Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 26
Precisamos conversar!


Notas iniciais do capítulo

Olá, agradeço os tantos comentários que recebi!



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Rose remexia em seu jantar, o garfo já despedaçara a carne bem assada, Tiago observava o desânimo da prima.

—Hey, o que aconteceu? —Perguntou chamando a atenção da garota, que parecia tão distraída quanto ficava em frente a uma livraria.

—Nada, só — Suspirou de forma pesada. — não estou com muita fome.

Tiago murmurou um “sei” e voltou a comer.

—Olá. —Lily sentou-se sorridente. —Oh, Rose. Fiquei sabendo que o bicho papão do Malfoy é você sendo torturada. Que romântico.

Tiago olhou feio para a irmã, quase que de forma mortal.

—Não era eu Lily, era uma garota ruiva e não deu para ver o rosto. —Mordiscou uma batata. —Existem várias ruivas pela escola.

Continuou a comer, de cabeça baixa, perdendo o olhar significativo de Lily para o irmão desconfortável.

Após o jantar, Rose se despediu dos amigos e rebolou discretamente até seu salão comunal. O dragão e as chamas já não a assustavam mais. O salão estava vazio, o que era estranho, mas também não importava. Com um movimento da varinha seu pijama e sua toalha voaram para a suas mãos , e assim tomou seu longo banho. Quando saiu, encontrou Scorpius deitado no sofá pensativo. Resolveu provocar o rapaz com os olhos fechados, aproximou-se de mansinho, pé por pé, e quando estava com o rosto bem próximo ao do Sonserino, chamou pelo seu sobrenome de forma doce.

Scorpius sorriu e delicadamente guiou uma mecha do cabelo ruivo, para trás da orelha de Rose que o olhava, de forma vidrada. O Sonserino escorregou a mão que segurava o cabelo ruivo, para trás da nuca, e com leveza, aproximou Rose ainda mais de seu rosto.

Não conseguia simplesmente sair da armadilha que ela mesma criou, queria provocar e irrita-lo, mas apenas o que conseguiu foi uma forte atração pelos olhos do rapaz. E quando se deu conta, já estava nos braços do garoto, seus lábios selados como apenas um. Scorpius segurava sua cintura com força, enquanto movimentava os lábios apressadamente contra os de Rose. Como um estalo em sua mente, empurrou o garoto e se separou de seu corpo.

—Rose? —Falou calmo sentando-se, mas não pode proferir mais nada, a garota simplesmente sacudiu a cabeça e entrou sem eu quarto batendo a porta. —Mas que droga! —Bateu na testa e voltou a deitar.

xxx

Rose mal dormira, não conseguia. Rolou na cama diversas vezes e sem sucesso passou a noite acordada lendo um livro qualquer. Quando o primeiro raio de sol apareceu na sua janela, correu para o banheiro, tomou seu banho e saiu do salão comunal. Sentou-se na mesa da Grifinória e olhou a sua volta. Não havia nenhum aluno, nenhum professor, e pela primeira vez, exagerou no horário e quesito: cedo demais.

Ao longo do tempo as mesas foram se enchendo, ignorou os primos e até mesmo seu irmão que se aproximou por poucos segundos e depois voltando aos amigos sussurrou um “eu não sei”.

Ainda faltavam algum tempo para o sinal tocar, mas Rose resolveu subir antes, não queria ter a sorte de esbarrar no garoto.

As aulas daquela tarde passaram rapidamente, Scorpius tentou conversar com Rose, mas a ruiva era como fumaça, saia rapidamente da sala, deixando o rapaz atônito para trás. Não queria conversar sobre o suposto beijo, mesmo sabendo que logo teria que explicar o que aconteceu.

Escorregadia, essa era a palavra que o Sonserino usaria para descrever Rose naquela tarde, de todas as vezes que tentara se aproximar, nenhuma foi com sucesso. A garota sempre dava um jeito de sair e correr para o lado oposto.

—Acho que você está ferrado velho amigo. —Luke colocou a mão no ombro do loiro, ainda perplexo pela ultima escapada de Rose.

—Ela não pode fugir pra sempre! —Estava decidido que teria uma conversa séria, logo, logo.

Após a ultima aula, Rose aproximou-se de Tiago e lhe chamou com a voz baixa.

—Rô, está tudo bem? Você esteve distante a tarde inteira. —Perguntou ajeitando o cabelo revolto da ruiva.

—Sim, apenas estou um pouco estressada. —Deu de ombros. —A quadra de quadribol está ocupada agora?

Tiago pensou por alguns segundos.

—Não. —Sorriu ao receber o abraço da prima.

—Obrigada!

Scorpius observava a ruiva sair, abraçada em seu livro, do corredor, balbuciou algo para o amigo e correu atrás da mesma. A garota estava indo para o sexto andar, provavelmente pegaria alguma coisa. Assim que Rose entrara percebeu a chance que teria, estaria sozinho com Rose ali dentro, era a oportunidade de conversarem.

Entrou e esperou a garota, logo a viu descendo as escadas , vestindo as luvas de quadribol, segurava a estimada vassoura e um bastão.

—Podemos conversar? —Descolou seu corpo da parede e cruzou os braços. Rose parou no meio da escada, mas relaxou e continuou a andar.

—Estou ocupada. —Falou se dirigindo para fora do quadro, mas Scorpius a seguiu.

—Achei que fosse artilheira!

—E sou. —Respondeu friamente.

—E por que o bastão? —Não obteve resposta, até chegarem ao campo. Rose jogou a capa preta e vermelha no chão, arregaçou as mangas da camisa e afrouxara a gravata apertada. Ajeitou as luvas e segurou com força o bastão, montou na vassoura e pairou no céu por um momento.

—Solte um balaço! —Gritou para o garoto que olhava o baú grande. Atendeu o pedido da garota. O balaço tomou velocidade e Rose mais que prontamente fez um movimento brusco com a vassoura e lançou-o para longe do campo.

—Belo arremesso. —Scorpius aplaudiu. —Poderia ser batedora.

—Estou estressada. —Falou sem olhar para o loiro, e quando o balaço voltou, girou o bastão habilidosamente e com força, lançou-o contra os aros. —De alguma forma eu preciso descarregar.

—E faz isso batendo em alguma coisa. —Franziu a testa e mordeu os lábios. —Desde que não bata em mim, está ótimo.

Rose riu e acertou novamente o balaço que voltava cada vez mais rápido e com mais força. Depois de algum tempo, lançando a bola de material duro e resistente, desceu e trancou o balaço em seu lugar. Desafivelou as luvas e as guardou no bolso da capa. Voltavam em silêncio, lado a lado.

—Seu ombro não dói? —Perguntou com as mãos nos bolsos da calça. Relembrando-se do acidente com o mesmo balaço.

—Não mais. —Sorriu em resposta.


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Notas finais do capítulo

Até mais pessoas ;)



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