As horas se passavam e nada havia acontecido.

As garotas pareciam nem nota-los ali, mas é claro, a qualquer movimento todas elas levavam seus olhos aos três, por isso nenhum deles se mexia, eram como estatuas, parados no meio do grande salão.

– Quando vamos poder sair daqui? – Ethan perguntou com o corpo já dolorido.

– Quer fazer um tour pela casa? Podemos acompanhar vocês – Beatriz disse encarando-os com o canto do olho.

– Já que querem sair tanto daqui – Adrei completou a outra, sorrindo de lado.

– Er... Nós não- Taylor iria começar mas algo o impediu, dois braços abraçavam-no pela cintura.

– Ei, lembre-se, vocês não tem muita escolha – Teddy disse na orelha de Tay em quando puxava o mesmo para fora.

As meninas seguiram os rapazes que começaram a sair do salão, somente uma se manteve lá dentro.

– Ethan... – Melody chamou ainda sentava na cadeira. O Garoto engoliu a seco, sentindo seu corpo tremer.

– Vai lá... O máximo que pode acontecer é ela te morder – Samyra murmurou ao lado do moreno, fingindo morder algo e logo em seguida rindo da expressão que Ethan fez.

Logo restavam somente os dois no cômodo. O garoto então se virou caminhando até a loira que mantinha o olhar fixo no menino.

– Você é realmente bonito, não vejo alguém assim a um bom tempo , é difícil sair daqui se quer saber – Melody comentava observando cada traço do rosto de Ethan, até chegar em seus olhos, um castanho bem claro penetrante e encantador. A garota se levantou exibindo o real comprimento de seu vestido, que ia até seus tornozelos, ela caminhou pela pequena distancia que se fazia entre os dois e segurou o rosto do garoto com as mãos. – Você está com medo de mim? – Ela perguntou.

Ethan não sabia o que dizer. Em parte, sim, ele tinha medo. Mas ao mesmo tempo ele estava completamente hipnotizado pela beleza da garota a sua frente, os lindos cabelos loiros, os brilhantes olhos verdes.

– Não sei... – ele respondeu sinceramente virando o rosto, que logo foi puxado de volta por Melody.

– Não precisa ter – ela murmurou se aproximando e dando um suave beijo nos lábios do garoto, que por um único segundo hesitou. A loira se afastou um pouco, logo beijando-o novamente, não mais que um encostar de lábios, porem mais longo, e então se afastou mais uma vez, o garoto já não se sentia mais com medo, já não sentia mais nada na verdade, simplesmente queria manter seus lábios grudados nos dela, e assim fez. Assim que Melody se afastou do segundo beijo, Ethan segurou a cintura da garota com força, puxando-a para si e beijando-a sem cuidado. Melody sorriu entre o beijo vendo que o moreno agora havia se entregado completamente. Enquanto a garota bagunçava os curtos cabelos de Ethan, o garoto passeava suas mãos entre a cintura e o pescoço da loira, tentando aprofundar o beijo o máximo que ele conseguisse. Línguas e lábios numa dança frenética e sincronizada, que te fazia querer repetir a cada instante.

Ethan então abaixou, rompendo o beijo por um segundo, somente para pegar a barra do vestido da garota e leva-la para cima, na altura do quadril, assim voltando a beija-la. As pernas de Melody estavam completamente descobertas e agora o moreno podia aproveita-las. Num movimento rápido o mesmo puxou-as para cima, fazendo a loira prender ambas em torno de sua cintura. Ethan caminhou com a garota até a poltrona na qual a mesma antes estava, se sentando nela e simplesmente aproveitando da situação. Melody passou então a beijar todo o rosto do garoto, bochecha, queixo, nariz, olhos, até chegar na boca novamente e voltar ao processo incansável que eles haviam criado, o moreno permanecia acariciando as pernas da vampira, indo da coxa até o quadril, sentindo a pele macia da garota. A loira então passou a descer os beijos em direção ao pescoço do garoto, primeiramente perto da orelha e então descendo, lentamente, até chegar ao meio do mesmo, perto da jugular, distribuindo diversos selinhos nesta área, seus olhos foram se tornando vermelhos, suas presas saltando de sua boca, e num movimento preciso da menina, ambas já as estavam encaixadas perfeitamente, perfurando a pele do pescoço do garoto.

