Linha tênue escrita por Jane Timothy Freeman
Notas iniciais do capítulo
*se ajoelha*
ME DESCULPEM!!! Não tenho sido uma autora legal, eu sei! D: Mas prometo melhorar! ;)
De qualquer forma, aqui está o capítulo! :D Continuem tão sinceros como antes e me digam o que acharam!
Obrigada por me acompanharem! Espero que a fic continue atendendo a todas as expectativas!
Com amor,
Jane.
Após o jantar, os pais de Elizabeth e Lydia foram assistir à televisão, deixando o novo hóspede a sós com Elizabeth, Jane e Charlotte, que fora convidada a passar a noite (e isto não era incomum).
A conversa girou entre vários assuntos interessantes: a vida na capital, no interior, algumas notícias quotidianas e as novidades de outros membros da família.
– Soube que foi aprovado em direito. Meus parabéns!
– Sim, sim, prima! - respondeu Collins a Jane. - E meus estudos foram financiados por minha madrinha, a Sra. Catherine. É claro que pagarei por eles assim que for possível, mas não posso deixar de me maravilhar com a bondade dela. - O rapaz tinha um brilho sonhador no olhar. - Ela sabe que papai e mamãe têm condições de arcar com todos os custos de minha formação, mas não quis ouvir uma palavra sobre isso. Sabe o que a Sra. me disse? - Deu um longo suspiro e prosseguiu de imediato, sem deixar espaço para respostas. - “É mais que meu afilhado, é como se fosse meu filho! Deixem que eu faça por ele o que faria por alguém de meu próprio sangue!”
Elizabeth o olhou com curiosidade.
– Mas, primo… A Sra. Catherine não tinha uma filha? E também não é sua tia por parte de mãe?
O primo assentiu.
– Minha prima Anne é três anos mais nova do que eu, mas provavelmente estudará em outra parte do país com parte da herança que recebeu do pai. Acho que a Sra. Catherine quer se sentir capaz de pagar por algo com seu dinheiro, já que é uma mulher muito bem-sucedida em seus negócios, por isso escolheu a mim. - O primo aproximou-se das meninas e diminuiu o tom da voz: - Parece que Anne é apaixonada por um rapaz desde a infância. Não se sabe muito sobre ele, mas a mãe aprova completamente. A universidade em que Anne pretende entrar é na região onde o misterioso rapaz mora.
Jane pousou as mãos no próprio colo:
– Ah, que história mais bonita, primo! Não sei se é verdade, mas espero que o rapaz corresponda aos sentimentos e que os dois sejam muito, muito felizes. O amor é um sentimento tão magnífico e admirável!
Para disfarçar o olhar arregalado de Elizabeth, Charlotte deu uma cutucada de leve em Collins e perguntou com um olhar divertido:
– E você, James? Não me diga que seus pulsos continuam limpos!
O rapaz ruborizou violentamente.
– O que eu tenho de fazer para não me chamar assim, Srta. Lucas? - Mas todos percebiam que ele estava mais solto e propenso a entrar na brincadeira. - Meus pulsos continuam tão limpos quanto sempre foram, a não ser que se refira às anotações que fiz mais cedo para não me esquecer seu nome… É uma lembrança tão antiga!
Jane e Elizabeth riram e Charlotte deu-lhe um tapa amigável no ombro, aceitando a brincadeira.
– Devo anotar seu sobrenome em meu pulso também? - Fingiu estar desesperada. - Só consigo pensar em “James”, “James”, “James”! Ajude-me!
Todos deram ótimas risadas e continuaram a jogar conversa fora; Elizabeth logo reparou, todavia, que os olhos de primo Collins se voltavam de tempos em tempos para Jane. Isto era natural, Lizzie sabia, porque a irmã era a mais bela das três e mais próxima em idade a Collins do que elas, mas um sentimento protetor tomou-lhe o coração de qualquer maneira. Decidiu ficar atenta e tentar evitar ao máximo que a mãe descobrisse.
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– Collins, querido, poderia acompanhar as meninas em seu passeio? - Perguntou a Sra. Bennet no dia seguinte.
Todos da família ficaram tensos por um instante (o desprezo na voz da mãe era palpável), mas logo o primo desfez-se em sorrisos e respondeu:
– Mas é claro, querida tia! Aonde minhas queridas primas desejam ir?
Era difícil saber quem sorria mais: Lydia ou Collins.
– Nós vamos ver o desfile dos rapazes do hipismo! - Ela colocou uma das mãos no pescoço e suspirou. - Ah, como ficam elegantes em cima dos cavalos! E são muito talentosos, primo! - Ela se virou para ele e sorriu ainda mais. - Mesmo que não saiba apreciar a beleza do espetáculo, acho que vai se divertir bastante.
– Kitty virá conosco, Lydia? - Perguntou Jane.
– Com toda a certeza!
– Então, nosso grupo será formado por mim, Elizabeth, Lydia, Kitty e… Jane? - O rapaz sorriu ainda mais. - Mas é claro que me divertirei! Não posso esperar mais! Vamos! Vamos!
Lizzie queria poder comentar com alguém sobre a súbita mudança de ares naquele grupo, mas Charlotte não estaria presente e nenhum dos outros prestaria a devida atenção a seus comentários. Decidiu guardá-los para mais tarde.
Assim que chegaram a uma das avenidas principais, o barulho da multidão as guiou para o local onde o desfile já começava. Lydia e Kitty correram na frente, Jane vinha logo atrás (implorando para que fossem mais devagar), deixando Elizabeth e Collins sozinhos.
Nunca tiveram problemas de comunicação, mas a moça não pôde deixar de ficar incomodada com a situação. Como conversar com o primo sem demonstrar seus maiores temores?
– Em que ano da universidade Jane está?
Ela se assustou com a pergunta súbita, mas controlou-se:
– No segundo ano, primo.
– Ah, sim. E é o que ela realmente deseja?
Elizabeth sorriu.
– Tudo que é relacionado com design é a cara de Jane, não é? Não consigo imaginá-la em outra carreira…
– Talvez ela pudesse fazer moda. Ou ser modelo.
– O quê? Primo, sei que Jane é linda, mas nunca demonstrou o menor interesse em tal carreira. Por que diz isso?
– Porque você está certa. - Um leve rubor tomou-lhe as faces. - Ela realmente é linda.
Elizabeth olhou para o outro lado e não respondeu.
– Você tem alguma carreira em mente, prima?
Elizabeth pensou por um momento e apenas assentiu. Não estava com vontade de continuar a conversar.
Finalmente alcançaram as outras meninas e Jane, que parecia tentar cuidar de duas crianças muito agitadas.
– Lydia, Kitty, comportem-se! Já têm dezoito anos, por favor! - ralhou Lizzie, recebendo um olhar agradecido de Jane.
– Mas… Lizzie! Olhe só para ele! Não é o rapaz mais lindo que já viu na vida?
Elizabeth olhou para cima e finalmente encontrou o cavalheiro de quem as meninas falavam: era alto, loiro e possuía um porte muitíssimo elegante. Ao passar por elas, sorriu e tocou o chapéu extravagante que usava, fingindo uma mesura. Lydia e Kitty quase desmaiaram, mas Elizabeth permaneceu quieta, mesmo muito impressionada com a figura do rapaz.
– Vocês os conhecem? - Collins perguntou com desinteresse.
– Se o conhecemos? Além de ser o rapaz mais perfeito do mundo - alto, lindo, elegante, lindo, educado e lindo -, é o capitão do time! Não viu como se veste diferente dos outros? - As duas suspiraram em uníssono e Lydia prosseguiu. - Até seu nome é encantador: George Wickham.
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