Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 16
Primeira tarefa II


Notas iniciais do capítulo

Feliz 2014 minha gente, espero realmente que gostem!!



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Havia amanhecido e Rose despertara com um feixe de luz, que se infiltrara por entre as folhas das árvores. Levantou a cabeça que latejava, verificou o tornozelo dolorido e se pôs de pé, precisava encontrar Scorpius ainda hoje. Caminhava desorientada, com a mão firme segurando a varinha sempre a frente de seu corpo. A floresta por sua vez estava silenciosa, sua respiração pesada e cansada era desesperadora. A cada ruído, Rose voltava à postura ameaçadora e apontava sua varinha para o local, no impulso ou medo, estuporou um esquilo-voador e desintegrou algumas plantas.

O sol estava em seu auge, podendo deduzir que era cerca de meio dia, mas mesmo com o forte sol, o frio ainda predominava. Rose andava cambaleando, escorou-se em um grande carvalho antigo, e foi quando ouviu um gemido entre alguns troncos caídos, estavam molhados e deteriorados. Ouviu novamente o gemido e aquela voz balbuciada de forma inaudível, era familiar, até demais. Jogou-se sobre os troncos e por uma fresca enxergou o rosto —ainda mais— pálido.

—Oh meu Mérlin! —Sorriu e levantou o rosto para o céu claro. —Vou tirar você daí, espere um minuto!

Scorpius assentiu fraco.

—Weasley... —Falava baixo.

Rose voltou até as grossas toras apodrecidas com o tempo, empurrou um dos troncos manualmente, mas a sua força era insuficiente e escassa. Bufou frustrada e voltou a olhar Scorpius pela fresta que o mau posicionamento das rochas a arvores caídas proporcionava.

—Não está dando certo, proteja a cabeça! —Scorpius tentou falar, mas a ruiva continuou. —Só faça isso!

Afastou-se novamente e apontando a varinha proferiu:

Bombarda!

As grossas toras explodiram pelos ares, produzindo além de um alto estrondo, o som dos pássaros que voaram ara longe com o susto após a explosão. Assim que a terra baixou, revelou Scorpius encolhido.

—Oh meu Mérlin! —Rose exclamou e correu até o loiro, sacudindo-o de leve. —Malfoy?

O garoto se mexeu e abriu os olhos, o que foi motivo para Rose abrir um largo sorriso e mais que depressa colocar seus braços ao redor do pescoço de Scorpius, abraçando-o com força e mais entusiasmo que gostaria. O loiro por sua vez, surpreso, enrolou seus braços na cintura da ruiva.

—Weasley, achei que não viria! —Sussurrou no ouvido de Rose que se separou do abraço.

—Você está bem? —Ignorou a afirmação do garoto, e segurando seu rosto pálido, verificou se havia alguma coisa errada.

—Sim, só estou com fome e meu tornozelo está doendo um pouco! —Respondeu rapidamente assim que percebeu toda a preocupação da ruiva na sua frente.

—Certo! —Rose se levantou. —Precisamos sair daqui! —Ajeitou a capa suja de lama com uma das pontas desfiadas. —Você consegue andar?

Scorpius ainda imóvel pelo abraço recebido de Rose apenas assentiu sem jeito e se levantou, mancou desajeitado até a ruiva. Rose olhou para o céu e em sua volta.

—Precisamos ir, temos mais um dia e daqui a pouco vai anoitecer! —Olhava a sua volta. —As armadilhas vão aparecer agora, fique atento.

Antes de partirem, Rose fez questão de enfaixar o tornozelo do rapaz com o simples feitiço: Ferula.

Scorpius andava ao lado de Rose, que muito atenta pedia para o rapaz fazer silêncio, já que poderiam ser atacados a qualquer momento. Quando a noite caiu, a floresta se tornou assustadora, o som das corujas e dos galhos quebrando de baixo de seus pés era cada vez mais alto. Continuavam andando, seus ombros colados, quando uma explosão fez com que se separassem bruscamente, sendo jogados para lados diferentes.

—Rose? —Gritou Scorpius ao sentir o chão sob seu corpo.

—Eu estou bem! —Respondeu Rose que olhava para os lados, tentando encontrar o que os havia atingido.

—Não por muito tempo! —Era uma voz masculina quem falava, era grave e rouca. Assustadora e diabólica. Provavelmente um dos futuros Aurores que o professor comentara. Rose em súbito momento de coragem em excesso levantou-se e com toda a força em seus pulmões gritou ferozmente:

Alarte Ascendare!

