Linha tênue escrita por Jane Timothy Freeman


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente bonita!

Desculpem a demora, festas de fim de ano são terríveis para a escrita, haha.

Este capítulo não é lá muito divertido, mas é importante para a história. Espero que estejam gostando!

Obrigada pelos MARAVILHOSOS comentários e pelo incentivo! Vocês são demais!

Grande abraço,

Annie F.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/447377/chapter/2

– Você viu a cara dele, Char? Há, há, ele não perde por esperar! Sou a pessoa mais cabeça-dura deste mundo!

Charlotte revirou os olhos, tomando cuidado para não tropeçar.

– Lizzie, tem certeza de que quer fazer isso? Não parece muito sábio fazer apostas com sentimentos. Você pode sair machucada, sabia?

Elizabeth deu uma sonora gargalhada.

– Para sair machucada, minha querida, eu teria de me apaixonar, o que é completamente impossível. Contemple meu coração de pedra!

– Oh, é mesmo? – Charlotte sorriu com sarcasmo. – E aquele rapaz do verão passado, Elizabeth? Você não se apaixonou por ele, mas suas interações foram bem intensas para um coração de pedra como o seu.

Lizzie deu um tapa de leve no braço da amiga.

– Besteiras, besteiras! Ele chamou minha atenção, só isso. – E deu de ombros. – Como você bem disse, não me apaixonei, ainda estou certa.

A amiga suspirou.

– Isso não vai acabar bem. Não vai mesmo, Lizzie!

Finalmente ambas chegaram ao destino.

– Vou fazer o dever. Depois nos encontramos, tá? – Charlotte deu um beijo no rosto de Elizabeth e entrou em sua própria casa.

Lizzie entrou em casa cantarolando. O que pediria para Fitzwilliam? A aposta já estava ganha...

Deu de cara com um rapaz de cabelos loiros.

– Eu... Eu te conheço?

– Oh, me desculpe! Meu nome é Charles Bingley, a seu dispor. – E fez uma mesura brincalhona.

– Você é o irmão de Caroline?

O rapaz sorriu.

– Claro, claro! Como você sabe?

Lizzie deu um sorriso simpático.

– Ela e um conhecido estudam comigo.

– Fitzwilliam? Oh, é meu melhor amigo! Que mundo pequeno... Perdão, mas qual o seu nome?

– Elizabeth. – E sorriu.

Neste momento, Jane entrou na sala.

– Ah, Charles, já peguei meus cadernos e... Lizzie! Que bom que vocês já se conheceram. Charles é um colega de sala. – E ruborizou.

Ficou claro para Elizabeth que, apesar do que Jane falava, os dois já não se consideravam somente colegas. Seu coração ficou alarmado por um momento.

E se Jane se apaixonasse?

– Jane, querida!

O olhar de pânico das duas irmãs fez Charles rir.

– Quem é? – Perguntou o rapaz.

– Nossa mãe. – Respondeu Lizzie, empurrando os dois para fora da casa. – Rápido, rápido, antes que a benção da casamenteira caia sobre vocês.

Charles riu e sussurrou alguma coisa para Jane, que ficou mais vermelha que um pimentão.

Elizabeth fechou a porta atrás de si com um suspiro. Essa foi por pouco!

– Jane, Jane, apresente-me a seu amigo e... Elizabeth Bennet! Onde está a sua irmã?

Lizzie fez uma cara inocente.

– Eu realmente não sei, mamãe. Quando cheguei, não havia ninguém na sala.

– Mentirosa!

– Lydia! Não me chame de mentirosa!

A mais nova revirou os olhos.

– Mas você é. Eu estava assistindo à televisão ao lado e ouvi você conversando com Jane e com o amigo ga-tís-si-mo dela!

– Por que você fez isso, Lizzie? O que Charles vai pensar de mim?

Lizzie suprimiu um risinho. “A verdade, mamãe.”

– Jane te adora. Pode deixar que ele não vai pensar nada de mau, prometo. Deixe-me comer alguma coisa, sim?

Elizabeth foi até a cozinha e encontrou o pai.

– Como foi seu dia, meu amor? – E deu um beijinho na testa da filha.

– Bastante interessante. Fiz uma aposta.

O Sr. Bennet levantou uma sobrancelha.

– Aposta?

– Sim. Eu e um garoto novo acordamos que, se um de nós se apaixonar primeiro e ganhar a marca, fará o que o outro quiser.

O homem deu um suspiro, mas sorriu.

– É perigoso brincar com sentimentos, minha filha. – Acariciou-lhe a bochecha de leve. – Coitado do rapaz. Já pensou o que vai pedir?

Lizzie gargalhou e deu-lhe um abraço apertado.

– Você é o melhor, papai!

~’~’~’~’~’~’~’

– Elizabeth Bennet é uma menina muito arrogante pra pouca idade, não acha?

Fitzwilliam revirou os olhos. “E aqui temos Caroline Bingley, a humildade em persona.”

– Um pouco. Considerando os fatos, minha vitória é certa.

A porta da casa dos Bingley se abriu.

– Charles! – Caroline correu para dar-lhe um abraço, mas parou quando viu a moça a seu lado. – Oh, e você é...

– Jane Bennet! - Respondeu a moça, ruborizando de timidez.

– Que prazer em conhecê-la! – E Caroline aproximou-se novamente, beijando-lhe ambas as faces. – Charles me falou muito sobre você.

O que era claramente uma mentira, já que eles estudavam juntos somente há poucos dias. Ambos ruborizaram e Fitzwilliam limitou-se a levantar uma sobrancelha.

Com um meneio de cabeça, cumprimentou os recém-chegados.

– Você não vai acreditar em quem conheci, Will!

O rapaz revirou os olhos diante do apelido.

– Quem, Charles?

– A irmã de Jane, Elizabeth. Ela me contou que vocês estudam juntos!

– Oh, é mesmo? Que maravilha! – Mas o tom de Caroline era completamente frio.

– Sim, sim. É minha irmã mais próxima, mas não conte nada a Lydia!

Fitzwilliam não pôde deixar que seu coração batesse forte no peito, um mau pressentimento crescendo.

Cumprimentou novamente Charles e Jane e, com um pedido de desculpas, retirou-se para seus aposentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!