✥

– Aqui é o salão de jogos, tem de tudo, pode ver – Camila apresentava os aposentos de modo simpático, Taylor e Sebastian a achavam de longe a mais amigável dali, ou pelo menos a que menos queria chupar seu sangue até a morte. A sala era num tom vermelho escuro, coberta de cortinas e variados jogos, em sua maioria jogos de cartas, mesa de pôquer, roleta, etc. Uma mesa grande de sinuca logo ao meio, e vários sofás nos cantos.

– Ok, temos que admitir que esse lugar é legal – Taylor comentou baixo com Sebastian, que concordou com a cabeça.

– Achou mesmo? Que tal aproveitarmos um pouco aqui então – Beatriz disse se aproximando do garoto, deitando a cabeça em suas costas.

Taylor engoliu a seco, encarando o loiro a seu lado que mantinha uma expressão seria no rosto.

– Vamos Bea, pare com isso vai – Camila pediu chamando a todos para fora do salão. Todos obedeceram a garota, seguindo o caminho para longe dali, mas antes que Taylor pudesse sair, alguém o puxou para dentro da sala, assim fechando as duas grandes portas de madeira logo em seguida.

– “Que tal aproveitarmos um pouco aqui então” bla bla bla – Santanna imitava Beatriz com certa... Irritação da voz. – Aproveitar, como se ela não soubesse que – De repente, a garota se fazia logo em frente ao moreno, que estava encostado na mesa de sinuca. – A primeira a aproveitar serei eu.

– Opa, calma ai é... Santanna neh? – ele tentava afasta-la, sem conseguir. – Vejamos, é... Não devíamos seguir o grupo, é melhor não é? – ele ria nervoso, não queria sofrer ainda mais naquele momento, já não havia passado por coisa o suficiente naquele dia?

Os olhos da loira se tornavam cruéis, ao mesmo tempo em que ela puxava o garoto pela gola para perto de si, falando de modo serio.

– Eu decido o que é melhor ou não, você fica, eu fico, eles vão embora, é assim que tem que ser e é assim que vai ser – ela disse firmemente encarando os olhos do menino, logo sem seguida abrindo um largo sorriso. Saindo de perto do mesmo. – Vamos fazer assim Taylor – ela disse forçando o nome do garoto com uma voz engraçada, fazendo-o a encarar confuso. – Vamos jogar um pouco de sinuca! Se você ganhar, eu deixo você ir intacto com seu amiguinho... Se eu ganhar, você obedece cada palavra que eu falar, entendido? – ela perguntou mordendo o próprio lábio inferior.

– Eu só preciso ganhar de você? É isso? – ele perguntou sorrindo, Taylor sempre havia sido bom nesse jogo, desde pequeno o avô o ensinava táticas para jogar, nunca havia perdido uma única partida. A garota concordou animada, entregando a ele um dos tacos. – Feito, vamos começar?

A partida não durou mais de meia hora, num placar praticamente todo voltado a Sant, que ganhou o jogo de modo quase humilhante ao garoto.

– Mas... Eu nunca perdi – ele sussurrava para si mesmo, completamente sem expressão.

A loira pulou em cima da mesa se sentando na mesma.

– Tudo tem sua primeira vez Taylor... Agora, vem até aqui – ela pediu, o moreno engoliu a seco, sabia o que estava por vir. Como prometido, ele não poderia recusar, agora ainda mais. Taylor caminhou até ela, ficando logo em frente a mesma. – Muito bem, continue – Sant se deitou na mesa, puxando o moreno junto, fazendo-o deitar-se sem cima dela. – Tire minha blusa – ela pediu.

