Linha tênue escrita por Jane Timothy Freeman
Notas iniciais do capítulo
Olá, gente bonita!
Desculpem a demora, festas de fim de ano são terríveis para a escrita, haha.
Este capítulo não é lá muito divertido, mas é importante para a história. Espero que estejam gostando!
Obrigada pelos MARAVILHOSOS comentários e pelo incentivo! Vocês são demais!
Grande abraço,
Annie F.
– Você viu a cara dele, Char? Há, há, ele não perde por esperar! Sou a pessoa mais cabeça-dura deste mundo!
Charlotte revirou os olhos, tomando cuidado para não tropeçar.
– Lizzie, tem certeza de que quer fazer isso? Não parece muito sábio fazer apostas com sentimentos. Você pode sair machucada, sabia?
Elizabeth deu uma sonora gargalhada.
– Para sair machucada, minha querida, eu teria de me apaixonar, o que é completamente impossível. Contemple meu coração de pedra!
– Oh, é mesmo? – Charlotte sorriu com sarcasmo. – E aquele rapaz do verão passado, Elizabeth? Você não se apaixonou por ele, mas suas interações foram bem intensas para um coração de pedra como o seu.
Lizzie deu um tapa de leve no braço da amiga.
– Besteiras, besteiras! Ele chamou minha atenção, só isso. – E deu de ombros. – Como você bem disse, não me apaixonei, ainda estou certa.
A amiga suspirou.
– Isso não vai acabar bem. Não vai mesmo, Lizzie!
Finalmente ambas chegaram ao destino.
– Vou fazer o dever. Depois nos encontramos, tá? – Charlotte deu um beijo no rosto de Elizabeth e entrou em sua própria casa.
Lizzie entrou em casa cantarolando. O que pediria para Fitzwilliam? A aposta já estava ganha...
Deu de cara com um rapaz de cabelos loiros.
– Eu... Eu te conheço?
– Oh, me desculpe! Meu nome é Charles Bingley, a seu dispor. – E fez uma mesura brincalhona.
– Você é o irmão de Caroline?
O rapaz sorriu.
– Claro, claro! Como você sabe?
Lizzie deu um sorriso simpático.
– Ela e um conhecido estudam comigo.
– Fitzwilliam? Oh, é meu melhor amigo! Que mundo pequeno... Perdão, mas qual o seu nome?
– Elizabeth. – E sorriu.
Neste momento, Jane entrou na sala.
– Ah, Charles, já peguei meus cadernos e... Lizzie! Que bom que vocês já se conheceram. Charles é um colega de sala. – E ruborizou.
Ficou claro para Elizabeth que, apesar do que Jane falava, os dois já não se consideravam somente colegas. Seu coração ficou alarmado por um momento.
E se Jane se apaixonasse?
– Jane, querida!
O olhar de pânico das duas irmãs fez Charles rir.
– Quem é? – Perguntou o rapaz.
– Nossa mãe. – Respondeu Lizzie, empurrando os dois para fora da casa. – Rápido, rápido, antes que a benção da casamenteira caia sobre vocês.
Charles riu e sussurrou alguma coisa para Jane, que ficou mais vermelha que um pimentão.
Elizabeth fechou a porta atrás de si com um suspiro. Essa foi por pouco!
– Jane, Jane, apresente-me a seu amigo e... Elizabeth Bennet! Onde está a sua irmã?
Lizzie fez uma cara inocente.
– Eu realmente não sei, mamãe. Quando cheguei, não havia ninguém na sala.
– Mentirosa!
– Lydia! Não me chame de mentirosa!
A mais nova revirou os olhos.
– Mas você é. Eu estava assistindo à televisão ao lado e ouvi você conversando com Jane e com o amigo ga-tís-si-mo dela!
– Por que você fez isso, Lizzie? O que Charles vai pensar de mim?
Lizzie suprimiu um risinho. “A verdade, mamãe.”
– Jane te adora. Pode deixar que ele não vai pensar nada de mau, prometo. Deixe-me comer alguma coisa, sim?
Elizabeth foi até a cozinha e encontrou o pai.
– Como foi seu dia, meu amor? – E deu um beijinho na testa da filha.
– Bastante interessante. Fiz uma aposta.
O Sr. Bennet levantou uma sobrancelha.
– Aposta?
– Sim. Eu e um garoto novo acordamos que, se um de nós se apaixonar primeiro e ganhar a marca, fará o que o outro quiser.
O homem deu um suspiro, mas sorriu.
– É perigoso brincar com sentimentos, minha filha. – Acariciou-lhe a bochecha de leve. – Coitado do rapaz. Já pensou o que vai pedir?
Lizzie gargalhou e deu-lhe um abraço apertado.
– Você é o melhor, papai!
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– Elizabeth Bennet é uma menina muito arrogante pra pouca idade, não acha?
Fitzwilliam revirou os olhos. “E aqui temos Caroline Bingley, a humildade em persona.”
– Um pouco. Considerando os fatos, minha vitória é certa.
A porta da casa dos Bingley se abriu.
– Charles! – Caroline correu para dar-lhe um abraço, mas parou quando viu a moça a seu lado. – Oh, e você é...
– Jane Bennet! - Respondeu a moça, ruborizando de timidez.
– Que prazer em conhecê-la! – E Caroline aproximou-se novamente, beijando-lhe ambas as faces. – Charles me falou muito sobre você.
O que era claramente uma mentira, já que eles estudavam juntos somente há poucos dias. Ambos ruborizaram e Fitzwilliam limitou-se a levantar uma sobrancelha.
Com um meneio de cabeça, cumprimentou os recém-chegados.
– Você não vai acreditar em quem conheci, Will!
O rapaz revirou os olhos diante do apelido.
– Quem, Charles?
– A irmã de Jane, Elizabeth. Ela me contou que vocês estudam juntos!
– Oh, é mesmo? Que maravilha! – Mas o tom de Caroline era completamente frio.
– Sim, sim. É minha irmã mais próxima, mas não conte nada a Lydia!
Fitzwilliam não pôde deixar que seu coração batesse forte no peito, um mau pressentimento crescendo.
Cumprimentou novamente Charles e Jane e, com um pedido de desculpas, retirou-se para seus aposentos.
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