O homem encapuzado na sua frente movimentou a varinha, protegendo-se do ataque falho da garota.

Everte Statum!

Seu oponente foi atingido, e dando piruetas no ar jogado contra uma árvore., mas logo voltou enraivecido.

—Minha vez! —Seu tom era sarcástico. —Diffindo!

O lampejo azulado passou raspando pela testa de Rose, provocando-lhe um corte não muito fundo.

—Rose! —Scorpius correu para o lado da ruiva que com um floreio da varinha — de fibra de coração de dragão— lançou-o novamente para o lugar onde estava.

—Seu namoradinho? —A voz rouca inundou Rose, que com raiva apontou a varinha novamente em sua direção:

Furnunculus! —O alvo se defendeu, mas não conseguiu se esquivar do Expulso lançado em seguida, lançando o encapuzado contra uma rocha, que com o impacto desmaiou instantaneamente. Mas não antes de explodir Rose e Scorpius novamente.

—Malfoy! —Entre uma tosse seca, Rose cambaleou até o loiro desacordado. —Por favor, acorda!

Colocou sua cabeça no peito do garoto e sentiu a sua respiração.

—Por favor, Malfoy! —Choramingava, estava com medo, o homem encapuzado poderia acordar em qualquer momento e ataca-los novamente. Rose apoiou a cabeça do loiro em suas pernas. —Por favor, não me deixa sozinha nessa! —Fungou novamente. —Scorpius, por favor!

—Rose... —A sua voz fraca, foi seguida por tosses e em seguida seus olhos acinzentados se abriram. —Rose?

—Seu idiota! —Abraçou-o enquanto lutava contra seus olhos marejados. —Eu achei que...

—Hey, calma! —Scorpius segurou o rosto da ruiva com uma das mãos e limpou seu rosto levemente molhado. —Nunca te deixaria sozinha nessa!

Levantou-se, mas apoiar a sua mão no chão caiu.

—Que droga! —Bufou. —O meu pulso está...

—Você abriu o pulso, mas não via morrer! —Rose disse segurando a mão livre do rapaz. —Vamos, precisamos sair antes que o encapuzado acorde!

E dito isso andaram lentamente até uma pequena passagem entre algumas rochas, usariam aquele lugar como uma caverna, já que a noite estava ficando cada vez mais fria. Rose sempre teimosa, fez uma pequena fogueira e tratou de tirar seu cachecol do pescoço e improvisar uma tipoia para o rapaz.

—Apenas ignore a cor, sei que não é o maior fã da Grifinória! —Falou baixa enquanto ajeitava a tala que recém conjurara sobre o pulso do loiro.

—Está bem, obrigado! —Disse ao perceber todo o cuidado e delicadeza que Rose usava enquanto cuidava do mesmo. —Mas eu prefiro que fique com o cachecol, está frio e você está com pouca roupa e...

Rose o interrompeu.

—Eu estou bem! —Afirmou.

—Você está sangrando! —Disse sentando-se melhor.

—Não é nada, apenas um corte superficial! —Rose tentou se desvencilhar, mas Scorpius agilmente segurou a sua mão e puxou-a até ele.

—Não é não! —Disse sério, com dificuldade, segurou as duas pontas de sua camisa e rasgou-a, com um feitiço molhou o tecido e passou sobre o corte, deixando Rose boquiaberta. Após limpar o ferimento beijou a testa da ruiva que fechou os olhos por um décimo de segundos.

—Obrigada! —Sorriu fraco e recebeu outro em troca. —Você precisa descansar!

—Você também! —Rose negou, mas Scorpius continuou firme. —Você mantém essa postura rígida, mas no fundo está cansada, com medo, assustada! —A expressão dura de Rose relaxou. —Não seja tão durona, fraqueje um momento. Você sabe que ninguém vai nos encontrar aqui e temos mais um dia inteiro. Venha!

Scorpius esticou a mão suja para a ruiva que depois de algum tempo segurou-a e juntou-se ao loiro. Timidamente, deitou sua cabeça no largo ombro de Scorpius e fechou seus olhos, arfando. Antes de adormecer sentiu outro beijo calmo em sua testa e logo o peso da cabeça do garoto sobre a sua, o loiro também abraçava a sua cintura, prendendo-a a ele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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