar! —Mexeu as mãos como em um sinal de ligação. —Vamos, vou te mostrar.

O Sonserino deu de ombros e segui-a, até ouvir um guincho.

—Por que não a faz flutuar? Não precisa carregar peso! —Revirou os olhos como se fosse óbvio e continuou, deixando o rapaz por alguns segundos parados e logo em seguida seguiu a ruiva.

Continuaram em silêncio até o quadro do Ilustre Dragão.

—Qual é a senha? —Perguntou curioso e excitado com a novidade.

Rose olhou para o Dragão e sorriu.

—Verde Galês! —E como na primeira vez, o animal balançou a calda ferozmente e lançou as chamas para os dois. Scorpius em um movimento protetor puxou Rose pela cintura, colando-a em seu corpo e virando-se de costas para o quadro, que apenas se mexeu. Não entendeu porque Rose ria tanto.

Virou-se e encarou o quadro aberto, liberando uma grande passagem.

—Eu achei que... —Seu queixo caiu, e foi quando Rose passou que o levantou, deixando o rapaz ainda mais atordoado.

—Bem vindo ao nosso Salão Comunal! —A ruiva sorria enquanto tirava sua capa.

—Ele é... Nossa! —Proferiu enquanto olhava ao seu redor, até é claro, parar seu olhar em Rose. —Você fez a ronda, usando pijama?

—É, achei que ninguém apareceria, então... —Riu. —Seu quarto é o da esquerda, e boa noite.

Somente quando a Grifinória chegou ao topo da escada ouviu um “boa noite”.

xxx

Scorpius jogou seu corpo para fora da cama bagunçada, observou os lençóis jogados no chão e os ignorou. Colocou a costumeira toalha verde no ombro, Pegou as vestes e desceu, não pode conter o riso quando chegou no fim da escada e escutou Rose cantando alguma coisa, escorou-se no sofá e olhou fixamente para a porta, até que a ruiva a abrisse.

—Por Mérlin Malfoy, precisa ficar assim? Me assustou. —Ralhou com a mão sobre o peito.

—Digamos que a sua doce cantoria me distraiu. —Rose corou e subiu as escadas, deixando o garoto tomar seu banho. Quando saiu do banheiro esbarrou na ruiva, que saia do salão carregada de livros.

A Grifinória recusara o café da manhã, e novamente se enfiou na biblioteca vazia, e durante a primeira aula que seria vaga, ficou por lá. Após ouvir o sinal, caminhou até a sala de Defesa Contra a Arte das Trevas (DCAT), o professor muito simpático conversava com uma aluna do terceiro ano que logo saiu.

—O que tem na caixa professor? —Rose conversava com o mesmo enquanto o restante dos alunos entrava.

—Isso senhorita Weasley, é um bicho-papão, creio que já estudaram! —A ruiva assentiu. O professor olhou para a classe com um olhar pensativo, — E se... O que acham de treinar um pouco?

—O senhor diz... —Rose olhava atentamente para a caixa.

—Sim, temos um bicho papão, e eu acho que seria divertido para vocês. —Sorriu enquanto ajeitava a varinha. —Então, quem quer começar?

Todos se olharam e Luke levantou a mão, com um sorriso convencido empunhou a varinha e esperou que o professor abrisse o baú.

Após arrancar algumas risadas da turma, Luke voltou ao seu lugar batendo a mão com a de Scorpius que ainda ria.

—Deixe-me ver... —O professor corria os olhos, e abriu um largo sorriso ao ver a mão de Rose levantada. —Srta. Weasley, por favor!

Rose posicionou-se na frente da turma e respirou fundo, sabia as duas possibilidades que poderiam aparecer na sua frente e não estava muito confiante. O bicho papão rapidamente se transformou em uma grande serpente verde com o peito prateado, e aranhas saiam de trás da cobra. Algumas meninas soltaram gritinhos e correram para trás de outros alunos, exceto Rose, que mesmo com medo, enfrentou firme, não produziu nenhum movimento brusco.

—Não façam movimentos bruscos! —O professor falou alto para a classe assustada.

Riddikulus! — A serpente que lhe atacaria, transformou-se em um palhaço, dentro de uma caixa de corda com desenhos detalhados de aranhas. Rose ainda apreensiva, só conseguiu se mover quando o professor lhe chamou. Andou tranquilamente até uma das cadeiras no fundo da sala. Desistira de olhar para os “medos” dos outros alunos, e agora, concentrara seus olhos em suas mãos trêmulas, mas com um grito alto e agudo foi tirada de seus devaneios. Levantou-se e tentou enxergar por cima das cabeças curiosas, mas a única coisa que conseguiu foi enxergar Scorpius olhando fixamente para alguma coisa no chão, seguiu o olhar do garoto e viu alguém, era uma garota, os cabelos avermelhados e o uniforme de Hogwarts, mas quando pensou em chegar mais perto o bicho papão se transfigurou em outra coisa. Percebeu que outro aluno já tomava o lugar do garoto. Voltou para a cadeira onde estava e ficou cabisbaixa.

—Não sabia que tinha medo de serpentes verdes e prateadas. —Scorpius mantinha um sorriso firme no rosto.

—É, mais do que imagina. —Revirou os olhos. —E as aranhas, bem, esse lado eu herdei do meu pai.

—Eu achei que sim. —Scorpius sentou-se ao seu lado. —Mas você conseguiu enfrenta-los.

—O que aconteceu com você? Vi apenas que era uma garota, mas não entendi. —Scorpius sorriu de lado e Rose o entendeu. —Eu não entendo tudo, às vezes preciso de explicação.

Em seu típico ato, colocou as mãos atrás da cabeça.

—Devo dizer Srta. Weasley, que como um verdadeiro cavalheiro e Malfoy, ver uma garota sendo torturada me deixa... —Umedeceu os lábios com a ponta da língua. —... Abalado, por assim dizer.

—E quem era a dama Sr. Malfoy? —Perguntou curiosa, apertando a madeira velha da cadeira com os dedos pálidos.

—Na verdade senhorita Weasley, o cabelo da garota tapava o rosto, então também estou curioso. —Rose sorriu.

O Sonserino sabia exatamente quem era a garota, e foi por isso que não conseguiu fazer nada, estava assustado demais para fazer qualquer movimento.

O sinal tocou, e todos começaram a andar para fora da sala, dessa vez Scorpius acompanhou Rose até a porta.

—Então até mais tarde. —O garoto sorriu e a ruiva apenas assentiu entrando em sua sala. A aula seria com a Lufa-Lufa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Perdão pela demora! ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Três Vassouras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.