– O que-

– Faça – ela pediu novamente levando as mãos do garoto até a barra de sua regata branca, o mesmo a levantou, passando-a pela cabeça da garota, que sorriu. Taylor não podia dizer o contrário, Sant tinha um corpo maravilhoso. – Não é tão ruim assim é? – ela perguntou segurando o rosto do garoto que passeava as mãos pela barriga nua da menina. – Me beije – ela sussurrou, Taylor obedeceu de imediato. Em meio ao beijo, a loira inverteu a situação ficando por cima do moreno, continuando a beija-lo com fervor. – Bom menino – ela disse em meio ao beijo, levando seu rosto até o pescoço do garoto, recebendo um gemido de reprovação. – Fique tranquilo Tay – ela disse acariciando o local com os dedos, enquanto sentia as mãos do moreno apertarem sua cintura com mais força – Não doí tanto assim – ela disse enquanto enfim, o mordia.

✥

– Por ultimo temos os quartos – Camila apresentou o longo corredor com diversas portas. – É por aqui que termina nosso tour por hoje, meu quarto é ali, se precisar de alguma coisa, boa noite – a morena se despediu caminhando até uma das portas logo no inicio do corredor.

– Que tal conhecer meu quarto? – Adrei sugeriu com um sorriso travesso no rosto.

Sebastian somente concordou, sabia que se simplesmente obedecesse a elas, nada de ruim o aconteceria.

– Nos acompanham? – A ruiva sugeriu as duas garotas que se mantinham ali.

– Aonde? – Bree perguntou encarando a menina.

– Só segue Bree – Samyra disse irritada, empurrando a morena até o quarto de Adrei, no qual os quatro entravam sem demora.

– Pode se sentar ali – a ruiva apontou para uma cadeira no canto de seu quarto. O loiro obedeceu, sentando-se.

– Ele é bem obediente, gosto disso – Samyra comentou se aproximando do rapaz. – Tira a blusa, bonitinho – ela pediu mantendo um sorriso malicioso nos lábios.

Sebastian engoliu a seco, então enfim fazendo o que lhe foi pedido.

– Não sei vocês mas a Bree gostou – Bree comentou encarando o abdômen do garoto.

– Realmente – Samyra concordou passando a mão por ali.

– Ele tem braços fortes – Adrei disse surgindo ao lado do garoto.

– Mãos bonitas – Bree se encontrava ao lado de Samyra, abaixada enquanto segurava os dedos do mesmo.

– Só as mãos? – As duas ruivas disseram em coro sem retirar os olhos do garoto.

– Quem vai primeiro? – Adrei perguntou.

– Bree vai – a morena sugeriu agora completamente a par do assunto.

– Bree não vai não, eu vou – Samyra se ofereceu.

– Eu sou a dona do quarto, não acham que eu deveria ser a primeira? – Adrei explicou encarando as duas.

– Não – Bree e Samyra responderam juntas.

– Pois eu acho, vejam bem eu-

A ruiva começou a explicar até ser interrompida por um alto, porem curto, grito vindo da direção do garoto, atraindo a atenção das três. Os cabelos negros e longos cobriam o rosto da vampira, até a mesma retirar as presas do pescoço do loiro, exibindo sua expressão de satisfação e abrindo seus olhos completamente vermelhos, encarando as garotas.

– Alex! Mas... O que? – Samyra parecia extremamente confusa e com raiva, seu olhar mais nervoso que nunca.

– Como entrou aqui? – Adrei perguntou cruzando os braços.

– A porta... – Disse fazendo uma pequena pausa para lamber um rastro de sangue que escorria pelo pescoço de Sebastian - Estava aberta – ela explicou assim voltando sua atenção ao pescoço do garoto, dando leves beijos no mesmo.

– Ótimo, ótimo mesmo – Samyra respirou fundo umas três vezes, até então se ajoelhar e pegar o braço de Sebastian – Pelo menos não é só no pescoço que tem sangue – disse logo antes de penetrar suas presas no pulso dele, quase ao mesmo tempo que Bree o fez no outro, e Alex voltou a morde-lo no pescoço. O garoto tinha uma expressão indecifrável, ao mesmo tempo dolorida e prazerosa, não sabia o que pensar.

– Pobre Sebastian – Adrei comentou sorrindo de lado, assim caminhando até a porta – Tentem não tomar muito... Eu ainda pretendo me divertir depois.