Linha tênue escrita por Jane Timothy Freeman


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos!

Fiquei morrendo de vontade de escrever, mas meu aniversário (esta semana, yay) não me deixou com muito tempo livre.

Este capítulo ficou um pouco mais curto do que os outros, porém gostei mais dele. Espero que também gostem!

Obrigada pelos LINDOS comentários, vocês são incríveis! Não deixem de comentar (criticando ou sugerindo), quero que esta adaptação fique fantástica. :D

Grande abraço e boa leitura,

Annie F.

PS: O Nyah anda sumindo com os travessões e a pontuação. Por favor, avisem-me se isto acontecer, certo?



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– Char, você consegue acreditar na cara de pau dela?

A amiga apenas assentiu, suspirando levemente.

– Eu deveria imaginar que essa história de aposta era só um joguinho. Como pudemos ser tão cegos, Lizzie?

– Cegos? – Elizabeth deu uma risada sarcástica. – Apesar de ela ter começado, esta aposta só diz respeito a Darcy e a mim. Se Caroline cometeu o erro de tentar prever minhas ações, pior para ela.

Charlotte riu também.

– Você não tem jeito. – Abraçou-lhe apertado. – Por favor, ganhe. Odiaria desperdiçar meu ombro amigo com algo tão fútil.

Elizabeth deu-lhe um soco de leve, sorrindo.

– Não se preocupe, Char. Esta aposta já está ganha!

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Uma semana depois.

– Charlotte Lucas, querida amiga, diga-me: o que fiz para merecer uma família tão extravagante?

Era aniversário de uma das primas de Elizabeth, Kitty, alguns meses mais velha que Lydia e definitivamente uma cópia desta, A festa, que incluía convidados de todas as idades e lugares, era ideia de Lydia, é claro.

Para completar o desastre, Darcy, Caroline e Charles haviam sido convidados e comparecido. O que mais poderia dar errado?

– Onde está a irmã de Kitty, Lizzie?

– Oh, Mary? Ela não gosta deste tipo de festas, Char. É completamente dedicada ao estudo de música e livros. – Disse Elizabeth com uma pontada de orgulho. Mudando de assunto, apontou para a pista de dança: - Veja, Charles e Jane estão dançando novamente. Embora não aprove a ideia de minha irmã se perdendo para um sentimento tão bobo, Charles é um ótimo rapaz. – Cochichou: - Estou certa de que Jane já tem a marca.

Charlotte arregalou os olhos.

– Fala sério?

Elizabeth assentiu.

– Será que Charles sabe, Lizzie?

A outra levantou uma sobrancelha diante da expressão preocupada da amiga.

– As duas marcas apareceram juntas diante de meus olhos, Char. Só sendo cego para não notar.

– A marca física demonstra que ela está apaixonada. O problema é que Jane é reservada demais. Charles não a conhece como nós, não seria tão impensável que ele interpretasse sua timidez como rejeição.

– É impossível mudar a personalidade de uma pessoa.

– Eu sei, Lizzie, mas ele é muito influenciável e tem pouca segurança diante das próprias decisões. Sem o devido encorajamento, não duvido que Charles pense que Jane não o ama tanto ou até mesmo que ela não o ama de verdade, mesmo com a marca.

– Tenho de discordar: a marca não mente.

Foi a vez de Charlotte levantar uma sobrancelha.

– Que mudança de postura é essa?

– Estou constatando um fato. – Elizabeth deu de ombros.

Suspirando, Charlotte replicou:

– Que os olhos e ouvidos de Charles também constatem e acreditem no amor de Jane.

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Elizabeth não se sentia muito bem. Sentou-se em um canto e liberou Charlotte, que estava louca para dançar.

Sentiu suas mãos fecharem-se em punhos ao ver Darcy sentar-se em um dos bancos próximos. Ainda não conseguia perdoá-lo pela indelicadeza. Ele era enfurecedor!

– Olá, meu jovem. – Elizabeth viu o tio aproximar-se e teve de segurar a risada diante do olhar entediado de Darcy. “Será que ele odeia todo mundo?”, pensou. O homem sentou-se entre os dois. – Por que não está se divertindo com os outros? – Olhou para o lado. – E, minha querida Lizzie, você também? Se vão ficar aqui sentados, conversem. Sabe, rapaz, minha sobrinha é uma moça muito, muito inteligente. Deveria ouvi-la expressar suas opiniões sobre política, uma dádiva!

Um meio sorriso tomou conta dos lábios de Darcy.

– Já a ouvi na sala de aula, senhor, e não posso discordar.

O sangue de Elizabeth ferveu de raiva ao pensar que ele ousava zombar dela, mas conteve-se a tempo.

– Se é amigo de Lizzie, confio que retórica e dialética sejam seus pontos fortes.

Darcy apenas assentiu, o sorriso desaparecendo de sua face.

– Gostaria de ouvi-lo algum dia, filho. – Tornou a se virar para Elizabeth, uma expressão preocupada tomando-lhe conta do semblante. – Não interrompi nada, não é? Se vocês estavam...

Elizabeth levantou-se bruscamente.

– Tio, o senhor não interrompeu nada. Sentei-me em busca de paz, minha cabeça dói.

O homem assustou-se.

– Mas, Lizzie, sua inteligência é tão admirável!

Darcy levantou-se também.

– Não há razão para incomodar-se, Elizabeth. Fique.

– Obrigada. – Com um sorriso sarcástico, Elizabeth virou-se e se afastou, seguida de perto pelo tio.

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Caroline juntou-se a Darcy mais tarde. Este mal se movera do lugar.

– Posso adivinhar o que está pensando, Fitzwilliam? – Perguntou a moça com um bocejo.

– Duvido que consiga.

– Sua cabeça está se torturando ao pensar na companhia de pessoas sem cultura como essas. Concordo plenamente, meu caro, embora lamente o desperdício dos pensamentos de uma mente como a sua.

– Não poderia estar mais enganada, Caroline. Eu meditava sobre o deleite que lindos olhos no rosto de uma bela moça podem proporcionar.

O coração de Caroline disparou, pois a única moça ao alcance do olhar de Darcy era ela. Tentando manter-se modesta, perguntou suavemente:

– E a quem pertencem os olhos inspiradores?

– Elizabeth Bennet.

Foi preciso todo o autocontrole de Caroline para não franzir a testa ou engasgar.

– E desde quando ela lhe é tão deslumbrante? – Sorriu com desdém. – Acho que sabemos quem irá ganhar, não é? Pobre Will... É claro que, vencida a aposta, Elizabeth se apaixonará por você. Convide-me para o lindo casamento, sim?

As feições de Fitzwilliam endureceram. Sentindo-se vingada, Caroline levantou-se, deixando o “amigo” sozinho com os próprios pensamentos.


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Notas finais do capítulo

E então? *0*'